Faculdade de Pará de Minas – FAPAM Curso de Administração Maria Luiza dos Santos ANÁLISE DO MIX DE MARKETING EM UMA EMPRESA DO SETOR ALIMENTÍCIO Pará de Minas 2014 Maria Luiza dos Santos ANÁLISE DO MIX DE MARKETING EM UMA EMPRESA DO SETOR ALIMENTÍCIO Monografia apresentada ao NTCC da Faculdade de Pará de Minas, como requisito parcial para a conclusão do curso de Administração de Empresas. Orientadora: Profa Mestre Márcia Beatriz F. Amaral. Pará de Minas 2014 Maria Luiza dos Santos ANÁLISE DO MIX DE MARKETING EM UMA EMPRESA DO SETOR ALIMENTÍCIO Monografia apresentada ao NTCC da Faculdade de Pará de Minas, como requisito parcial para a conclusão do curso de Administração de Empresas. Aprovada em _____ / _____ / _____ _______________________________________ Profa Ms. Márcia Beatriz F. Amaral – Orientadora __________________________________ Profº Fabiano Parreiras - Examinador Dedico este trabalho aos meus pais, meus irmãos, amigos e meu namorado, que sempre me apoiaram e que são a base de tudo para mim. E à minha Tia Nina, por quem tenho muito carinho. Primeiramente quero agradecer a Deus, por iluminar sempre meu caminho. Agradecer também ao meu pai Atair e minha mãe Marilda, que com tanto carinho e dedicação me apoiaram durante toda esta caminhada. Agradeço aos meus irmãos Marcos, por ser um exemplo diário em minha vida, Guilherme, que além de incentivar, segue os mesmos caminhos. E ao meu namorado Pedro, que com muito amor acompanhou toda minha trajetória. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte dessa minha formação, o meu muito obrigada! “Sonhos determinam o que você quer. Ação determina o que você conquista”. (Aldo Novak) RESUMO O presente trabalho pretende avaliar através do mix de marketing, ou composto de marketing (4 P’s): preço, praça, produto e promoção, de forma a proporcionar uma maior visibilidade ao estabelecimento em estudo, do segmento de varejo de alimentos situado em Pará de Minas, e ainda, buscar uma maior fidelização de seus clientes. Esta avaliação foi realizada através da abordagem quantitativa, com método de pesquisa descritiva. A amostra total foi de 180 clientes. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário e com base nos resultados dos mesmos foi feita uma análise utilizando-se gráficos. Com este estudo foi possível concluir que alguns pontos do composto de marketing analisados na empresa carecem de mudanças e acompanhamento. Alguns dos pontos abordados foram com relação aos clientes com a concorrência, preferência de forma de pagamento, visibilidade dos produtos e visibilidade da marca, sendo este por sua vez, responsável por maior impacto. PALAVRAS-CHAVE: Marketing. Composto de Marketing. Varejo. ABSTRACT This study aims to evaluate through marketing mix, or marketing mix (4 P's) components price, place, product and promotion, and provide greater visibility to the property under study, the retail food segment located in Pará de Minas and also seek greater customer loyalty. This review was performed by a quantitative approach with descriptive method of research. The total sample consisted of 180 clients. The data collection instrument used was a questionnaire based on the results of such an analysis was done using graphs. With this study it was concluded that some parts of the marketing mix in the analyzed company changes and lack of monitoring. Some of the points raised were in relation to clients with competition, preference of payment, product visibility and brand awareness, which is in turn responsible for the greatest impact. KEYWORDS: Marketing. Marketing Mix. Retail. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – A equação ………………………………………………… do valor 21 FIGURA 2 – As consequências de um valor superior para os clientes..........................................................…………………… 21 FIGURA 3 – Os 4Ps ……………………………………… 26 FIGURA 4 – O ……………………………………… do processo mix de de marketing precificação FIGURA 5 – Canais de distribuição …………………………………………… 30 32 LISTA DE TABELAS TABELA 1: Uma comparação das três orientações ………………………… 15 TABELA 2: Três Eras na História do Marketing ……………………………… 17 TABELA 3: Marketing …………………………………….. 20 voltado para o valor TABELA 4: Maneiras pelas quais os varejistas podem criar valor ………… 23 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1: …………………………………………………………………… Sexo 40 GRÁFICO 2: Idade ………………………………………………………………….. 41 GRÁFICO 3: Renda ……………………………………………………….. 42 Mensal GRÁFICO 4: Com que frequência você compra na lanchonete? …………… 43 GRÁFICO 5: Você ……………………………………... 44 compra na lanchonete: GRÁFICO 6: Qual o nível de qualidade você percebe em relação aos produtos oferecidos pela lanchonete? ……………………….. 45 GRÁFICO 7: Você acha que a lanchonete oferece várias opções de escolha (variedade de produtos)? ……………………………... 45 GRÁFICO 8: Com relação à concorrência, os preços dos produtos da lanchonete estão: …………………………………………………... 46 GRÁFICO 9: Qual a sua preferência .................................. na hora de pagar: 46 GRÁFICO 10: Você acha que a lanchonete está bem localizada? ………….. 47 GRÁFICO 11: Você acha que os produtos oferecidos têm boa visibilidade dentro da lanchonete? …………………………………………….. 47 GRÁFICO 12: Sempre que procura pelos produtos oferecidos pela lanchonete, você os encontra? ………………………………….. 48 GRÁFICO GRÁFICO 13: Os funcionários apresentáveis?.............. estão 14: A lanchonete …………………………… organizada é sempre bem 48 e limpa? GRÁFICO 15: Como você avalia o atendimento dos funcionários da lanchonete? …………………………………………………………. 49 49 GRÁFICO 16: Você acha que a lanchonete expõe sua marca de forma atrativa?....................................................................................... . 50 GRÁFICO 17: Onde você gostaria que a lanchonete divulgasse seus produtos?.................................................................................... . 51 GRÁFICO 18: Quais os produtos abaixo você gostaria de encontrar na lanchonete? …………………………………………………………. 52 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO …………………………………………………………………… 1.1 Situação Problemática ……………………………………………………… 1.2 Objetivo Geral ………………………………………………………………… 1.3 Objetivos Específicos ……………………………………………………….. 1.4 Justificativa …………………………………………………………………… 12 12 12 12 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO ……………………………………………………... 2.1 Marketing ……………………………………………………………………… 2.2 Marketing voltado para o valor ……………………………………………. 2.3 Marketing de varejo ………………………………………………………….. 2.3.1 Público-alvo ………………………………………………………………….. 2.4 Marketing mix ou composto de marketing ……………………………… 2.4.1 Produto ……………………………………………………………………….. 2.4.2 Preço …………………………………………………………………………. 2.4.3 Praça …………………………………………………………………………. 2.4.4 Promoção …………………………………………………………………….. 14 14 20 22 24 25 27 29 31 33 3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA …………………………………………. 36 4 METODOLOGIA ………………………………………………………………… 4.1 Metodologia Descritiva ……………………………………………………… 4.2 Abordagem Quantitativa ……………………………………………………. 4.3 Coleta de Dados ……………………………………………………………… 37 37 37 38 5 ANÁLISE DE DADOS …………………………………………………………... 40 6 CONCLUSÃO ……………………………………………………………………. 6.1 Considerações Finais ……………………………………………………….. 6.2 Limitações do Trabalho …………………………………………………….. 6.3 Recomendações à Empresa ……………………………………………….. 6.4 Sugestões para futuras pesquisas ……………………………………….. 53 53 55 55 55 REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………. 56 ANEXO 1: Questionário de pesquisa: Análise do mix de marketing em uma empresa do setor alimentício ………………………………... 59 ANEXO 2: Questionário de pesquisa …………………………………………. 61 12 1 INTRODUÇÃO O mercado atual está muito competitivo e para que as empresas possam ter destaque diante desse cenário se faz necessário que estas apresentem propostas diferenciadas quanto à qualidade e oferta de seus produtos. É nesse contexto que surge o marketing enquanto ferramenta essencial para a sobrevivência de qualquer empresa, seja de qual segmento for. Como diz um velho ditado: "Marketing é tudo". Está ligado diretamente a tudo que envolve o mercado, estuda as necessidades das pessoas, buscando satisfazê-las da melhor forma possível para que as empresas possam obter mais lucros e clientes fiéis a sua marca. A empresa em estudo é da área de alimentos. Nesse sentido é que um lanche bem apresentado poderá despertar nas pessoas o desejo de consumi-lo. E levando em conta que as pessoas estão cada vez mais exigentes e o mercado cada dia mais acirrado, é preciso buscar constantes inovações para garantir a competitividade. Surgem, então, as seguintes questões: A empresa possui algum diferencial? A vivência do marketing está presente no dia a dia da organização? 1.1 Questão de Pesquisa A lanchonete, padaria e pamonharia Ki Milho está utilizando corretamente as estratégias de marketing para sobreviver no mercado competitivo? 1.2 Objetivo Geral Analisar o composto de marketing (4 P's) de uma microempresa do setor alimentício da cidade de Pará de Minas. 1.3 Objetivos Específicos Avaliar o mix de marketing da empresa em análise; Identificar os pontos do mix de marketing que necessitam de maior atenção; Propor melhorias com base nos dados analisados. 