0 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ RODRIGO JORGE FREITAG ANÁLISE DE MARKETING: Um estudo dos resultados das ações implementadas no lançamento do Caledônia Private Village Balneário Camboriú 2010 1 RODRIGO JORGE FREITAG ANÁLISE DAS AÇÕES DE MARKETING IMPLEMENTADAS NO LANÇAMENTO DO EMPREEENDIMENTO CALEDÔNIA PRIVATE VILLAGE Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Gestão Empreendedora, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Carlos Marcelo Ardigó Balneário Camboriú 2010 2 RODRIGO JORGE FREITAG Análise das Ações de Marketing Implementadas no Lançamento do Empreendimento Caledônia Private Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Administração com ênfase em Gestão Empreendedora e aprovada pelo Curso de Administração com ênfase em Gestão Empreendedora, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Área de Concentração: Marketing e Comunicação Balneário Camboriú, 05 de Julho 2010. ____________________________________________ Prof. MSc. Carlos Marcelo Ardigó UNIVALI – CE de Balneário Camboriú Orientador ____________________________________________ Prof. MSc. Ademar José da Silva UNIVALI – CE de Balneário Camboriú Membro ____________________________________________ Prof. MSc. Laércio Antônio Braggio UNIVALI – CE de Balneário Camboriú Membro 3 EQUIPE TÉCNICA Estagiário(a): Rodrigo Jorge Freitag Área de Estágio: Marketing e Comunicação Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder, MSc. Supervisor da Empresa: Roberto Jorge Freitag Professor(a) orientador(a): Carlos Marcelo Ardigó, MSc. 4 DADOS DA EMPRESA Razão Social: G. Laffitte Incorporações e Empreendimentos Imobiliários Endereço: Rua Gustavo Richard, 120 – Centro – Camboriú/SC Setor de Desenvolvimento do Estágio: Marketing Duração do Estágio: 240 horas Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Roberto Jorge Freitag / Corretor de Imóveis Carimbo do CNPJ da Empresa: 5 AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA Balneário Camboriú, 04 de Dezembro de 2009. A Empresa G. Laffitte Incorporações e Empreendimentos Imobiliários, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo acadêmico Rodrigo Jorge Freitag. ___________________________________ Roberto Jorge Freitag 6 A quem dedico As pessoas que sem dúvida nenhuma escolhi para trilharem comigo esta viagem na Terra, minha mãe, Márcia, por extrema força, amor e dedicação, meu pai, Roberto, por toda sua coragem e seu coração gigante, minha irmã, Rafaella, por toda sua força de vontade e companheirismo e minha irmã, Roberta, que com todo seu carinho me mostra todos os dias o quanto é preciso agir com temperança. A minha Vó Maria, que sem dúvida nenhuma, é meu anjo em terra. 7 AGRADECIMENTOS A Deus por sua infinita bondade e compreensão, estando comigo em todos os momentos. A Naiara minha namorada, por ser amiga, companheira, e dividir todos os momentos bons e ruins comigo. Ao meu tio Gilberto, que nos momentos de necessidade me deu seu total apoio e me colocou a empresa a disposição para estagiar. A minha irmã Rafaella pelo apoio nas horas de incerteza e desespero sabendo me acalmar e me explicar os caminhos. A meu orientador Carlos Marcelo Ardigó, que passou comigo por todo esse processo me ensinando e auxiliando em todos os passos. Enfim, a todas as pessoas que de uma forma ou de outra fizeram parte da minha vida neste período e com alguma coisa contribuíram tornando-me assim um ser humano melhor, mais forte e humilde, preparando-me para a vida. 8 RESUMO As organizações modernas participam de constantes mudanças e evoluções tecnológicas, do crescimento e segmentação dos mercados, e por isso necessitam de estratégias para vencer concorrentes e estabelecer um elo entre a empresa e seus consumidores. Mais do que nunca este é o momento onde as empresas devem entender as necessidades e desejos dos seus consumidores como parte inicial do processo, e só a partir disto buscar atendê-los da melhor forma possível. No mercado imobiliário não é diferente, em um momento em que a economia possibilita cada vez mais o investimento em imóveis é comum o consumidor investir em uma segunda moradia na praia ou no campo, e até mesmo buscar a melhoria constante da sua atual moradia, através da venda e da troca por outro imóvel melhor. Deste modo, este estudo buscou entender as ações de comunicação e marketing já implantadas em um empreendimento com o conceito de “condomínio resort”, avaliando os resultados comerciais obtidos e verificando como é percebido o investimento através dos compradores. Para tanto foi realizado uma pesquisa descritiva, considerando o método quantitativo, além do diagnóstico survey. Foram utilizados dados secundários como relatórios de vendas e plano de mídia, além de um questionário aplicado através da amostra probabilística considerando uma amostragem aleatória simples com 90 casos e margem de menos de 5%. Os resultados indicam que como o empreendimento foi feito sem um planejamento prévio entendo as necessidades do mercado será necessário agora investir fortemente em comunicação e marketing para vender o que já foi colocado no mercado. E ainda propostas de criar um programa de pós venda estruturado e uma equipe efetiva voltada para a comunicação e marketing, entre outros. PALAVRAS CHAVES: Mercado Imobiliário. Comunicação de Marketing. Controle e Análise. 9 ABSTRACT Modern organizations participate in constant change of technological developments, growth and segmentation of markets, therefore they need strategies to thrive among competitors and establish a link between the company and it´s clients. More than ever before this is the moment where companies must understand the needs and desires of their customers as a inicial part of the process offering products and services. Only after this inicial studies companies will sucessfully fetch the costumers satisfaction. Real estate market is no different, at a time when the economy makes it increasingly provides the chance of investment in real estate, it is common consumers invest in a second home on the beach or in the country side or at least improve their current housing, by selling and buying a better house. Thus, this study aim to understand marketing and communication actions already deployed in a launched project characteraseid as "private condominium resort", evaluating sales results achieved and the perceived investment through buyers eyes. In both aspects were performed a descriptive research, considering the quantitative method, as well as diagnostic survey. Secondary data were used as sales reports and media plan, as well as questionnaire applied through sample probability whereas simple random data of 90 clients with less of 5% of margin of error. The results indicate that as the venture was planned without a market research for this type of projectc. Therefore it has fail to understand the needs of the market. It will need to invest heavily in communication and marketing to sell what has already been offered for the market. This survey also provide proposals to create a structured programme of post-sales and an effective marketing team focused on improving the communication for the market. KEYWORDS: Real Estate Market. Marketing Communication. Tracking and Analysis. 10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Entrada principal do Caledônia Private Village .............................. 22 Figura 2 Maquete da divisão do Caledônia Private Village .......................... 23 Figura 3 Administração de Marketing .......................................................... 28 Figura 4 Abordagem sistêmica dos 4 As ...................................................... 29 Figura 5 A estrutura dos quatro P’s .............................................................. 35 Figura 6 Modelo de Avaliação de Estratégia ................................................ 40 Figura 7 O processo de controle .................................................................. 41 Figura 8 Modelo da taxa de retorno sobre o patrimônio líquido ................... 45 Figura 9 Elementos no processo de comunicação ....................................... 49 Figura 10 O Modelo AIDA ............................................................................... 52 Figura 11 Marca do Condomínio .................................................................... 66 11 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Abordagem para mercados servidos ................................................ 34 Quadro 2 Tipos de controle de marketing......................................................... 42 Quadro 3 Definição e mensuração da participação de mercado ...................... 44 Quadro 4 Vantagens e Desvantagens das principais mídias ........................... 57 Quadro 5 Descrição das áreas comuns do Caledônia Private Village ............. 67 Quadro 6 Investimento em mídia com a Zucco Propaganda ........................... 70 Quadro 7 Investimento em mídia com a Cross Broading Casting .................... 71 Quadro 8 Investimento em mídia ...................................................................... 72 12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Investimento de comunicação por lote ............................................. 75 Tabela 2 Perfil dos compradores em relação ao gênero e faixa etária ........... 76 Tabela 3 Perfil dos compradores em relação a cidade e estado ..................... 77 Tabela 4 Qual o propósito de utilização do imóvel X renda ............................ 79 Tabela 5 Cumprimento das promessas feitas em relação ao preço, ao projeto e ao prazo da obra ................................................................ 86 13 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Gráfico 2 Gráfico 3 Gráfico 4 Gráfico 5 Gráfico 6 Gráfico 7 Gráfico 8 Gráfico 9 Gráfico 10 Evolução das vendas mês a mês do Caledônia Private Village ....................................................................................... Renda média mensal dos consumidores do Condomínio Caledônia Private Village ......................................................... Qual o propósito de utilização do imóvel comprado ................ Como ficou sabendo do Condomínio Caledônia Private Village ....................................................................................... Quais destes meios mais influenciou para buscar mais informações sobre o Caledônia Private Village ........................ Influência das atividades de comunicação no momento da compra ...................................................................................... As imagens e as mensagens veiculadas versus realidade do empreendimento ....................................................................... O que mais lhe chamou a atenção no Projeto do Caledônia Private Village ........................................................................... Satisfação pós compra em relação ao Projeto do Caledônia Private Village ........................................................................... Indicaria o empreendimento a um amigo? ............................... 74 78 79 80 81 82 83 84 85 87 14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 16 1.1 Tema de pesquisa .................................................................................. 17 1.2 Problema de Pesquisa .......................................................................... 18 1.3 Objetivos da Pesquisa ........................................................................... 19 1.3.1 Objetivo Geral ..................................................................................... 1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 19 1.4 Justificativa da Pesquisa ....................................................................... 20 1.5 Contextualização do Ambiente de Estágio ............................................. 21 1.6 Organização do Trabalho ..................................................................... 23 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................... 25 2.1 Marketing .............................................................................................. 25 2.1.1 Administração de marketing ................................................................. 27 2.1.2 Estratégia e Plano de Marketing .......................................................... 2.1.3 O Entendimento dos Clientes e Mercados ........................................... 33 2.1.4 Gestão do Composto de Marketing ……………………………………... 35 2.1.5 Implementação e Controle das Atividades de Marketing ....................... 38 2.2 Controle de Marketing ........................................................................... 39 2.2.1 Controle do Plano Anual ...................................................................... 43 2.2.2 Controle de Rentabilidade ................................................................... 46 2.2.3 Controle de Eficiência .......................................................................... 47 2.2.4 Controle Estratégico .............................................................................. 47 2.3 Comunicação de Marketing .................................................................. 48 2.3.1 Identificar o Público-Alvo ...................................................................... 50 2.3.2 Determinar os Objetivos de Comunicação .......................................... 2.3.3 Elaboração da Mensagem ..................................................................... 55 2.3.4 Canais de Comunicação ........................................................................ 56 2.3.5 Fonte de Mensagem .............................................................................. 59 2.3.6 Feedback da Comunicação .................................................................. 59 19 31 51 15 3 METODOLOGIA DE PESQUISA ........................................................ 61 3.1 Tipologia de pesquisa .......................................................................... 61 3.2 Sujeito de estudo ................................................................................. 62 3.3 Instrumentos de pesquisa .................................................................... 63 3.4 Análise e apresentação ........................................................................ 64 3.5 Limitações de pesquisa ........................................................................ 64 4 RESULTADOS DA PESQUISA ........................................................... 65 4.1 Análise das ações de marketing implantadas no lançamento do empreendimento Condomínio Caledônia Private Village .................... 4.2 65 Avaliação dos resultados comerciais alcançados com as estratégias de comunicação de marketing implantadas ......................................... 73 4.3 Avaliação da satisfação dos compradores captados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas .................. 75 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 88 REFERÊNCIAS .................................................................................... 92 ANEXOS .............................................................................................. 95 APÊNDICE............................................................................................ 111 16 1 INTRODUÇÃO O estudo desenvolvido ao longo das próximas páginas está diretamente relacionado ao mercado imobiliário e para se falar no mercado imobiliário deve-se estar atento as mudanças comportamentais da sociedade brasileira. Muitas são as pessoas que neste momento vem sonhando com a inerente possibilidade de realizar seu grande sonho: a casa própria. Mas também se observa uma razoável proporção desta mesma população em busca da realização de seus desejos: uma residência maior ou uma segunda casa. Implícito a essas necessidades e desejos está um consumidor brasileiro muito mais exigente e ávido, que procura e compara mais. A tendência é buscar opções para investidores e para compradores cada vez mais exigentes. E a segmentação de mercado pode colaborar com as empresas do setor para atingir de forma bem definida seus diferentes públicos alvo. Cada vez mais atentas a estas mudanças e tendências, as construtoras começam a se preparar para atender estes diferentes públicos, qualificando seus funcionários, segmentando seu portfólio, atingindo tanto o comprador de baixa renda, quando o investidor. Os sinais que o mercado brasileiro está entrando em um momento muito positivo tornam-se cada vez mais perceptíveis. Sempre se falou que o mercado imobiliário, em especial na construção civil possui grande responsabilidade no Produto Interno Bruto (PIB) nacional e dos efeitos positivos gerados em toda a economia, especialmente com a criação de empregos e renda. Todavia, fatores mais abrangentes e até certo ponto inéditos estão sendo constatados em diversos setores do mercado imobiliário nacional, mostrando que o fenômeno tem se espalhado e disseminado nas várias regiões urbanas e rurais do país (NAPOLITANO; SALGADO, 2009). O mercado imobiliário responde por um notável aquecimento do país, principalmente nas grandes cidades, foco da construção de grandes empreendimentos de múltiplo uso, aliando torres residenciais com atividades comerciais, bem como a incorporação de mega condomínios, buscando conferir num só local segurança, lazer e áreas verdes em uma estrutura normalmente encontrada em clubes. Claro que os fatores acima mencionados devem levar em consideração os aspectos sócio-ambientais pertinentes a cada região, de forma a ser atingido o denominado desenvolvimento sustentável. O atual momento não pode ser 17 desperdiçado, pois se percebe a reunião de diversos elementos que podem levar a um ciclo de otimismo e desenvolvimento econômico, especialmente no mercado imobiliário, aliás como presenciado na década de oitenta na Espanha, período no qual esse país deu um verdadeiro salto em direção a se colocar entre as nações desenvolvidas, em muito graças ao desenvolvimento do seu mercado imobiliário (TREVELIM, 2007). Estima-se que, com os juros básicos caindo gradualmente a 7,5% em termos nominais em 2017 e considerando um crescimento do PIB de 4% ao ano, o país pode ganhar 37 milhões de novas moradias até 2030. Isso permitiria zerar o déficit calculado em quase 8 milhões de unidades habitacionais e acompanhar o crescimento da população. A grande parte da produção deve atender as classes C, D e E: 56% das novas moradias serão destinadas a famílias com renda mensal de 2.000 a 4.000 reais e 37% à população com renda de até 2.000 reais (GASPAR, 2009). Com base nesse tipo de projeção, e diante da oportunidade representada pelo novo programa do governo - Minha Casa, Minha Vida - as construtoras criaram estratégias para a baixa renda, o mercado imobiliário está estimulado. Esse movimento tem se percebido fortemente em Balneário Camboriú e região, onde o mercado imobiliário se especializou em imóveis buscando atingir as necessidades de um público que vai além da compra da casa própria, mas a realização de sonhos, com grandes e luxuosos apartamentos de frente para o mar ou em condomínios fechados nas regiões mais rurais, investimentos feitos para atender o desejo de uma casa de campo próximo ao mar, ou o sonho de abrir a janela e se deparar com a praia no final de semana. Estabelecido o contexto em que se situa este estudo, no próximo item é apresentado o tema de pesquisa. 