EDUCANDO AS CRIANÇAS PARA DESENVOLVER BONS HÁBITOS ALIMENTARES Ana Isabel Lima de Souza1 Lanna Loris de Lima1 Maria Nilka de Oliveira2 Thereza Maria Tavares Sampaio2 RESUMO O presente trabalho foi realizado no Núcleo de Desenvolvimento da Criança (NDC), Unidade Acadêmica do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal do Ceará, e objetivou relatar os resultados obtidos a partir de atividades referentes à educação alimentar com as crianças do NDC. A educação alimentar vem sendo desenvolvida junto às crianças do NDC e de suas famílias através de várias atividades, como: o planejamento de cardápios adequados às necessidades e ao estado nutricional dessas crianças; o incentivo ao consumo do lanche pouco aceito; a participação das crianças em várias atividades sobre o que é uma alimentação saudável; a composição dos alimentos em nutrientes e a importância dos mesmos no desenvolvimento físico das crianças; quais os alimentos que não devem ser consumidos com freqüência, por serem prejudiciais ou desnecessários e elevarem os requerimentos em termos de vitaminas do complexo B. Ao final do trabalho observou-se uma redução na rejeição do cardápio pouco aceito, e em alguns casos se alcançou até a aceitação dos mesmos. As oficinas realizadas conseguiram despertar nas crianças o interesse por uma alimentação mais saudável e de qualidade. Constatou-se ainda, pelos relatos dos pais que as atividades desenvolvidas na escola repercutiam e surtiam efeito positivo em casa. PALAVRAS-CHAVES: Educação alimentar. Núcleo de Desenvolvimento da Criança. 1 INTRODUÇÃO Segundo Gouveia (1999) a educação é o processo social mais generalizado dos agrupamentos humanos. Todos somos educados e educadores ao mesmo tempo. Somos educadores enquanto sofremos influência dos outros, e somos educadores enquanto exercemos essa influência. É um processo que envolve a sociedade e o homem. A educação é a preocupação de todas as coletividades, uma vez que a sobrevivência da vida social, sua continuidade, estabilidade e progresso dependem fundamentalmente dela. Uma sociedade sobrevive se os valores forem transmitidos às novas gerações. Krause (1998), afirma que o principal objetivo nesse tipo de educação nutricional não é apenas o conhecimento e os fatos, mas sim o desenvolvimento de mudanças comportamentais permanentes. Essa é a arte da educação nutricional – quebrar o grande corpo do conhecimento em pequenos e individualizados componentes que são apresentados a um 1 Discentes do Curso de Economia Doméstica (Universidade Federal do Ceará [email protected]; [email protected]. 2 Mestres em tecnologia de Alimentos e Doutoras em Bioquímica, Universidade Federal do Ceará, [email protected], [email protected]. paciente ou a um cliente a um nível o qual ele é capaz de absorver e usar a informação. A educação efetiva é fazer a nutrição educacional ser utilizada na rotina diária. A educação alimentar é de extrema importância na idade pré-escolar, porque aí é que se estabelecem as bases do aprendizado. É na faixa etária do pré-escolar que a criança toma contacto com grande número de alimentos e preparações novas, fazendo seu aprendizado básico e fixando preferências permanentes, decorrentes daí a importância de como se estabelecem essas preferências (ORNELLAS, 1995). Diante disso o presente trabalho objetivou desenvolver a educação alimentar junto as crianças do Núcleo de Desenvolvimento da Criança, identificando as preferências e rejeições alimentares das mesmas, planejando os cardápios dos lanches oferecidos no NDC e desenvolvendo atividades ludo pedagógicas referentes à educação alimentar e nutricional. