ÁLGEBRA LINEAR Valores Próprios (Autovalores) e Vetores Próprios (Autovetores) Prof. Susie C. Keller Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores de um Operador Linear Seja T:V→V um operador linear. Um vetor v V, v ≠ 0, é vetor próprio (autovetor) do operador T se existe IR tal que: T(v) = v O número real é denominado valor próprio (autovalor) de T associado ao vetor próprio v. Autovalores e Autovetores Observações: v e T(v) tem a mesma direção; dependendo do valor de , o operador T dilata v, contrai v, inverte o sentido ou o anula ( = 0); na Fig. (1) T dilata v, na Fig. (2), v não é autovetor de T. Figura 1 Figura 2 Autovalores e Autovetores Exemplo: Autovalores e Autovetores Determinação dos autovalores e dos autovetores: 1) Autovalores: Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores A equação det(A - I) = 0 é denominada equação característica do operador T ou da matriz A, e suas raízes são os valores próprios do operador T ou da matriz A. 2) Autovetores: A substituição de pelos seus autovalores no sistema homogêneo das equações lineares permite determinar os autovetores. Autovalores e Autovetores Exemplo: Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores O sistema homogêneo de eq. lineares que permite a determinação dos autovetores é: Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Propriedades dos Autovalores e Autovetores: Se v é um autovetor associado ao autovalor de um operador linear T, o vetor v, para qualquer real ≠ 0, é também autovetor de T associado ao mesmo . I. De fato: T(v) = v e T(v) = T(v) = (v) ou T(v) = (v) o que prova que v é o autovetor associado ao autovalor . Autovalores e Autovetores Observação: Como v é o autovetor associado ao autovalor , fazendo 1 v obtém-se um vetor próprio unitário. II. Se é um autovalor de um operador linear T:VV, o conjunto S de todos os vetores v V, inclusive o vetor nulo, associados ao autovalor , é um subespaço vetorial de V. De fato, se v1, v2 S: T(v1 + v2) = T(v1) + T(v2) = v1 + v2= (v1 + v2) e portanto v1 + v2 S. Autovalores e Autovetores Analogamente, se verifica que v S para todo IR. O subespaço S = {v V/ T(v) = v} é denominado subespaço associado ao autovalor ou espaço característico de T correspondente a ou auto-espaço associado a . Por exemplo, como foi visto ao autovalor = 6 correspondem os autovetores do tipo v = x(5,2). Assim, o auto-espaço associado a 6 é: S6 = {x(5,2)/xR} = [(5,2)] que representa uma reta que passa pela origem. Autovalores e Autovetores III. Matrizes semelhantes tem o mesmo polinômio característico e, por isso, os mesmos autovalores. De fato: Sejam T:V→V um operador linear e A e B bases de V. Sabe-se que a relação entre matrizes semelhantes é: Então: Autovalores e Autovetores Diagonalização de Operadores Diagonalização de Operadores Dado um operador linear T:V→V, a cada base B de V corresponde uma matriz [T]B que representa T na base B. Nosso objetivo é obter uma base do espaço de modo que a matriz de T nessa base seja a mais simples representante de T. Essa matriz é uma matriz diagonal. Propriedade: “Autovetores associados a autovalores distintos de um operador linear T:V→V são linearmente independentes” Diagonalização de Operadores Corolário: Sempre que tivermos um operador T:IR2→IR2 com 1 ≠ 2, o conjunto {v1, v2}, formado pelos autovetores associados, será uma base do IR2. Esse conceito pode ser estendido para qualquer espaço vetorial, isto é: “Se T:V→V é linear, dim V = n e T possui n autovalores distintos, o conjunto {v1, v2, ..., vn} formado pelos correspondentes autovetores, é uma base de V.” Diagonalização de Operadores Exemplo: Diagonalização de Operadores Diagonalização de Operadores Assim o conjunto {(1, -1), (-1,0)} é uma base do IR2. Diagonalização de Operadores Propriedade: Diagonalização de Operadores Diagonalização de Operadores Exemplo: Diagonalização de Operadores Diagonalização de Operadores Diagonalização de Matrizes Simétricas Propriedades: I. A equação característica de uma matriz simétrica tem apenas raízes reais. II. Se T:V→V é um operador linear simétrico com autovalores distintos, então os autovetores são ortogonais. III. De forma geral uma matriz A é diagonalizada pela matriz P dos autovetores a partir da relação: D = P-1AP Se A for simétrica, P será uma base ortogonal. Caso P seja composta de vetores ortonormais, pode-se usar a relação P-1 = Pt e dessa forma: D = PtAP Diagonalização de Matrizes Simétricas Exemplo: 1) Determinar uma matriz ortogonal P que diagonaliza a matriz simétrica A: 7 2 0 A 2 6 2 0 2 5 Inicialmente efetua-se o cálculo dos autovalores e autovetores associados a matriz, os quais são: 1 = 3 com v1 = (x, 2x, 2x) 2 = 6 com v2 = (x, x/2, -x) 3 = 9 com v3 = (x, -x, x/2) Diagonalização de Matrizes Simétricas Fazendo x = 1 nos autovetores e normalizando-os temos: v1 = (1, 2, 2) v2 = (1, 1/2, -1) v3 = (1, -1, 1/2) Logo => => => 1 3 2 P 3 2 3 u1 = (1/3, 2/3, 2/3) u2 = (2/3, 1/3, -2/3) u3 = (2/3, -2/3, 1/3) 2 3 1 3 2 3 2 3 2 3 1 3 Diagonalização de Matrizes Simétricas E, como D = PtAP 1 3 2 D 3 2 3 2 3 1 3 2 3 2 1 3 7 2 0 3 2 2 2 6 2 3 3 0 2 5 1 2 3 3 3 0 0 D 0 6 0 0 0 9 2 3 1 3 2 3 2 3 2 3 1 3