1.1 Tema de pesquisa Considerando o novo momento do mercado imobiliário na região, se torna essencial aos empreendedores do mercado imobiliário conhecer o seu público, suas necessidades e seus anseios e desta forma se preparar para atingir este novo público, por isso o sucesso do produto imobiliário começa com a pesquisa de mercado. 18 Se preparar buscando soluções não apenas apresentando novos produtos, mas novos conceitos e serviços que completam este produto, pois os clientes que buscam imóveis como investimentos estão cada vez mais exigentes. Para compreender e interpretar essas exigências tem-se como aliado fundamental o marketing, que ocorre quando duas partes decidem satisfazer necessidades e desejos através da troca. “A troca é o ato de obter-se um objeto desejado dando alguma coisa em troca” (KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p. 6). Para colocar em prática os conceitos de marketing, entendendo e criando valor para o mercado, devem-se diagnosticar as necessidades de seus clientes, entenderem o que ele está disposto a investir ou dar em troca para realizar o seu sonho. Cobra (1992, p. 34) descreve o marketing como o “processo de planejamento e execução desde a concepção, apreçamento, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”. Os autores entram em consenso em suas definições quanto à satisfação das necessidades e desejos dos clientes. Mas para que a organização alcance seus objetivos, também é comum a idéia da necessidade do planejamento e controle da implementação e dos resultados das atividades de marketing. Las Casas (1997) menciona que para se posicionar em um segmento específico, precisa se planejar e se desenvolver para atingir seus objetivos, conhecendo e determinando o seu público-alvo, utilizando ferramentas e controle e posteriormente avaliando o desempenho das ações definidas. O marketing só é pleno quando suas atividades são colocadas em prática de forma sistêmica e contínua, precisando avaliar constantemente suas decisões e resultados. Neste contexto, o presente estudo tem como área de conhecimento o marketing e o planejamento de marketing, e especificamente as atividades relacionadas ao controle e avaliação de desempenho das ações de comunicação planejadas por uma empresa do setor imobiliário, no lançamento de um empreendimento. 1.2 Problema de Pesquisa Depois de vários anos no mercado imobiliário direcionado para o público que tem o sonho que comprar a casa própria, público este de baixo poder aquisitivo, a 19 G.Laffitte Empreendimentos Imobiliários, atenta as tendências de mercado, identificou a possibilidade de inovar. Com isso surgia a ideia da Caledônia Private Village, a venda de grandes terrenos dentro de um condomínio fechado com o conceito de casa de campo na praia. Apesar do senso de oportunidade, com esta mudança radical de segmento de mercado vários pontos ficaram pendentes. Entre eles a falta de planejamento para entrada neste novo segmento, definição de estratégias de marketing específicas para atingir o público alvo e controle das ações que estavam sendo executadas. A empresa focou principalmente no desenvolvimento do projeto e vem investindo pesadamente em comunicação através da contratação de uma agência de publicidade. Como o planejamento não ocorreu, definições de metas e objetivos também ficaram pendentes. Surge a partir daí à necessidade de avaliar a efetividade das estratégias até aqui utilizadas. Assim, estabelece-se como problemática da pesquisa a seguinte questão: Quais os resultados alcançados com as ações de comunicação de marketing implementadas no lançamento do empreendimento Caledônia Private Village, da G.Laffitte Empreendimentos Imobiliários? 1.3 Objetivos da Pesquisa Baseado no problema de pesquisa apresentado anteriormente, nesta etapa estabelece-se o objetivo geral e os objetivos específicos deste estudo. 1.3.1 Objetivo Geral Analisar os resultados das ações de comunicação de marketing implementadas no lançamento do empreendimento Caledônia Private Village, da G.Laffitte Empreendimentos Imobiliários. 1.3.2 Objetivos Específicos • Analisar as ações de marketing já implantadas no lançamento do empreendimento; 20 • Avaliar os resultados comerciais alcançados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas; • Avaliar a satisfação dos compradores captados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas. 1.4 Justificativa da Pesquisa Com o novo momento do mercado imobiliário, onde se torna cada vez mais segmentado e competitivo a elaboração de um plano estratégico de marketing para o lançamento de novos empreendimentos se torna essencial. Porém isso não ocorreu na G.Laffitte Empreendimentos Imobiliários com o lançamento do Caledônia Private Village. A empresa teve várias dificuldades na elaboração e execução do projeto e esta análise poderá ajudá-la a verificar os pontos falhos, assim como elaborar uma nova proposta que contemple ações e objetivos do empreendimento. É importante salientar também que este projeto já está em seu 10° mês pós-lançamento e que determinadas ações talvez não possam ser mais indicadas. Portanto, este estudo não está restrito a apenas esse projeto, mas poderá estabelecer um novo padrão de concepção, planejamento e implementação na empresa para novos empreendimentos. Enquanto para o acadêmico é o momento de por em prática todo o conhecimento adquirido durante o curso e ainda conhecer e aprimorar novos conhecimentos direcionados para a área que pretende atuar. E, como a empresa é de propriedade de familiares é também uma forma de retribuir toda confiança e colaboração depositada na pessoa do acadêmico. No campo da ciência da Administração e do Marketing, em trabalhos de iniciação científica, muitos são os estudos relacionados ao desenvolvimento de novos projetos, planos e ações. Diferentemente, este estará direcionado à avaliação de desempenho e controle de marketing, o que torna o assunto ainda mais desafiador. 21 1.5 Contextualização do Ambiente de Estágio A G.Laffitte Empreendimentos Imobiliários foi fundada em agosto de 1974 pelo Sr. Gilson Laffitte, que veio a falecer no ano de 1993 deixando como herança um empreendimento na cidade de Balneário Camboriú e outros investimentos feitos na época. A sua esposa Maria Aparecida Laffitte junto com seus filhos Gilberto Laffitte, Gelson Laffitte, João Luiz Laffitte, Gilson Laffitte Filho e Liana Laffitte chegaram a um acordo estabelecendo que Gilberto, Gelson e Gilson Laffitte tomariam frente sobre a gestão da empresa. Aos demais filhos estabeleceram-se o direito de uma porcentagem do lucro total como ocorre até os dias de hoje. Como observado, a empresa possui como sócios a família, e sua gestão também são de característica familiar. A empresa tem como sua atividade principal o desenvolvimento de loteamentos. É responsável pela parte de documentação, aprovação, desenvolvimento, vendas e administração geral, o que normalmente ocorre até o fim do parcelamento, ou seja, a administração se encerra com a quitação total do loteamento comercializado. Isso ocorre tanto em empreendimentos próprios, como também em loteamento de parceiros. A empresa possui sedes administrativas na cidade de Curitiba (PR) e filiais nas cidades de Guarapuava (PR) e Camboriú (SC). Esta última, foco deste estudo, está situada no centro da cidade de Camboriú, na Rua Gustavo Richard nº 120. Conta com 18 funcionários em seu escritório, os quais são responsáveis pelas funções da empresa dirigida pelos três diretores citados. Dentre os colaboradores, atualmente a equipe comercial conta com quatro corretores que são assalariados e recebem comissões sobre seus resultados de vendas. Dois ficam no plantão, e os outros dois, na sede da empresa. Também trabalham na equipe três arquitetas, as quais cabem a tarefa de desenvolvimento dos projetos da empresa. Os demais funcionários internos trabalham na parte administrativa e financeira. A empresa busca sempre novas oportunidades de empreendimentos e novos parceiros, fazendo com que seja reconhecida cada vez mais no mercado em que atua e diversificando cada vez mais seu produto. Foca na expansão de seus negócios, inovando diversificando e tentando satisfazer as necessidades do consumidor. 22 Atualmente a G.Laffitte conta com nove empreendimentos concluídos no Vale do Itajaí, e com duas obras em andamento. É uma empresa conceituada no setor, desencadeando uma série de loteamentos que impulsionaram o desenvolvimento local com novas moradias, tornando o sonho da casa própria uma realidade. Um desses empreendimentos, foco deste estudo, é o Caledônia Private Village. Projeto diferenciado tanto para a empresa como para a própria cidade em que está inserido. Trata-se de um condomínio completo com toda infra-estrutura, 950.000m2 de área total, portaria 24 horas, piscina de 1000 Mts, academia, sala de jogos, cinema, pista de skate, quadra poli esportiva, centro comercial, heliporto, enfim, um empreendimento voltado para a classe A. Essa descrição pode ser melhor evidenciada nas figuras 1 e 2 apresentadas a seguir. Figura 1: Entrada principal do Caledônia Private Village. Fonte:Arquivo do G.Laffitte. 23 Figura 2: Maquete da divisão do Caledônia Private Village. Fonte: Arquivo do G.Laffitte. 1.6 Organização do trabalho O presente trabalho está dividido da seguinte forma introdução, fundamentação teórica, metodologia da pesquisa, resultados da pesquisa, conclusão, referência, apêndices e anexos. Na introdução foram abordadas as características atuais do mercado imobiliário além do tema da pesquisa, a problemática, os objetivos e a justificativa do trabalho e também a contextualização do ambiente de estágio. Os temas principais na fundamentação teórica permearam o marketing, a comunicação, os objetivos de comunicação, o controle e a análise, sustentados com diversos autores que auxiliaram no desenvolvimento e entendimento do trabalho. No capítulo referente à metodologia da pesquisa poderá ser observada a tipologia da pesquisa, o sujeito do estudo, os instrumentos de pesquisa, como foram feitas as análises e a apresentação da mesma, bem como as limitações encontradas. Buscando atender os três objetivos específicos foi desenvolvido o capítulo que se refere ao resultado da pesquisa, no qual foram abordadas amplamente as 24 ações de marketing implantadas no empreendimento, a avaliação dos resultados comerciais e a satisfação dos atuais compradores. Por fim foi feita a conclusão do trabalho com sugestões para a empresa, seguido das referências, apêndices e anexos. 25 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Com base no problema de pesquisa proposto para este trabalho, foi incorporado a este capítulo temas como o marketing, administração de marketing, gestão do composto, estratégia e plano, implementação e controle de marketing, este último de forma mais ampliada. Todos estes temas foram fundamentados principalmente nos autores Las Casas, Richers, Kotler, Armstrong, Boone e Kurtz, Mckenna, Cobra, Ribeiro, Gonçalves, Gimenez, Churchill, Hooley, Saunders, Piercy, Souza e Zenaro. 2.1 Marketing - conceitos Parece que sempre existiu a necessidade de troca de mercadorias entre os homens. Antigamente o relacionamento entre as sociedades primitivas era através das trocas de mercadorias, o que cada uma produzia de melhor ou era excedente era trocado para que nada faltasse entre as aldeias. Pode-se dizer que o marketing surgiu nessa época, pela necessidade de trocar mercadorias, porém certamente não nos termos que atualmente é estabelecido. Ao longo dos tempos o marketing sofreu algumas modificações que, segundo Las Casas (1997) podem se dividir em três momentos: a era da produção, a era das vendas e a era do marketing. Segundo Boone e Kurtz (1998, p.7) “até cerca de 1925, a maioria das empresas mesmo as que operavam em economias altamente desenvolvidas na Europa Ocidental e na América do Norte, estavam voltadas para a produção”. Neste período as empresas estavam voltadas à produção com qualidade e não estavam interessadas em saber quais eram as reais necessidades dos seus clientes e do mercado. Esta época foi marcada pela produção em série, por falta de concorrentes no mercado e uma imensa demanda de consumidores (LAS CASAS, 1997). Logo após a era da produção, surgiu a era das vendas. Pois com o crescimento da produção houve o excesso de produto, que por sua vez tinham que ser vendidos no mercado. Surgindo então a necessidade da força de vendas, pois o consumidor teria que ser convencido a adquirir determinado produto. Foi nesta época que ainda com uma visão distorcida, os departamentos de marketing começaram a surgir (LAS CASAS, 1997). De acordo com Boone e Kurtz (1998, p.8) “embora os departamentos de marketing tenham começado a surgir na era de 26 vendas, sempre houve uma tendência à subordinação às áreas de produção, financeira e de engenharia”. “A renda pessoal e a demanda de mercadorias e serviços por parte do consumidor caíram abruptamente durante a Grande Depressão no início dos anos 30, conferindo ao marketing um papel mais importante” (BOONE; KURTZ, 1998, p.8). Desta forma, foi observado pelas empresas que o ponto fundamental para o seu crescimento era a análise do mercado antes de produzir seus produtos ou oferecer seus serviços. De acordo com Kotler e Armstrong (1999, p. 3) “hoje em dia, o marketing deve ser compreendido não só no antigo sentido de vender – ‘dizer e vender’ – mas também de satisfazer as necessidades do cliente”. Mckenna (1998, p. 39) destaca que: O novo modelo de marketing reflete uma mudança do monólogo para o diálogo no trato com os clientes. O resultado é uma inversão dos papéis tradicionais de consumidor e produtor, onde o consumidor dita exatamente como gostaria de ser servido. Os novos consumidores esperam que lhes perguntem sobre suas preferências individuais e lhes tratem – tanto quanto possível – como se essas preferências estivessem sendo respeitadas. Desta forma, as empresas passam a serem orientadas para os consumidores e, não mais colocam o marketing no final da linha de produção, mas sim no início; os autores citados concordam que o marketing tem o propósito de satisfazer com produtos e serviços os desejos e as necessidades dos consumidores. Nos dias de hoje parece que não se pode escapar de três coisas, da morte, dos impostos e das vendas. Está-se sempre sendo abordado por comerciais de televisão, anúncio de jornais e revistas, mala diretas e telemarketing e isto acaba gerando uma grande confusão, pois as pessoas acabam associando o marketing a vendas e promoção (KOTLER, 2003). Kotler e Armstrong (1999, p. 6) definem que o “marketing ocorre quando duas pessoas decidem satisfazer necessidades e desejos através da troca. A troca é o ato de obter-se um objeto desejado dando alguma coisa em troca”. Com isso observa-se que as empresas para praticar o marketing, devem observar e entender o mercado, diagnosticando as necessidades de seus clientes. 27 Não há compreensão do marketing de forma efetiva sem que seu conceito e ferramentas sejam abordados. Kotler (2001, p. 33) apresenta o seguinte conceito de marketing: Marketing é a tarefa, assumida pelos gerentes, de avaliar necessidades, medir sua extensão e determinar se existe oportunidade para lucros, pois o marketing continua por toda a vida do produto, tentando encontrar novos clientes, melhorar o poder de atração e o desempenho do produto, tirar lições dos resultados das vendas dos produtos e gerenciar as vendas repetidas aos mesmos clientes. Las Casas (2001, p. 20) complementa que o “marketing consiste no planejamento das quatro variáveis do composto mercadológico.” Isso também já era observado por Cobra (1992, p. 34), que mencionava que o conceito compreendia o “(...) processo de planejamento e execução desde a concepção, apreçamento, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”. Todos os autores entram em consenso em suas definições quanto à satisfação das necessidades e desejos dos clientes. Mas para as empresas chegarem ao seu objetivo principal que geralmente é o lucro, elas precisam utilizar todas as ferramentas do marketing ou o composto de marketing, fazendo com que desta forma seus clientes comprem os produtos conseguindo suprir suas necessidades e realizar seus desejos. Conforme Kotler (2003) o vice-presidente de uma grande empresa de aviação européia queria ampliar sua participação no tráfego aéreo. Sua estratégia foi aumentar a satisfação dos clientes, por meio do fornecimento de melhor alimentação, cabines mais limpas, atendentes de vôo mais bem treinados e tarifas mais baixas, desta forma criaria um mix de marketing integrado para atingir seu objetivo. Mas o marketing não está restrito apenas ao desenvolvimento das variáveis do mix, e inclui outras atividades ligadas a outras tarefas de marketing, as quais serão expostas a seguir. 