13 1.4 Justificativa Com o intuito de desenvolver a questão do marketing em uma microempresa do ramo de alimentos, será realizada uma pesquisa que buscará uma análise mais aprofundada da empresa em questão no sentido de se buscar novas propostas visando a melhoria do mix de marketing tendo como principal objetivo a sobrevivência do empreendimento mediante a concorrência. O mercado de alimentos apresenta características distintas para cada ramo. Ao comercializar produtos para o consumo rápido (o lanche), o empreendedor precisa pensar em constantes novidades de produtos a serem comercializados, bem como um conhecimento do público que se apresenta para o consumo de seus produtos. Há que se atentar, ainda, para a questão da oferta de produtos com o maior nível possível de qualidade, tendo em vista serem produtos voltados para um consumo relativamente rápido e que estão suscetíveis às oscilações de temperatura, podendo, portanto, perder rapidamente a validade e ainda trazer transtornos ao cliente e consequentemente à empresa. Nesse sentido, o cuidado com o mix de marketing ou 4 P's é fundamental para que a empresa possa se manter no mercado, continuar crescendo e se destacar frente aos concorrentes. 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Marketing De acordo com Santos et al. (2009) o termo marketing é oriundo do latim “mercare” e faz alusão à comercialização de produtos na Roma Antiga. Embora, a prática de marketing tenha eclodido na década de 1940 nos Estados Unidos, mediante as necessidades mercadológicas de promover seus produtos a um número cada vez mais de consumidores em decorrência do aumento da concorrência. De acordo com Minadeo (2008) o marketing caracteriza-se por ser uma orientação (estratégia) das empresas que tem por finalidade detectar e determinar as necessidades, desejos e valores do mercado no qual atua de forma a proporcionar a satisfação de seus clientes, com total atenção e respeito a estes e dessa forma amenizar a concorrência e até explorar uma oportunidade de mercado. Segundo Santiago (2009, p. 11), O marketing multiplicou sua importância no início da década de 1990, quando os norte-americanos, através de estratégias mercadológicas, começaram a conquistar o mercado mundial com suas soluções em produtos e serviços. Mas, do ponto de vista empírico e filosófico, quando nossos antepassados começaram a se relacionar em sociedade surgiu a necessidade da prática de mercado. Por exemplo, partindo da necessidade de se aquecer no inverno, de comer, locomover-se, enfim, das necessidades básicas, surge a demanda por aquecedores, alimentos e veículos; na outra ponta, buscando suprir essa demanda, cada grupo buscou o conhecimento e a especialização em produtos e serviços, tendo como objetivo final a troca. De acordo com Churchill Jr. e Peter (2012, p. 6), O marketing é usado para desenvolver trocas que visam ou não lucros. Trocas visando lucros são a meta de negócios que buscam gerar receitas acima dos custos. (…) Organizações sem fins lucrativos também buscam outras metas, como doações de sangue, redução do consumo de cigarros, etc. (…) Em geral, o marketing visando lucros é um campo de conhecimento mais desenvolvido do que o marketing não lucrativo. Porém, as estratégias de marketing para obter lucros geralmente são aplicáveis a organizações sem fins lucrativos e podem ajudá-las a alcançar seus objetivos. Para Kotler e Keller (2012, p. 3) uma das mais sucintas e melhores definições de marketing é a de “suprir necessidades gerando lucro”. 15 O marketing pode ser entendido, de acordo com Las Casas (2010), enquanto meio de comercialização, tendo em vista seu caráter dinâmico; porque está presente em todo o processo da lógica de mercado, isto é, está presente no momento da venda, do desejo do consumidor, da troca, da necessidade, etc. De acordo com Santos et al. (2009), à medida que ocorria o desenvolvimento do mercado, o Marketing também se desenvolvia, concomitante às necessidades mercadológicas e acompanhando as vicissitudes típicas do mercado e de sua demanda, fazendo com que seus conceitos se modificassem. Em 1985, a AMA – American Marketing Association – baseando-se em 27 definições já publicadas em livros no período de 1957-1984, reformulou sua definição do conceito de marketing: “O marketing é o processo de planificação e execução da concepção, preço, comunicação e distribuição de ideias, produtos e serviços, para criar intercâmbios que satisfaçam os indivíduos da organização” (COBRA, BREZZO, 2010, p. 9). Quando se usa uma definição gerencial, o marketing está quase sempre descrito como “a arte de vender produtos” (KOTLER, 2002, p. 30). Porém, vender não é o mais importante em marketing. As organizações podem adotar várias orientações acerca do tipo de marketing, tendo as orientações para produção, vendas e marketing como modos tradicionais (CHURCHILL JR.; PETER, 2012). TABELA 1 Uma comparação das três orientações Orientação Produção Enfoque Produtos Vendas Vendas Marketing Clientes Descrição Produzir bens e serviços, informar os clientes sobre eles, deixar que os clientes venham até você. Produzir bens e serviços, ir até os clientes elevá-los a comprar. Descobrir do que os clientes precisam e o que desejam, produzir bens e serviços que eles dizem precisar ou desejar, oferece-los aos clientes. Fonte: Adaptado de Churchill Jr. e Peter (2012). O marketing, no entendimento de McCarthy (1997) não se trata apenas de uma ciência que logra vendas e promoções; este carrega consigo muitas outras definições. Nesse sentido, o conceito de marketing está fortemente vinculado ao 16 esforço e desejo das organizações pela busca da satisfação dos desejos e necessidades (consumistas) de seus clientes, observando-se o desejo dessas mesmas organizações em obter sempre o lucro e o sucesso no ramo do negócio e competitividade. De acordo com Peter Drucker1, apud Kotler (2002, p. 30), Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele, e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o serviço disponível. Para Churchill e Peter (2012, p. 7), A orientação para a produção centra-se nos produtos e em como fabricálos com eficiência. Pressupõe-se que, se os produtos forem melhores, os clientes irão comprá-los. O papel do marketing orientado para a produção é, essencialmente, entregar produtos em locais onde possam ser comprados. Theodore Levitt2, apud Kotler (2002, p. 41), propôs uma comparação entre orientações de vendas e de marketing, A venda está voltada para as necessidades do vendedor, o marketing, para as necessidades do comprador. A venda preocupa-se com a necessidade do vendedor de converter seu produto em dinheiro; o marketing com a ideia de satisfazer as necessidades do cliente por meio do produto e de todo um conjunto de coisas associadas a sua criação, entrega e consumo final. Durante o seu desenvolvimento, o marketing passou por algumas eras que marcaram sua história. Na tabela 2, pode-se analisar o período em que cada era ocorreu e a atitude predominante em cada. 1 2 DRUCKER, Peter. Management: tasks, responsibilities, practices. Nova York: Harper & Row, 1973, p. 64-65. LEVITT, Theodore. Marketing myopia. Harvard Business Review, jul./ago. 1960, p. 45-56. 17 TABELA 2 Três Eras na História do Marketing Era da produção PERÍODO APROXIMADO DE TEMPO Antes dos anos 20 Era das vendas Antes dos anos 50 Era do marketing Segunda século XX ERA metade ATITUDE PREDOMINANTE “Um produto bom se venderá por si mesmo”. “Propaganda e venda criativas vencerão a resistência do consumidor e os convencerão a comprar”. do “O consumidor é o rei! Busque uma necessidade e satisfaça-a”. Fonte: Boone, Kurtz (1998, p. 7). Até os anos 1920 o Marketing era visto enquanto um elemento alheio aos negócios, não havendo, portanto, uma importância no processo de divulgação dos produtos a serem oferecidos aos consumidores (COBRA, 2002; BOONE, KURTZ,1998). Conforme Cobra (2002) e Boone, kurtz (1998) a Era da Produção aconteceu até 1925, onde quase todas as empresas nas economias mais elevadas da Europa ocidental e Estados Unidos, se voltavam para a produção. Os fabricantes focavam na produção de produtos com qualidade e então iam à procura de quem os comprasse. Praticamente tudo que era produzido, era vendido. O lucro obtido era através do volume de vendas. O conceito predominante era que o produto de qualidade se vendida por si mesmo, mas só daria certo se bem trabalhado pelo marketing. A Era das Vendas, segundo Cobra (2002) e Boone, kurtz (1998) se deu entre 1925 e inícios dos anos 50, as técnicas de produção, na maioria das nações desenvolvidas, estavam sofisticadas e a produção crescente. Então os fabricantes passaram a dar mais ênfase às forças de vendas, a fim de potencializar o número de compradores, fazendo com que comprassem não apenas por julgar essencial. A Era do Marketing começou a ser implantada a partir da década de 1950, onde o processo de comercialização estava orientado para o cliente, focando no atendimento às necessidades e desejos do consumidor. Com a introdução do marketing, as empresas mudaram suas decisões, ao invés de produzir e colocar os 18 produtos no mercado passou-se a estudar o comportamento do consumidor juntamente com suas necessidades, suas reações, para então conceber as ofertas de seus produtos de forma direcionada a cada cliente (LAS CASAS, 2006). Ainda de acordo com Cobra (2002, p. 29), surge uma quarta Era, a do Marketing Digital, onde o autor diz que A era do marketing digital - A Internet e o comércio eletrônico que a acompanhou estão