O Pré-Vestibular para Negros e Carentes: uma

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Resumo.
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Curso: Mestrado em Serviço Social.
O Pré-Vestibular para Negros e Carentes: uma análise sobre a inclusão social
através das políticas de cotas.
Por Clarissa F. do Rêgo Barros (Graduada em História e Mestranda da Faculdade de Serviço Social – UERJ)
Orientadora: Dr. Alba Tereza Barroso de Castro (Faculdade de Serviço Social – UERJ)
A pesquisa consiste na realização de um estudo de caso teórico–empírico de
caráter exploratório e crítico dos estudantes cotistas da UERJ, buscando relacionar
a realidade destes estudantes à atuação e teória e política formulada sobre as cotas
pelo PVNC, procurando estabeler a importancia das cotas de diferenciação racial, e
sua repercussão como uma política inclusiva democratizante. Este é o ponto de
partida de uma análise relacionada a corrente marxista sob a ótica das contradições
históricas, buscando a interdisciplinariedade com a História Social da Cultura para
o compreensão das construções culturais e identitárias.
A partir dos anos de 1990, em quase todas as regiões do Brasil, observou-se
uma grande capilarização social dos cursos de pré-vestibulares comunitários
voltados para segmentos sociais populares. A difusão desses cursos possui seu
embrião no descontentamento em relação a uma construção desigual e
hierarquizada do tecido social brasileiro, e da ausência de uma educação de
qualidade que proporcione a igualdade de oportunidades na disputa dos
vestibulares para o ingresso nas universidades públicas.
Neste cenário de adoção das políticas neoliberais e da diminuição do Estado
em relação ao investimento nas políticas sociais, o PVNC se coloca como
movimento social atuante e participativo na tentativa da legitimação das políticas
de cotas como uma política social. Para viabilização e legitimação das cotas como
projeto nacional, o PVNC possui o entendimento de que as desigualdades sociais
encontram-se alicerçadas em desigualdades étnicas históricas reforçadas pelo
racismo, preconceito e o não reconhecimento do negro como identidade nacional.
Com o objetivo de contribuir para um debate que centraliza a necessidade
da existência de uma universidade democrática que inclua a todos os setores
marginalizados socielmente ou etnicamente, o PVNC se posiciona como uma voz
social e um movimento cujo projeto procura incluir os jovens negros e pobres até
então invisiveis ao sistema, como voz ativa na sociedade. A percepção destes
agente sociais é fundamental para entender a importancia e a viabilidade de
políticas que se encontram embasadas na promoção social através de escolhas
categoricas para o alcance da igualdade.
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