2.1.1 Administração de marketing Neste inicio do terceiro milênio discute-se o marketing, como uma abordagem de negócios e como uma função empresarial. Enquanto uma década atrás o 28 marketing era mal compreendido por muitos gerentes seniores e, em geral considerado como apenas um novo nome para vendas e propaganda, hoje a maioria dos executivos poderia oferecer definições de marketing praticamente corretas, concentrando-se na identificação e na satisfação das necessidades e desejos dos clientes mediante lucro. É provável que a maioria também diga que suas empresas estão voltadas para o mercado (HOOLEY; PIERCY; SAUNDERS, 2008). Desenvolver Planos e Estratégias de Marketing Entender Clientes e Mercados Desenvolver Compostos de Marketing Implementar e Controlar as Atividades de Marketing Figura 3: Administração de Marketing. Fonte: Churchill e Peter (2003, p. 19). Para Churchill e Peter (2003, p. 18) “o processo de estabelecer metas de marketing para uma organização; planejar, implementar e controlar as estratégias para alcançá-las” é a definição de administração de marketing. O foco principal da administração de marketing envolve o que as empresas fazem e devem fazer para criar valor para os clientes e alcançar seus objetivos. Em geral estas tarefas incluem desenvolver planos e estratégias de marketing e executar atividades de marketing para implementá-las e controlá-las. A figura 3 representa uma visão geral do processo de administração de marketing. Segundo Richers (1998) a idéia central é que as responsabilidades administrativas giram em torno de quatro funções básicas denominadas 4 As. Essas funções são a análise, adaptação, ativação e avaliação, as quais são resumidamente apresentadas na Figura 4 e descritas a seguir, pela ordem lógica de suas aplicações. 29 PESQUISA P R O D U T O S E R V I Ç O ANÁLISE A D A P T A Ç Ã O OBJETIVOS E METAS ATIVAÇÃO A V A L I A Ç Ã O C O N T R O L E COMUNICAÇÃO Figura 4: Abordagem sistêmica dos 4 As. Fonte: Richers (1998, p. 21). a) Análise: Visa identificar as forças vigentes no mercado e suas interações com a empresa. Os meios utilizados para tal fim são: a pesquisa de mercado e o sistema de informação em marketing (RICHERS, 1998). A análise é uma função importante para “identificar se o potencial do produto ou serviço está sendo realizado sob a forma de vendas (COBRA; RIBEIRO, 2000, p. 42). Para Amaral (2006) a análise consiste basicamente em buscar e processar as informações importantes e úteis ao processo decisório da empresa, permitindo a identificação de oportunidades, ameaças, mudanças e tendências do mercado. b) Adaptação: É o processo de adequação das linhas de produtos ou serviços da empresa ao meio ambiente através da análise, e isso ocorre através da apresentação ou configuração básica do produto: design, embalagem ou marca. E ainda por meio do preço e da assistência ao cliente (RICHERS, 1998). 30 Pensando nas necessidades e nos desejos do cliente a adaptação visa o ajuste das características à oferta de produtos e serviços. Além da mudança de hábitos e desejos dos consumidores ao longo do tempo, a adaptação é necessária devido ao próprio ciclo de vida do produto (AMARAL, 2006). Na adaptação é o momento de rever o produto ou serviço junto ao mercado e levantar os possíveis desvios que podem estar ocorrendo para ajustá-las, desde embalagem, design, preço e serviço. (COBRA; RIBEIRO, 2000) c) Ativação: Nesta etapa reavaliar os meios de comunicação da empresa se faz necessário. Para verificar se o produto está chegando de forma adequada ao consumidor em potencial e, por meio da comunicação, seja visto como atraente. A área de vendas, produto, publicidade e distribuição ou logística são as principais responsáveis pela ativação do produto (AMARAL, 2006). Complementando, Richers (1998, p. 22) define ativação como “o conjunto de medidas destinadas a fazer com que o produto atinja os mercados pré-definidos e seja adquirido pelos compradores com a freqüência desejada”, coloca ainda que os elementos-chave da ativação são a distribuição com a seleção dos canais, a logística com a entrega e a armazenagem de produtos, a força de vendas e o composto de comunicação. d) Avaliação: De acordo com AMARAL (2006) a avaliação pode ser explicada como a preocupação contínua do profissional de marketing em melhorar a relação custo/benefício das atividades sob o seu controle. Nesta etapa ocorrem a determinação de padrões de controle; o acompanhamento sistemático dos desvios entre os resultados das ações mercadológicas e os padrões estipulados; a recomendação de ações corretivas visando melhorias no desempenho de marketing. Segundo o autor, a avaliação é exercida por meio da auditoria de marketing: um exame periódico, formal e imparcial de todas as operações de marketing, a partir dos objetivos e padrões de desempenho da empresa, e que abrange todos os processos e métodos, bem como pessoas e estruturas envolvidas na implantação das diretrizes de marketing. 31 Richers (1998, p. 22) menciona que esta atividade “se propõe a exercer controles sobre os processos de comercialização e de interpretar a fim de racionalizar os futuros processos de marketing”. Ou seja, é o controle dos resultados do esforço de marketing, isoladamente e em conjunto. Desta forma conclui-se que administração de marketing é o direcionamento que as empresas devem ter para criar valor para os clientes e alcançar seus objetivos; permeando o desenvolvimento de planos e estratégias de marketing, o entendimento dos clientes e mercados, o desenvolvimento de compostos de marketing e a implementação e controle as atividades. Essas tarefas da administração de marketing são discutidas na sequência. 2.1.2 Estratégia e Plano de Marketing Para que se tenha um processo completo de marketing o ideal é desenvolver a atividade de planejamento e construir um plano de marketing, com uma análise de cenário, estratégias, controle e avaliação bem definidos. No entendimento de Oliveira (1999, p. 46), a estratégia “é um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer um rumo a ser seguido pela empresa com vistas a obter um nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente”. “Estratégia é basicamente a maneira que a empresa escolhe para interligar suas competências, processos essenciais e outros ativos, a fim de ganhar as batalhas de mercado” (KOTLER, 2003, p. 19). Pois qualquer objetivo pode ser atingido de várias maneiras, mas compete ao administrador escolher as estratégias e ações mais eficazes para a consecução dos objetivos. Gimenez (2000, p. 17) define estratégias como sendo “um conjunto de diretrizes conscientemente deliberadas que orientam as decisões organizacionais” e “(...) um processo controlado, consciente e formal de interação entre uma empresa e seu ambiente, acompanhado pela alteração dos aspectos dinâmicos internos da empresa”. Uma das melhores regras para a construção de estratégias é identificar não só as coisas de que os clientes gostam, mas também as coisas de que os clientes não gostam, e eliminá-las de seus produtos e serviços. Isso significa dedicar muito mais tempo ao mercado, para ver e sentir o que é relevante e irrelevante (KOTLER, 2003, p. 65). 32 Para auxiliar na formulação da estratégia deve-se em uma primeira fase analisar o cenário, com a identificação de ameaças e oportunidades que o meio pode trazer à empresa, no presente e/ou no futuro (o Diagnóstico Externo). Ainda a identificação dos pontos fortes e fracos que a empresa revela, quando comparada com a concorrência (o Diagnóstico Interno). Para dar continuidade ao processo, é necessária a conclusão retirada destes diagnósticos, pois vão condicionar as fases seguintes do processo que são: - segmentação do mercado; - análise dos segmentos do mercado; - escolha dos segmentos-alvo que a empresa pretende atacar; - definição da ação comercial a implementar nesses segmentos e - definição dos objetivos de desenvolvimento a atingir (GONÇALVES; ROXO, 2001). A partir do momento que tenham sido identificados os pontos fortes e os pontos fracos, ameaças e oportunidades para o planejador ficará mais fácil conduzir uma estratégia de marketing em sintonia com o mercado. A partir do levantamento das ameaças e oportunidades do mercado, assim como pontos fortes e fracos de uma organização em relação a sua concorrência, o estrategista poderá determinar os passos a seguir (LAS CASAS, 1999). Nessa etapa a empresa precisa definir quem quer e pode atender. Kotler e Armstrong (1999, p.108) consideram que, Os mercados consistem em compradores, que diferem de várias formas quanto aos desejos, recursos, localidades, atitudes de compra e práticas de compra. Como compradores têm necessidades e desejos próprios, cada um deles é um mercado potencial em separado. A determinação do mercado-alvo é o primeiro passo facilitador para a estratégia de marketing, pois segundo Las Casas (1997, p.95) “não se pode atender a todos os clientes em um mercado (...) portanto, o reconhecimento de segmentos no mercado leva-nos a pensar em termos de mercado-alvo, grupos de consumidores específicos que temos interesse de atingir”. Após a avaliação dos diversos segmentos a empresa faz a seleção do seu mercado-alvo. Segundo Kotler e Armstrong (1999, p. 119) mercado-alvo “consiste em um grupo de compradores com necessidades e características comuns, aos quais a empresa decide atender”. Las Casas (1997) define o mercado-alvo como o grupo que as organizações têm o maior interesse em atingir. 33 Para que se escolha a melhor estratégia de cobertura de mercado muitos fatores devem ser levados em conta entre eles: os recursos da empresa, o grau de variabilidade do produto, o estágio do ciclo de vida do produto, a variabilidade do mercado e as estratégias de marketing dos concorrentes (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). As atividades de marketing estabelecidas no planejamento precisam ser colocadas em prática para que a empresa possa efetivamente alcançar seu objetivos. Essa etapa é definida como implementação e é abordada a seguir. 2.1.3 O entendimento dos clientes e mercados O conceito de mercado vem do conceito de troca e relacionamento, para Kotler e Armstrong (2004, p. 8) “mercado é o conjunto de compradores atuais e potenciais de um produto. Esses compradores compartilham de um desejo ou de uma necessidade específica que pode ser satisfeita por meio de trocas e relacionamento”. É importante considerar que para o entendimento dos clientes e mercados é preciso informação e não apenas dados, pois os dados são simplesmente fatos e estatísticas, enquanto a informação refere-se a dados apresentados de maneira que sejam úteis para a tomada de decisão (CHURCHILL; PETER, 2003). Os profissionais de marketing precisam de informações sobre o seu ambiente, em especial informações sobre seus clientes e concorrentes. Precisam saber como os mercados-alvos respondem a um composto de marketing atual e como reagiriam a mudanças nele. Precisam saber como os concorrentes estão se saindo e prever o que eles planejam fazer no futuro. Por isso, eles se voltam para a pesquisa de marketing a fim de obter informações sobre todas as áreas do marketing, em especial a sua própria participação de mercados e dos concorrentes, o potencial de mercado de produtos atuais e potenciais ou características dos consumidores e das organizações existentes em seu mercado (CHURCHILL; PETER, 2003, p. 116). O cliente geralmente se depara com uma grande quantidade de produtos e serviços capazes de lhe satisfazer determinada necessidade, mas a percepção que ele tem do valor que esses produtos e serviços proporcionam é que será a base, o argumento para a escolha. É importante entender que valor para o cliente é a diferença entre o que ele ganha versus o que ele paga (KOTLER; ARMSTRONG, 2004). 34 O administrador deve estar atento, muitas vezes a estratégia mais eficiente é servir apenas uma parte do mercado total, pois esta parte pode responder por uma porcentagem considerável de vendas de um produto (CHURCHILL; PETER, 2003). Para Kotler e Armstrong (2003, p. 172) uma das estratégias para conseguir identificar e atender apenas uma parte “interessante” do mercado é a segmentação, definida como “a divisão de um mercado em grupos menores de compradores com necessidades, características ou comportamentos diferentes que poderiam requerer produtos ou mixes de marketing distintos”. Churchill e Peter (2003, p. 204) concordam e definem a segmentação de mercado como o “processo de dividir um mercado em grupos de compradores potenciais com necessidades, desejos, percepções de valores ou comportamentos de compra semelhantes”. “O que motiva algumas pessoas a comprarem poderá ser bem diferente do que motiva outras, e dificilmente os apelos padronizados atingirão todos os indivíduos” afirma Las Casas (2001, p.103). Para Churchill e Peter (2003) “apenas depois de conhecer o tamanho e o perfil dos segmentos de mercado existentes, os profissionais de marketing terão condições de selecionar estratégias bem sucedidas”. O Quadro 1 mostra o resumo dos modos básicos que uma empresa pode servir o mercado. Abordagem Descrição Exemplos Marketing de Massa Um único composto de marketing para todo o mercado Serviços telefônicos; páginas na internet Um único composto de marketing para um segmento de mercado Marketing por Segmentos Composto de marketing separados por dois ou mais segmentos de mercado Marketing Individual Um composto de marketing personalizado para um indivíduo ou organização Quadro 1: Abordagem para mercados servidos Fonte: Churchill e Peter (2003, p. 205). Produtos de beleza para mulheres negras; fraldas geriátricas Mc Donald’s ( McLanche Feliz para crianças, Big Mac para adolescentes e adultos); copiadoras Toshiba (vários tamanhos e recursos para atender a diferente níveis de necessidades comerciais) Lazer personalizado para clientes assíduos dos hotéis Ritz-Carlton; serviços de consultoria adaptados as necessidades da organização 35 Após o planejamento, o entendimento dos clientes e mercados o administrador pode começar a gestão do composto de marketing, apresentado a seguir. 2.1.4 Gestão do composto de marketing Las Casas (1997) afirma que, no marketing, existem algumas variáveis que, juntas são conhecidas como o composto de marketing. Este composto é formado pelos 4P´s: produto, preço, promoção e praça ou ponto de venda. A origem dos 4 P´s é do inglês: product, price, promotion e place. Conforme a Figura 5, Kotler (2001) exemplifica as variáveis de cada ferramenta que integra o composto de marketing. Para Kotler e Armstrong (1999, p.31) o composto ou mix de marketing é “(...) o grupo de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercadoalvo. O mix de marketing consiste em todas as ações da empresa com a intenção de influenciar a demanda de seu produto”. Mix de marketing Produto Praça Variedade de produtos Qualidade Mercado-alvo Design Características Nome da Marca Embalagem Tamanhos Serviços Garantias Preço Devoluções Preço nominal Descontos Concessões Prazo de pagamento Condições de crédito Canais Cobertura Variedade Pontos de venda Estoque Transporte Figura 5: A estrutura dos quatro P’s. Fonte: Kotler (2001, p. 125). Promoção Promoção de vendas Propaganda Força de vendas Relações públicas Marketing direto 36 Os quatro elementos do composto de marketing são de fundamental importância para uma organização, de tal forma que, os 4P’s reunidos coordenadamente tornam os esforços de marketing eficazes e precisos atingindo assim os objetivos propostos. Buscando um entendimento melhor destaca-se a seguir o conceito de cada um dos elementos que o compreendem: a) Produto: “Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer um desejo ou necessidade. Os produtos vão além de bens tangíveis” (KOTLER; ARMSTRONG, 1997, p. 129). Desta forma é necessário adaptar continuamente o produto as necessidades do mercado consumidor, pois para que o mercado-alvo venha a preferir o produto de determinada empresa, esta precisa oferecer algo de maneira diferente e melhor. Assim o produto certo, no mercado certo e no tempo certo, é um dos elementos de sucessos mercadológico (COBRA, 1993). b) Preço: De acordo com Kotler e Armstrong (1998, p. 31), preço “é a soma de dinheiro que os clientes devem pagar para obter o produto, e o valor vai de acordo com a percepção de cada cliente”. Souza (1999, p. 299) afirma que: Se, em algum momento do passado, o preço foi entendido como uma simples referência numérica, hoje, definitivamente, a referência numérica é a que menos conta. O que os novos consumidores – nós – julgam caro ou barato envolve uma multiplicidade de variáveis, das quais o valor numérico é a última coisa a se considerar. O preço deixou de ser somente o quanto se irá pagar por determinado produto, e assumiu uma função estratégica, que leva em consideração o custo, mas como ponto principal a estratégia de utilização de preço, em relação aos fatores internos e externos. c) Promoção: Há um provérbio popular que diz: ‘a propaganda é a alma do negócio’, e pode-se dizer que ele tem razão, pois a divulgação dos produtos/serviços aos 37 clientes é fundamental, pois só assim saberão da suas existências e poderão ser persuadidos de forma a adquiri-los (LAS CASAS, 1997). Segundo Las Casas (1997, p. 244), “o administrador de marketing deve preocupar-se com as várias formas, que sejam eficientes, para informar aos consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da própria imagem da empresa”. De acordo com Kotler (2001) assim são várias as técnicas a serem utilizadas nesta ferramenta de marketing. Na estrutura de promoção encontram-se a promoção de vendas, propaganda, força de vendas, relações públicas e marketing direto. Para Gordon (2000, p. 37) a “promoção é uma ferramenta para aumentar o valor da empresa ou da marca, em vez de ser apenas um meio para influenciar diretamente a compra”; pois através da promoção institucional pode-se evidenciar a empresa aumentando o valor de sua marca. Kotler e Armstrong (1998, p. 31), colocam que promoção significa “as atividades que comunicam os atributos do produto ou serviço e persuadem os consumidores-alvos a adquiri-lo”. De todas as ferramentas do marketing, a promoção é a decisiva, pois através da promoção é despertada a atenção do cliente. O cliente consciente quer primeiro conhecer o produto para depois comprá-lo, e para conhecer ele precisa ser informado. Mas também é a ferramenta com a qual se acerta bem a mira ou erra-se de forma grotesca e escandalosa. Assim a promoção pode despertar o interesse dos clientes com precisão ou os frustrar e decepcionar (SOUZA, 1999). d) Praça ou ponto de venda: Para Las Casas (1997, p. 215): Um bom produto e um preço adequado não são o suficiente para assegurar vendas. É necessária também a existência de uma forma eficiente de conduzir os produtos até os compradores finais. Caso contrário, o plano de marketing será deficiente, pois os consumidores as vezes exigem comprar seus produtos em locais que lhe sejam acessíveis e convenientes, além de disponíveis quando eles necessitam. De nada adianta conhecer o produto, desejá-lo, ter condições financeiras para comprá-lo e não encontrá-lo. A praça ou ponto de venda envolve as atividades que tornam o produto disponível para os consumidores-alvos. Sua estrutura é formada 38 pelos canais, cobertura, variedade, pontos-de-venda, estoque e transporte (KOTLER, 2001). Para Las Casas (1999, p. 103) “se uma empresa deseja posicionar-se de determinada forma, ela deverá desenvolver o composto de marketing para atingir esses objetivos”. O ideal é que isso ocorra de forma integrada e que faça parte de um planejamento estruturado. A seguir essa outra etapa da atividade gerencial de marketing é apresentada. 