mudando os hábitos de comunicação e consumo. Consome-se praticamente de tudo através do computador, de serviços de turismo até compras de supermercado, roupas, eletroeletrônicos, livros, discos, etc. É o eticket substituindo passagens aéreas e inúmeros outros serviços, como vouchers de hotéis, ingresso para espetáculos musicais e teatrais, etc. Com a globalização das economias e dos negócios, segundo Santiago (2009), as disputas pelo mercado ficaram cada vez mais acirradas, aumentando sobremaneira a competitividade e trazendo consigo um novo ator social, isto é, os consumidores, que por sua vez tornaram-se mais exigentes na busca de valores e tendências que satisfaçam cada vez mais seus desejos materiais, traduzidos em produtos e/ ou serviços. Segundo Cobra e Brezzo (2010, p. 9), A AMA coletou as novas concepções do marketing em sua definição de 2004, que diz: “O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos para criar, comunicar e entregar valor para os clientes e para administrar o relacionamento com os clientes de forma a beneficiar a organização e seus públicos de interesse”. Segundo Minadeo (2008, p. 10), “a área de marketing também pode ser vista como a responsável por a empresa não perder de vista seu foco no mercado, no atendimento às necessidades dos consumidores”. Etzel, Walker e Stanton (2001) acreditam que para a satisfação das necessidades dos consumidores, deve haver uma troca de valores entre as partes: empresa e cliente. As organizações, independentemente do tamanho, verificam cada vez mais a necessidade da prática do marketing para sobreviverem ao cenário competitivo, aumentando ainda mais sua necessidade de acordo com a proporção em que se dá a concorrência, dando atenção a todas as formas de satisfazer os consumidores. 19 De acordo com Minadeo (2008) toda empresa, independentemente de suas características e atividades, possui quatro funções básicas: recursos humanos, produção, finanças e marketing. Enquanto as outras áreas se voltam para a parte interna (produto/ serviço), o marketing se volta para o externo à organização (cliente, divulgação e comercialização) e é de grande importância, observado que, através deste é possível atender às necessidades reais dos consumidores, do mercado. As premissas nas quais se baseia a atividade de marketing estão no foco dispensado pela empresa no atendimento às necessidades dos clientes através da oferta de produtos e serviços; comparando o desempenho do produto adquirido pelo cliente e suas expectativas e grau de satisfação; pesquisas constantes de mercado buscando a fidelização e a conquista de novos clientes e a expectativa pela construção de relacionamentos duradouros, que podem ser garantidos pela fidelização com clientes oferecendo-lhes produtos e serviços cada vez mais confiáveis. Minadeo (2008, p. 23) ainda afirma algumas responsabilidades da área de marketing: Investigar novos nichos de mercado. Identificar o perfil do cliente. Buscar novos produtos que proporcionem vantagens em relação à concorrência. Criar e manter serviços personalizados aos clientes, de modo a manter um relacionamento de longo prazo entre a empresa e seus consumidores; Utilizar adequadamente o potencial das ferramentas: propaganda, promoção de vendas. Interpretar as pesquisas de mercado realizadas. Manter um diálogo com as pessoas que lidam diretamente com os clientes. Lançar novos produtos ou alterações nos produtos atuais. Zelar pela imagem das marcas, bem como pela imagem corporativa. Criar embalagens atraentes. Fixar preços e conceder descontos. Gerir a rede de canais de distribuição. Acompanhar a execução das campanhas de propaganda. Gerenciar a força de vendas. Implantar as atividades de merchandising. Realizar o atendimento pós-venda. Acompanhar o nível de serviço prestado ao consumidor. Conforme Etzel, Walker e Stanton (2001) o marketing deveria ser um dos principais focos de toda organização, tendo em vista que a busca pela satisfação dos desejos dos consumidores é o objetivo de toda empresa. 20 2.2 Marketing voltado para o valor O marketing do valor busca orientar-se no sentido de se desenvolver valores superiores para os clientes, caracterizando-se por ser uma área do marketing que se alicerça em princípios e pressupostos diversos sobre os clientes (CHURCHILL; PETER, 2012). TABELA 3 Marketing voltado para o valor Orientação Valor Enfoque Voltado para cliente Descrição o Entender os clientes, concorrentes e ambientes, criar valor para eles, considerar outros públicos (stakeholders). Fonte: Adaptado de Churchill Jr. e Peter (2012). Para Churchill e Peter (2012) “princípios são regras fundamentais e abrangentes para a ação”. Na abordagem do marketing voltado para o valor, podese verificar seis princípios fundamentais. Princípio do cliente: o foco é o cliente. Nesse princípio, os profissionais do marketing conseguem atingir seus objetivos através do conhecimento de seus clientes, compreendendo seus pensamentos, sentimentos e desejos, para que consigam fornecer um valor superior para seus clientes (CHURCHILL e PETER, 2012). Princípio do concorrente: Para se destacar frente a concorrência, que pode oferecer produtos e serviços que satisfaçam os consumidores, é preciso traçar estratégias competitivas para que consiga agregar em seus produtos e serviços um valor superior aos do concorrente, para atrair e conquistar os clientes e garantir sua sobrevivência no mercado (CHURCHILL e PETER, 2012). Princípio proativo: Esse princípio se caracteriza pela mudança, ou seja, os profissionais de marketing devem estar atentos a todo tempo ao mercado, para que possam reagir às mudanças desse ambiente para melhorar sua posição competitiva e aumentar suas chances de sucesso (CHURCHILL e PETER, 2012). Princípio interfuncional: Como o marketing não é a única função em uma organização, é de extrema importância reconhecer que as outras áreas funcionais também devem ser trabalhadas e desenvolvidas, de forma a obter a interação de 21 todos os setores e melhorias significativas nas atividades de marketing (CHURCHILL e PETER, 2012). Princípio da melhoria contínua: os profissionais de marketing voltado para o valor reconhecem a necessidade contínua de se trabalhar na busca de melhores estratégias, aperfeiçoamento de processos, buscando um valor superior para os clientes (CHURCHILL e PETER, 2012). Princípio do stakeholder: É relevante ressaltar que embora o marketing voltado para o valor tem como foco o cliente, isso não se faz necessário que as outras relações e obrigações com os demais stakeholders sejam ignoradas, e sim o inverso, no qual os interesses dos demais envolvidos direta ou indiretamente com a organização podem influenciar nas decisões de marketing (CHURCHILL e PETER, 2012). Segundo Churchill Jr. e Peter (2012, 15), a visão do marketing quanto ao valor é bastante simples, ou seja, fundamenta-se na observação dos motivos que conduzem os clientes a adquirem produtos e serviços; nesse sentido, “o valor para o cliente é a diferença entre as percepções do cliente quanto aos benefícios da compra e uso dos produtos e serviços, e os custos em que eles incorrem para obtêlos”. FIGURA 1 – A equação do valor Valor para o cliente = Benefícios percebidos – Custos percebidos Fonte: Churchill e Peter (2012, p. 15). Pessoas adquirem produtos a partir do momento em que percebem que os valores pagos serão menores que os benefícios ou quando produtos e serviços oferecem valores superiores a outros produtos já adquiridos mas que trarão maiores benefícios (CHURCHILL; PETER, 2012). FIGURA 2 – As consequências de um valor superior para os clientes Valor superior para o cliente Satisfação e prazer do cliente Fidelidade do cliente Relações duradouras e lucrativas 22 Fonte: Churchill e Peter (2012, p. 20). Ao oferecer um valor superior a seus clientes, a organização pode deixá-los mais que satisfeitos e sim maravilhados, nesse sentido, estar garantindo sua fidelidade, uma vez que para a organização a fidelidade é algo desejável tendo em vista que a manutenção de sua clientela é mais viável do que a conquista de novos, pois a partir daí as relações se tornam duradouras e lucrativas tanto para clientes quanto para a organização (CHURCHILL; PETER, 2012). 