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Importância da educação alimentar na fase pré-escolar A idade pré-escolar abrange crianças na faixa etária de 2 a 6 anos. Este grupo é considerado vulnerável, tendo em vista que crianças desta idade têm necessidades nutricionais altas e são suscetíveis ás doenças contagiosas (SÁ, 1990). É durante a fase pré-escolar que a criança começa a se tornar independente e a formar seus hábitos alimentares. As práticas alimentares são adquiridas no decorrer da vida, no entanto, os primeiros anos de vida do indivíduo é considerado um período importante para a fixação das preferências alimentares que promovam a saúde do indivíduo (MARIN, BERTON E SANTO, 2009). Os pré-escolares constituem uma faixa populacional muito importante, devido ao processo de maturação biológica por que passam, tendo a alimentação, durante esse período, um papel decisivo, principalmente pela formação dos hábitos alimentares. Os estudos revelam que a formação dos hábitos alimentares corretamente, na infância, favorece a saúde permitindo que a criança cresça e se desenvolva normalmente, além de prevenir diversas doenças crônicas degenerativas na idade adulta (GANDRA, 2000 apud MARIN, BERTON e SANTO, 2009). Muitos dos hábitos alimentares do indivíduo adulto são condicionados desde os primeiros anos de vida. Dados de investigação sugerem que as crianças não possuem a capacidade de escolher alimentos por causa do seu valor nutricional, pelo contrário, os seus hábitos são aprendidos a partir da experiência, da observação e da educação. A família e a escola têm, portanto, um papel indiscutível na alimentação e educação nutricional das crianças, tendo em vista que ambos podem oferecer uma aprendizagem formal a respeito do conhecimento de alimentação saudável. O papel dos pais na formação de bons hábitos alimentares na criança é sem dúvida, fundamental, portanto, é necessário que haja um acordo quanto aos gostos e preparações dos alimentos, evitando mostrar insatisfação na frente da criança, o que pode influenciar na hora de aceitar ou rejeitar qualquer alimento. Essa fase da vida favorece a formação de bons hábitos alimentares, sendo importante que os pais dêem exemplos pessoais. (ORNELLAS, 1995). A genética influencia na formação dos hábitos alimentares da criança, interferindo assim nas preferências alimentares, onde as mesmas sofrem diversas influencias do meio ambiente como: o tipo de aleitamento materno recebido nos primeiros anos de vida; a forma como os alimentos complementares foram incluídos nos primeiros anos de vida; situações positivas ou negativas referentes à alimentação vivenciadas pela criança ao longo da infância; hábitos familiares e condições socioeconômicas, entre outros. Dessa forma, as recomendações nutricionais e os hábitos alimentares devem ter o objetivo de proporcionar a criança o bemestar físico, emocional e social (VITOLO, 2003). Na fase pré-escolar é um momento em que a criança deve ser estimulada a se alimentar sozinha, fazendo suas refeições em local apropriado e se possível junto aos demais familiares. Deve ser motivada a ingerir alimentos variados, permitindo que identifiquem o sabor, cor e textura de cada alimento. É comum a aceitação de certos alimentos após a rejeição nas primeiras tentativas. A criança passa por um processo natural de conhecimento de novos sabores e texturas, resultado até da própria evolução da maturação dos reflexos, que são gradativos e de acordo com a aprendizagem (NASSER, 2006). Os pais são os responsáveis por introduzir as primeiras práticas alimentares a criança, onde a formação dos hábitos alimentares se inicia desde o nascimento. Posteriormente, vai sendo moldado, tendo como referência as preferências individuais, as quais são estabelecidas geneticamente em virtude de boas ou más experiências vividas com relação à alimentação, pela disponibilidade de alimentos dentro do domicilio, pela situação socioeconômica, pela influencia da mídia e pelas necessidades fisiológicas. Dessa forma entende-se que, quanto mais cedo for trabalhado com a criança hábitos alimentares saudáveis, maior a probabilidade de que permaneçam esses hábitos quando se tornarem adulta. Assim, a educação alimentar e nutricional necessita de um longo tempo de ação e a escola também é responsável por esse processo, intervindo na cultura e nas atitudes da criança com bases cognitivas (BOOG, 1997). 