2.1.5 Implementação e controle das atividades de marketing Kotler (1998, p. 662) defini que a implementação de marketing “é o processo que transforma planos de marketing em ações específicas e assegura a execução dessas ações de modo a realizar os objetivos estabelecidos pelos planos”. De forma bastante semelhante, Ferrel (2000, p. 36) menciona que a implementação de marketing corresponde ao “processo de executar a estratégias de marketing, criando ações específicas que assegurarão que os objetivos de marketing sejam atingidos”. Existem ainda, segundo Kotler (1998), três habilidades que são diretamente relacionadas à eficaz implementação de um plano de marketing: • Habilidade em diagnosticar: como é estreita a diferença entre a estratégia e a implementação, algumas vezes a dificuldade está em diagnosticar onde foi o problema, principalmente quando o plano de marketing não atende as expectativas; • Habilidade em avaliar os níveis da empresa: esta avaliação deve ocorrer em três níveis: o primeiro as funções de marketing, devem encarregar-se da execução das tarefas de marketing com sucesso; o segundo refere-se ao programa de marketing, onde a implementação do mesmo deve misturar as funções de marketing de forma coerente; e o terceiro á política de marketing, onde a implementação refere-se ao modo com que cada funcionário será direcionado; • Habilidade em implementar e avaliar marketing: é o papel do profissional do marketing, pois o mesmo deve possuir um conjunto eficaz de habilidades para implantar o plano e a política de marketing. As quatro habilidades são alocação, monitoramento, organização e interação. 39 Desta forma observa-se que sem um bom plano de implementação compromete-se o sucesso da estratégia de marketing, pois de forma direta e indireta a implementação pode considerar o sucesso ou o fracasso do plano de marketing. Mas um outro passo também irá garantir maior probabilidade de sucesso para as ações de marketing, sendo o mesmo a atividade de controle O controle é um processo fundamental para saber se todas as estratégias desenvolvidas no plano de marketing estão de acordo com o planejado e se serão cumpridas. Para Las Casas (2001, p.258) “esta função do administrador deve ser exercida para verificar se os objetivos iniciais estão sendo cumpridos”. Kotler (1998, p. 63) menciona que “como muitas surpresas ocorrem durante a implementação dos planos de marketing, o departamento de marketing tem que monitorar e controlar continuamente as atividades de marketing”. Surge então o controle de marketing, que “implica avaliar os resultados dos planos e estratégias e adotar medidas corretivas para assegurar que os objetivos sejam alcançados” (KOTLER; ARMSTRONG, 2004, p. 51). Como esta última tarefa de marketing é o tema principal deste estudo, a mesma ganha a seguir, uma abordagem ampliada. 2.2 Controle de Marketing A preocupação contínua dos administradores de marketing em melhorar a relação custo/benefício das atividades sob o seu controle, avaliando o desempenho passado, planejando e determinando novas metas e novas diretrizes é o propósito da atividade de controle ou avaliação. Richers (2000, p. 347) define a avaliação de marketing como “sinônimo de controle, desde que se inclua nesse conceito algumas recomendações que conduzam a melhoria do desempenho parcial ou total”. Costa (2003, p. 150) observa a atividade de avaliação como uma tarefa subsequente a de controle e define que “a avaliação da estratégia corresponde à fase na qual o executivo verifica se a estratégia implementada está alcançando objetivos e desafios da empresa”. Segundo o autor, na Figura 6 é apresentado um modelo passo a passo da avaliação estratégica. De forma abrangente Richers (2000, p. 346) especifica que a atividade de: 40 Avaliação não só inclui a busca de melhorias de performance das funções de marketing, mas abrange também a coleta, seleção e monitorização de dados e informações, bem como a criação de métodos e técnicas, destinadas a mensurar os resultados. O controle deve ser feito não apenas no aspecto quantitativo, mas também no qualitativo. As empresas devem-se preocupar não apenas com a quantidade, mas também na qualidade da venda, pois esta é formadora de imagem e determinante para negócios futuros. O controle qualitativo é feito através de avaliações e pesquisas (LAS CASAS, 2001). Alta Administração Implantação da Estratégia Controle Avaliação Sugestão de Mudanças Nova Estratégia Relatórios Figura 6: Modelo de Avaliação de Estratégia. Fonte: Costa (2003, p. 151). Na Figura 7 visualiza-se o processo de controle que envolve quatro etapas: o estabelecimento de metas específicas; em seguida a mensuração do desempenho; logo após a avaliação do desempenho; e por fim, a adoção de medidas corretivas. Com o controle de cada uma destas etapas pode-se modificar o plano original, redirecionar metas e ajustar as lacunas existentes entre o esperado e o real 41 (KOTLER; ARMSTRONG, 2004). Cada um destes pontos é descritos posteriormente conforme os autores: Estabelecimento das metas Mensuração do desempenho Avaliação do desempenho a) O que queremos alcançar? b) O que está acontecendo? c) Por que está acontecendo isso? Adoção de medidas Corretivas d) O que devemos fazer em relação a isso? Figura 7: O processo de controle. Fonte: Kotler e Armstrong (2004, p. 51). a) Estabelecimento de metas: é momento onde se estabelece metas específicas de marketing, que poderá ser traduzida pela pergunta: o que se quer alcançar? b) Mensuração do desempenho: é quando se mede o desempenho no mercado, que é traduzido através da pergunta: o que está acontecendo? c) Avaliação de desempenho: é o momento em que se avaliam as causas das diferenças entre o desempenho esperado e o desempenho real. Neste utiliza-se a pergunta: por que está acontecendo isso? d) Adoção de medidas corretivas: é o momento em que se desenvolvem ações corretivas para preencher os espaços entre as metas e seu desempenho. Algumas vezes exige uma mudança nos planos de ação ou até mesmo uma mudança de metas. Neste utiliza-se a pergunta: o que se deve fazer em relação a isso? O controle de marketing, ou controle do plano de marketing deve ser feito de forma periódica, mensal, trimestral e ou anual. Desta forma a empresa pode analisar o andamento do plano, monitorando os fatos positivos e negativos e fazendo ajustes no percurso quando é necessário. Por isso é importante que planos de contingência estejam prontos para ajustes que podem vir a ser necessários, pois o controle de marketing é a seqüência do planejamento de marketing. Para KOTLER (2001) os 42 controles de marketing podem ser resumidos em quatro tipos: controle de plano anual, controle de rentabilidade, controle de eficiência e controle estratégico. Um resumo destes quatro tipos é apresentado no quadro 2 e explicados na seqüência. TIPO DE CONTROLE a) Controle do plano anual (2.2.1) RESPONSABILIDADE PRINCIPAL Alta administração Média administração PROPÓSITO DE CONTROLE Examinar se os resultados planejados estão sendo atingidos b) Controle de rentabilidade (2.2.2) Controller de marketing Examinar onde a empresa está ganhando e perdendo dinheiro c) Controle de Eficiência (2.2.3) Administração de linha e de staff Controller de marketing Avaliar e melhorar a eficiência de gastos e o impacto dos gastos de marketing Alta administração Auditor de Marketing Examinar se a empresa está buscando suas melhores oportunidades com respeito a mercados, produtos e canais. d) Controle Estratégico (2.2.4) ABORDAGENS - Análise de vendas - Análise de participação de mercado - Relação Vendas/Despesas - Análise financeira - Rastreamento do nível de satisfação do consumidor Rentabilidade por: - Produto - Território - Cliente - Segmento - Canal de distribuição - Tamanho do pedido Eficiência por: - Força de vendas - Propaganda - Promoção de vendas - Distribuição - Instrumento de avaliação da eficácia de marketing - Auditoria de marketing - Análise da excelência de marketing - Ética da empresa e análise da responsabilidade social Quadro 2: Tipos de controle de marketing. Fonte: Kotler (2001, p. 664). É importante salientar que as tomadas de decisão como pode se observar, devem ocorrer diariamente no meio empresarial e isso implica mais do que mera inteligência ou capacidade de combinação lógica e... (...) requer também uma intuição que induza os talentosos a tomar decisões acertadas (...) podemos apenas afirmar que com a ajuda do computador as “jogadas” da empresas terão de ser cada vez mais rápidas e programadas de tal forma que o número de acertos supere o de erros em qualquer situação. (RICHERS, 2000, p. 245). 43 2.2.1 Controle do Plano Anual O objetivo do controle do plano anual é assegurar que a empresa alcance as vendas, lucros e outras metas estabelecidas, desta forma o centro do controle do plano anual é a administração por objetivos. Este modelo pode ser utilizado em todos os níveis da administração através do desdobramento entre os níveis, sendo que a cada período a alta administração analisa e interpreta os resultados para detectar se ações corretivas são necessárias. Cinco ferramentas são utilizadas para checar o desempenho do plano anual: análise de vendas, análise de participação de mercado, análise de relação vendas/despesas, análise financeira e análise do mercado baseada em scorecard (KOTLER, 1998; SIQUEIRA, 2005). Siqueira (2005, p. 429) coloca que o controle do plano anual “tem o propósito de examinar se os resultados planejados estão sendo alcançados. A responsabilidade pelo controle anual recai sobre a alta e média administração”. Essas ferramentas englobam as seguintes tarefas e características conforme os autores: a) Análise de vendas: “consiste em mensurar a relação entre as vendas reais e as metas de vendas” (KOTLER, 1998, p. 664). Siqueira (2005, p. 430) defina a análise de vendas como “o exame das vendas reais em conjunto com as vendas esperadas. É possível estudar a análise de vendas por meio da análise da variância e da análise de micro vendas”. Para (KOTLER, 1998) concorda que há duas ferramentas específicas de análise, a análise de variação de vendas que mensura a contribuição de diferentes fatores em relação ao desempenho de vendas e a análise de microvendas que analisa produtos, territórios específicos e outras determinantes específicas que não atingiram a venda esperada. b) Análise de participação de mercado: As vendas da empresa não revelam o seu nível de desempenho em relação aos concorrentes, por esta razão, ele precisa acompanhar de perto sua participação no mercado, se a participação estiver crescendo, ela estará ganhando de seus concorrentes, caso contrário ela estará perdendo. O quadro 3 resume as quatro formas de mensuração da participação de mercado (KOTLER, 2001). 44 Formas Descrição Participação sobre o Expressa as vendas da empresa como porcentagem da venda mercado total atual. Para usar esta mensuração, duas decisões são necessárias. A primeira é se se vão usar as vendas por unidade ou por valor para expressar a participação de mercado. Participação de mercado Expressa as vendas da empresa como porcentagem da venda atendido total a seu mercado atendido. O mercado atendido é composto de todos os compradores que estariam dispostos e em condições de adquirir seu produto. A participação de mercado atendido de uma empresa é sempre maior do que a sua participação sobre o mercado total. Uma empresa pode conquistar 100% de seu mercado atendido e, entretanto, ter uma participação relativamente pequena do mercado total. A primeira tarefa de uma empresa é ganhar a “fatia do leão” de seu mercado atendido. Á medida que ela adota este objetivo, deve acrescentar novos mercados atendidos. Participação relativa de Expressa as venda das empresas como porcentagem sobre as mercado (para os três vendas conjuntas dos três principais concorrentes. Se a empresa principais concorrentes). possui 30% do mercado e seus dois maiores concorrentes possuem 20% e 10%, sua participação relativa de mercado é de 50% (30/60). Participações relativas de mercado superiores a 33% são consideradas muito fortes. Participação relativa de Algumas empresas expressam suas vendas como porcentagem mercado (em relação ao em relação às vendas do concorrente líder. Uma participação concorrente líder) relativa de mercado superior a 100% indica um líder de mercado. Uma participação de mercado de exatamente 100% significa que a empresa está empatada com a líder. Um aumento de participação de mercado de uma empresa significa que ela está ganhando da concorrente líder. Quadro 3: Definição e mensuração da participação de mercado. Fonte: Kotler (2001, p. 665). A análise de participação no mercado nem sempre é fácil de ser calculada. Ela exige informações periódicas sobre as vendas totais da indústria e, se possível, das vendas individuais dos concorrentes (SIQUEIRA, 2005). c) Análise das despesas de marketing em relação às vendas: Esse é um importante fator de análise, pois possibilita a empresa um cuidado ampliado com seus recursos. “O controle do plano anual requer que a empresa se 45 assegure de que não esteja gastando demais para atingir suas metas de vendas. O principal índice a ser observado é obtido pelas despesas de marketing em relação às vendas” (KOTLER, 1998, p. 666). De acordo com Siqueira (2005, p. 431) “duas relações são importantes de serem acompanhadas – a relação lucro bruto sobre as vendas e despesas de marketing sobre as vendas”. d) Análise financeira: Segundo Kotler (1998, p. 666) os índices de despesas sobre vendas devem ser analisados através de um modelo financeiro global. Neste devem estar determinados “como e onde a empresa está obtendo lucro. A análise financeira vem sendo usada com freqüência para as empresas encontrarem estratégias rentáveis e não apenas estratégias de aumento e vendas”. Na análise financeira, podem ser usados índices das taxas de retorno sobre o investimento ou sobre o patrimônio líquido. O modelo da taxa de retorno sobre o patrimônio líquido pode ser visto na Figura 8. Siqueira (2005, p. 431). Lucros Líquidos Ativos Totais Retornos s/ Ativos X Ativos Totais Patrimônio Líquido = Alavancagem Financeira Lucros Líquidos Patrimônio Líquido Taxa de Retorno s/ Patrimônio Figura 8: Modelo da taxa de retorno sobre o patrimônio líquido. Fonte: Siqueira (2005, p. 431). e) Análise de mercado baseada em Scorecards: A palavra scorecard vem sendo regularmente usada nas áreas de administração e contabilidade para indicar resultados não definitivos que se modificam constantemente, como placar de uma disputa esportiva. “Recomenda-se a preparação de scorecards de desempenho, baseados em avaliações sobre os consumidores e stakeholders, mostrando a situação da empresa e antecipando possíveis avisos de advertência” (KOTLER, 1998, p. 668). 46 O autor menciona que alguns índices de mensuração são utilizados no scorecard de desempenho da empresa junto aos consumidores e registram seu desempenho no decorrer dos anos: novos consumidores, consumidores insatisfeitos, consumidores perdidos, grau de conscientização do mercado-alvo; qualificação relativa do produto e qualidade relativa do serviço. A empresa precisa rastrear a satisfação dos vários grupos que têm interesse e impacto sobre seu desempenho: funcionários, fornecedores, bancos, distribuidores, varejistas e acionistas, no scorecard de desempenho junto aos stakeholders (grupo citado acima) assim como no desempenho junto aos consumidores deve-se tomar providências quando um ou mais desses grupos aumentarem os níveis de insatisfação (KOTLER, 1998). 2.2.2 Controle de Rentabilidade Quando se equaciona o lucro, percebe-se que lucro é o resultado das vendas menos os custos fixos e variáveis; e para uma análise dos custos de marketing, é necessário desenvolver um sistema de contabilidade capaz de fornecer informações de vendas e de custos em nível de produto e linha de produto; vendedor; zonas; territórios e regiões de vendas; canais de distribuição; e funções de marketing (vendas, propaganda e promoção de vendas, embalagem, entrega, armazenagem e estoques, processamento de ordens etc.) (SIQUEIRA, 2005). Para Kotler (1998, p. 668), É evidente que as empresas precisam mensurar a rentabilidade de seus vários produtos, territórios, grupos de consumidores, canais de distribuição e tamanhos de pedidos. Estas informações ajudarão a empresa a determinar se quaisquer produtos ou atividades de marketing devem ser expandidos, reduzidos ou eliminados. Há uma metodologia da análise de rentabilidade de Marketing que envolve: 1) Identificação das despesas funcionais: mensura o valor de cada despesa relacionada a cada atividade; 2) Alocação das despesas funcionais no canal de varejo: mensura quanto das despesas funcionais está associado a venda em cada tipo de canal e; 3) Demonstração de resultado para cada tipo de canal: mensura o resultado por canal, as vendas através de cada canal não são um indicador confiável do lucro obtido em cada tipo de canal (KOTLER, 1998). 