Nossas raizes renascentistas

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2ª LISTA DE EXERCÍCIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
A ATIVIDADE DEVE SER ENTREGUE EM 14/03/2012
PROFESSORA: EDIVANA MUNHOZ
ALUNO (A):_____________________________________________________________________M3
As questões 01, 02 e 03 referem-se ao artigo publicado na Universidade Federal de Minas Gerais –
UFMG – a respeito do debate da inclusão social no Brasil: cotas dos negros nas universidades.
Leia-o e observe-o com muita atenção.
Cotas para negros nas universidades do Brasil
Roniclay Vasconcelos, (UEPB/ CEDUC), 2 de abril de 2007. CG-PB.
(Fragmento)
Como podemos entender as “cotas” para o ingresso de negros em universidades no Brasil, se não
existe uma política voltada para a educação de base? Investir na educação de base seria a melhor forma de
acabar com a deficiência do ensino brasileiro, tendo em vista que o sistema de “cotas” pode se tornar mais
uma forma de discriminação contra os afro-descendentes, (poderão ser taxados de incapazes para o
ingresso no ensino superior). Mesmo sabendo que nós brasileiros temos uma dívida de três séculos ou
mais para com os negros do nosso país, sabe-se que é de grande urgência tomar uma atitude, mas talvez
às “cotas” não sejam a solução.
Atualmente fala-se muito em “cotas” como se esse sistema fosse resolver os problemas dos negros.
Dados os fatos: as “cotas” são aprovadas, os negros entram nas universidades, entretanto pairam as
perguntas: como teria sido a formação dessa pessoa no ensino fundamental e médio? Quando esses
negros terminarem o curso superior, quem irá garantir a sua vaga no mercado de trabalho? Serão
inventadas, também, cotas para o exercício da profissão? Tendo em vista que essa dicotomia que relaciona
problema social ao racismo não se acabará, passará a existir uma dicotomia renovada a de que o negro só
tem uma formação acadêmica devido às “cotas”, iniciando uma nova dialética na tentativa de provar a
capacidade intelectual, moral e social dos afro-descendentes.
Esse não seria um problema mais econômico do que racista? Ora, quem diz que se deve separar o
que pertence ao negro do que pertence ao branco? Quem determina que “ser negro é ser raça”, e não que
os negros estão incluídos na sociedade como todos os seres humanos como todos os homens e mulheres
com os mesmos direitos econômicos, sociais e culturais? Quem cria a equidistância entra homens brancos
e os homens negros? Quem no Brasil pode se dizer puramente negro ou puramente branco? É por isso que
me sinto à vontade para dizer que o racismo no país é fato, mas não é substituindo responsabilidades
econômicas para uma causa social que poderemos solucionar o problema, transferindo o descaso da
educação (que é devido à má distribuição de renda no país) para o problema racial, ao invés de se resolver
a questão econômica. O Estado se mostrando benevolente e voltado para as causas sociais se dedicando
em acabar com o racismo no país, tirando proveito de que grupos de negros se apresentam como pessoas
que lutam por uma causa muito importante que é o combate ao racismo, lutando por igualdade social,
porém se mostrando exclusivos, diferentes no que diz respeito a desejar coisas feitas para negros e não
coisas produzidas para pessoa em geral. Dessa forma, o próprio negro se rotula e cria o outro, se tornando
ele (negro) mesmo racista ao ponto de não aceitar o que vem a ser feito de forma aleatória para humanos,
sem separar onde termina um problema econômico e começa uma causa social e quando os dois estão
juntos e devem ser estudados juntos.
Portanto, o sistema de “cotas” não é a solução do problema racial no Brasil, até porque tem todo um
arcabouço social, cultural e econômico que envolve o problema de racismo no Brasil, esse sistema pode ou
não ajudar, mas com certeza não é a solução do racismo em nosso país. Então por que desde já não se
começa a investir na educação de base, de forma que todos tenham acesso a ela, (negros, brancos,
pobres, índios, imigrantes e descendentes), para que cheguem ao ensino superior em igual condição a
todos sem que sejam necessárias as “cotas”, para que negros tenham possibilidades de frequentar uma
universidade e para que quando terminem o curso superior o mercado de trabalho esteja aberto para
recebê-los, sejam ricos ou pobres, negros ou brancos, ou de qualquer linha social de que venha a sua
descendência? Acredita-se que as “cotas” geram conflitos entre as pessoas, ao contrário do que se acha
que facilitará a convivência entre “Negros e Brancos”, dentro de uma sociedade sem raça e sem cor, isso
não resolve e segundo a antropóloga Yonne Magie, a UFRJ afirma que no lugar de cotas para “Negros”
deve-se abrir vagas nas escolas para todos, e não somente vagas, mas, sim, investir na educação de base
para que se tenha uma educação de qualidade e não de quantidade. A antropóloga fala também que “falar
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em ‘raça’ é tentar apagar o fogo com gasolina, as ‘cotas’ é um cala-boca para a sociedade e a comunidade
negra do país”, com tantos problemas sociais e econômicos no país querer resolver os problemas de
racismo através das “cotas” não é a solução, podendo ser um paliativo, mas não resolverá a crise do
racismo no Brasil, tendo em vista que as “cotas” podem servir como novo veículo de discriminação contra os
afro-descendentes.
