skopos hg - Skopos Investimentos Ltda.

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SKOPOS HG
Carta ao Investidor
ADMINISTRADORA DE RECURSOS
“Errar é humano, mas quando a borracha se gasta mais
do que o lápis, você está positivamente exagerando”.
(J. Jenkis)
Junho 2005
No primeiro semestre de 2005, o Skopos HG permaneceu praticamente estável enquanto o Ibovespa recuou 4,75% e o
IGP-M ficou em 1,75%. Assim, as perdas estão dentro de um nível aceitável dado o ambiente adverso do período. A queda
de cíclicos teve um impacto limitado no fundo e com exceção de uma posição de 7% em Metalúrgica Gerdau, que caiu 30%,
escapamos das grandes baixa de siderurgia e petroquímica. Nas fases ruins, não perder já é um bom resultado. Estamos mais
empenhados do que nunca para que esse período seja apenas uma fase, como muitas outras que o fundo já passou. Se
nosso trabalho for consistente, estamos convictos de que os resultados vão aparecer.
Com o recente agravamento da crise política, se tornou mais clara a encruzilhada em que o mercado está chegando. Não é
possível saber hoje qual o caminho a ser seguido. É possível traçar um quadro muito positivo, onde os preços atuais são uma
grande chance de compra, ou um quadro catastrófico, onde o dólar e risco Brasil atual vão parecer um piquenique no vulcão
(tudo calmo até que explode). Para isso, vamos tentar criar dois cenários possíveis, o positivo e o negativo, e montar uma
estratégia, que, se não oferece o melhor retorno no cenário positivo, permite a manutenção do poder de compra no
ambiente ruim.
Cenário Positivo
Apesar de todo ruído político, nenhum efeito real está se tranferindo para a sociedade. Com a eleição do PT, que adotou
uma política econômica conservadora, as crises de confiança política não têm impacto maior no mundo real, uma vez que o
que pode acontecer é a eleição de um político de oposição (PSDB), ou seja, para muitos seria até um fato positivo. Com a
queda forte da inflação, o BC vai corrigir, rapidamente, a política de juros altos, sem impacto nos preços, já que com o dólar
atual existe muita margem de manobra pra expandir a demanda sem inflação. A economia voltaria a crescer, juntamente
com uma onda de investimentos em aumento de capacidade. Com os juros mais baixos, o câmbio teria uma leve apreciação,
mantendo elevado o saldo da balança comercial. Ao final do ano, com uma taxa de juros abaixo de 17% e um dólar na casa
dos R$ 2,60, suficiente para manter as exportações e a intenção de investimentos em aumento de capacidade sem pressão
inflacionária, com reservas em alta, perspectiva de crescimento pra 2006 na casa de 5% e taxas de juros declinantes, a
relação Dívida/PIB iria sinalizar uma queda consistente, permitindo uma reavaliação do risco país para 300 pontos e uma
elevação do Rating das agências de crédito, abrindo o caminho para o status de Investment Grade. As taxas longas de juros
iriam apontar para uma taxa de juro real na casa de 6%, o que ainda seria 2 vezes maior que o risco soberano, mantendo a
credibilidade da política monetária, permitindo projetar uma taxa Selic para 11% ao final de 2006. Com a melhoria da
economia, os arautos do populismo econômico ficariam sem chances na eleição presidencial, e, qualquer que seja o
canditado, ele só vai se eleger se tiver o compromisso de manter intacto o rumo da política econômica. Para completar, a
China não vai desacelerar seu crescimento e EUA e Europa surpreenderão positivamente, interrompendo a queda das
commodities e ajudando especialmente as empresas cíclicas, que hoje negociam precificadas para uma grande piora nos
resultados. A surpresa positiva teria um impacto explosivo nos preços desses setores.
Cenário Pessimista
O agravamento da crise política vai contaminar o mercado. O dólar e risco Brasil vão subir lentamente. Apesar da queda da
inflação, o BC mantém sua política de perseguir o centro da meta e não reduz os juros. Com o aumento das chances de
impeachment, o dólar começa a subir mais rapidamente e para a surpresa de todos a balança comercial piora, dando claros
sinais de que o cambio abaixo de R$ 2,40 arrefeceu o setor exportador e não vai continuar ajudando no momento de crise.
Com o dólar subindo, diminuirá a margem de manobra do BC com a política de juros. Os números do PIB vão mostrar uma
queda no 2º Trimestre, apontando para um crescimento nulo em 2005. Acuado pela crise política, o governo vai mudar sua
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atitude em relação a política econômica pressionado para que os juros caiam. Essa interferência vai ser percebida pelo
mercado como um risco populista e o dólar acelera a alta para perto dos R$ 3,00. Com isso, a inflação dará novos sinais de
vida, impedindo o BC de iniciar a queda de juros, ao mesmo tempo em que o lado político torna uma alta praticamente
inviável. O PT não vai se entregar sem lutar, acirrando a guerra entre as principais lideranças políticas do país. A troca mútua
de acusações desgasta a imagem tanto de PSDB quanto do PT. Fica aberto o espaço para o surgimento de um líder carismático, que vai prometer “romper” com tudo que está aí. Assim como na Venezuela e Argentina, Brasil e México vão eleger
líderes populistas em 2006, provando mais uma vez que a América Latina continua a mesma. Não é nem preciso contar o
final. Antes disso, a maior parte do estrago já vai ter sido feito.
Provavelmente, teremos algo entre esses dois cenários. Na hipótese do melhor acontecer, vamos ganhar dinheiro, mas
fundos mais agressivos, comprados em empresas cíclicas e com maior exposição ao mercado local, vão subir mais. No pior
cenário, empresas com receita em dólar e pouca sensibilidade à economia brasileira vão sair ganhado, inclusive de opções
mais tradicionais como os fundos de renda fixa, numa mudança para uma política econômica populista.
De nossa Carteira, o cenário otimista é bom pra Romi, Copel e Gerdau e para o segmento de exportação da Metal Leve
(43% do PL).
No cenário pessimista, Fosfértil e Metal Leve, são beneficiadas (40% do PL).
Mas, qualquer que seja o cenário, é matematicamente impossível que as taxas de juros atuais permaneçam por prazo muito
longo. Da indústria de fundos, 7% estão em renda variável, contando com a participação compulsória dos fundos de pensão.
Em nenhum outro país do mundo é possível “criar valor” investido em títulos soberanos sem risco, sem trabalhar. Mais do
que as praias e o calor, os juros brasileiros são um convite ao ócio. Recentemente, o tesouro tem colocado títulos de 2 a 4
anos que rendem IPCA mais 12,3% a.a. Não sabemos quando, nem como, mas isso vai acabar (pelo bem ou pelo mal). E
nesse dia, os mais bem preparados vão sobreviver e prosperar. Aos investidores atuais do Skopos HG, que estão entre os
3% dos poupadores que voluntariamente aplicam em bolsa, os ganhos serão significativamente superiores aos da renda fixa.
Obrigado pela confiança,
Skopos Administradora de Recursos
O Skopos HG FIA é um fundo de investimento em ações, dedicado a investidores qualificados, com objetivo de obter retorno absoluto operando
prioritariamente o mercado de ações. Além disso, pode se utilizar de intrumentos de derivativos com objetivo de proteção ou alavancagem, de acordo
com a estratégia da gestão.
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