ESCOLA ESTADUAL INDUSTRIAL SÃO JOSÉ Conteúdo Aluno (a): Número: Ano:2018 Turma: 1º.......... Turno: matutino Professora: Everaldina P. Oliveira Domínio jornalístico Data:....../...../2018 Disciplina: Língua Portuguesa EDITORIAL São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2002 RACISMO EXECUTIVO Que mulheres e negros são discriminados, não é novidade. Estão sub-representados no trabalho, nas escolas, na distribuição de renda. Negros "vencem" em mortalidade infantil, analfabetismo etc. Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Ethos com dados do IBGE mostra agora o tamanho da discriminação nas empresas brasileiras. Negros e pardos ocupam apenas 6% dos cargos de direção das companhias, quando respondem por 46% da população geral. A situação das mulheres é semelhante. Elas também respondem por apenas 6% dos postos mais elevados das empresas ao passo que constituem 50,8% da população brasileira. Sempre que se percebem distorções tão gritantes, a primeira ideia que vem à cabeça é a criação de cotas para minorias, seja na universidade ou no trabalho. A criação de cotas é problemática. No plano teórico, a medida equivale a tentar reparar uma injustiça criando outra, manobra que raramente dá certo. O combate às diferenças socioeconômicas entre grupos é um imperativo das sociedades democráticas. O racismo e o sexismo precisam ser eliminados, mas isso não pode dar-se a qualquer custo. Não bastasse essa dificuldade de princípio, a criação de cotas esbarra em sérias dificuldades práticas. Um exemplo: como definir um negro no Brasil? O IBGE utiliza o critério da autodefinição, que, no fundo, é o único democrático. Se um branco disser ao recenseador que é negro, assim será considerado pelo instituto. O que impediria alguém de declarar-se negro para ter acesso às cotas? Mesmo que todos fossem absolutamente honestos, quão negro alguém precisaria ser para fazer jus às cotas? O Brasil precisa envidar esforços para promover a integração racial. Ações afirmativas devem ser consideradas e implementadas. O limite deve ser o da justiça. Admitir que se deve reparar uma injustiça com a criação de outra, uma variação de "os fins justificam os meios", é um argumento filosoficamente tíbio. EDITORIAL- Expressa a opinião do jornal e nunca é assinado; deve ser enfático, equilibrado e informativo, apresentar a questão tratada e desenvolver os argumentos defendidos pelo jornal, ao mesmo tempo em que resume e refuta os comentários. Voltam-se em geral para fatos e temas que estejam sendo noticiados e discutidos no momento INTRODUÇÃO( ANCORAGEM) Mulheres e negros são discriminados e estão subrepresentados no trabalho, nas escolas e na distribuição de rendas. A R G U TESE ( TEMA CENTRAL) Na área executiva ( nos cargos mais altos das empresas que são ocupados por executivos) há discriminação de raça. ARGUMENTOS 1 Dados sobre a população brasileira que ocupam cargos nas empresas considerando sexo e raça. ARGUMENTOS 2 A criação de cotas para a minoria não seria solução para reparar uma injustiça racial. M E N ARGUMENTOS 3 Problemas encontrados em como definir a cor ou raça no Brasil. T POSIÇÃO ASSUMIDA SOBRE O ASSUNTO: A discriminação da minoria( mulheres e negros) A criação de cotas para minoria. A Ç Ã O CONCLUSÃO É preciso implantar ações afirmativas para promover a integração racial, assim reparando uma injustiça sem criar outra.