O QUE É TERAPIA COGNITIVA? Terapia Cognitiva é um sistema de psicoterapia que tem demonstrado grande êxito no tratamento dos mais variados transtornos e patologias clinicas. A terapia cognitiva tem como base a hipótese de "vulnerabilidade cognitiva". Tem como pressuposto básico a interpretação que um sujeito faz de uma determinada situação, sendo que esta pode ser interpretada das mais variadas maneiras por pessoas diferentes, e essas interpretações que vai definir a resposta emocional e comportamental do sujeito. As nossas interpretações são determinadas pelos nossos esquemas e crenças, funcionais ou disfuncionais. Essas crenças quando ativadas geram pensamentos automáticos (positivos ou negativos), que por fim interferem no nosso comportamento. Comparando os terapeutas cognitivos aos psicanalistas, percebemos três semelhanças e duas diferenças entre os dois. Ambos analisam os processos de pensamento das pessoas, e acreditam que, ao alterar os pensamentos destrutivos, capacitarão a pessoa a viver de forma mais eficiente1; ambos pensam que muitas das crenças que ocasionam problemas de comportamento acontecem em um nível que não é percebido racionalmente2; e também concordam que explorar um sistema de crenças, que não são percebidas conscientemente, pode produzir revelações sobre as razões para os comportamentos perturbados3. Diferentemente dos psicanalistas que acreditam que a mudança do comportamento ocorra em função da catarse (liberação da energia psíquica), os terapeutas cognitivistas acreditam que o insight (compreensão da irracionalidade do pensamento) sobre as coisas irreais permite mudar diretamente a maneira como a pessoa interpreta os eventos e, através dessa reestruturação cognitiva, mudar os comportamentos mal-adaptados1; outra diferença é que os psicanalistas focalizam principalmente as relações da infância dos pacientes com sua família, enquanto que os terapeutas cognitivistas enfatizam o modo como eventos e pessoas, tanto dentro como fora da família, influem nas crenças de uma pessoa2. Características que a distinguem de outras formas de psicoterapia são o tempo curto e limitado (sessões semanais de mais ou menos 50 minutos por aproximadamente 6 meses, podendo este ser estendido de acordo com a necessidade e o ritmo de cada paciente), seu caráter focal (focaliza o problema trazido pelo cliente) a atuação ativa e colaborativa do psicólogo (determinam o ritmo e a direção do tratamento e conversam extensamente) e a eficácia comprovada através de estudos empíricos, em várias áreas de transtornos emocionais como depressão, transtornos de ansiedade (fobias, pânico, hipocondria, transtorno obsessivo-compulsivo), dependência química, transtornos alimentares, problemas interpessoais, incluindo terapia familiar e de casal, etc., para adultos, crianças e adolescentes, nas modalidades individual e em grupo. Sua utilização no tratamento de psicoses apresenta resultados encorajadores. Terapia Cognitiva ainda é indicada como coadjuvante no tratamento de transtornos orgânicos, e em intervenções nas áreas de educação, organizações e esportes. Pressupostos da Terapia Cognitiva: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. A percepção e a experiência em geral são processos ativos que envolvem tanto dados de inspeção como de introspecção. As cognições do paciente representam uma síntese dos seus estímulos internos e externos. O modo como a pessoa avalia uma situação geralmente fica evidente em suas cognições. Estas cognições constituem o "fluxo de consciência" ou campo fenomenal da pessoa, que reflete a configuração da pessoa de si própria, do seu mundo, do seu passado e do seu futuro. Alterações no conteúdo das estruturas cognitivas subjacentes da pessoa afetam seu estado afetivo e padrão comportamental. Através da terapia psicológica um paciente pode tornar-se ciente de suas distorções cognitivas. A correção destes construtos disfuncionais falhos pode conduzir a uma melhora clínica. A meta da terapia cognitiva é modificar a maneira pela qual os clientes pensam. Para começar, lhes é ensinado como detectar seus pensamentos negativos automáticos, que se manifestam quando as pessoas autoderrotistas analisam seus problemas, tais como Se eu não conseguir fazer tudo perfeitamente, então eu sou um inútil, Eu sou incapaz de mudar minha vida por isso eu nunca serei feliz, Ninguém gosta realmente de mim ou É tudo culpa minha. Os clientes são, então, treinados a submeter estes pensamentos automáticos ao teste da realidade. O terapeuta ajuda ocliente a ver o quão negativamente distorcidos são os seus pensamentos, educando-o para ser seu próprio terapeuta.