47 2.2.3 Controle de Eficiência É a administração eficiente da força de vendas, propaganda, promoção de vendas e distribuição. Em algumas empresas é criado um cargo denominado controller de marketing para ajudar o pessoal de marketing a melhorar a eficiência de suas atividades, eles preparam um análise financeira sofisticada das despesas e dos resultados de marketing (KOTLER, 1998). Segundo o autor o controle da eficiência pode ainda ser dividido em quatro acompanhamentos fundamentais: a) Eficiência da força de vendas: monitoramento dos indicadores chaves sobre a eficiência da força de vendas em seus territórios, incluindo: número médio diário de visitas por vendedor; tempo médio de visita; faturamento médio por visita; custo médio por visita; custo de entretenimento por visita; porcentagem de pedidos a cada 100 visitas; número de novos clientes por período; número de clientes perdidos por período e; custo da força de vendas em relação ao custo total de vendas. b) Eficiência da propaganda: neste caso deve-se pelo menos rastrear as seguintes estatísticas: custo da propaganda por mil compradores-alvo atingidos por veículo de mídia; porcentagem da audiência que notou, viu/associou e leu a maior parte de cada um dos impressos; opiniões dos consumidores sobre o conteúdo e a eficácia do anúncio; mensuração de atitudes antes/depois em relação ao produto; número de consultas estimuladas pelo anúncio e custo por consulta. c) Eficiência da promoção de vendas: para melhorar a eficiência da promoção deve-se observar as seguintes estatísticas: volume de vendas por tipo de promoção; custo de display por volume de vendas; porcentagens de cupons resgatados e; número de consultas resultantes de uma demonstração de produto. d) Eficiência da distribuição: a eficiência está em reduzir os custos de distribuição, entre elas controle de estoque, localização de armazéns e modos de transportes. 2.2.4 Controle Estratégico Kotler (1998, p. 673) menciona que a organização deve fazer uma revisão crítica de suas metas globais e da eficácia de marketing, assim “periodicamente, cada empresa deve reavaliar sua abordagem estratégica de mercado”. Segundo o autor duas ferramentas estão disponíveis: avaliação da eficácia de marketing e a 48 auditoria de marketing. A primeira é refletida pelo grau que ela exibe em cinco importantes atributos de uma orientação para marketing: filosofia do cliente, organização de marketing integrado, informação de marketing adequado, orientação estratégica e eficiência operacional, mensurando cada atributo percebe-se os fatores que precisam receber maior atenção do marketing. Já a segunda é estabelecida pelo autor como: É um exame abrangente, sistemático, independente e periódico do ambiente, objetivos, estratégias e atividades de marketing de uma empresa ou unidade de negócio, visando entrar ameaças e oportunidades e recomendar um plano de ação para melhorar o desempenho de marketing da empresa (KOTLER, 1998, p. 675). Segundo Oxenfelt (1959, apud SIQUEIRA, 2005, p. 432,) a “auditoria de marketing é o exame sistemático, crítico e não tendencioso dos objetivos e políticas; das funções e da organização; dos métodos e dos processos; e do pessoal empregado na implantação das políticas e objetivos de marketing”. Siqueira ainda observa que o mesmo é o exame independente, conduzido com base em princípios de gerência geralmente aceitos. Neste têm-se a finalidade de chegar a um acordo de diretrizes relativas à gestão de marketing da empresa e aos resultados obtidos. Diante da importância percebida dos controles denota-se a imprescindível necessidade de avaliação dos processos de marketing da empresa e/ou produto, bem como de todas as decisões inerentes a atividade de marketing, incluindo nisto a atividade estratégica de comunicação, abordada na próxima seção. 2.3 Comunicação de Marketing Mais do que desenvolver bons produtos, definir-lhes preços atrativos e colocá-los à disposição dos consumidores, as empresas voltadas ao marketing devem comunicar-se com seus clientes. Para Las Casas (1997, p. 244) “o administrador de marketing deve preocupar-se com as várias formas, que sejam eficientes, para informar aos consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da própria imagem”. Czinkota et al. (2001, p.364) mencionam que “independente da natureza da categoria do produto ou do tipo de empresa, as comunicações de marketing são 49 vitais para a missão de marketing da empresa e representam um importante determinante do seu sucesso”. De acordo com Kotler e Armstrong (1999, p. 289) “os profissionais de marketing devem compreender como a comunicação funciona”. Ela envolve os nove elementos mostrados na Figura 9. Emissor Codificação Mensagem Decodificador Receptor Meio Ruído Feedback Resposta Figura 9: Elementos no processo de comunicação. Fonte: Kotler e Armstrong (1999, p. 289). Cada um desses elementos pode ser definido segundo os autores como: • Emissor: a parte que emite a mensagem para a outra parte; • Receptor: a parte que recebe a mensagem emitida pela outra parte; • Codificação: o processo de transformar o pensamento em forma simbólica; • Decodificação: o processo pelo qual o receptor confere significado aos símbolos transmitidos pelo emissor; • Mensagem: o conjunto de símbolos que o emissor transmite; • Meio: os canais de comunicação através dos quais a mensagem passa do emissor até o receptor; • Resposta: o conjunto de reações do receptor após ter sido exposto a mensagem; • Feedback: a parte da resposta do receptor que retorna ao emissor; 50 • Ruído: distorção não planejada durante o processo de comunicação, que resulta na obtenção de uma mensagem que chega ao receptor diferente do que foi emitida pelo emissor. Quando o emissor emitir uma mensagem, ele deverá pensar na comunicação efetiva, ou seja, que o seu receptor realmente entenda o que ele quer dizer. Por isto, a partir de uma análise de audiência deve pensar na melhor forma de atingí-la (codificação). Usa um meio para conduzir a mensagem (canal) e o receptor, ao entender o que está sendo emitido (decodificação), completará o processo, somente com o entendimento do receptor após a decodificação é que se pode dizer que houve realmente uma comunicação. A realimentação (feedback) é importante fator para que o emissor avalie o resultado de seu esforço. Toda comunicação tem ruídos, mas estes atrapalham o processo e devem ser eliminados (LAS CASAS, 1997). De acordo com Kotler e Armstrong (1999, p. 289), dentro do processo de comunicação o comunicador de marketing deve tomar as seguintes decisões: “(1) identificar o público-alvo, (2) determinar os objetivos de comunicação, (3) planejar a mensagem, (4) escolher o meio através do qual enviar a mensagem (canais de comunicação), (5) selecionar a fonte da mensagem, e (6) coletar o feedback”. Estas decisões são exploradas a seguir. 2.3.1 Identificar o Público-Alvo Todo comunicador deve ter em mente o seu público-alvo, podendo ele ser composto por indivíduos, grupos, públicos particulares, ou o público em geral, desde que sejam compradores em potenciais dos produtos que estão sendo oferecido. O processo deve ser iniciado tendo claro qual é o seu público-alvo, podendo ser: possíveis compradores, usuários atuais, pessoas que decidem e influenciam; indivíduos, grupos, públicos específicos; sabendo-se que o público-alvo terá uma influência fundamental nas decisões do comunicador (KOTLER; KELLER, 2006). Segundo Moore e Pareek (2008, p. 101), O primeiro passo é identificar o público-alvo: pode ser o público em geral, um grupo de pessoas com interesse específico ou até mesmo um indivíduo. Escolher o público-alvo e a reação desejada é crucial, pois o conteúdo da mensagem, a maneira de transmití-la e os canais pelos quais ela passa dependem do destinatário. 51 De acordo com Churchill e Peter (2003, p.451) “é necessário descobrir quais palavras soam claras para o público-alvo e de que maneira ele interpreta as fotos, imagens e sons utilizados na mensagem”, pois só desta forma que a comunicação será eficaz. Kotler e Armstrong (1999, p. 289) mencionam que “o público-alvo será fortemente afetado pelas decisões do comunicador sobre o que será dito, como será dito, onde será dito e quem irá dizê-lo” Quando se identifica o público-alvo é que será decidida a linguagem a ser usada, assim como os meios que serão utilizados para atingir esse público (CIDES, 1997). Observa-se o quanto é importante definir claramente o público-alvo, e a partir daí o próximo passo é determinar os objetivos de comunicação. 2.3.2 Determinar os Objetivos de Comunicação Kotler e Armstrong (1999, p. 289) observam que uma vez que o mercado-alvo tenha sido definido o profissional de marketing “deve decidir qual resposta o público deseja. É claro que, na maioria dos casos, a resposta final é a compra. Mas a compra é o resultado de um longo processo de tomada de decisão do consumidor”. “Em geral os profissionais de marketing utilizam a comunicação para tentar aumentar vendas e lucros ou alcançar outras metas. Ao fazer isso, eles informam, persuadem e lembram os consumidores para que comprem seus produtos ou serviços” (CHURCHILL; PETER, 2003, p. 446). Os autores descrevem ainda o modelo AIDA, como uma maneira de analisar os esforços de comunicação e vê-los como influenciadores da atenção, do interesse, do desejo e da ação dos clientes. Em um primeiro momento o administrador busca a atenção do seu público-alvo, em seguida a comunicação visa gerar o interesse em seus produtos, serviços ou até mesmo na marca, este interesse pode ser conseguido através dos benefícios e não apenas nas características do produto, criando assim o desejo do consumidor em adquirir. A última fase do modelo, a ação, pode ser traduzida na compra, é a que afeta diretamente a organização e também é a mais difícil de atingir. 52 Comunicação de marketing Atenção Interesse Desejo Ação Figura 10: O modelo AIDA. Fonte: Churchill e Peter (2003, p. 451). Os consumidores durante o longo processo de tomada de decisão, geralmente, passam por seis estágios antes de realizar a compra, a reação desejada é que eles mudem de um estágio para outro até efetuar a compra e se tornarem clientes fiéis. (MOORE; PAREEK, 2008). De acordo com Kotler e Armstrong (1999, p. 290) o comunicador: necessita saber em qual estado o público-alvo agora se encontra e para qual ele deve ser transportado... a audiência-alvo pode estar em qualquer um dos seis estados de prontidão do comprador – consciência, conhecimento, simpatia, preferência, convicção ou compra. a) A consciência: neste estágio o comunicador deve ser capaz de medir a consciência que o público-alvo tem de seu produto ou organização. O público-alvo pode não ter nenhuma consciência dele, saber apenas seu nome, ou conhecer só umas poucas coisas sobre ele, a partir desta consciência é que se começa a desenhar a estratégia de comunicação (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). Moore e Pareek (2008, p. 102) definem que: Nesse estágio os consumidores nunca ouviram falar da empresa ou não tem certeza dos benefícios oferecidos pelo produto. Assim, o objetivo é criar um mix de promoção que aumente a conscientização do consumidor sobre o produto ou a empresa em si. Churchill e Peter (2003, p. 447), observam que “a comunicação de marketing destinada a criar consciência é particularmente importante para novos produtos ou marcas, mas também é fundamental quando se quer expandir os produtos existentes para o mercado global”. Kotler e Keller (2006, p. 537) por sua vez definem que “se a maioria do público-alvo não está consciente do objeto, a tarefa do comunicador é desenvolver a conscientização”. 53 b) O conhecimento: “neste estágio o consumidores reconhecem o produto, mas não tem informações suficientes para tomar uma decisão acertada” (MOORE; PAREEK, 2008, p. 102). O público-alvo pode ter a consciência do produto, mas não saber nada além disso, portanto neste estágio é importante descobrir quantas pessoas do seu público-alvo tem pouco, algum ou muito conhecimento sobre o produto ou serviço, desta forma poderá direcionar o seu primeiro objetivo de comunicação (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). Concordando com o autor acima, Kotler e Keller (2006) definem que no estágio do conhecimento o público-alvo está consciente da marca, mas não sabe nada mais a fundo sobre ela, desta forma, o administrador precisa ter noção de quantas pessoas do seu público-alvo conhecem pouco, razoavelmente ou muito o seu produto ou serviço, pois se por exemplo, o conhecimento for pequeno a empresa poderá escolher o conhecimento da marca como seu objetivo de comunicação. c) A simpatia: neste estágio considera-se que o público-alvo conhece o produto, mas conhecendo como se sente ao seu respeito? Esta pergunta pode ser respondida através de uma escala de apreciação que, por exemplo, pode variar de “não gosta totalmente” até “gosta totalmente”, a partir daí deve-se desenvolver uma campanha de comunicação para valorizar os sentimentos favoráveis ou reavaliar a comunicação ou o produto (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). Se o público-alvo conhece a marca, é importante saber o que ele acha dela, pois se a opinião do público for desfavorável, o comunicador precisa descobrir a causa, considerando que a opinião desfavorável se baseia em problemas reais é preciso solucioná-los primeiro e depois comunicar a renovação da qualidade. Boas relações com o público exigem “boas ações seguidas de boas palavras” (KOTLER; KELLER, 2006). Para Moore e Pareek (2008, 102) o terceiro estágio, a simpatia: [...] implica a criação de mensagens positivas para promover o produto. É aí que entra o componente emocional do marketing. Em alguns casos, sobretudo com produtos de pouco envolvimento, os consumidores podem pular o estágio do conhecimento e ir direto para o da simpatia. 54 d) A preferência: no quarto estágio deve-se tentar criar a preferência do consumidor, pois muitos deles podem gostar do produto, mas não preferi-lo. Neste caso promover a qualidade, valor, desempenho e outros aspectos do produto podem auxiliar o consumidor a preferir o produto (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). Neste ponto, os profissionais de marketing explicam para os consumidores por que o seu produto deve estar no topo da lista (MOORE; PAREEK, 2008, 103). Segundo Kotler e Keller (2006, p. 538) “o público-alvo pode gostar do produto, mas não preferi-lo a outros. Nesse caso, o comunicador pode tentar conquistar a preferência do consumidor comprando a qualidade, o valor, o desempenho e outras características com os dos prováveis concorrentes”. Churchill e Peter (2003, p. 446) concordam que a comunicação de marketing pode auxiliar o processo de preferência dos clientes, pois utilizam a comunicação “para aumentar as vendas, eles comunicam as vantagens superiores de seus produtos, seus custos mais baixos ou certas combinações entre benefícios e custos desejados pelos consumidores”. e) A convicção: para Moore e Pareek (2008, 103) “se os consumidores concordam com a auto-avaliação, passam para o quinto estágio: a convicção”. O trabalho do administrador é criar a convicção de que adquirir determinado produto e/ou serviço é a melhor opção, já que alguns mesmo preferindo o produto podem não desenvolver a convicção para comprar o mesmo (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 538) “um público-alvo pode preferir determinado produto, mas não estar convencido a comprá-lo. A tarefa do comunicador é desenvolver a convicção e a intenção de compra”. O administrador pode auxiliar no processo de convicção através da comunicação, para Churchill e Peter (2003, p. 446) “ao comunicar os benefícios especiais de seus produtos, os profissionais de marketing podem fazer com que clientes potenciais os desejem e os comprem”. e) A Compra: que para Kotler e Armstrong (1999, p. 290) significa ainda que, Finalmente, alguns membros do público-alvo podem ter a convicção, mas não chegam a fazer a compra. Eles podem esperar por maiores informações ou planejar tomar uma decisão mais tarde. O comunicador 55 deve levar esses consumidores a darem o passo final. As ações podem incluir oferecer o produto por um preço baixo, oferecer um prêmio ou deixar que os consumidores experimentem o produto durante um período limitado. Por mais que algumas pessoas do público-alvo estejam convencidas a efetuar a compra, pode realmente não efetuá-la. Desta forma o administrador precisa incentivar estes consumidores a tomar a iniciativa da compra, este incentivo pode ser através de preços mais baixo, benefícios adicionais ou até mesmo a experimentação do produto (KOTLER; KELLER, 2006). Para Moore e Pareek (2008, p.103) “outras ofertas promocionais como descontos, atualizações gratuitas ou ferramentas similares podem ser usadas para convencer um comprador relutante a comprar”. Após determinar os objetivos de comunicação o administrador deverá planejar a mensagem que será enviada, levando em consideração que ela deverá atrair a atenção, manter o interesse, suscitar o desejo e induzir à ação do consumidor (KOTLER E ARMSTRONG, 1999). 2.3.3 Elaboração da mensagem A tarefa seguinte corresponde à idealização da mensagem, a qual deve produzir a reação desejada. “Para que a mensagem funcione, ela deve captar a atenção do público, manter seu interesse o tempo suficiente para que ouça a oferta e, então, estimular o desejo de agir”, concorda Moore e Pareek (2008, p. 103). Para Kotler e Armstrong, (1999, p. 370), “uma vez definida a resposta que se deseja do público, o comunicador passa a desenvolver uma mensagem efetiva. Idealmente a mensagem deve atrair a atenção, manter o interesse, despertar o desejo e induzir a ação”. Segundo os autores “ao montar a mensagem, o comunicador de marketing deve decidir o que dizer (conteúdo da mensagem) e como dizê-lo (estrutura ou formato da mensagem)”. De acordo com Las Casas (2001, p. 244), “quando o comunicador emitir uma mensagem, ele deverá pensar na comunicação efetiva, ou seja, que o seu receptor realmente entenda o que quer dizer. Por isto, a partir de uma análise de audiência deve pensar na melhor forma de atingi-la (codificação)”, Churchill e Peter (2003, p. 451) mencionam que “os profissionais de marketing precisam criar uma comunicação que rompa a desordem criada por todas 56 as outras mensagens, de forma que o público-alvo pelo menos preste a atenção nela”. Ao determinar a estratégia de mensagem, a gerência deve procurar apelos, temas ou idéias que se conectem ao posicionamento da marca e ajudem a estabelecer pontos de paridades e pontos de diferença. Alguns podem estar relacionados diretamente ao desempenho do produto ou serviço (qualidade, economia ou valor da marca), enquanto outros podem estar relacionados a considerações mais extrínsecas (contemporaneidade, popularidade ou tradicionalismo da marca) (KOTLER; KELLER, 2006, p. 541). Portanto, para definir a mensagem a ser comunicada, o administrador deve decidir qual é a imagem desejada para o produto e/ou serviço, de maneira que os diferencie da concorrência, preenchendo uma lacuna ainda não ocupada na mente do consumidor (DIAS, 2004). 