TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL: o desenvolvimento teórico

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TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL:
o desenvolvimento teórico, metodológico e suas práticas.
Ana Cláudia Tolentino Pires 1
Suzana Esteves dos Santos Morais
Elisandra Gregório Costa
Murieli Narcizo da Silva 2
O presente trabalho visa apresentar reflexões: sobre a Teoria Cognitiva
Comportamental, conceituando suas práticas e metodologias utilizadas. Este
tema foi estudado no Estágio Supervisionado de Formação de Psicólogo I,
ênfase I – Clínica, que por sua vez compõe a grade curricular do curso de
psicologia oferecido pela instituição – FAP de Tupã, sendo este estágio
supervisionado e orientado pela docente Ana Cláudia Tolentino Pires. Este
estudo contribuiu de maneira positiva para a nossa aprendizagem e formação
acadêmica, ampliando nossos conhecimentos, orientando-nos nas práticas em
clínica e possibilitando a compreensão da dinâmica que esta abordagem
oferece. A Terapia Cognitiva Comportamental está baseada em dois
pressupostos teóricos. A primeira é a Teoria Comportamental que por sua vez
está estruturada no Behaviorismo Radical, sua repercussão se deu através de
Skinner. Esta visa o estudo e a aprendizagem dos comportamentos
observáveis, comportamentos estes que são compreendidos por Skinner como
parte de uma unidade interativa Comportamento – Ambiente, sendo assim os
eventos internos são considerados comportamentos, não existindo para o autor
a divisão mundo interno – mundo externo. O segundo pressuposto teórico no
qual a Terapia Cognitiva Comportamental se baseia é a Teoria Cognitiva, esta
por sua vez foi desenvolvida por Aaron T. Beck, como psicoterapia breve,
estruturada e orientada ao presente. A terapia cognitiva trabalha com a
hipótese de que as emoções e comportamentos das pessoas são influenciados
pela percepção dos eventos, concluindo que o modo como às pessoas se
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Mestre, Docente da Faculdade da Alta Paulista, [email protected]
Graduandos em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, [email protected],
[email protected], [email protected]
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sentem está associada ao modo como elas interpretam e pensam sobre uma
determinada situação, pois a situação em si não determina diretamente como
elas se sentem. A terapia cognitiva comportamental começa a construir uma
conceituação cognitiva e comportamental durante seu primeiro contato com o
paciente e continua a refinar sua conceituação até a última sessão, ou seja,
formula hipóteses e busca compreender o paciente com base nos dados que o
paciente apresenta, estas hipóteses podem ser reformuladas no decorrer dos
atendimentos se necessário. A conceituação cognitiva e comportamental é
base estrutural da terapia. A terapia cognitiva comportamental esta interessada
em nível de pensamentos e comportamentos, tendo assim, identificado os
pensamentos automáticos que são as palavras ou imagens reais que passam
na cabeça da pessoa no qual é específica a situação, já se pode avaliar a
validade desses pensamentos. Estes pensamentos estão relacionados a
fenômenos cognitivos mais duradouros, as “Crenças”, estas por sua vez estão
baseadas nas representações mentais pessoais. As crenças podem ser
centrais ou intermediárias, esta primeira está a nível mais fundamental é global,
rígida e supergeneralizada, devido a sua profundidade as pessoas não os
articulam, sequer para si mesma. As crenças centrais influenciam o
desenvolvimento de uma classe intermediária de crenças no qual se refere à
segunda, esta consiste em atitudes, regras e suposições. As crenças surgem
do sentido que o indivíduo extrai do ambiente desde os primeiros estágios do
desenvolvimento. O indivíduo precisa organizar a sua experiência de uma
forma coerente para funcionar de forma adaptativa, sua interação com o mundo
e com outras pessoas conduzem a determinados entendimentos ou
aprendizagem. O mais importante para a terapia cognitiva comportamental
refere-se às crenças disfuncionais, estas por sua vez se refere às percepções
errôneas que fazemos em torno de conceitos fundamentais. As crenças
disfuncionais ativadas possibilitam a ocorrência de pensamentos “errados” ou
que não tem validade e com ele um elevado sofrimento, tornando-se este foco
de tratamento. A terapia cognitiva comportamental enfatiza a colaboração e
participação ativa do paciente, é orientada por metas e focalizada em
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problemas. Inicialmente enfatiza o presente, é educativa, visa ensinar o
paciente a ser o seu próprio terapeuta identificando e respondendo a seus
pensamentos e crenças disfuncionais, enfatizando prevenção de recaídas se
utilizando de uma variedade de técnicas para mudar pensamentos e
consequentemente o humor e os comportamentos. A terapia cognitiva
comportamental busca de várias formas, produzir a mudança cognitiva –
mudanças no pensamento e no sistema de crenças do paciente, visando
promover mudança emocional e comportamental duradoura. A terapia cognitiva
comportamental se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento
do paciente e de seus problemas em termos cognitivos. De acordo com as
descrições apresentadas no corpo deste resumo podemos traçar um esquema
no qual reflete o modelo a ser considerado como primordial dentro da terapia
cognitiva comportamental, para que haja um bom desenvolvimento em termos
de terapia. Podemos representas da seguinte forma: diante de uma situação as
crenças do indivíduo é um fator que influenciará na percepção que ela terá dos
eventos, e esta percepção é expressa por pensamentos automáticos
específicos a situação, estes pensamentos por sua vez influenciam as
emoções e o comportamento da pessoa e com frequência conduzem a uma
resposta fisiológica.
Palavras chave: Situação, Percepção, Pensamentos.
Referências Bibliográficas:
Matos, Maria Amélia. Behaviorismo Metodológico e Behaviorismo Radical, II
Encontro de Psicoterapia e Medicina Comportamental, out/93, Dep. De
Psicologia da USP, Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática,
aplicações e problemas, Bernard Rangé, Editorial Psy, 1995, 7 pg.
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Beck Judith S, Terapia Cognitiva: Teoria e prática, ed.1, São Paulo, Artmed,
1997, 352 pg.
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