Angélica Tozzi, Karoline Bevilaqua, Marciele Souza, Yasmim Araújo A TCC é uma abordagem que se baseia em dois princípios centrais: 1. Nossas cognições; 2. O modo como agimos ou nos comportamos. Inicia-se em 1956 quando Aaron Beck realizou um trabalho de pesquisa com o intuito de verificar os pressupostos psicanalíticos acerca da depressão. O MODELO COGNITIVO: De acordo com a Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significado a acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida, com base nisso comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. Os elementos cognitivos dessa perspectiva foram reconhecidos pelos filósofos estóicos Epíteto, Cícero, Sêneca, entre outros, 2 mil anos antes da introdução da TCC. O filósofo persa da Antigüidade Zoroastro baseou seus ensinamentos em três pilares principais: pensar bem, agir bem e falar bem. Aaron T. Beck foi a primeira pessoa a desenvolver completamente teorias e métodos para aplicar as intervenções cognitivas e comportamentais a transtornos emocionais. As teorias e os métodos descritos por Beck e por muitos outros colaboradores do modelo cognitivo-comportamental estenderam-se a uma grande variedade de quadros clínicos, incluindo a depressão, os transtornos de ansiedade, os transtornos alimentares, a esquizofrenia, o transtorno bipolar, a dor crônica, os transtornos de personalidade e o abuso de substâncias. O MODELO COMPORTAMENTAL: O desenvolvimento da teoria comportamental permitiu o conhecimento a respeito das leis gerais do comportamento tornando-o mais previsível. Tal conhecimento é o ponto no qual a terapia comportamental se apóia para o desenvolvimento de sua prática clínica. Os componentes comportamentais do modelo de terapia cognitivo-comportamental tiveram seu início nos anos de 1950 e 1960, quando pesquisadores clínicos começaram a aplicar as idéias de Pavlov, Skinner e outros behavioristas experimentais . Joseph Wolpe (1958) e Hans Eysenck (1966) foram pioneiros na exploração do potencial das intervenções comportamentais. À medida que a terapia comportamental se expandia, vários investigadores proeminentes – como Meichenbaum (1977) e Lewinsohn e colaboradores (1985) – começaram a incorporar as teorias e estratégias cognitivas a seus tratamentos. Desde a década de 1960 houve uma unificação das formulações cognitivas e comportamentais na psicoterapia. O ponto de partida do tratamento é a fonte de sofrimento do cliente, ou seja, a partir das distorções que estão ocorrendo na forma do sujeito avaliar a si mesmo e ao mundo. Um dos objetivos da TCC é corrigir as distorções cognitivas que estão gerando problemas ao indivíduo e fazer com que este desenvolva meios eficazes para enfrentá-los. A Terapia Cognitiva é uma abordagem classificada como mentalista, no sentido de que vê os fatores cognitivos como os principais fatores envolvidos na etiologia dos transtornos psiquiátricos. Já a abordagem comportamental valoriza os fatores ambientais e a forma como se dá a interação de um organismo com o meio. A Terapia Cognitivo-Comportamental integra técnicas e conceitos vindos de duas principais abordagens tais como a cognitiva e a comportamental. A terapia cognitivo-comportamental é uma forma de terapia objetiva, calcada em pesquisas científicas, que procura tratar os sintomas de maneira direta e eficaz, com ênfase no presente. Esquemas: Crenças Centrais: Pensamentos Automáticos: Crenças Intermediárias: Distorções Cognitivas: A TCC é vista como pertencente às teorias construtivistas pois vê o homem como um ser que constrói seus significados sobre os fatos e portanto constrói sua própria realidade A visão de mundo e de humano do comportamental diz que ele é controlado pelo meio mas que também pode controlar o meio. Já a visão de mundo e de humano do cognitivista diz que a mente é quem controla todos os comportamentos humanos e que ao se controlar a mente, controla-se os comportamentos Dentro de Teoria da Terapia Cognitiva Comportamental não existe conceito específico sobre o desenvolvimento da personalidade, sendo assim, ela é baseada na Psicanálise, Behaviorismo, Humanismo e tem foco na teoria de Ellis. A experiência pessoal leva-nos a formar pressupostos sobre nós mesmos e sobre o mundo. Tais pressupostos formam o nosso sistema de valores e crenças, que auxiliam na previsão de atitudes e no sentido que damos às nossas experiências. Formam-se então, os chamados pensamentos negativos automáticos, que invadem a mente da pessoa. Estes pensamentos interferem nas interpretações de experiências atuais, previsões sobre eventos futuros ou lembranças de fatos passados. Existem formas positivas ou negativas de reagir frente à maioria das situações, dependendo de como se pensa sobre elas. Foco voltado para o problema; Conceitualização de caso individualizada; Relacionamento terapêutico empírico colaborativo; Questionamento socrático; Uso de estruturação, psicoeducação e ensaio para melhorar a aprendizagem; Reestruturação cognitiva; Desenvolvimento de habilidades de TCC para ajudar a evitar a recaída. Construir uma agenda para a sessão, baseando-se nos acontecimentos da semana, na demanda do paciente, no foco da terapia nas metas estabelecidas; Fazer uma ponte com a sessão anterior; Revisar a tarefa de casa; Discutir os tópicos do roteiro estabelecido na agenda; Estabelecer a nova tarefa de casa; Fazer um resumo do que foi discutido na sessão e dar feedback. TOC - Transtorno Obsessivo-compulsivo; Depressão; Crises de Pânico; Transtornos de Ansiedade; Fobias; Fobia Social; Transtornos Alimentares; Entre outros. Os procedimentos da Terapia Cognitiva Comportamental visam reduzir a ansiedade, ensinando os pacientes a identificar, avaliar, controlar e modificar seus pensamentos negativos relacionados com o perigo e a desenvolver habilidades de enfrentamento das sensações corporais.