2.3 Marketing de varejo As atividades varejistas são aquelas direcionadas à venda de produtos e serviços que buscam suprir as necessidades pessoais do consumidor final e o varejista são as organizações que comercializam diretamente com o consumidor final (PARENTE, BARKI, 2014). De acordo com Kotler, Keller (2012, p. 482), Qualquer organização que venda para os consumidores finais – seja ela um fabricante, atacadista ou varejista – está envolvida em varejo. Não importa como os bens ou serviços são vendidos (pessoalmente, pelo correio, por telefone, por máquinas de venda automática ou pela Internet) ou onde eles são vendidos (em uma loja, na rua ou na casa do consumidor). “O varejista é um negociante que vende produtos e serviços, de uso pessoal ou familiar, aos consumidores sendo ele o ultimo negociante de um canal de consumidores” (GIULIANI, 2003, p. 22). “O varejista faz parte dos sistemas de distribuição entre o produtor e o consumidor, desempenhando um papel de intermediário, funcionando como um elo entre o nível do consumo e o nível do atacado ou nível da produção” (PARENTE; BARKI, 2014, p. 1 e 2). Segundo Churchill e Peter (2012, p. 425), “varejista é o intermediário que se dedica principalmente a vender para consumidores finais”. A função de um varejista, de acordo com Parente e Barki (2014, p. 2), Os varejistas compram, recebem e estocam produtos de fabricantes ou atacadistas para oferecer aos consumidores a conveniência de tempo e lugar para a compra de produtos. Apesar de exercerem uma função de intermediário, os varejistas assumem cada vez mais um papel proativo e até mesmo de protagonista na cadeia de valor, ao identificarem as 23 necessidades do consumidor, definirem o que deverá ser produzido para atender as expectativas do mercado, proporcionarem ao consumidor experiências diferenciadas e prazerosas e desenvolverem e fortalecerem sua marca. Segundo Etzel, Walker, Stanton (2001) e Boone, Kurtz (1998) o varejo encontra-se em constante processo de mudança para satisfazer os desejos e necessidades do consumidor, tornando-se, assim, cada vez mais competitivo. Não é difícil tornar-se um varejista, mas não é tão fácil obter sucesso nesse segmento de mercado. É preciso não só satisfazer as necessidades dos consumidores como também é necessário fidelizá-los, promovendo compromissos com eles. E isto ocorre através de estratégias de marketing, baseadas nos objetivos e no planejamento estratégico da empresa, análises do ambiente de mercado, ponto de venda, no qual os profissionais da área buscam entender e atender os desejos dos clientes, adquirindo sucesso nas inovações e maximizando os lucros no varejo. De acordo com Churchill e Peter (2012), para um melhor atendimento às necessidades de seus consumidores, os varejistas criam valores com vistas a oferecerem benefícios aos consumidores finais e, nesse sentido, chamar cada vez mais a atenção e o interesse destes pelos seus produtos. A tabela a seguir demonstra, de forma resumida, alguns exemplos que podem auxiliar os varejistas na criação de valores para fornecedores e clientes. TABELA 4 Maneiras pelas quais os varejistas podem criar valor Para os fabricantes e atacadistas Colocando os produtos à disposição dos consumidores Coletando e divulgando dados sobre os consumidores e seu comportamento de compra Assumindo riscos na compra de produtos perecíveis Promovendo os produtos dos fabricantes Oferecendo serviços eficientes de distribuição física Para os clientes Colocando produtos à disposição no momento e no lugar em que os consumidores desejam compra-los Facilitando as compras ao aceitar cartões de crédito ou oferecer planos de pagamento e venda de produtos em pequenas quantidades Tornando conveniente ou prazerosa a experiência de comprar Oferecendo variedade de marcas para que os consumidores possam fazer comparações Fornecendo serviços especiais como entrega ou alterações/ consertos nos 24 produtos Fonte: Adaptado de Churchill Jr. e Peter (2012). Segundo Boone e Kurtz (1998), o primeiro passo para os varejistas quanto às decisões de marketing é a seleção de um público alvo, visando atender às necessidades e satisfação de seus clientes. 2.3.1 Público-alvo A seleção do público-alvo é o início para todos os varejistas, devendo ser considerados neste processo seletivo a quantidade em potencial de geração de lucro do público em questão bem como a concorrência que se fará presente no ambiente mercadológico (BOONE, KURTZ, 1998). Quanto ao público-alvo, O conceito vem da publicidade e do marketing e diz respeito ao público específico que um produto ou serviço visa como mercado consumidor. Ou seja, é um grupo de pessoas que se tem em mente quando se cria e procura vender um produto ou serviço. (2013. Disponível em: <unipay.com.br/blog/o.que.e.publico-alvo/>. Acesso em: 12 junho 2014.) A tendência atual do mercado varejista é a segmentação deste, estratégia esta que objetiva atender a um mercado de massa de forma mais restrita e direta com vistas a alcançar um público mais específico (BOONE, KURTZ, 1998). Segmentar um mercado significa escolher um grupo de consumidores, com necessidades homogêneas, para o qual a empresa poderá fazer uma oferta mercadológica. O processo de segmentação requer que sejam identificados os fatores que afetam as decisões de compras dos consumidores. Requisitos para a segmentação: o seguimento deve ser identificável, mensurável, acessível, rentável e estável. Não é possível para uma empresa satisfazer todos os consumidores de um dado mercado, ou pelo menos, da mesma maneira. Um único composto de marketing raramente é adequado para atender às necessidades e desejos de todo o mercado de um produto. Portanto as organizações estão segmentando seus mercados para atender seus consumidores de maneira mais eficaz (FERREIRA, 2000, p. 1). Ao segmentar o mercado onde irá atuar, seleciona-se segmentos onde serão desenvolvidos produtos que farão frente à concorrência, papel este desempenhado pelo profissional do marketing. “Mas antes de definir o composto que irá satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores é preciso entendê-los. E este trabalho 25 não é fácil, é o grande desafio para os profissionais de marketing” (FERREIRA, 2000, p. 1). 2.4 Marketing mix ou composto de marketing De acordo com Cobra e Brezzo (2010, p. 136), “a mistura de marketing (mix de marketing) foi apresentada originalmente pelo professor Neil Borden, em 1949, e definida como a mistura de variáveis de marketing para a obtenção dos objetivos da empresa e dos consumidores”. Segundo Santiago (2009, p. 119), “o marketing mix também conhecido como composto de marketing é uma combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos das organizações”. Kotler, Keller (2012, p. 23) afirma que, McCarthy classificou várias atividades de marketing em ferramentas de mix de marketing de quatro tipos amplos, os quais denominou os quatro Ps do marketing: produto, preço, praça (ou ponto de venda) e promoção (do inglês, product, price, place e promotion). Kotler (2000, p. 38), afirma que “os 4 P’s representam a visão que a empresa vendedora tem das ferramentas de marketing disponíveis para influenciar compradores”. De acordo com Etzel, Walker e Stanton (2001, p. 60), o mix de marketing é “a combinação de um produto, como ele é distribuído e promovido e seu preço. Juntos, esses quatro fatores devem satisfazer às necessidades de mercados-alvo e, ao mesmo tempo, atingir os objetivos de marketing da organização”. 26 FIGURA 3 – Os 4Ps do mix de marketing Fonte: Adaptado de Kotler e Keller (2012). De acordo com Rosenbloom (2002), a essência do gerenciamento do marketing está na capacidade gerencial em desenvolver e promover um mix de marketing que atenda às demandas de seu público-alvo, ou seja, combinando os 4P’s (produto, preço, praça e promoção) aos anseios e desejos dos clientes de forma a satisfazer suas exigências e garantir a fidelidade dos mesmos. Assim, o sucesso de um negócio, segundo Las Casas (2010), começa com um bom estudo acerca do produto a ser comercializado bem como de sua demanda mercadológica; aliadas a uma prática competitiva de preços e um marketing chamativo de maneira que convença o cliente da qualidade e do preço do produto ofertado. Segundo Etzel, Walker e Stanton (2001), os fatores do mix de marketing (preço, praça, produto e promoção) encontram-se relacionados de maneira tal que uma decisão em determinada área afeta a outra, tendo em vista que cada um dos elementos que compõem o mix de marketing possui diversas alternativas; tem-se que combiná-los coerentemente com vistas à obtenção da máxima eficácia. Nesse sentido, é papel da administração “(…) selecionar uma combinação de fatores que 27 vão satisfazer os mercados-alvo e atingir os objetivos de marketing e da organização” (ETZEL, WALKER, STANTON, 2001, p. 61). Segundo Boone e Kurtz (1998, p. 19) “embora centenas de variáveis estejam envolvidas, a tomada de decisões em marketing pode ser dividida em quatro estratégias: de produto, de preço, de distribuição e de comunicação”. 2.4.1 Produto O conceito de produto extrapola o significado de bem, serviço ou ideia porque é amplo e considera todas as necessidades do consumidor (BOONE; KURTZ, 1998). Para uma melhor análise e acompanhamento dos produtos, Churchill e Peter (2012) afirmam que os produtos passam por um “ciclo de vida”, sendo quatro estágios no qual apontam histórico de vendas e lucros de determinado produto, auxiliando os profissionais de marketing no planejamento das estratégias: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Introdução: é o momento em que um novo produto entra no mercado e para que ele seja reconhecido e obtenha saída de vendas, os profissionais de marketing focam em uma demanda primária (demanda pelo tipo de produto) mostrando os potenciais deste e assim, fazendo com que as pessoas queiram experimentá-lo. “Como os custos são altos e as vendas estão apenas começando a crescer, os lucros costumam ser negativos nesse estágio” (CHURCHILL; PETER, 2012, p. 245). Crescimento: nesse estágio a concorrência tende a aumentar, pois há crescimento nas vendas e consequentemente dos lucros. Fazendo-se necessário acompanhar a demanda, os profissionais de marketing focam na demanda secundária, “(...) baixando preços ou melhorando a imagem da marca” (CHURCHILL; PETER, 2012, p. 246). Maturidade: “Um produto está maduro quando se torna conhecido no mercado e quando as vendas sobem mais gradualmente até atingir um platô” (CHURCHILL; PETER, 