A alt ç in me ão para desnutridos

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Alimentação
para desnutridos
Problema pode ser tratado com suplementação oral de nutrientes
Não é raro pacientes idosos, ou
hospitalizados, vítimas de
patologias como câncer, Aids, mal
de Alzheimer, Parkinson, entre
outras, ou mesmo em ambiente
domiciliar, apresentarem quadros
de desnutrição, às vezes, grave.
Nesses casos, é urgente a
necessidade de uma dieta
específica que seja capaz de
reduzir a mortalidade e o tempo de
internação dos doentes.
Segundo a nutricionista Maria
Izabel Lamounier de Vasconcelos,
especialista em nutrição clínica
pela Faculdade São Camilo de São
Paulo e mestre em nutrição
experimental pela Universidade de
São Paulo (USP), a desnutrição
nem sempre é sintomática. “Alguns
pacientes, como na doença
hepática, podem apresentar
náuseas, mas o especialista não
deve esperar para tomar
providências.
Entre os procedimentos
necessários, estão avaliações
clínicas, nutricionais e bioquímicas,
que medem taxas de leucócitos,
albumina, proteínas totais,
hematócritos, hemoglobina, entre
outros. A baixa de peso, de
ingestão calórica e a falta de apetite
são alguns dos sinais freqüentes.
Maria Izabel explica que cada
organismo reage de uma forma,
mas que, no caso dos idosos, por
exemplo, se uma paciente pesa 50
quilos, ela precisa comer, em
média, 1,5 mil calorias por dia. “O
cálculo é o seguinte: 30
quilocalorias por quilo do paciente
por dia, ou seja, 30 vezes 50, que
resulta em 1,5 mil calorias.” No
entanto, é comum as famílias não
perceberem que seus idosos estão
desnutridos, mesmo que ele não
esteja doente. “Muitas pessoas
velhas já ficam magras pelo próprio
processo de envelhecimento.”
Para ganhar peso, o paciente é
submetido à alimentação
parenteral e enteral. A primeira é
menos comum, feita diretamente
na veia. Com o tempo, os órgãos
programados para participar da
mastigação, deglutição e digestão
dos alimentos, se não forem
utilizados, podem ficar atrofiados.
Já a enteral é mais fisiológica, feita
por meio de sonda que passa pelo
nariz e atinge o estômago ou o
intestino.
COMPLEMENTAÇÃO Como o
paciente passa por um quadro de
desnutrição, o ideal é que consuma
pequenos volumes de alimentos.
“Trabalhamos com nutrientes
concentrados em calorias”,
comenta. A suplementação oral à
base de lipídios é adicionada a
dietas orais convencionais, no
intervalo das refeições, como
complemento calórico. “Num
volume pequeno, por exemplo,
10ml de gordura, estou fornecendo
90 calorias para esse paciente.
Geralmente, misturamos na sopa,
no mingau e o paciente nem sente.”
Além disso, a substância é capaz
de reduzir o mau colesterol (LDL) e
melhorar o bom (HDL).
Fonte: Jornal Estado de Minas;
Caderno Bem Viver;
Ellen Cristie;
27/07/2008.
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