2.2 Utilizando o lúdico na educação alimentar A educação nutricional pode ser definida como um processo ativo que objetiva levar as pessoas ao conhecimento da nutrição, através da qual se obtêm mudanças de atitudes e práticas alimentares e de conhecimentos nutricionais promovendo saúde e bem-estar ao ser humano. Desenvolvem-se atividades de educação alimentar na escola com o intuito da criança conhecer a importância de uma alimentação saudável através do lúdico e de forma criativa, sendo esta uma linguagem infantil para o bom entendimento e aprimoramento do conhecimento, na qual as crianças terão instrumentos para as mudanças dos hábitos alimentares prejudiciais a saúde (DIETZ, 1997). Os benefícios de se trabalhar educação nutricional, sem duvida, são inquestionáveis, porém a preocupação está na metodologia utilizada para realizá-la. Tal fato se torna mais preocupante devido à infância ser um período da vida onde o indivíduo se torna suscetível aos erros alimentares (CAVALCANTE, 1976). A introdução do lúdico é uma maneira muito eficaz de transmitir conhecimento do universo adulto para o universo infantil. O ato de brincar estimula a memória que ao entrar em ação se amplia e organiza o conteúdo a ser lembrado, tudo isto se refere a aparecimentos gradativos dos processos da linguagem que ao reorganizarem a vivencia emocional eleva a criança a um nível de processos psíquicos (SALOMÃO e MARTINI, 2007). Salomão e Martini (2007), afirmam ainda que o lúdico não deva (e) ser visto apenas como uma diversão é uma necessidade do indivíduo em qualquer idade. A utilização do lúdico facilita o aprendizado, o desenvolvimento pessoa, social e cultural e colabora para a boa saúde mental e física. A atividade lúdica tem grande importância na fixação de conteúdo para os alunos, por isso o uso dos fantoches, pode ser visto como um dos recursos para aproximar as crianças dos alimentos (FAGIOLI, 2006). 3 METODOLOGIA Para atingir o objetivo da educação alimentar com as crianças do NDC, foi necessário um acompanhamento diário do lanche das mesmas para poder trabalhar atividades no sentido de converter a rejeição de determinados alimentos em aceitação por parte das crianças. Inicialmente houve um contato próximo com as crianças, onde foi realizada uma roda de conversa, para identificar as preferências e aversões das crianças. A conversa inicial foi uma forma de interagir com as crianças e fazer com que houvesse uma contribuição do grupo, onde as mesmas sentadas em forma de círculo falaram das suas preferências alimentares, depois foi realizada uma breve explanação com cartazes ilustrados e coloridos sobre alimentos saudáveis, direcionando dessa forma, as atividades e dinâmicas realizadas posteriormente com os alunos. Segue as atividades que foram realizadas com as crianças: · História do Peter pan direcionada a alimentação saudável Utilizando a contação de história, foi apresentada para as crianças uma adaptação do conto clássico da Disney, Peter pan, onde a alimentação saudável era o foco principal da história. O conto tratava de um menino que morava na terra do nunca e que não se alimentava de forma saudável, passando depois junto com os seus amigos a se alimentar de forma saudável. A utilização do mundo da fantasia como meio para abordar o tema em questão com as crianças foi bastante proveitoso, de modo que as crianças interagiram com a discussão posterior e registraram o que aprenderam da historia que foi contada, no livro confeccionados por eles. · Explicação e montagem da pirâmide alimentar Com o objetivo de explicar a pirâmide alimentar para as crianças, utilizamos a contação de historia, onde a historia falava da fada nutrição que convocava os alimentos para acharem sua pirâmide alimentar dento do seu castelo, após a historia foi apresentado a eles uma pirâmide desenhada em cartolina, vazia, apenas para as crianças montarem de acordo com a explicação. Foi dado alimentos de papel cortados e as crianças iam montando a pirâmide. · Apresentação de hortaliças e legumes Nessa atividade as crianças assistiram a um vídeo musical sobre legumes e hortaliças, no qual elas tiveram o primeiro contato com as verduras. Após a apresentação do vídeo, houve a exposição da alface, cenoura, beterraba e tomate, onde as crianças eram indagadas a respeito das suas preferências e aversões quanto aos alimentos que lhe estavam sendo apresentados, por fim as crianças tinham a oportunidade de ter um contato com o alimento, sendo apresentado a elas de várias formas, cru, em pedaços, e eram estimuladas a degustarem cada alimento que lhes era apresentado. · Roda de conversa de revisão e confecção