2012, p. 245). As vendas obtêm baixo crescimento ou até queda, devido à falta de demanda. A procura por novos mercados é uma alternativa ao produto nesse estágio (CHURCHILL; PETER, 2012). Declínio: “Durante o estágio final, os profissionais de marketing podem tentar estimular a demanda ou podem parar de oferecer o produto” (CHURCHILL; PETER, 28 2012, p. 244). Podem cortar custos, mantendo o produto lucrativo; deixar o produto mais atraente, buscando novas maneiras e oportunidades de se usá-lo; incrementar ao produto uma nova tecnologia, etc. (CHURCHILL; PETER, 2012). Nesse sentido, Etzel, Walker e Stanton (2001, p. 197) afirmam: (…) um produto é um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis os quais podem incluir embalagem, cor, preço, qualidade e marca, mais os serviços e a reputação do vendedor. Um produto pode ser uma mercadoria, um serviço, um lugar, uma pessoa ou uma ideia. Em essência, então, os consumidores estão comprando muito mais que um conjunto de atributos quando compram um produto. Eles estão comprando a satisfação de um desejo em forma de benefícios que esperam receber do produto. Kotler (1998, p. 383) conceitua dizendo que o “produto é algo que se pode ser oferecido a um mercado para satisfazer a um desejo ou necessidade”. Mais um conceito é dado por Churchill e Peter (2012, p. 22): “O elemento produto refere-se ao que os profissionais de marketing oferecem ao cliente”. É importante que o produto seja atraente aos olhos do consumidor. É preciso que os produtos e/ ou serviços a serem ofertados tenham boa qualidade, que suas características atendam aos desejos dos consumidores, com boas opções, nome atraente, acondicionados em embalagens sedutoras, com serviços oferecidos ao usuário e que proporcionem retornos financeiros à organização (URDAN; URDAN, 2006). Para Santana (2010, p. 26), “O produto deve, obrigatoriamente, ser aquele desejado pelo cliente, estar dentro das suas expectativas e satisfazer suas necessidades”. Produtos e serviços vendidos a consumidores são considerados produtos de consumo e o modo como são classificados usualmente diz respeito a quatro termos que estão relacionados à tomada de decisão de compra dos consumidores. A classificação, de acordo com Churchill e Peter (2012, p. 241), é a seguinte: Produtos de conveniência: Produtos comprados com frequência e com tempo e esforço mínimos. Produtos de compra comparada: Produtos comprados depois do empenho de algum esforço para a comparação de diferentes alternativas. Produtos de especialidade: Produtos únicos em algum aspecto, comprados com pouca frequência e, geralmente, caros. Produtos não procurados: Produtos que os consumidores não procuram e dos quais talvez nem tenham conhecimento. A estratégia de produto requer decisões acerca dos produtos e/ ou serviços a serem oferecidos pela empresa ao seu público-alvo. A estratégia é, portanto, mais 29 do que decidir sobre produtos. Está relacionada também às escolhas sobre as embalagens a serem utilizadas, nomes de marcas e seus registros, garantias, durabilidade do produto, etc. (BOONE; KURTZ, 1998). “As estratégias são necessárias para se administrar existentes durante algum tempo, adicionar novos e retirar produtos que não vendem” (ETZEL, WALKER, STANTON, 2001, p. 60). 2.4.2 Preço Segundo Etzel, Walker e Stanton (2001, p. 278), “Preço é simplesmente a quantidade de dinheiro e/ ou outros itens com utilidade necessária para se adquirir um produto”. De acordo com Churchill e Peter (2012, p. 321), “Preço é a quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou o uso de um produto”. Nesse sentido, de acordo com Las Casas (2005) e Kotler; Keller (2006), o preço é elemento essencial na tomada de decisão por parte do consumidor sobre a aquisição ou não do produto ofertado. O preço é o elemento que proporciona lucros à empresa, assim, dentre os elementos do mix de marketing, o preço é o principal gerador de lucros à empresa. Por este motivo é que as empresas devem dar atenção especial à elaboração do preço para seus produtos, tomando o cuidado em observar a qual tipo de público-alvo deseja atingir e o quanto este estará disposto a pagar pelo consumo dos produtos ofertados, oferecendo uma relação custo versus benefício satisfatória e mais atraente que a dos concorrentes. Para Etzel, Walker e Stanton (2001, p. 60), As estratégias necessárias referem-se à flexibilidade de preço, itens relacionados dentro de uma linha de produto, termos de venda e possíveis descontos. Além disso, as estratégias de preço para se entrar em um mercado, especialmente com um produto novo, devem ser desenvolvidas. Segundo Churchill e Peter (2012), para a definição dos preços a serem praticados, muitas organizações seguem a intuição ou o exemplo dos concorrentes. Contudo, seguir um método para a precificação é o mais recomendado para que se consiga atingir os objetivos do marketing. 30 FIGURA 4 – O processo de precificação Definição dos objetivos da precificação Avaliação da resposta dos clientes e de outras restrições de preços Análise do potencial de lucros Definição do preço inicial Ajuste dos preços conforme necessário Fonte: Churchill; Peter (2012, p. 349). A estratégia de preço é uma questão difícil para a área do marketing, pois, se faz necessária a busca pelo equilíbrio entre os preços lucrativos e justificáveis; sempre levando em consideração e observando a competitividade de mercado. Nesse sentido, “As guerras de preço podem ser perigosas para os profissionais de marketing, porque o consumidor, uma vez acostumado a pagar preços mais baixos por um produto, não admite pagar mais” (BOONE; KURTZ, 1998, p. 20). Para Churchill e Peter (2012), o processo de precificação se inicia após a definição dos objetivos dos preços pelos profissionais de marketing. Este processo engloba as demais áreas dentro da organização, que trabalham em equipes (interfuncionais) para atingir o objetivo final, criando valor para o públicoalvo. O passo seguinte é identificar e avaliar a demanda e as restrições quanto ao preço. Avaliar a resposta do cliente quanto a determinado produto, a quantidade desejada, ou seja, que cada pessoa tem interesse e quanto pagaria para obtê-lo. Estar atento as questões legais que estão contidas no Código de Defesa do Consumidor, para não colocar preços abusivos e injustificáveis. E observar a concorrência, caso queira cobrar mais pelos seus produtos, é preciso mostrar aos clientes que está oferecendo algo a mais, que seu produto é melhor em algum aspecto. Depois de ter tudo avaliado, é possível definir a faixa de preços razoável. E então, analisar o potencial de lucros, que através da demanda aliada a algumas técnicas, se obtêm as relações entre demanda, preço e lucro. Na definição do preço inicial, deve se levar em conta qual a intenção na venda do produto e as estratégias de venda, para que possa ser definido o chamado “preço de tabela” que de acordo com Churchill e Peter (2012) é “o preço de venda para um item antes de qualquer desconto ou redução”. E por fim, o ajuste nos preços conforme necessário, que será definido nos casos de promoções, ou na venda de grande quantidade de certo produto, etc. 31 2.4.3 Praça Canal de Distribuição é o outro nome dado à Praça. Este, por sua vez, é organizado com prédios, equipamentos, estoque e processos que facilitam a chegada dos produtos até o consumidor final. Pela complexidade da distribuição de produtos aos clientes, a empresa precisa estar onde há maiores concentrações de consumidores (URDAN; URDAN, 2006). Segundo Etzel, Walker e Stanton (2001, p. 350), Um canal de distribuição é um conjunto de pessoas e empresas envolvidas na transferência da propriedade de um produto, durante seu trajeto do produtor até o consumidor final, ou usuário empresarial. Um canal de distribuição sempre inclui tanto o produtor e o consumidor final do produto em sua forma atual, quanto quaisquer intermediários, como varejistas e atacadistas. Ainda de acordo com Etzel, Walker e Stanton (2001, p. 348), O papel da distribuição dentro de um mix de marketing é levar o produto até seu mercado alvo. Nesse processo, a atividade mais importante é acertar sua venda e a transferência da propriedade do produtor ao consumidor final. Outras atividades comuns (ou funções) são promover o produto, estocá-lo e assumir alguns dos riscos financeiros durante o processo de distribuição. Os canais de distribuição devem ser bem analisados para que possam haver maiores possibilidades de se fazer a escolha correta, optando pelo que apresentar maior rentabilidade na busca pela prática de um preço competitivo, buscando assim, a satisfação dos clientes (LAS CASAS, 2000). No entendimento de Las Casas (2006) é importante que o empreendimento faça uso de um bom e eficiente meio para garantir o abastecimento de produtos aos seus clientes que, em geral, já estão habituados a adquirir seus produtos em locais próximos às suas residências de forma a adquiri-lo no momento em que precisarem. Assim, podemos asseverar que a Praça, dentro do composto de marketing, nada mais é do que o meio de distribuição dos produtos ou serviços e diz respeito ao modo como ele será levado ao mercado-alvo para que se tornem disponível para a efetivação. A garantia de que os produtos irão chegar nas quantidades apropriadas e em tempo hábil cabe aos profissionais de marketing. São eles que