2.3.4 Canais de comunicação Após idealizar a mensagem o comunicador deverá selecionar os canais de comunicação. Como canais de comunicação existem dois amplos tipos, os pessoais e impessoais, concordam Kotler e Armstrong (1999) e Moore e Pareek (2008). Para Kotler e Armstrong (1999, p. 291) nos canais de comunicação pessoal, “duas ou mais pessoas se comunicam diretamente entre si. Eles podem se comunicar face-a-face, pessoa para público, por telefone ou mesmo pelo correio. Os canais de comunicação pessoal são eficientes, pois permitem apelo e feedback diretos”. Por outro lado, nos canais de comunicação não-pessoal “usa-se a mídia para transmitir a mensagem” (MOORE; PAREEK, 2008, p. 106). Kotler e Keller (2006, p. 546) ressaltam que: [...] a influência pessoal representa um papel especificamente importante em duas situações. Uma é no caso de produtos caros, que oferecem riscos ou são comprados com pouca freqüência. A outra é quando o produto sugere algo sobre o status ou o gosto do usuário. Os autores acima ainda sugerem que há diversas providências que podem ser tomadas pelas empresas para fortalecer e estimular os canais de influência pessoal e beneficiá-las, sendo a identificação de pessoas e empresas influentes e 57 dedicar mais atenção a elas; criar líderes de opinião oferecendo a determinadas pessoas o produto em condições atraentes; fazer apresentações a pessoas influentes na comunidade; usar pessoas influentes ou que inspirem credibilidade em propaganda do tipo testemunho; desenvolver propaganda que possua grande valor de conversa; desenvolver canais de referência boca a boca para aumentar os negócios; desenvolver um fórum eletrônico e utilizar o marketing viral (KOTLER; KELLER, 2006) Os canais de comunicação não-pesssoal são os meios que transmitem as mensagens sem o contato ou intenção pessoal. Eles incluem a mídia, que pode ser subdividida pela imprensa (jornais, revistas, mala direta), a mídia eletrônica (rádio e televisão) e a mídia visual (outdoors, cartazes e posters). Além da mídia existem as atmosferas, que podem ser definidas como ambientes projetados que criam ou reforçam as inclinações do comprador em favor de um produto. E por fim os eventos, que são ocorrências projetadas para comunicar mensagens para o público-alvo (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). Gomes e Nassar (2001, p. 58) afirmam que “o sucesso da empresa, seus produtos e serviços, está diretamente relacionado com a maneira como ela pensa e trata suas diversas formas de comunicação. Não é exagerado dizer que todo e qualquer detalhe da empresa falam por ela.” Para Las Casas (1997, p. 249), “a mídia é o veículo, o meio para transmissão da mensagem”. No Quadro 4 apresenta-se um resumo das principais vantagens e desvantagens de cada uma delas definidas conforme o autor. Mídia JORNAIS RÁDIO Vantagens 1. 2. 3. 4. Flexível Cobertura intensa de mercados locais Boa credibilidade Razoavelmente barato 1. Mais fácil para produzir/custo menor 2. Uso massificado (muitos aparelhos de rádio no mercado) 3. Possibilidade de selecionar audiência (regional) 4. Atinge melhor a população brasileira devido ao alto índice de analfabetismo 5. Pode atingir ouvintes enquanto estão fazendo outras coisas Desvantagens 1. Vida curta 2. Qualidade de impressão geralmente inferior 3. Leitura geralmente muito rápida 4. Muitos anunciantes 1. Recebe menor atenção do ouvinte 2. Apresentação somente via áudio, sendo a única mídia não visual 3. Vida curta 4. Grande concorrência da TV (eventos esportivos, show etc) Continua 58 Continuação Mídia OUTDOOR TELEVISÃO REVISTAS MALA DIRETA CINEMA Vantagens 1. Flexível 2. Relativamente barato 3. Possibilidade de uso de cores chamativas 4. Exige pouco em termos de esforço e tempo das audiências 1. Combinação de som, vídeo e movimentos 2. Apela aos sentimentos 3. Cobertura em massa 4. Pode causar maior impacto 1. Grande seletividade demográfica e geográfica 2. Possibilidade de usar boa qualidade de reprodução 3. Audiência indireta 4. Vida maior (revistas quinzenais, mensais etc.) 5. Fidelidade à revista facilita receptividade dos anúncios 1. Seletividade 2. Flexibilidade 3. É personalizada 1. Custo menor 2. Bom índice de atenção 3. Possibilidades de causar bom impacto audiovisual Desvantagens 1. Pode distrair motoristas e causar acidentes 2. Invade a natureza (outdoors em estradas) 3. Não tem possibilidade de selecionar audiência 1. 2. 3. 4. Audiência não seletiva Vida curta Mídia cara Rápida passagem no vídeo 1. Período maior para veiculação do anúncio (preparo layout, impressão revistas etc.) 2. Comunicação com clientes somente eventualmente (revistas mensais, bimensais etc.) 1. Custo elevado por unidade de circulação 2. Sofre de baixo índice de interesse do leitor 1. Audiência limitada 2. Audiência crítica (olham comerciais com negativismo) 3. Maiores dificuldades em encontrar técnicos realmente habilitados para boas produções Quadro 4: Vantagens e Desvantagens das principais mídias. Fonte: Las Casas (1997, p. 250). Para Dias (2004, p. 281). Os meios de comunicação, conhecidos como mídia (em inglês, media), devem ser escolhidos de acordo com as características do público-alvo e dos objetivos de comunicação. Cada meio de comunicação tem características específicas e, portanto, deve desempenhar um papel diferente no plano de comunicação. Kotler e Armstrong (2004) sugerem também que a comunicação pode ser feita através do mix de comunicação de marketing, este mix consiste em uma composição de instrumentos de comunicação como propaganda, venda pessoal, promoções de venda, relações públicas e marketing direto, utiliza de tais ferramentas para atingir seus objetivos. Os autores afirmam ainda que cada vez mais será necessário a utilização de uma mistura mais rica dos canais de 59 comunicação e das ferramentas de promoção, pois cada vez menos o marketing de massa chama a atenção o público-alvo. 2.3.5 Fonte da mensagem Segundo Kotler e Armstrong (2004, p. 373) “tanto na comunicação pessoal quanto na não pessoal, o impacto da mensagem sobre o público-alvo também é afetado pelo modo como ele vê o comunicador”, desta forma os autores concluem “mensagens passadas por fontes de alta credibilidade são mais persuasivas”. Muitas comunicações não utilizam nenhuma fonte além da própria empresa. Outras usam pessoas conhecidas ou desconhecidas. As mensagens provenientes de fontes famosas chamam mais atenção e são lembradas com mais facilidade. É por isso que os anunciantes geralmente utilizam celebridades como porta-vozes. Celebridades tendem a ser mais eficazes quando personificam o atributo principal de um produto (KOTLER; KELLER, 2006, p. 543). O que realmente importa é a credibilidade da fonte. Esta credibilidade depende de três fatores que são identificados com maior frequência, o domínio do assunto é o primeiro, que é o conhecimento especializado que o comunicador possui para sustentar a imagem; o segundo é a confiabilidade, que está relacionada ao fato de a fonte ser considerada objetiva e honesta; e por fim a simpatia, que está relacionada a quão atrativa é a fonte. É importante ressaltar que qualidades como sinceridade, humor e naturalidade despertam mais simpatia por uma fonte (KOTLER; KELLER, 2006). 2.3.6 Feedback da comunicação Segundo Kotler e Armstrong (2004, p. 372) “após enviar a mensagem, o comunicador deve pesquisar o efeito que ela causou sobre o público-alvo”. Ainda segundo os autores “o comunicador deve também aferir o comportamento resultante da mensagem – quantas pessoas compraram determinado produto, falaram sobre ele com outras pessoas ou visitaram a loja”. O feedback é um dos fatores mais importantes para o processo de comunicação, pois somente através dele é que o comunicador poderá avaliar o 60 resultado de todo seu esforço, verificando se a mensagem foi absorvida da forma desejada e sem ruídos (LAS CASAS, 2001). O comunicador precisa avaliar o impacto no público-alvo. Deve-se perguntar a integrantes desse grupo se reconhecem ou lembram da mensagem, quantas vezes a viram e o que sentiram em relação a ela, que detalhes lhes vêm a mente e quais são suas atitudes anteriores e atuais em relação ao produto e à empresa. O comunicador também deve reunir dados comportamentais da resposta do público, como quantas pessoas compraram o produto, gostaram dele e falaram a respeito dele a outras pessoas (KOTLER; KELLER, 2006, p. 551). Segundo Churchill e Peter (2003, p.450) um tipo básico de feedback para a comunicação de marketing ocorre no “processo de compra, onde o receptor pode responder de várias maneiras, como recomendar o produto, solicitar mais informações sobre ele ou aceitar a imagem que a organização procura transmitir”. Kotler e Armstrong (2004, p. 372) sugerem ainda que “o feedback em relação às comunicações de marketing pode sugerir mudanças no programa de promoção ou na oferta do produto em si” e ainda sugerir mudança em todo o plano de comunicação. Analisando todas estas variáveis, identificando o público-alvo, determinando os objetivos da comunicação e definindo o meio e/ou a mídia mais adequada para atingir o público é que se terá uma boa estratégia de comunicação de marketing, e uma maior assertividade efetivamente nas vendas. 61 3 METODOLOGIA DE PESQUISA Neste capítulo trata-se dos assuntos específicos a pesquisa, referindo-se a tipologia da pesquisa, sujeito do estudo, instrumento de pesquisa, análise e apresentação. 3.1 Tipologia de pesquisa A tipologia deste estudo é caracterizada quanto aos objetivos, à natureza dos dados, bem como os procedimentos utilizados. Como os objetivos do trabalho permeiam a análise, avaliação e sugestão de ações serão tratadas de forma descritiva. Richardson (1999, p. 71) define que os estudos de natureza descritiva “propõem-se investigar o “que é”, ou seja, descobrir as características de um fenômeno como tal. Nesse sentido são considerados como objeto de estudo uma situação específica, um grupo ou um indivíduo”. Para Aaker, Day e Kumar (2001, p. 94) mencionam que “a pesquisa descritiva é um dos tipos mais utilizados em marketing. Seu propósito é obter um instantâneo preciso de alguns aspectos do ambiente de mercado”. Desta maneira pode-se também avaliar a comunicação de marketing, ou a forma como o público alvo está recebendo as informações enviadas pela empresa. “Os planos de pesquisa descritiva em geral são estruturados e especificamente criados para medir as características descritas em uma questão de pesquisa” (HAIR et al., 2005, p. 86). Quanto à natureza dos dados ou o método de abordagem, este estudo também é caracterizado como quantitativo. De acordo com Richardson (1999, p. 70), esse tipo de pesquisa: Caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde a mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas como coeficiente de correlação, análise de regressão, etc. Para Miranda (2007), o método quantitativo refere-se à atuação dos níveis de realidade e apresenta objetivos a identificação e apresentação de dados, indicadores e tendências, geralmente este método é apropriado quando existe a 62 possibilidade de recolha de medidas quantificáveis de variáveis e interferências a partir de amostras de uma população. Quanto aos procedimentos, será utilizado tanto o método de pesquisa diagnóstico, quanto o método survey. O primeiro ocorrerá na análise das ações planejadas no lançamento, elaborando assim um diagnóstico da situação. Já a o método survey, segundo Hair et al. (2005, p. 157) “é um procedimento para coletas de dados primários a partir de indivíduos. Os dados podem variar entre crenças, opiniões, atitudes e estilos de vida até informações gerais sobre a experiência do indivíduo”. Essa etapa se caracteriza principalmente pela coleta que será feita junto aos clientes que já adquiriram o terreno no Caledônia Private Village. 3.2 Sujeito de estudo Segundo Aaker, Day e Kumar (2001, p. 377) “uma população pode ser definida como um conjunto de sujeitos que possuem características comuns em relação ao problema da pesquisa de marketing”, desta forma a população desta pesquisa é composta pelos compradores dos lotes do Caledônia Private Village. Considerando que todos os compradores foram convidados a participar, e 21 deles não aceitaram, a amostra compreendeu 90 casos. Como todos tiveram as mesmas chances de terem suas opiniões coletas, defini-se esta amostra como do tipo probabilística. Na amostra probabilística “os elementos da população devem ter uma probabilidade igual ou conhecida, distinta de zero, de ser selecionados para formar parte da amostra” (RICHARDSON, 1999, p. 161). Como todos os compradores foram consultados, este representou a forma mais adequada. E a amostragem é caracterizada ainda como aleatória simples, que “é uma abordagem pela qual cada membro da população, ou seja, cada possível unidade da amostra possui iguais chances de ser selecionado” (AAKER; DAY; KUMAR, 2001, p. 384). Segundo Mattar (1996, 274) a amostragem aleatória simples “caracteriza-se pelo fato de cada elemento da população ter probabilidade conhecida, diferente de zero, idêntica a dos outros elementos de ser selecionada para fazer parte da amostra”. 63 Para uma população de 111 compradores, uma amostra probabilística simples de 90 casos resulta em uma margem de erro de menos de 5%, para mais ou para menos (BARBETTA, 1999). 3.3 Instrumentos de pesquisa Foram utilizados dados secundários e primários para o desenvolvimento deste estudo. De acordo com Aaker, Day e Kumar (2001, p. 130) dados secundários “são aqueles que foram coletados por pessoas ou agências para outros propósitos que não a resolução do problema específico que temos em mãos”. Ainda segundo Mattar (1997, p. 134) dados secundários: São aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até analisados, com propósitos outros ao de atender às necessidades da pesquisa em andamento, e que estão catalogados á disposição dos interessados. As fontes básicas de dados secundários são: a própria empresa, publicações, governos, instituições não governamentais e serviços padronizados de informações de marketing. Estes dados secundários caracterizaram-se através de relatórios de vendas emitidos pela empresa, bem como os planos de mídia elaborados pelas agências de propaganda e marketing contratados pela mesma. Além dos relatórios de vendas e dos planos de mídia, o principal instrumento de pesquisa foi o questionário, neste caso aplicado através do telefone. Segundo Mattar (1996) o questionário consiste em um instrumento de coleta de dados para ser respondido diretamente pelos pesquisados, podendo ser realizado pessoalmente ou por telefone. O instrumento foi desenvolvido com 17 perguntas fechadas, tanto de múltipla escolha, única e escalar. Para Aaker, Day e Kumar (2001) as perguntas fechadas podem ser divididas em dois formatos básicos, um deles é através da escolha de uma ou mais alternativas de uma lista de possíveis respostas e o outro é através de uma escala avaliativa em que se apresentam ao entrevistado. Entre as vantagens das perguntas fechadas estão a facilidade em responder, requer menos esforço por parte do entrevistador e tornam o trabalho de tabulação e análise mais fáceis. 64 Sua estruturação foi definida baseada na fundamentação teórica, levando em consideração a avaliação das ações de lançamento do empreendimento imobiliário e sua comunicação. 3.4 Análise e apresentação Foi utilizado para fazer a análise do questionário o software SphinxME. Já os dados secundários foi o Excel. Na tabulação dos questionários foi utilizada a tabulação por distribuição de frequência e medida de média ponderada. Segundo Aaker, Day e Kumar (2001, p. 447) a estatística simples de distribuição “apenas reporta o número de respostas que cada questão recebeu ... organiza os dados em classes ou grupos de variáveis, e mostra o número de observações no conjunto dos dados que caem em cada uma das classes”. Já a média ponderada segundo Mattar (1995, p. 66) “corresponde ao valor médio de um conjunto de dados. É uma medida de tendência central de aplicação exclusiva a variáveis intervalares”. A apresentação dos dados foi através de gráficos, tabelas e figuras, e alguns dados foram agrupados qualitativamente representados em quadros. 3.5 Limitações de pesquisa As principais limitações foram as dificuldades de obter-se informações em relação aos investimentos do plano de comunicação e as datas exatas de veiculação. Outro ponto a ser destacado é a falta de coleta de registros por parte da empresa do número de atendimentos de prospecção, impossibilitando mensurar o número de pessoas que buscaram informações sobre o empreendimento. Apesar da margem de erro aceitável, a não participação de todos os compradores na pesquisa deixa um número de 21 casos fora da análise. Estes talvez possam não ter respondido pelo fato de estarem mais ou menos satisfeitos com sua compra e promessas da empresa. 65 4 RESULTADOS DA PESQUISA Neste capítulo apresentam-se os resultados da pesquisa, referindo-se a análise das ações de marketing implantadas, a avaliação dos resultados comerciais alcançados com as estratégias de comunicação de marketing e a avaliação da satisfação dos compradores captados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas. 4.1 Análise das ações de marketing implantadas no lançamento do empreendimento Condomínio Caledônia Private Village As ações de marketing podem ser definidas no contexto da gestão do mix de marketing. Segundo Kotler e Armstrong (1999) este compreende quatro variáveis, o produto, o preço, a praça e a comunicação, variáveis estas que a empresa utiliza para obter os resultados desejados junto ao mercado-alvo. Em relação às ações do lançamento do Condomínio Caledônia, pode se destacar a existência dessas quatro variáveis: o produto (os terrenos e suas características), preço (seu valor e condições), praça (locais de comercialização) e comunicação (ações voltadas a apresentar o produto e captar vendas). Contudo, vale salientar que este estudo está voltado ao controle e avaliação das ações e resultados alcançados da variável comunicação, mas como não se pode entender essa sem uma adequada compreensão das demais variáveis, cada uma delas foi investigada. Isso ocorreu a partir de contatos com os colaboradores, proprietários, profissionais externos contratados e documentos existentes, quando tiveram suas descrições estabelecidas. Estas, a seguir são apresentadas. a) Variável produto: O produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado-alvo, mas é necessário que seja adaptado continuamente buscando satisfazer a um desejo ou a atender as necessidades do consumidor (COBRA, 1993). A G. Laffitte já atua há 30 anos no mercado imobiliário e consolidou-se como uma empresa voltada para loteamentos populares. Seus proprietários perceberam uma oportunidade de empreender em um novo segmento de mercado, ainda pouco expressivo na região, o de condomínios fechados. 