Biodegradação de bambu (Bambusa vulgaris) para obtenção de

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Ana Maria Covolam
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Equipe
Laboratório de Ecologia Aplicada – CENA-USP, Piracicaba, SP
Coordenação: Profª. Dra. Regina T.R. Monteiro
Laboratório de Tecnologia de Madeiras, Depto. Ciências Florestais, ESALQUSP, Piracicaba, SP
Colaborador: Profº Dr. Francides Gomes da Silva Junior
Centro de Recursos Genéticos Vegetais, Instituto Agronômico de Campinas,
IAC, Campinas, SP
Colaboradora: Drª. Rose Gondim Tomaz
Estudantes:
Ana Maria Covolam
Georgia Bertoni Pompeu
Gleison de Souza
Sérgio Sartori
Sabrina Cazassa
História

1983 - 1987 – Bambusa vulgaris - Dr. Anísio AZZINI – Verificou ser
rico em amido e açúcar e possuir fibras médias e resistentes.

B. vulgaris – espécie mais cultivada no Brasil e utilizada hoje para
produção de papel e celulose.

No nordeste do Brasil:
◦ Grande área plantada de B. vulgaris para produção de fibras para produção
de papel;
◦ Empresas utilizam B. vulgaris para produção de papel e celulose.
História

China - maior fabricante de celulose de bambu.

Água rica em amido é descartada - encontrar aproveitamento
para a mesma.

2010 – Novos trabalhos a respeito de como melhorar o
processamento de fibras para produção de papel.
Bambu
Recurso natural que pode ser empregado em diversos
usos:
Produção de papel e celulose por meio da polpa
como matéria-prima, obtenção de amido, produção
de etanol, alimentação humana, animal, produção de
energia (carvão), entre outros usos.
Fibra de celulose média e de boa qualidade.
Bambu

Elevado teor de amido contribui para reduzir o
rendimento em fibras celulósicas – eleva o consumo
de reagentes químicos durante o processo de
deslignificação.

A extração do amido ou a sua sacarificação e
posterior obtenção de etanol são procedimentos
tecnológicos que otimizam a produção de fibras
celulósicas.
Viabilidade técnica em produzir conjuntamente
fibras celulósicas e etanol a partir de bambu.

Necessárias várias etapas prévias para conversão
amido em açúcares fermentecíveis - hidrólise do amido
(química ou enzimática).
O uso da serragem de bambu para produção de açúcar :
1. O bambu foi inoculado com microrganismos produtores de
amilase:
•
6 bactérias isoladas de solo rizosférico de bambusa vulgaris;
•
Aspergillus niger;
•
Trichoderma reesei Rut 30;
•
•
Pleurotus sajorcaju CCB 020;
Rhizopus orizae
R. orizae
P. sajor caju CCB020
FL
T.reesei
FS
A. niger
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
mg.mL-1
Bactérias: não apresentaram açúcares no meio
Açúcares totais
Açúcares redutores
Glicose + frutose
A. niger - ML
Sacarose
R. orizae - FS
Frutose
P. sajor caju - FS
Glicose
0
0,2
0,4
0,6
0,8
mg/mL
1
1,2
1,4
1,6
2. Açúcar determindo por HPAEC (cromatografia de troca aniônica)
(g/100 mL)
Água de lavagem da serragem: 0,064 %
P. sajorcaju depois 7 dias em tratamento sólido: 0,12%
R.orizae depois 7 dias, tratamento sólido: 0,15%
Açúcar total = glicose + frutose + sacarose
Extrativos totais; lignina solúvel; lignina insolúvel; holocelulose
Fibras tratamento sólido por 7 dias.
Extrativos totais; lignina solúvel; lignina insolúvel; holocelulose
Fibras tratamento líquido por 7 dias.

As bactérias não apresentaram açúcares no meio.

O fungo A. niger apresentou 18 vezes maior eficiência na produção de
açúcares redutores em meio líquido que em meio sólido (DNS),
entretanto baixa concentração de açúcares fermentescíveis
(cromatografia de troca aniônica).

Os fungos se comportaram de maneira diferente nos tratamentos em
meio líquido e sólido na produção de açúcares e modificação da fibra;

A produção de açúcares com o tratamento com R. orizae foi de 0,15%,
sendo 1,9 vezes maior que o controle, quando determinado por
cromatografia;

Os fungos mostraram potencial para liberação da lignina e hidrólise do
amido para otimização do processo de polpação e produção de
etanol, no entanto, novas variáveis devem ser analisadas.
Obrigada!
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