CEE – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA LAÇO DE HISTERESE 1. TEORIA Conside uma bobina enrolada em torno de um núcleo magnético. Se na bobina circular uma corrente alternada, a relação entre a densidade de fluxo magnético B e o campo H, ambos confinados ao núcleo, é descrita pela característica da Fig. 1. Na ilustração, H é o campo produzido pela corrente da bobina. Essa característica é denominada laço de histerese. Figura 1 – Laço de histerese Na ilustração da Fig. 2 aparecem sete laços de histerese obtidos do ensaio experimental de uma amostra de aço elétrico de grãos orientados. Figura 2 – Laços obtidos experimentalmente O circuito da Fig. 3 possibilita investigar o ciclo de histerese de um núcleo magnético. Utiliza um núcleo magnético fechado de um pequeno transformador de teste. O campo magnético é gerado pela passagem da corrente na bobina primária ligada ao transformador variável. O campo H é diretamente proporcional à corrente que circula na bobina primária. Portanto, a queda de tensão Vr sobre o resistor também é proporcional ao campo H, ∮ 𝐻𝑑𝑙 = 𝑁1 𝑖1 𝑉𝑐ℎ−1(𝑡) i= 𝑅1 H(t) = 𝑙 𝑁1 𝑚𝑅1 * Vch-1 (1) lm: comprimento médio do núcleo; N1: número de espiras do primário; CEE – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA Figura 3 – Montagem De acordo com a lei de Faraday, a tensão VS na bobina secundária é diretamente proporcional à derivada do fluxo total em relação ao tempo. Empregando-se um circuito RC para integrar o sinal VS tem-se: Da lei de Faraday V2 = N2 𝑑𝛷(𝑡) 𝑑𝑡 (2) Admitindo que a queda vai ser no resistor de um 100KΩ V2 = ic(t)R2 (3) lembrando que: 𝑑𝑉𝑐(𝑡) ic(t) = C C 𝑑𝑉𝑐(𝑡) 𝑑𝑡 B(t) 𝑑𝑡 (4) 𝑑𝛷(𝑡) R2 = N2 𝑅 𝑑𝑡 =𝑁 2𝐶𝐴*Vch-2 2 /∫ 𝑑𝑡 (5) , como ϕ= B(t)* A e Vc(t) = Vch-2 (6) A: área transversal do núcleo; N2: número de espiras do secundário; No caso, Vr(t) é proporcional a H (t) e VC (t) é proporcional a B(t). Essas duas tensões são lidas pelos canais 1 e 2 do osciloscópio. A operação no modo x-y (canal 1→ eixo x) exibe a característica de histerese B(t)=f(H(t)) do núcleo magnético. CEE – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA Perdas nos laços BH típicos As perdas do ferro as podemos classificar em estáticas e dinâmicas, as estáticas são constantes e não dependem da relação amper-espira (Ni) nem da freqüência ,no em tanto as dinâmicas dependem da freqüência da corrente alternada e de seu modulo ( condições de carga da maquina). Ciclos de perdas do ferro a) Somente perdas por histerese b) Perdas por histerese e correntes de Foucault c) Perdas por histerese, correntes Foucault e excedentes Determinação das perdas por histerese Suponhamos que um material ferromagnético seja submetido à ação de um campo magnético H variável no tempo, com uma frequência f e período T = 1/f. Em cada período, uma parcela da energia injetada no material será gasta apenas para percorrer o ciclo de histerese, e se constituirá em perdas por histerese. Denominando Ph a potência associada ao ciclo de histerese, e Wh a energia consumida em um ciclo, temos: A densidade volumétrica de energia magnética necessária para criar um indução magnética B é dada por 𝐵 wh= ∫0 𝐻𝑑𝐵 e Wt =whV , onde V = volume do bloco 𝐵 A permissividade do material fica definida como a derivada na curva BH , μ = 𝐻𝑡 𝑡 CEE – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA BALANCE DE ENERGIA CURVA DE HISTERESE CEE – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA 2. EXPERIMENTO 2.1 Material Osciloscópio de dois canais, transformador com tap ajustável (Variac), transformador de teste, capacitor de 1.5 F e resistores de 10 Ω e 100kΩ. 2.2 Montagem a) Monte o circuito da Figura 2, com R1 = 10 Ω, R2= 100KΩ e C = 1.5 F. (1ptos) b) Obtenha na tela do osciloscópio a curva da corrente de excitação em regime permanente e a curva BH. (1ptos) c) Obtenha o ciclo de histerese na tela do osciloscópio. Procure obter uma curva com amplitude de Vr (t) suficientemente alta para que seja atingida a saturação magnética do material. Determine os interceptos Hc e Bc (0.5pto) d) Obtenha a densidade volumétrica da energia(wh) no ciclo [J/M3] e a energia total 𝐵 wh =∫0 𝐻𝑑𝑏 e W=wh*V (1pto) e) A potencia perdida na histerese magnética por ciclo (1pto) Ph=W*f f) Faça um gráfico da permissividade absoluta no ciclo μ abs g) Coenergia acumulada no bloco (1pto) (áreas iguais) h) Fluxo de enlace maximo λmax (1pto) i) Indutância por fluxo de enlace (1pto) ϕmax= Bmax*A L= j) Indutância por energia armazenada (1pto) 𝑁1𝜙 𝑖 𝑖2 W = 𝐿2 𝐵 , μ = 𝐻𝑡 𝑡 (1pto)