decidem sobre a 32 distribuição que envolve meios de transporte, controle de estoque, armazenamento, encomendas e seleção de canais de marketing (BOONE; KURTZ, 1998). (…) as estratégias relacionam-se com os canais por meio dos quais a posse dos produtos é transferida do produtor para o consumidor e, em muitos casos, os meios pelos quais as mercadorias são transportadas de onde são fabricadas ao local onde são compradas pelo consumidor final. Além disso, as estratégias aplicáveis aos intermediários, tais como atacadistas e varejistas devem ser desenvolvidas (ETZEL, WALKER E STANTON, 2001, p. 60). FIGURA 5 – Canais de distribuição Canal direto Consumidores Produtor Canais indiretos Varejistas Consumidores Atacadistas Varejistas Consumidores Atacadistas Varejistas Consumidores Produtor Produtor Produtor Agentes Fonte: Churchill; Peter (2012, p. 380). Segundo Churchill e Peter (2012, p. 381), Os agentes, que não têm direito de propriedade sobre os produtos que distribuem, coordenam as vendas para vários fabricantes de produtos relacionados, mas não concorrentes. (…) Os agentes também são chamados de representantes dos produtores. Podemos identificar na Figura 5 dois tipos de canais de distribuição, quais sejam, o direto e os indiretos. O primeiro é aquele no qual o produtor pratica seu comércio diretamente para os consumidores finais, sem intermediários, no caso do produtor para o consumidor. Já nos segundos podemos perceber a presença de intermediários entre o produtor e o consumidor final (ETZEL, WALKER, STANTON, 2001). Para bens de consumo, o canal mais comum é aquele onde o produtor vende para atacadistas, que por sua vez vendem para os varejistas e, finalmente, estes fazem com que o produto chegue até os consumidores (CHURCHILL; PETER, 2012). 33 2.4.4 Promoção A promoção é o veículo que estabelece a ligação entre o comprador e o vendedor. “A promoção é um meio de publicidade que tem por propósito atrair ou estimular a compra de um produto de uma determinada empresa” (SANTANA, 2010, p. 31). Através deste veículo é que as empresas estabelecem canais de comunicação para promoverem seus produtos nas diversas mídias existentes com vistas a atingirem o maior público de consumidores possível. Nesse sentido, “(…) os profissionais de marketing misturam vários elementos de promoção para se comunicarem de forma mais eficaz com seu público-alvo (BOONE; KURTZ, 1998, p. 21). Ao promover o lançamento de um determinado produto, a empresa passa a estabelecer uma comunicação entre si e o mercado consumidor através da televisão, painéis de outdoors, rádios, revistas especializadas, jornais e internet, etc. Nesse processo de divulgação de seus novos produtos, há também o envolvimento de diversos profissionais, principalmente os de marketing, na venda do produto. Este profissional, por sua vez, se respalda na união da equipe de vendas e em sua capacidade de divulgar e vender os produtos (KOTLER, 2002). A comunicação de marketing procura informar e conscientizar os clientes atuais e aqueles considerados potenciais a respeito da empresa e dos produtos e serviços oferecidos por esta, na tentativa de persuadi-los acerca da qualidade destes. Os objetivos da comunicação podem ser alcançados mediante a utilização de uma campanha coordenada de maneira a combinar métodos individuais como a publicidade, venda pessoal e promoção de vendas (ETZEL, WALKER, STANTON, 2001). De acordo com Santana (2010, p. 31), O uso de um desses instrumentos de comunicação deve ser definido pela empresa com base nos objetivos traçados que se almeja. Esta ação tem como objetivo, divulgar um produto, ou uma instituição, aumentar as vendas, melhorar sua imagem, dentre outros para atingir as suas metas. Um mix de comunicação adequado, ou seja, empregando-se uma combinação apropriada das ferramentas disponíveis, tais como comunicação pessoal, propaganda, promoção, publicidade e relações públicas, devem ser 34 ajustadas de acordo com o estágio de vida do produto (ETZEL, WALKER, STANTON, 2001). É comum as pessoas confundirem ou até mesmo não conhecerem o conceito de propaganda, merchandising e publicidade. Ambos fazem parte da área de marketing. Propaganda é toda forma de comunicação impessoal que é emitida, paga e controlada por uma empresa, com a finalidade de transmitir uma determinada mensagem junto a certo público-alvo, com o intuito de estabelecer ou continuar relacionamentos de troca com o público (MINADEO, 2008, p. 21). Segundo Kotler3 (2000, p. 570), apud Santana (2010, p. 31), Propaganda é qualquer forma paga de apresentação e promoção não pessoal de ideias, mercadorias ou serviços por um anunciante identificado. Utiliza os seguintes meios: anúncios impressos e eletrônicos, embalagens externas, encartes de embalagens, filmes, manuais e brochuras, cartazes e folhetos, reimpressão de anúncios, outdoors, painéis, displays nos pontosde-compra, material audiovisual, símbolos, logotipos e fitas de vídeo. De acordo com Sandhusen4 (2003, p. 394), apud em Santana (2010, p. 31), “Propaganda é a comunicação pessoal de curto prazo ou longo prazo por um patrocinador identificado por diversas mídias”. Assimilada esta forma de pensamento, aos profissionais do marketing resta o exercício de sua criatividade para a obtenção de resultados satisfatórios (SANTANA, 2010). Para Ogden e Crescitelli5 (2008, p. 37), apud Santana (2010, p. 32), “a ideia central da propaganda é desenvolver e expor uma estratégia da ideia criativa”. Segundo Kotler (2003, p. 3), Percebe-se que o marketing não é usado apenas para propaganda e vendas, é além disto, pois quando ocorre a venda do produto as estratégias de marketing foram utilizadas, antes mesmo da fabricação do produto, o marketing está presente no planejamento do produto estudando bem as necessidades e desejos do seu público alvo, para que na hora da criação seja construído um produto ou serviço que tende a suprir essas necessidades e desejos. 3 KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prenttice - Hall do Brasil, 2000. SANDHUSEN, Richard. Marketing Básico. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 5 OGDEN, James R.; CRESCITELLI, Edson. Comunicação integrada de marketing: conceitos, técnicas e práticas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice, 2008. 4 35 A propaganda brasileira é uma das mais criativas do mundo, e o marketing produzido no Brasil, que se espelha na realidade de um país em crescimento acelerado, é referência mundial e fonte de disseminação da cultura e do conhecimento mercadológico (COBRA, 2002). Segundo Minadeo (2008, p. 21), Merchandising é a ação sobre o produto no ponto-de-venda, onde o consumidor espera encontrar o produto. As atividades de Merchandising significam uma espécie de empurrão final, a última lembrança ao consumidor de que o produto está lá à sua espera, no local certo, à hora da compra. (…) Enfim, as ações de merchandising compreendem diversas operações táticas efetuadas no ponto-de-venda, para gerar o impacto visual mais apropriado. Merchandising, segundo Santana (2010), são ações e técnicas desenvolvidas pelos profissionais do marketing, de forma permanente, para divulgar, informar, promover e dar maior visibilidade a seus produtos; tendo como objetivo a motivação do consumidor final de forma a influenciá-lo a adquirir o produto. Publicidade, para Churchill e Peter (2012, p. 463), define-se enquanto “Comunicação de informações sobre a companhia ou o produto, geralmente na forma de algum tipo de mídia e vista como não paga”. Publicidade tem um maior alcance comparada à propaganda por envolver todas as ações de comunicação de uma organização (MINADEO, 2008). 36 3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA A organização objeto do estudo de caso do presente trabalho é uma microempresa familiar do ramo de alimentos. A empresa foi fundada em março de 2003, quando o proprietário vislumbrou uma oportunidade de negócio nesse ramo. Por tal motivo, a empresa está no mercado há 11 anos. Esta possui ótima localização, se encontra a rua São José, no centro de Pará de Minas. Sendo assim, a empresa conta com um fluxo de clientes que gera em torno de 350 pessoas diariamente, durante os sete dias da semana. Estes são, na maioria, pertencentes à classe C. A empresa que se classifica como lanchonete, padaria e pamonharia oferece a seus clientes produtos como: milho e seus derivados, produtos de padaria e uma variedade de salgados e sucos naturais. Enfim, a organização tem como princípio o foco no atendimento aos clientes e no seu capital intelectual; tendo como missão saciar a fome com qualidade, sabor e preço acessível e preza por valores como responsabilidade, tolerância e caráter, com a visão de ser reconhecida como a melhor no mercado de Pará de Minas. 37 4 METODOLOGIA O recurso metodológico escolhido para a realização do presente trabalho foi o da revisão bibliográfica considerando que o conteúdo utilizado para a elaboração do mesmo encontra-se presente em artigos periódicos e revistas eletrônicas, livros, etc.; onde encontramos os temas referentes ao assunto abordado e estando estes dentro da proposta, ou seja, assuntos que abordam a análise do mix de marketing em uma microempresa do setor alimentício. O trabalho será de natureza aplicada, tendo em vista que seu objetivo é uma análise da dinâmica mercadológica e, portanto, pretende “gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais” (MORESI, 2003, p. 8). 