José Carlos Miranda, do MNS (Movimento Negro Socialista), afirma que a luta contra o racismo é a
luta pela a igualdade, na tentativa de afirmar que todos serão iguais mesmo tendo em vista que todos são
diferentes e individuais enquanto pessoas. Portanto, combater a ideia de raças na tentativa de uma
igualdade social, e através dessa luta pela a igualdade, combater o racismo, racismo esse que passa por
cima de tudo e de todos. O negro está para a sociedade como uma pessoa e não como raça: “coitadinho”,
ou como o incapaz; mas, deve se apresentar como pessoa que possui as mesmas capacidades como
qualquer uma no meio social em que vive.
Fonte: http://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=75 – 17/6/2010 – adaptado.
QUESTÃO 01
O sistema de cotas consiste em uma medida governamental que cria uma reserva de vagas em instituições
públicas ou privadas para determinados segmentos sociais. A Lei 3780/01, de 2001, institui sistema de
cotas para estudantes denominados negros ou pardos, com percentual de 40% das vagas das
universidades estaduais do Rio de Janeiro. Esta lei passa a ser aplicada no vestibular de 2002 da UERJ e
da UENF. Outras universidades, tais como a Universidade de Brasília e a Universidade do Estado da Bahia,
também aderem a tal sistema, tendo como critérios os indicadores socioeconômicos, ou a cor ou raça do
indivíduo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_cotas – 17/6/2006 – adaptado.
A luta de algumas organizações para a adoção da Lei 3780/01 pela maioria das universidades brasileiras,
institucionalizando o percentual de 40% das vagas para estudantes denominados negros ou pardos é
questionada pelo artigo divulgado pela UFMG apresentado, com o argumento principal de que
a) a educação básica no Brasil já foi diagnosticada e deverá ser acompanhada.
b) o povo brasileiro busca sempre defender todas as igualdades: negros e brancos.
c) as cotas nas universidades proporcionarão ótimo mercado de trabalho aos negros.
d) a equidistância é mantida na íntegra no Brasil: pessoa totalmente branca ou negra.
e) separar ‘negros’ de ‘brancos’ é reforçar ainda mais o preconceito racial no país.
QUESTÃO 02
[...] mas talvez às “cotas” não sejam a solução.
Como em parte do enunciado do artigo acima citado, o termo cotas aparece, geralmente, entre aspas (“”)
cujo objetivo do discurso e o seu efeito de sentido é o de
a) associar o vocábulo ‘cotas’ (percentagens) para negros a todo sucesso da educação básica.
b) destacar o vocábulo ‘cotas’ (percentagens) para negros, em toda a realidade social do Brasil.
c) questionar o vocábulo ‘cotas’ (percentagens) para negros, em toda realidade social do Brasil.
d) interligar o vocábulo ‘cotas’ (percentagens) para negros ao alcance do antirracismo no Brasil.
e) fazer com que o interlocutor pense e lute a favor das ‘cotas para negros’, conforme já é posto.
QUESTÃO 03
[...] os problemas de racismo através das “cotas” não é a solução, podendo ser um
paliativo, mas não resolverá a crise do racismo no Brasil [...].
O termo paliativo, destacado do enunciado acima, poderia ser substituído, de forma a manter o mesmo
efeito de sentido apresentado pelo artigo, pelo vocábulo
a) marco.
b) protótipo.
c) alcance.
d) disfarce.
e) auge.
As questões 04, 05 e 06 referem-se à charge a seguir que ironiza a utilização do suporte Windows em
um microcomputador.
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Fonte: http://inexo.com.br/~danton/blog/cobras.jpg – 17/6/2010 – adaptado.
QUESTÃO 04
Ctrl (control) + Alt (Alternative) + Del (Delete) forma um comando presente em
microcomputadores compatíveis IBM-PC no Windows, abrindo uma janela que permite controlar os
processos em atividade no momento e fechar o que pode causar conflito ou instabilidade. Em alguns
sistemas, ao ser pressionado duas vezes nesta combinação de teclas, o sistema é reiniciado.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ctrl%2BAlt%2BDel – 17/6/-2010 – adaptado.
A ironia presente na charge, relatada por meio de uma fábula, com personagens interpretados por três
serpentes, mostra-nos que
a) um ser humano, com três dedos e dois braços, facilmente pode usar o suporte Control+Alt+Del.
b) o suporte presente em microcomputadores no Windows é difícil de ser utilizado na prática comum.
c) pessoas mais jovens sempre poderão resolver um problema enfrentado por alguém mais velho.
d) qualquer ser humano jamais poderá utilizar todo o suporte na prática Windows: Control+Alt+Del.
e) o conflito ou a instabilidade presente em um microcomputador prejudica o nosso trabalho diário.
QUESTÃO 05
Vão ajudar o papai a dar Control + Alt + Del.
Observando a relação sintática na fala de determinada personagem, a mãe de dois filhos, de acordo a
oração da charge acima destacada, o verbo ajudar (termo regente), segundo os seus complementos
(termos regidos), pode ser classificado com a seguinte regência:
a) Verbo Transitivo Direto.
b) Verbo Transitivo Indireto.
c) Verbo Intransitivo.
d) Verbo Transitivo Direto e Indireto.
e) Verbo Pronominal.
QUESTÃO 06 Na fala da mãe (personagem), dizendo aos filhos ‘Andem, meninos! Vão ajudar o pai [...]’,
indica como deverá ser realizada determinada ação, com os verbos utilizados no modo imperativo,
estabelece um tipo textual cujo nome é
a) Descrição.
b) Injunção.
c) Narração.
d) Exposição.
e) Argumentação.
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