do jogo de agrupamento dos alimentos Iniciou-se uma roda de conversa com as crianças, fazendo perguntas sobre os alimentos que eles consideravam que os deixassem fortes, a respeito da pirâmide alimentar, sobre as hortaliças e legumes que eles já haviam experimentado, onde se utilizava determinadas verduras e entre outras. Logo após foi entregue as crianças cartelas que continham alimentos iguais, mostrando para eles cada alimento e interagindo com os mesmos sobre a sua importância para o seu crescimento e desenvolvimento. As crianças pintavam as figuras, cortavam e depois colavam em uma folha de papel, colavam os pares idênticos um ao lado do outro, com o intuito de estimular as crianças e fazer com que elas reconheçam os alimentos que vêem sendo trabalhados ao longo das atividades realizadas. · Culinária da salada de frutas Antes das crianças prepararem a salada de frutas, foi apresentado a elas um vídeo musical sobre a importância das frutas na nossa alimentação. Depois se estabeleceu a troca de informações sobre o vídeo e hábitos alimentares saudáveis para o seu crescimento e desenvolvimento. Logo após foi exposto para as crianças às frutas que elas iriam preparar a salada, sendo as mesmas apresentadas in natura, onde as crianças tiveram a oportunidade de sentir e cheirar a fruta, foi perguntada a elas a cor de cada fruta, o formato, aonde poderia ser utilizada, a forma como pode ser consumida, bem como a sua importância na alimentação. Logo após as crianças lavaram as mãos, que foi outro ponto enfatizado na roda de conversa, sobre a importância de lavar bem as mãos antes de comer, foram vestidas com avental, touca e começaram a cortar as frutas com facas descartáveis utilizando a placa de polipropileno. As crianças cortavam as frutas e colocavam em uma tigela depois cada criança ajudava a misturar as frutas e se servia da salada. · Teatro de fantoches sobre a importância dos legumes e hortaliças Realizou-se um teatro utilizando fantoches, onde o objetivo principal foi fixar o aprendizado das crianças com relação a legumes e hortaliças. Com o intuito de trabalhar com as crianças os legumes e hortaliças que as mesmas degustaram através de uma atividade realizada anteriormente, sendo eles, cenoura, beterraba, tomate e alface, foi realizado um teatro com fantoches. Faziam parte da história do teatro cinco personagens, são eles: Senhor saudável, tia alface, Maria cenoura, Zé tomate e Nina beterraba. O senhor saudável representava o narrador, onde estabelecia uma interação com os demais personagens, responsável por direcionar a história; a tia alface era um personagem que gostava muito de alface assim como os demais respectivamente. O teatro teve uma duração média de dez minutos, onde no final foi proposto as crianças uma conversa sobre o que elas tinham aprendido da história, questionamentos feitos como forma de avaliar a atenção e interesse das mesmas. · Teatro de fantoches sobre a importância das frutas Realizou-se um teatro com fantoches no qual os personagens eram: Laurinha (narradora), Ana banana, laranjinha e Nana melancia. Os personagens contavam a história baseada nas suas preferências por frutas, mostrando para as crianças a importância nutritiva da banana, laranja, abacaxi e melancia. Os personagens finalizavam a história cantando uma música sobre a importância do consumo de frutas para a saúde. · Mini-feira Organizou-se uma mini-feira onde as crianças foram às compras. Dispomos diversos alimentos em cima de duas bancadas, alimentos esses que eram apenas embalagens preenchidas com papel e frutas de gesso e plástico, onde a primeira parte dessa atividade consistia em organizar as crianças em circulo e conversar com elas sobre o objetivo das atividades que elas participariam, mostrando a importância de comprar para casa alimentos saudáveis, fazendo uma ligação com outros conhecimentos trabalhados com as mesmas, como a matemática, através do dinheiro fictício que as crianças usariam para comprar os alimentos. Posteriormente as mesmas foram apresentadas a uma mini-feirinha, onde elas tinham que comprar os alimentos com o dinheiro que lhes fora dado. Na feira continha: frutas, verduras, leite, manteiga, batata frita, salsicha, refrigerante, sanduíche, e