4.1 Metodologia Descritiva O método descritivo de pesquisa possibilita caracterizar o objeto de estudo através da observação dos fatos, registrando, classificando e analisando sem que haja a interferência do pesquisador; através da coleta de dados, utilizando questionário e observação sistemática (RODRIGUES, 2007). 4.2 Abordagem Quantitativa A abordagem escolhida foi a quantitativa porque, segundo Moresi (2003, p. 8) “tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las”. Ainda de acordo com Moresi (2003, p. 64), A Pesquisa Quantitativa é apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como comportamentos. (...) Ela também é usada para medir um mercado, estimar o potencial ou volume de um negócio e para medir o tamanho e a importância de segmentos de mercado. A abordagem escolhida para a pesquisa foi a quantitativa, tendo em vista que este tipo de abordagem, segundo Rodrigues (2007, p. 5), “Traduz em números as 38 opiniões e informações para serem classificadas e analisadas” utilizando-se dados estatísticos representados através de gráficos. 4.3 Coleta de Dados A coleta de dados, segundo Moresi (2003, p. 64) “É o conjunto de processos e instrumentos elaborados para garantir o registro das informações, o controle e a análise dos dados”. Afirma ainda que os instrumentos mais utilizados para a coleta de dados são entrevistas, observações e questionários. A elaboração, aplicação e análise de questionário será o instrumento utilizado para a coleta de dados, haja vista ser este instrumento, o questionário, uma forma de se conseguir informações do maior número possível de entrevistados de maneira a manter o anonimato dos entrevistados e permitir que os mesmos procedam às respostas do questionário no momento em que lhes for conveniente, até o prazo estabelecido pela autora (MORESI, 2003). De acordo com Barbosa (2008, p. 1), o questionário é um dos procedimentos mais utilizados para obter informações, sendo, portanto, (…) uma técnica de custo razoável, apresenta as mesmas questões para todas as pessoas, garante o anonimato e pode conter questões para atender a finalidades específicas de uma pesquisa. Aplicada criteriosamente, esta técnica apresenta elevada confiabilidade. A Lanchonete Padaria e Pamonharia Ki Milho está inserida no universo das microempresas, seu público caracteriza-se pela heterogeneidade de classes sociais, são pessoas que transitam pela região central da cidade e frequentam o estabelecimento buscando saciar sua fome. Contudo, a grande maioria dessas pessoas buscam um lanche rápido, tendo em vista vários fatores que demandam tempo, sendo assim, o lanche rápido é a melhor opção. No estudo de caso observamos que a frequência média diária de pessoas que consomem produtos da Lanchonete Padaria e Pamonharia Ki Milho gira em torno de trezentos e cinquenta, durante os sete dias da semana. O questionário aplicado foi elaborado pela autora e é constituído por quinze questões de múltipla escolha. A amostra utilizada foi a de acessibilidade porque a 39 empresa objeto do presente estudo tem fácil acesso aos seus clientes e estes são de ambos os sexos, ou seja, masculino e feminino. A aplicação do questionário teve início no dia 06 de outubro de 2014 e foi finalizado no dia 12 de outubro de 2014. Foram aplicados 200 questionários, mas vinte destes sem devolução. A análise dos dados verificada a partir dos 180 questionários será demonstrada através de gráficos. 40 5 ANÁLISE DE DADOS GRÁFICO 1: Sexo Homens Mulheres Fonte: A autora. Diante deste gráfico, pode-se analisar a proporção homens e mulheres dando ênfase ao percentual muito maior de mulheres, em virtude do público alvo. 41 GRÁFICO 2: Idade Menos de 20 anos De 20 a 30 anos De 31 a 40 anos De 41 a 50 anos De 51 a 60 anos Mais de 60 anos Fonte: A autora. Uma vez avaliado a superioridade do percentual de mulheres, observa-se aqui os percentuais divididos em faixa etária, trazendo o cenário de idade do nosso público alvo. 42 GRÁFICO 3: Renda Mensal Até R$ 762,50 Entre R$ 762,50 até R$ 1.750,00 Entre R$ 1.750,00 até R$ 3.500,00 Entre R$ 3.500,00 até R$ 6.000,00 Acima de R$ 6.000,00 Fonte: A autora. Muito importante também o critério financeiro, para delinear o poder de compra dos clientes. Percebe-se nitidamente uma maioria que tem renda média de 2 salários mensais. Esse fator também é importante para o planejamento estratégico financeiro. 43 GRÁFICO 4: Com que frequência você compra na lanchonete? Todos os dias-Segunda a Domingo De 4 a 6 vezes na semana Duas vezes por semana De vez em quando Raramente Fonte: A autora. Diante destes dados, pode-se caracterizar a fidelização de clientes, o que é muito satisfatório, no entanto verificam-se também pontos a serem trabalhados para melhor desempenho de vendas, perceba que o percentual de clientes “de vez em quando” é muito grande. 44 GRÁFICO 5: Você compra na lanchonete Pela qualidade dos produtos Pela variedade dos produtos Por gostar do atendimento Por estar bem localizada Por indicação de alguém Pelo preço acessível Outros Fonte: A autora. Pode-se caracterizar este gráfico como a importância de um SAC (Serviço de atendimento ao consumidor) talvez este seja um dos mais importantes indicadores para análise de perfil dos clientes e este retorno (feedback) é de extrema importância onde é possível evidenciar as condições da compra e indicadores importantíssimos como qualidade dos produtos e atendimento. Este gráfico proporciona ao gestor iniciativa de ações imediatas para otimização do processo como um todo. A seguir nos gráficos 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 e 15 observam-se estes fatores de uma forma estratificada. 45 GRÁFICO 6: Qual o nível de qualidade você percebe em relação aos produtos oferecidos pela lanchonete? Alto Baixo Médio Fonte: A autora. GRÁFICO 7: Você acha que a lanchonete oferece várias opções de escolha (variedade de produtos)? Sim Não Deve melhorar nas opções Fonte: A autora. 46 GRÁFICO 8: Com relação à concorrência, os preços dos produtos da lanchonete estão: Mais caros Mais baratos Praticamente iguais Não sei Fonte: A autora. GRÁFICO 9: Qual sua preferência na hora de pagar: Dinheiro Cartão Ticket Outros Fonte: A autora. 47 GRÁFICO 10: Você acha que a lanchonete está bem localizada? Sim Não Fonte: A autora. GRÁFICO 11: Você acha que os produtos oferecidos têm boa visibilidade dentro da lanchonete? Sim Não Fonte: A autora. 48 GRÁFICO 12: Sempre que procura pelos produtos oferecidos pela lanchonete, você os encontra? Sim Às vezes Não Fonte: A autora. GRÁFICO 13: Os funcionários estão sempre bem apresentáveis? Às vezes Sim Não Fonte: A autora. 49 GRÁFICO 14: A lanchonete é organizada e limpa? Sim Às vezes Não Fonte: A autora. GRÁFICO 15: Como você avalia o atendimento dos funcionários da lanchonete? Ótimo Bom Ruim Péssimo Fonte: A autora. 50 GRÁFICO 16: Você acha que a lanchonete expõe sua marca de forma atrativa? Sempre Sim Às vezes Não Fonte: A autora. Diante desta análise, observa-se a satisfação e pontos de melhoria da exposição dos produtos, de forma mais atrativa. 51 GRÁFICO 17: Onde você gostaria que a lanchonete divulgasse seus produtos? Jornal Rádio Facebook Instagran Panfleto Outros Fonte: A autora. Ressaltando a importância do acompanhamento dos indicadores e os benefícios que estes proporcionam para uma melhor gestão, já foi dito neste trabalho a condição de ações que este acompanhamento proporciona, assim diante alto percentual de “as vezes” no gráfico 16 o que trouxe uma necessidade de intervenção, foi feito neste gráfico uma coleta de dados sugestivos dos próprios clientes para tratamento desta deficiência evidenciada anteriormente. 52 GRÁFICO 18: Quais os produtos abaixo você gostaria de encontrar na lanchonete? Almoço Pizza Crepe Vitaminas Macarrão na chapa Sanduíches Outros Fonte: A autora. Conforme já avaliado anteriormente, temos agora uma análise estratificada de produtos, o que auxilia no planejamento estratégico no que diz respeito a gama de produtos, o que é também um fator que estará trazendo uma atratividade maior à marca. Aqui podemos ter uma ação imediata na inserção de produtos diferenciados. 