66 Tinham esta idéia, mas não sabiam exatamente o que fazer ou quais seriam os moldes deste novo empreendimento. Neste momento possuíam apenas uma área, adquirida em 2004, que era utilizada anteriormente como uma fazenda para fins recreativos. A área está localizada no município de Camboriú, próximo ao centro da cidade. A ideia começou a se tornar concreta quando no último semestre 2005, uma futura arquiteta que estava finalizando o curso de graduação foi contratada para iniciar os estudos e propor um modelo de condomínio fechado para a área. O estudo foi desenvolvido basicamente através de visitas a condomínios fechados já existentes nos estados de SC, PR e SP. Através destas visitas constatou-se que no estado catarinense não havia ainda condomínios com grande quantidade de lotes e com ampla área de lazer. A soma destes dois fatores resultaria em um condomínio de alto padrão e com um custo acessível. Este processo levou em torno de três anos. A partir da ideia já definida, bem como o próprio projeto arquitetônico, verificou-se a necessidade de auxílio de um profissional de comunicação para apresentar sugestões para o posicionamento do projeto. Neste momento nasceu o Caledônia Private Village, um conceito de condomínio fechado voltado para o meio ambiente, com grande padrão de segurança o que remetia diretamente em liberdade, foi criada a marca do condomínio com um folha verde solta (Figura 11), que reforçava este conceito. Figura 11: Marca do Condomínio Fonte: G. Laffite 67 O Caledônia Private Village além de funcional integra a praia, o verde e a cidade, sendo composto por 1.000 lotes, com terrenos a partir de 570 m² (área útil + área comum), podendo chegar a 2.509 m² (área útil + área comum); reforça o conceito de condomínio resort, como pode ser observado nos aspectos das áreas comuns projetadas apresentados no Quadro 5: ASPECTOS DESCRIÇÃO Meio Ambiente: - 180.000 m² de área verde - replantio de espécies nativas - bosques - área com árvores frutíferas - coleta seletiva de lixo - condomínio fechado - portaria 24 horas - ronda - central de segurança com circuito interno de TV e vigilância 24 horas - plano diretor interno - rede de captação de esgoto - estação de tratamento de esgoto - rede de água - drenagem pluvial - ruas pavimentadas - rede elétrica - setorização de usos - Club House - cinema - piscina com 1.000m² com raia semi-olímpica - piscina infantil - deck molhado - deck seco - borda infinita - 1.400m² de área construída - bar da piscina - estares e lounges - academia - SPA - salão de jogos - salão de festas multiuso com capacidade para 200 pessoas Segurança: Infra-estrutura: Lazer: Clubinhos (áreas comuns direcionada a determinado público): Conveniências: - Clube do Vovô - Clube das Flores - Praça Central - Clube Zen - heliponto - central de serviços - Clube do Catavento - Clube dos Atletas - Clube Radical - área comercial - coleta seletiva de lixo Quadro 5: Descrição das áreas comuns do Caledônia Privatte Village. Fonte: Web Site da empresa. b) Variável preço: De forma simples, o preço é a soma em dinheiro que será desembolsada pelo cliente para obter o produto, mas vai muito além disto, o preço hoje é principalmente o que é percebido pelo cliente de determinado produto (SOUZA, 1999). O preço do terreno no Caledônia Private Village é calculado a partir do metro quadrado, tendo como custo médio R$ 180,00/m², desta forma o menor terreno tem 68 o preço inicial para negociação de R$ 102.600,00, já que o de menor área possui 570 m2. Contudo são várias as facilidades de pagamento. A entrada corresponde a 30% do valor do imóvel, que tendo um sinal de R$ 10.000,00 o restante pode ser divido em até 18 vezes. A partir da entrada quitada o restante do terreno pode ser financiado em até 96 vezes, corrigidas anualmente pelo IGPM. Um ponto muito importante para o cliente é que todo o financiamento é feito diretamente pela incorporadora do empreendimento, o que facilita o processo burocrático. c) Variável distribuição: A distribuição ou os pontos de vendas são fundamentais para o sucesso do plano de comunicação, pois após despertado o interesse no cliente de conhecer mais a fundo o produto e/ou adquiri-lo é importante que tenha uma boa estratégia de distribuição, para que tenha fácil acesso. (LAS CASAS, 1997). Pensando nisso a G Laffitte disponibilizou a seus clientes vários canais para que possam obter mais informações sobre o condomínio e pudessem adquiri-lo com facilidade, entre eles: • Uma linha direta com os corretores através do telefone (47) 3365-8800; • Um ponto de venda no próprio condomínio funcionando todos os dias com corretores de plantão, que facilitam a visita do cliente através do passeio de carro, e para os mais aventureiros através de bicicletas; • Dois pontos de venda exclusivos, um localizado na Av. Brasil e o outro na Av. do Estado, ambos em Balneário Camboriú, disponíveis no período da temporada de verão (Outubro/2009 – Abril/2010). Estes visando estar mais perto do públicoalvo, e ainda possibilita agendar as visitas ao empreendimento com transporte gratuito; • E ainda o suporte de duas maquetes do empreendimento, que circulava em lugares estratégicos durante a temporada de verão, sendo Supermercado BIG – Balneário Camboriú e no Balneário Camboriú Shopping. d) Variável comunicação Considerando todas as ferramentas ou variáveis de marketing, a comunicação/promoção assume uma posição decisiva, pois é ele que desperta a 69 atenção do cliente e para isso o profissional de comunicação deve elaborar estratégias adequadas ao produto e ao público-alvo que quer atingir (SOUZA, 1999). As estratégias de comunicação desenvolvidas para o produto Caledônia Private Village surgiram a partir da contratação da empresa Zucco Publicidade em 2008. Esta elaborou primeiramente uma identificação visual e na sequência um Plano de Comunicação e Mídia (Anexo A). Para o lançamento deste novo empreendimento, este plano foi apresentado em Junho/2008 e contemplava investimentos na ordem de R$ 363.287,42 (trezentos e sessenta e três mil, duzentos e oitenta e sete reais e quarenta e dois centavos), que deveriam ser aplicados em quatro fases denominadas pela agência como: teaser, pré-lançamento, lançamento e sustentação. Em cada uma dessas fases diferentes ferramentas de comunicação e mídia foram sugeridas. Porém a empresa G. Laffitte, proprietária do empreendimento definiu a aplicação de apenas parte das sugestões apresentadas no plano da Zucco. Essas ações implementadas são a seguir descritas conforme, ferramenta, plataforma de aplicação, mídia, investimentos feitos, número de inserções ou peças veiculadas e o cronograma. Com o esforço de comunicação em andamento, focado na criação da expectativa e em chamar a atenção, o lançamento do empreendimento para comercialização estava previsto para 22/11/2008. Mas neste período a cidade de Camboriú ainda refletia os estragos da enchente ocorrida no mesmo mês, desta forma foi remarcado para 18/07/2009, o que ocorreu com um coquetel na sede do empreendimento com profissionais do meio imobiliário, clientes potenciais e autoridades da região. Esse momento serviu para que todos pudessem conhecer o local do empreendimento e seu potencial. Além do investimento no lançamento outras ações foram feitas, como pode se observar no quadro 6. Estas ações compreenderam outdoors, placas na BR, anúncio na TV Panorama e na Rádio Menina e um Hot Site exclusivo para o empreendimento. Para o lançamento foi elaborado um folder específico com o conceito de meio ambiente e liberdade (Anexo B), o hot site do condomínio (Anexo C), e uma maquete visualizando o empreendimento pronto. 70 o Ferramenta P R O P A G A N D A Plataforma Mídia Investimento N de inserções ou peças Outdoor Comunicação Visual Externa R$ 31.984,14 17 Placas na BR Comunicação Visual Externa R$ 29.520,00 2 TV Panorama* Mídia Eletrônica R$ 18.000,00 264 Rádio Menina* Mídia Eletrônica R$ 9.600,00 1.200 Hot Site Comunicação Visual R$ 2.500,00 1 TOTAL Data de veiculação Set/08 a Jan/09 Set/08 a Ago/09 Set/08 a Ago/09 Set/08 a Ago/09 A partir de Set/08 até o momento R$ 91.604,14 Quadro 6: Investimento em mídia com a Zucco Propaganda. Fonte: Plano de mídia da Zucco e informações gerenciais da G.Laffitte. * Na Rádio Menina e TV Panorama a G. Laffitte já tem contrato firmado para divulgação dos seus empreendimentos, não foi negociado valor específico para o Caledônia Private Village. Porém, segundo Oliveira (1999), para o processo completo de marketing é necessário desenvolver um plano de marketing completo, ou seja, com uma análise do cenário, estratégias, controle e avaliação. Isso não ocorreu na empresa. Mas nesse caso somente foi desenvolvido da atividade de marketing a ferramenta comunicação, pois, conforme Anexo A, o planejamento feito pela Zucco Publicidade não foi completo o suficiente, além de as propostas do mesmo também não terem sido todas aplicadas. A partir Agosto/2009 a empresa encerrou o contrato com a Zucco Publicidade e em Setembro/2009 iniciou o contrato com a Cross Broad Casting. A agência iniciou seus trabalhos com o desafio de fazer uma campanha para a alta temporada, usando a demanda que vem até Balneário Camboriú/SC para comunicar e por consequência vender o empreendimento, já que as vendas estavam bastante atrasadas. Fez uma rápida análise de mercado e percebeu que a forma como o empreendimento estava sendo comunicado não traria o retorno esperado, pois praticamente toda a comunicação era local (Balneário Camboriú e Camboriú – SC), e com base em análises do IBGE e histórico de vendas sabia-se que este não era o público-alvo do empreendimento. 71 Sabia-se também que a cidade de Camboriú/SC não era um atrativo que facilitava a venda, desta forma criou uma nova “identidade” para a localização do Caledônia Private Village, o Vale dos Condomínios, que ficava entre as montanhas e o mar, e desta forma sugeria um novo conceito de local para o empreendimento, aproveitando os outros condomínios que foram construídos em torno da área do Caledônia. Ferramenta Mídia Investimento Panfletagem Mídia Impressa Comunicação Visual Externa Mídia Eletrônica Mídia Impressa Mídia Impressa Mídia Eletrônica Mídia Impressa Comunicação Visual Externa Mídia Impressa Mídia Impressa Mídia Impressa Mídia Impressa Mídia Eletrônica Mídia Eletrônica Comunicação Visual Externa R$ 60.000,00 N de inserções ou peças 500.000 R$ 16.924,00 10 R$ 3.100,00 1.300 R$ 1.200,00 2 R$ 1.096,00 5 R$ 1.425,50 1 R$ 8.700,00 50 R$ 32.000,00 4 R$ 15.600,00 240 R$ 600,00 2.500 R$ 250,00 1 R$ 900,00 6 R$ 20.000,00 200 R$ 2.500,00 6 R$ 20.000,00 160 R$ 15.000,00 2 R$ 120.000,00 2 Placas Rádio Menina* Revista de Imóveis P R O P A G A N D A Jornal Diário Catarinense Internet/ Divulgações Display Folhetos Outdoor – BR 101 Jornal Diarinho Caixa Pizza Revista Itamirim FORÇA DE VENDAS o Plataforma Revista Academia Wave Programa Vera Toledo Programa do Tigrão Ação Carrinhos de Milho Maquetes Plantão de Vendas TOTAL Data de veiculação Out/09 a Fev/10 Out/09 a Mar/10 Out/09 a Set/10 Nov/09 e Dez/09 Nov/09 a Mar/10 Out/09 a Mar/10 Out/09 a Mai/10 Out/09 a Mai/10 Out/09 a Mai/10 Out/09 a Dez/09 Jan/10 Out/09 a Mar/09 Out/09 a Mai/10 Out/09 a Mar/10 Out/09 a Mai/10 Período integrau Out/09 a Mai/10 R$ 319.295,50 Quadro 7: Investimento em mídia com a Cross Broading Casting. Fonte: Informações gerenciais da G.Laffitte ePlano de Mídia da Cross Broading Casting. * Na Rádio Menina a G. Laffitte já tem contrato firmado para divulgação dos seus empreendimentos, não foi negociado valor específico para o Caledônia Private Village. 72 Surgiu então o Plano de Comunicação – Campanha Verão, que contemplavam os investimentos conforme quadro 7. As ações de panfletagem ocorreram no centro de Balneário Camboriú e no Pedágio da BR 101, próximo a Barra Velha dando suporte aos plantões de venda e maquetes. As placas foram intensificadas em toda região, dando maior visibilidade ao empreendimento, e especialmente reforçada na cidade de Camboriú, agora com a comunicação do Vale dos Condomínios e placas indicativas que levam até o local do empreendimento. A Revista de Imóveis e o Jornal Diário Catarinense com abrangência estadual iam de encontro à estratégia de pulverizar mais a imagem do condomínio nos público a partir de agora considerado alvo. Toda a campanha foi construída para suportar a presença de mais dois plantões de venda, um localizado na Av. Brasil e o outro localizado na Av. do Estado, ambos em Balneário Camboriú, nestes plantões os clientes tinham acesso a maquete do empreendimento e o atendimento por corretores de imóveis, além da facilidade de poder agendar um horário para ser levado, por um transporte do empreendimento, até o local para que fosse o mesmo pudesse ser conferido in loco. Os demais investimentos em comunicações vieram como suporte às principais ações citadas anteriormente. Ferramenta P R O P A G A N D A FORÇA DE VENDAS Plataforma Mídia Placas Comunicação Visual Externa Mídia Eletrônica Mídia Eletrônica Comunicação Visual Externa Mídia Impressa Mídia Eletrônica Rádio Menina* Internet/ Divulgações Outdoor – BR 101 Jornal Diarinho TV Panorama Plantão de Vendas Investimento R$ 3.384,80 o N de inserções ou peças 10 R$ 520,00 220 R$ 200,00 1 R$ 8.000,00 4 R$ 3.900,00 48 R$ 4.000,00 40 R$ 10.000,00 2 Data de veiculação Abr/10 a Mai/10 Abr/10 a Mai/10 Abr/10 a Mai/10 Abr/10 a Mai/10 Abr/10 a Mai/10 Abr/10 a Mai/10 Abr/10 a Mai/10 TOTAL R$ 30.004,80 Quadro 8: Investimento em mídia Fonte: Informações gerenciais da G.Laffitte. * Na Rádio Menina a G. Laffitte já tem contrato firmado para divulgação dos seus empreendimentos, não foi negociado valor específico para o Caledônia Private Village. 73 Mesmo sem agência definida algumas ações de comunicação continuaram, são elas as vinculações na Rádio Menina, TV Panorama e internet, as placas na cidade de Camboriú e os outdoors na BR 101, os carrinhos de milho, e o plantão de vendas no local. Essas ações são apresentadas no quadro 8 conjuntamente com seus referidos valores de investimento, que contemplaram no período valores pouco acima de R$ 30 mil. 4.2 Avaliação dos resultados comerciais alcançados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas Kotler (1998) menciona que análise de vendas consiste na mensuração da relação entre as vendas reais e as metas de vendas estabelecidas. Se considerado as análises de vendas no Condomínio Caledônia Private Village, percebe-se nesta relação que os resultados alcançados ainda estão abaixo do esperado. De acordo com as estratégias apresentadas no trabalho acima era esperado pela empresa que ao final de Abril/10 as vendas já tivessem superado 30% do volume de lotes, ou seja, no mínimo 300 lotes vendidos, considerando que o Caledônia Private Village tem a disposição para venda 1000 lotes, mas a realidade atual é de 111 lotes vendidos, ou seja apenas 11% do total e 63% inferior a meta estabelecida. A evolução das vendas do período do lançamento até Abril/10 é apresentada no Gráfico 1. Neste pode-se observar que no mês de Novembro/08, para quando estava agendado o lançamento oficial do empreendimento foram vendidos somente 2 lotes. Logo após ocorreu a enchente e no período de Dezembro/08 á Abril/09 nenhum lote foi vendido. Em Maio/09 estava pronta a entrada principal do empreendimento, onde funciona até hoje o plantão de vendas. Neste mesmo mês ocorreu a venda de mais uma unidade. Desde então, até abril de 2010, em todos os meses ocorreu a negociação de pelo menos uma unidade. Em Julho/09, com o lançamento oficial do Caledônia Private Village, foi batido o recorde de vendas, e 34 lotes foram vendidos somados aos dois meses seguintes, que ainda refletiam o esforço do lançamento, já se atingia o total de 61 lotes foram vendidos, dos quais 55 apenas nestes três meses. Isso representou cerca de 50% das vendas do empreendimento. 74 Gráfico 1: Evolução das vendas mês a mês do Caledônia Private Village. Fonte: G. Laffitte Empreendimentos. É importante ressaltar que neste período houve um esforço direcionado, além da mídia, dos donos do empreendimento no acompanhamento de clientes em potenciais, muitos deles sócios em outros empreendimentos e/ou amigos, o que influenciou diretamente na venda. No final de Setembro/09 a agência até então responsável pela conta foi substituída, e a Cross assumiu com a responsabilidade de aumentar o volume de vendas do empreendimento e deixá-lo ainda mais atrativo. No período de transição e início da Campanha de Verão as vendas caíram ainda mais, somando nos meses de Outubro/09, Novembro/09 e Dezembro/09, 18 lotes vendidos. Com o início da Campanha de Verão a procura por informações começou a aumentar, contudo sem muita expressividade. Com relação ao número de atendimentos de consulta, não existe um controle efetivo, mês a mês, aos plantões de vendas e as consultas por telefone. Mas as informações que se tem remetem que durante os finais de semana da Campanha (Janeiro/10 a Abril/10) quando havia o esforço de panfletagem, os acessos ao site chegaram a 300/dia, e que neste mesmo período de campanha 726 clientes visitaram plantões de vendas em busca de mais informações. Mas mesmo com números expressivos de consultas, foram vendidos no período 31 lotes, muito aquém ao esperado pelos proprietários. 