entre outros. As crianças tinham que escolher os alimentos que elas queriam comprar e colocar dentro da sacola de compras. Ao terminar as compras, partiu-se para uma roda de conversa, onde ocorreu a apresentação dos itens que cada um comprou possibilitando um diálogo sobre o que era alimentos saudáveis e alimentos prejudiciais a saúde. · Apresentação de vários tipos de hortas e plantações de frutas, legumes e hortaliças Realizou-se uma atividade na qual consistia da apresentação de hortas de alface, cenoura e tomate para as crianças, além da plantação de banana, laranja, abacaxi e melancia. O intuito dessa atividade foi conseguir com que as crianças aprendessem os nomes das plantações das respectivas frutas, como laranja, laranjal, banana, bananeira e etc; além de reforçar o conteúdo transmitido a elas durante as atividades anteriores. · Reunião com os pais Através da realização de conversa com os pais foi possível mostrar o projeto desenvolvido junto às crianças, explicar a importância de trabalhar a educação alimentar com as mesmas. Os pais tiveram espaço para exporem suas opiniões a respeito das atividades desenvolvidas e foram sensibilizados sobre a importância de uma alimentação adequada para os seus filhos, além da ênfase na importância do bom exemplo dentro de casa. · Sanduíche natural Essa atividade consistiu da preparação de sanduíche natural pelas próprias crianças. Os ingredientes do lanche eram: alface, tomate e patê natural de cenoura. Os alunos preparavam o seu próprio sanduíche, possibilitando a observação das preferências e rejeições referentes a hortaliças e legumes. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Com o objetivo de desenvolver um trabalho de educação alimentar junto às crianças buscando favorecer o desenvolvimento de bons hábitos alimentares, foram realizadas várias atividades com as crianças de todos os grupos sobre a importância da alimentação saudável, para assegurar seu crescimento, desenvolvimento fisiológico, manutenção da saúde e bemestar. Durante o processo de ensino-aprendizagem a utilização das atividades lúdicas auxiliaram a construção de uma práxis emancipadora e integradora, fazendo com que a aprendizagem favoreça a aquisição do conhecimento em perspectivas que vão além do desenvolvimento do educando. O lúdico é uma excelente estratégia já que estimula a construção do conhecimento humano e progressão das diferentes habilidades operatórias, pois se trata de uma ferramenta importante de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais. Para Elias (2009), fazer com que a própria criança dê preferência a alimentos saudáveis deve ser um exercício contínuo de pais e educadores, para que futuramente essa criança venha se tornar um adulto com hábitos alimentares saudáveis. Sendo assim, as refeições e lanches devem ser momentos descontraídos e saudáveis, já que nessa fase as crianças necessitam de muita energia para crescer, brincar e estudar. Em todas as atividades desenvolvidas com as crianças os resultados mostraram que as mesmas fixaram o conteúdo transmitido o que influenciou o seu comportamento no âmbito familiar de acordo com os relatos dos pais. Durante as atividades as crianças se envolviam no assunto, demonstravam interesse e traziam o que haviam aprendido para o momento do lanche, o que influenciava o consumo dos alimentos que eram pouco aceitos. 5 CONCLUSÃO Diante do que foi exposto conclui-se que: ü A infância é o período ideal para o desenvolvimento dos bons hábitos alimentares, pois é durante a fase pré-escolar que esses hábitos são adquiridos; ü A introdução de novos hábitos alimentares deve ser feita através de um trabalho educativo gradual e persistente; ü As atividades lúdico-didáticas despertaram o interesse das crianças para o aprendizado sobre a importância de uma alimentação mais saudável, como se alimentar adequadamente e o prejuízo que certos alimentos causam à sua saúde, além de estender a formação dos bons hábitos alimentares às famílias das crianças; 6 REFERÊNCIAS BOOG, M.C.F. Educação nutricional: passado, presente e futuro. Revista Nutrição, 1997, vol. 10, n.1, pp. 5-19, Jan/Jun. 1997. CAVALCANTI, M.L.F. 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