53 6 CONCLUSÃO 6.1 Considerações Finais Marketing caracteriza-se por orientação estratégica das empresas com a intenção de detectar as necessidades, oportunidades, desejos e valores do mercado no qual atua. Com importante forma para proporcionar a satisfação dos clientes. A importância do marketing é trazer visibilidade a produtos, bens e serviços. Levando até os clientes muitas vezes o conhecimento de sua existência ou até mesmo importância. Diante a sua importância e variedade existe um mix de marketing que proporciona melhor desempenho a cada necessidade. Usando uma combinação de ferramentas estratégicas para agregar valor e alcançar os objetivos das organizações. Ou seja, o mix de marketing é uma combinação de produto, valor agregado, exposição e preço, estes fatores devem suprir as necessidades e desejos dos clientes. Conforme análise verifica-se que o perfil dos clientes da lanchonete se encontra em maior proporção do sexo feminino, este totalizando 76%. E que o público alvo dessa empresa possui entre 20 e 30 anos, com renda mensal de no máximo R$ 1.750,00. Quando questionado sobre frequência de compra na empresa em questão, destaca-se uma maior porcentagem no quesito “duas vezes na semana” com 29% dos resultados, mas vale destacar também a porcentagem de 23% no quesito “de 4 a 6 vezes na semana”, o que se considera uma boa frequência. Porém, o resultado obtido no quesito “de vez em quando” também foi uma porcentagem mais elevada (25%) o que leva a empresa trabalhar este ponto para melhorar no desempenho das vendas. E os motivos que se destacaram quando se questiona o motivo pelo qual se compra na lanchonete em análise, foram: por gostar do atendimento (26%), pela qualidade dos produtos (25%) e pela localização (22%). Após análise do composto Produto, que se caracteriza como necessidade do consumidor e tem um ciclo de vida que é desde o seu lançamento até se tornar obsoleto, devendo este ciclo ser muito bem acompanhado pelo marketing; fica evidenciado alto nível de satisfação no quesito qualidade do produto oferecido pela lanchonete, o equivalente a 73%. Quanto à variedade de produtos, apesar de 54 apresentar uma porcentagem positiva de 69%, identifica-se uma taxa de 31% para melhorar nas opções. Verifica-se ainda uma gama de produtos com grande demanda, como sanduiches, vitaminas, almoço e macarrão na chapa. Na análise do Preço, que é a quantidade em dinheiro que será necessária para aquisição do produto/serviço, trabalhado pelo marketing na questão valor agregado, traz ao produto o senso de valorização. Esse preço é elemento fundamental na tomada de decisão do consumidor em adquirir ou não o produto. Os dados obtidos quanto a esse quesito foi que a preferência de pagamento dos clientes da lanchonete é em dinheiro e que os preços dos produtos estão praticamente iguais ao da concorrência. Praça é toda logística que envolve a relação produto e cliente. Pela complexibilidade dessa relação produto e cliente, a empresa precisa estar onde existe uma maior concentração de consumidores. Na análise verificada a localização obteve percentual 100%, o que fica claro que a lanchonete está em um ponto estratégico na cidade. Verificou-se também que 92% das pessoas que responderam ao questionário sempre encontram os produtos que procura, confirmando que a empresa oferece aos seus clientes um eficiente abastecimento dos produtos que comercializa. Promoção é o veículo que estabelece uma ligação entre o cliente e o vendedor. A promoção é uma forma atrativa para promover a venda de produtos. Voltando ao que falamos sobre preço e ciclo de produtos, as promoções sempre, ou na maioria das vezes, acompanha este ciclo. Na análise do quesito promoção a taxa de visibilidade dos produtos no interior do estabelecimento foi muito alta, comprovando uma estratégia de venda nesse quesito bastante qualificada, pois os produtos ficam ao alcance dos olhos do cliente, atraindo-os para o ato da compra, do consumo dos produtos. Quando questionados a exposição da marca de forma atrativa, o resultado foi 46% positivo, 36% responderam “às vezes” e 18% com resultado “sempre”, resultados não satisfatórios, o que gera uma necessidade de trabalhar esse ponto para melhor desempenho deste quesito. Contudo, após essa análise verifica-se déficit em alguns pontos e também a questão de dificuldade de implantação desse marketing em microempresa e em contrapartida a sua importância. Alguns pontos foram observados e merecem ênfase na questão de dificuldade do mix de marketing, que é a dificuldade de na empresa, 55 nunca ter tido uma análise mais abrangente com relação à aplicação do marketing, pois havia resistência quanto esta estratégia na empresa. Por fim, ficou evidenciado a importância do mix de marketing, e os benefícios que estes proporcionam as microempresas ou qualquer tipo de organização. Mas não só devem ser evidenciados os pontos como vimos aqui, mas também promover uma gestão desses indicadores. 6.2 Limitações do Trabalho As limitações do trabalho foram referentes à aplicação do questionário, havendo resistência por parte das pessoas quanto à participação nas pesquisas elaboradas e aplicadas e a formação destes participantes refletia diretamente no entendimento das perguntas, dificultando assim uma análise mais complexa da presente pesquisa. 6.3 Recomendações à Empresa Aumentar o mix de produtos. Buscar melhorar a qualificação das atendentes. Melhorar na qualidade dos produtos. Divulgar os produtos e a marca. Fornecer novos uniformes para os funcionários e exigir o uso. 6.4 Sugestões para futuras pesquisas Estar reaplicando ao longo do tempo a presente pesquisa para verificar a evolução dos resultados. Ampliação da pesquisa para outras áreas do marketing, como o marketing digital, para acompanhar a globalização e se destacar no mercado. 56 REFERÊNCIAS BARBOSA, Eduardo F. Instrumentos de coleta de dados em pesquisas educacionais. 2008. Disponível em: <http://www.inf.ufsc.br/~verav/Ensino_2013_2/Instrumento_Coleta_Dados_Pesquisa s_Educacionais.pdf>. Acesso em: 20 outubro 2014. BOONE, Louis E.; KURTZ, David L. Marketing Contemporâneo. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. CHURCHILL JR., Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing. Criando valor para os clientes. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. COBRA, Marcos. Um resumo do percurso do marketing brasileiro. Revista FAE BUSINESS, n.4, dez. 2002. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:CFXCaAoGaIsJ:mktedu.blogspot.com/2007/12/um-resumo-do-percurso-do-marketing.html+&cd=2&hl=ptBR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 16 Maio 2014. COBRA, Marcos; BREZZO, Roberto. O Novo Marketing. Rio de Janeiro, Elsevier Editora Ltda., 2010. 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Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rege/article/view/36663>. Acesso em: 18 Maio 2014. 58 URDAN, Flávio Torres; URDAN, André Torres. Gestão do composto de marketing: visão integrada de produto, preço, distribuição e comunicação, estratégias para empresa brasileiras, casos e aplicações. São Paulo: Atlas, 2006. p. 340. 59 ANEXO 1 QUESTIONÁRIO DE PESQUISA: ANÁLISE DO MIX DE MARKETING EM UMA MICROEMPRESA DO SETOR ALIMENTÍCIO Aluna: Maria Luiza dos Santos Prezado Cliente: A aplicação deste questionário tem a finalidade de composição de um trabalho acadêmico de conclusão de curso de Administração da Faculdade de Pará de Minas. Vale lembrar que os nomes das pessoas que responderem este questionário não serão revelados. Favor não esquecer nenhuma questão em branco. Para as questões seguintes, marque um X na resposta que melhor representa a sua situação. Perfil amostra: Sexo: ( ) Masculino ( )Feminino Idade: ( ) Menos de 20 anos ( ) De 31 a 40 anos ( ) De 51 a 60 anos ( ) De 20 a 30 anos ( ) De 41 a 50 anos ( ) Mais de 60 anos Renda Mensal: ( ) Até R$762,50 ( ) Entre R$1750,00 até R$3.500,00 ( ) Acima de R$6.000,00 ( ) Entre R$762,50 até R$1.750,00 ( ) Entre R$3.500,00 até R$6.000,00 AVALIAÇÃO GERAL 1) ( ( ( ( ( 2) ( ( ( ( 3) Com que frequência você compra na lanchonete? ) Todos os dias – segunda a domingo ) De quatro a seis vezes na semana ) Duas vezes por semana ) De vez em quando ) Raramente Você compra na lanchonete: (Pode marcar mais de uma opção) ) Pela qualidade dos produtos ) Por gostar do atendimento ) Por indicação de alguém ) Pelo preço acessível A lanchonete é organizada e limpa? ( ) Sempre ( ) As vezes 4) ( ) Sim ( ) Não Os funcionários estão sempre bem apresentáveis? ( ) Sim 5) ( ) Pela variedade dos produtos ( ) Por estar bem localizada ( ) Outros:_______________________________________ ( ) As vezes Como você avalia o atendimento dos funcionários da lanchonete? ( ) Ótimo ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Péssimo ( ) Não 60 PRODUTO 6) Qual o nível de qualidade você percebe em relação aos produtos oferecidos pela lanchonete? ( ) Alto 7) ( ) Médio ( ) Baixo Você acha que a lanchonete oferece várias opções de escolha (variedade de produtos)? ( ) Sim ( ) Não ( ) Deve melhorar nas opções Sugestões: ________________________________________________________________________ 8) Quais dos produtos abaixo você gostaria de encontrar na lanchonete? (Pode marcar mais de uma opção) ( ) Almoço ( ) Vitaminas ( ) Sanduiches ( ) Pizza ( ) Macarrão na chapa ( ) Crepe Outros:______________________________________________________________________ PREÇO 9) Com relação à concorrência, os preços dos produtos da lanchonete estão: ( ) Mais caros ( ) Mais baratos ( ) Praticamente iguais ( ) Não sei 10) Qual a sua preferência na hora de pagar: ( ) Dinheiro ( ) Ticket ( ) Cartão ( ) Outros: ______________________________________ PRAÇA 11) Você acha que a lanchonete está bem localizada? ( ) Sim ( ) Não Sugestão de lugar: ______________________________ 12) Sempre que procura pelos produtos oferecidos pela lanchonete você os encontra? ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Não PROMOÇÃO 13) Você acha que a lanchonete expõe sua marca de forma atrativa? ( ) Sempre ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Não 14) Você acha que os produtos oferecidos têm boa visibilidade dentro da lanchonete? ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Não Sugestões:________________________________________________________________________ 15) Onde você gostaria que a lanchonete divulgasse os seus produtos? (Pode marcar mais de uma opção) ( ) Jornal ( ) Facebook ( ) Panfleto ( ) Rádio ( ) Instagran ( ) Outros: __________________________________