75 Após o término da campanha, principalmente pelo resultado da mesma, o contrato com a Cross foi encerrado. No mês de maio, sem nenhuma agência trabalhando a comunicação de marketing do empreendimento, nenhum lote fora vendido. Pode-se perceber o quão fundamental é para que o empreendimento tenha um ciclo de vendas bem definido, o investimento contínuo em um plano de comunicação, consistente, que já considere as informações dos clientes e do mercado, além de uma adequação a projeção de vendas, que com certeza irá acontecer em longo prazo. Considerando os investimentos feitos em comunicação em cada uma das três etapas e as vendas efetivadas no mesmo período, observa-se através da Tabela 1 que o custo por lote vendido ainda é bastante alto. Tabela 1: Investimento de comunicação por lote. Agência Período Investimento total em Comunicação Proporção do total do investimento em comunicação Quantidade de lotes vendidos no período Proporção do total vendido no período Custo de comunicação por lote vendido Zucco Comunicação Nov/08 – Set/09 R$ 91.604,14 20,78% 62 55,85% R$ 1.477,50 Cross Broad Casting Out/09 – Abr/10 R$ 319.295,50 72,42% 49 44,15% R$ 6.516,23 Sem agência Mai/10 – Jun/10 R$ 30.004,80 6,80% 0 0% - R$ 440.904,44 100% 111 100% R$ 3.972,11 TOTAL Fonte: Informações gerenciais da G.Laffitte. Ao considerar o preço médio por lote de R$ 102.600,00, o custo de comunicação total tem representado 3,9% do valor do lote. Observou-se também que o investimento no lançamento, que foi direcionado ao público-alvo da região e teve custo de R$ 1.477,50/lote vendido e 1,44% do valor do lote, gerou mais resultado que a campanha seguinte. Esta por sua vez teve um custo de R$ 6.516,23/lote vendido, representando 6,35% do valor médio do lote. 4.3 Avaliação da satisfação dos compradores captados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas Sabe-se que esta é uma análise de um processo não encerrado, pois as vendas do Condomínio Caledônia Private Village ainda continuam assim os resultados com base no desempenho das avaliações feitas pelos consumidores, leva 76 em consideração apenas os compradores que realizaram o negócio até abril/2010. Esse conhecimento gerado poderá, portanto, influenciar nas futuras abordagens. Como já citado anteriormente, “recomenda-se a preparação de scorecards de desempenho, baseados em avaliações sobre os consumidores e stakeholders, mostrando a situação da empresa e antecipando possíveis avisos de advertência” (KOTLER, 1998, p. 668). Conscientes da importância da análise e acompanhamento da satisfação dos clientes em um programa de controle aplicaram-se uma pesquisa junto aos compradores dos lotes do Caledônia Private Village. Houve a tentativa de aplicar o estudo junto aos 111 proprietários de lote, mas somente 90 aceitaram responder a pesquisa, compreendendo 81% do total. Neste caso, como todos os proprietários foram convidados a participar e, portanto, tiveram as mesmas chances de terem suas opiniões coletadas, a amostra (90 casos) é definida como do tipo probabilística, estabelecida com uma margem de erro de menos de 5%. Primeiramente, antes de apresentar considerações sobre a satisfação, os participantes da pesquisa, neste caso, os proprietários dos lotes, têm seu perfil descrito quanto: gênero, idade, cidade e estado de residências, renda e o propósito de utilização do imóvel. Quanto ao gênero e faixa etária a Tabela 2 apresenta a correlação destas variáveis. Tabela 2: Perfil dos compradores em relação ao gênero e faixa etária. Idade Menos 19 a 26 a 32 33 a 39 40 a 46 47 a 53 54 a 60 61 a 67 68 ou de 18 25 anos anos anos anos anos anos mais TOTAL Genero anos anos Masculino 0,0% 2,2% 2,2% 10,0% 13,3% 17,8% 11,1% 4,4% 0,0% 61,1% Feminino 0,0% 8,9% 1,1% 6,7% 8,9% 7,8% 3,3% 2,2% 0,0% 38,9% TOTAL 0,0% 11,1% 3,3% 16,7% 22,2% 25,6% 14,4% 6,7% 0,0% 100% anos Fonte: Dados da pesquisa. Pode-se observar que o público, quanto ao gênero tem predominância masculina, representado por pouco mais de 61% dos compradores. Entre eles, o grupo de maior representatividade foi o de faixa etária de 47 a 53 anos, com aproximadamente 18%. De maneira geral, praticamente 48% dos compradores se encontram nas faixas de 40 a 53 anos. Entre as mulheres (38,9%), dois grupos 77 etários possuem maior destaque, as entre 19 e 25 anos e as de 40 a 46 anos, que respectivamente representam cerca de 9% do total. Outro ponto do perfil do comprador analisado foi à cidade e Estado de residência. Esta variável é apresentada na tabela 3. Considerando que o foco dos esforços de mídia foi concentrado no Estado de SC, principalmente nas cidades de Balneário Camboriú e Camboriú, esta última sede do empreendimento, observa-se este resultado nas vendas, pois 75,6% dos lotes vendidos foram para este Estado, concentrando 66% (45 lotes) destes nas cidades citadas acima, o que corresponde a 50% do total. O segundo estado é o Paraná, correspondente a cerca de 18% do total. Destes, aproximadamente 65% da cidade de Curitiba. Tabela 3: Perfil dos compradores em relação a cidade e estado. Estado SC PR SE SP RS MT TOTAL Balneário Camboriú Camboriú Curitiba 35,6% 14,4% 0,0% 0,0% 0,0% 12,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 35,6% 14,4% 12,2% Joinville 6,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 6,7% Itajaí Brusque Pinhais Concórdia Cuiabá São Paulo Indaial Colombo Umuarama Cricíuma Cachoeira Tijucas Aracaju Foz do Iguaçu Navegantes 5,6% 3,3% 0,0% 2,2% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 2,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 5,6% 3,3% 2,2% 2,2% 2,2% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% Poconé Chapecó Rio Negrinho Itapoá TOTAL 0,0% 1,1% 1,1% 1,1% 75,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 17,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 3,3% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 100% Cidade Fonte: Dados da pesquisa. Por ser considerado um empreendimento de alto padrão, a comunicação foi direcionada para um público-alvo com poder de compra mais elevado, o que corresponde à descrição de renda dos compradores. Como podem ser observados no Gráfico 2, 73% informam ter sua renda média mensal acima e R$ 5.000,00, o que reporta a outra característica a analisar a seguir, que é a intenção de compra como investimento futuro. 78 Renda 32,2% 18,9% 16,7% 11,1% 7,8% 7,8% 5,6% 1.000,00 a 3.000,00 3.001,00 a 5.000,00 5.001,00 a 7.000,00 7.001,00 a 9.000,00 9.001,00 a 11.000,00 11.001,00 a 13.000,00 Mais de 13.001,00 Gráfico 2 : Renda Média Mensal dos Consumidores do Condomínio Caledônia Private Village Fonte : Dados da pesquisa. É importante ter bem claro os objetivos de compra também na hora de elaborar os materiais de divulgação do empreendimento. O resultado deste questionamento é apresentado no Gráfico 3. O resultado apresentou que a intenção de compra do imóvel para investimento (Revenda) é considerável, representando 40% dos compradores. O segundo grupo, pouco mais de 24% comprou com a intenção de ter no Caledônia sua moradia principal. Como uma segunda residência foi o motivo para pouco mais de 32% dos compradores do Caledônia, tanto como de praia (22,2%), como de campo (10%). Somente 1,1% dos compradores o fizeram com a intenção de no futuro abrir um negócio no condomínio, esta citação foi classificada como outros, é importante ressaltar que existe no projeto do condomínio uma rua destinada para comércio, mais é um risco assumido pelo comprador, pois ainda não foi definido se isto será autorizado. 79 Utilização do imóvel 40,0% 24,4% 22,2% 10,0% 2,2% Investimento para revenda Como segunda residência (campo) Para presentear alguem 1,1% Como segunda residência (praia) Como moradia principal Outros Gráfico 3 : Qual o propósito de utilização do imóvel comprado. Fonte : Dados da pesquisa. Considerando ainda os compradores com renda acima de R$ 5.000,00 observamos através da Tabela 4 que o principal interesse deste público é a compra do imóvel como investimento para o futuro com aproximadamente 28,9% dos motivos de compra, seguido pelo interesse no imóvel como segunda moradia com cerca de 27%, e somente 14,4% do compradores com esta renda vêem no imóvel uma opção como moradia principal. Tabela 4 : Qual o propósito de utilização do imóvel comprado versus Renda. Utilização do imóvel Investi mento – para revenda Como segunda residência (campo) Para presentear alguém Como segunda residência (praia) Como moradia principal Outros TOTAL R$ 1.000,00 a R$ 3.000,00 1,1% 1,1% 0,0% 0,0% 5,6% 0,0% 7,8% R$ 3.001,00 a R$ 5.000,00 10,0% 0,0% 0,0% 4,4% 4,4% 0,0% 18,9% R$ 5.001,00 a R$ 7.000,00 13,3% 4,4% 1,1% 6,7% 6,7% 0,0% 32,2% R$ 7.001,00 a R$ 9.000,00 5,6% 2,2% 0,0% 5,6% 3,3% 0,0% 16,7% R$ 9.001,00 a R$ 11.000,00 3,3% 1,1% 0,0% 3,3% 3,3% 0,0% 11,1% R$ 11.001,00 a R$ 13.000,00 3,3% 1,1% 1,1% 2,2% 0,0% 0,0% 7,8% Mais de R$ 13.000,00 3,3% 0,0% 0,0% 0,0% 1,1% 1,1% 5,6% TOTAL 40,0% 10,0% 2,2% 22,2% 24,4% 1,1% 100% Renda Fonte : Dados da pesquisa. Em contra partida quando analisam-se os compradores com renda até R$ 5.000,00, que representam 26,7% do total de clientes, o interesse no condomínio está dividido principalmente entre o investimento para o futuro e a compra como 80 moradia principal, onde cada um representa 11,1% e 10% respectivamente e somente 5,5% dos compradores, compraram com a intenção de construir uma segunda residência. Além da descrição do perfil dos compradores, esta parte do estudo apresenta a partir deste ponto aspectos relativos à avaliação de desempenho do Condomínio Caledônia junto aos compradores. Estes fatores de análise incluem: como ficaram sabendo do condomínio e o que mais influenciou para buscar mais informações, se as atividades de comunicação influenciaram na compra, em que intensidade as imagens e mensagens vinculadas na divulgação representam a realidade do empreendimento e o que mais chamou a atenção no projeto do Caledônia Private Village. Quando os consumidores foram questionados sobre como ficaram sabendo do empreendimento, observa-se que de modo geral todos receberam mais de uma influência de comunicação, com uma média de 3,5 meios por pessoa. Isso ocorreu devido às respostas múltiplas. As principais formas de divulgação ou os principais responsáveis pela disseminação do empreendimento foram os amigos e os panfletos, onde 63,3% dos compradores tiveram contato com os mesmos, seguido dos Outdoor/Front Light com 45,6%, do plantão de vendas com 40%, rádio 33,3% e as maquetes com 30% foram os meios de comunicação mais efetivos para o público consumidor, como pode ser observado no Gráfico 4. Como ficou sabendo 63,3% 63,3% 45,6% 40,0% 33,3% 30,0% 24,4% 21,1% 14,4% 11,1% 7,8% Outdoor / Front Light Site Guia informativos s TV Maquete / shopping / BIG Rádio Amigos Plantão de Jorna Panfletos vendas Impresso l Grafico 4: Como ficou sabendo do Condomínio Caledônia Private Village Fonte : Dados da pesquisa. Revistas 0,0 % Outros 81 Pode-se reforçar também o quão importante é o esforço da mídia integrada, por mais que a influencia dos amigos tenham um grande peso no conhecimento do empreendimento, constata-se que só o que diz o amigo não basta, o cliente recebeu outros esforços de comunicação que o levaram a conhecer o empreendimento e fechar a venda. Em seguida, perguntados sobre quais meios mais influenciaram para buscar mais informações sobre o Caledônia, como pode ser observado no Gráfico 5, a influencia dos Amigos foi o de maior destaque, citado por mais de 35% dos compradores. O Plantão de Vendas também teve papel importando, sendo citado por mais de 23%. Este ponto deixa muito claro o quanto é importante que a equipe de corretores esteja treinada e motivada, pois mesmo a influência sendo por amigos, pode-se sugerir que grande parte destes amigos em algum momento teve contato com a equipe de vendas também. Observou-se também que o panfleto exerce importância relativa (21,1%), pois a influência do panfleto é o direcionamento até o empreendimento ou ao plantão de vendas mais próximo, e novamente a equipe dará continuidade representaram ao atendimento. pouca Neste ponto, representatividade as demais enquanto mídias fatores de utilizadas influência determinantes. Influência 35,6% 23,3% 21,1% 6,7% 2,2% 2,2% 6,7% 1,1% 1,1% 0,0% Outdoor/Front Site Light Guias informativos TV Maquete shopping / BIG Rádio Amigos 0,0 % Plantão de Jornal Panfletos Revistas vendas Impresso 0,0 % Outros Gráfico 5 : Quais destes meios mais influenciou para buscar mais informações sobre o Caledônia Private Village Fonte : Dados da pesquisa. Sabendo que todos os consumidores do Caledônia Private Village receberam alguma influência dos materiais de comunicação desenvolvidos, questionou-se se 82 estes materiais e o atendimento dos corretores tinham influenciado de alguma forma no momento da compra. Pode-se constatar através do Gráfico 6 o quanto importante são estas atividades, sendo que 80% dos comprados disseram que sim ou provavelmente sim, ou seja, toda a comunicação do empreendimento mais o bom atendimento da equipe de corretores é o que faz a diferença na hora de fechar o negócio. A média ponderada desta avaliação é de 4,12 e o desvio padrão de 0,95, demonstrando uma tendência de que a comunicação provavelmente influenciou na decisão. Atividades de Comunicação 40,0% 40,0% 15,6% 3,3% 1,1% Sim Provavelmente sim Indiferente Provavelmente não Não Gráfico 6: Influencia da atividade de comunicação no momento da compra. Fonte : Dados da pesquisa. As campanhas de comunicação com o papel de informar as vantagens e benefícios do empreendimento, além de despertar a curiosidade em conhecer mais a fundo o mesmo, leva os interessados a entrar em contato com a equipe de corretores que deve ser treinada para atender de forma personalizada cada um dos seus clientes. Sabendo da importância das atividades de comunicação e o quanto elas influenciaram no momento da compra, perguntou-se aos consumidores do Caledônia Private Village se eles acreditavam que as imagens e as mensagens veiculadas na divulgação do Caledônia representavam em que intensidade a realidade do empreendimento. Como observa-se através do Gráfico 7, somente um pouco mais de 16% dos consumidores disseram que as veiculações são totalmente adequadas ao empreendimento; enquanto 54% do clientes disseram que são apenas 83 parcialmente adequadas. Acreditamos que este percentual se deve principalmente pelas mudanças ocorridas durante a divulgação, sendo dividida em 2 momentos diferentes com foco diferente, esta mudança pode ter causado uma certa “confusão” nos consumidores que adquiriram no primeiro momento. Mensagens Divulgadas 54,4% 21,1% 16,7% 6,7% 1,1% São totalmente totalmente adequadas São parcialmente adequadas Nem adequadas e nem inadequadas São parcialmente inadequadas São totalmente totalmente inadequadas Gráfico 7: As imagens e as mensagens veiculadas versus realidade do empreendimento. Fonte: Dados da pesquisa. Para 21% dos consumidores essa situação foi considera indiferente, ou seja, não acham nem adequadas e nem inadequadas. Isso mostra fortemente o quanto este público sente falta de uma definição mais clara do objetivo do empreendimento como um todo. Este resultado deixa claro para a empresa que o público-alvo ainda não consegue construir uma “imagem” assertiva do empreendimento, e o quanto é necessário desenvolver um plano de comunicação completo, com início, meio e fim, construindo assim a imagem definitiva do empreendimento, e que posteriormente deverá ser sustenta por uma comunicação complementar e pela equipe de corretores. Reforçando essas posições, a média ponderada deste resultado alcançou 3,79 e o desvio padrão é de 0,84. Equipe esta que neste momento de dúvida por parte do consumidor é fundamental que esteja treinada, para entender as dúvidas que possam surgir e identificar em cada potencial cliente qual é o seu “verdadeiro” interesse em adquirir 84 um lote no empreendimento, pois através disto poderá utilizar uma abordagem específica para cada segmento salientando as vantagens do empreendimento. Buscando definir o que mais chama a atenção do Projeto do Caledônia Private Village fez-se esta pergunta aos compradores, e que se observa no Gráfico 8, o projeto com 41,1% é o que mais chama atenção. Entendendo como projeto o todo, o conceito de um condomínio com estrutura de resort, próximo a praia e ao campo. A localização também se destaca com 23,3% das citações, desta forma sabe-se o quanto é importante ressaltar a facilidade de estar tão próximo a um grande balneário com a tranqüilidade de uma cidade pequena. Em seguida os preços e condições de pagamento com 18,9% e o potencial de retorno sobre o investimento com 16,7% completam o que mais chama a atenção do Projeto do empreendimento para os seus consumidores. Atenção 41,1% 23,3% 16,7% 18,9% 0,0% Potencial de Preço e Localização retorno do condições de investimento pagamento Projeto Outros Gráfico 8: O que mais lhe chamou a atenção no projeto do Caledônia Private Village. Fonte : Dados da pesquisa. Esta é uma informação muito importante, pois com base nela pode ser elaborado o plano de comunicação mais detalhado e a reciclagem no treinamento dos corretores, além de, a partir disto, começar a criar uma estratégia de definição da imagem que o condomínio quer passar para o seu público, pois se sabe agora o que mais chama a atenção. 85 Por fim, esta parte do estudo apresenta, a partir deste ponto, aspectos relativos à pós-compra do Condomínio Caledônia, estes fatores serão analisados através dos questionamentos sobre: a satisfação pós-compra, ou seja, como se sente o comprador em relação ao projeto do Caledônia Private Village; se as promessas feitas em relação ao preço, ao projeto e ao prazo da obra no momento da venda estão sendo cumpridas e finalizando, ainda se o comprador indicaria o empreendimento a um amigo. Quando analisado o grau de satisfação dos clientes após a compra, o resultado é positivo, aproximadamente 59% dos clientes estão totalmente satisfeitos ou satisfeitos com a aquisição do lote; em contrapartida os outros 41% não estão nem satisfeitos ou insatisfeitos, ou ainda insatisfeitos, como se pode acompanhar no Gráfico 9. Este é um resultado preocupante, pois quase metade dos consumidores tem alguma reclamação em relação ao empreendimento, sabendo que estes são os primeiros compradores e sem um esforço de comunicação efetivo, eles são os grandes divulgadores do empreendimento, desta forma recomendamos um trabalho imediato com estes compradores, entendendo exatamente onde está o ponto de insatisfação e criar mecanismos para tentar contornar ou resolver o problema. Reforçando essas posições, a média ponderada deste resultado alcançou 3,53. Satisfação Pós Compra 50,0% 26,7% 14,4% 8,9% 0,0% Totalmente satisfeito Satisfeito Nem satisfeito e nem insatisfeito Insatisfeito Totalmente insatisfeito Gráfico 9 : Satisfação pós compra em relação ao projeto do Caledônia Private Village. Fonte : Dados da pesquisa. 86 Buscando entender um pouco mais os principais pontos onde teve sustentação as campanhas de comunicação do empreendimento, e aonde pode ser mudado ou valorizado a estratégia na busca de novo clientes analisamos as três principais “promessas”, conforme Tabela 5. Tabela 5: Cumprimento das promessas feitas em relação ao preço, ao projeto e ao prazo da obra. Aspecto Totalmente Quase totalmente Parcialmente Quase nenhuma Nenhuma TOTAL Promessas Preço 23,3% 40,0% 23,3% 3,3% 0,0% 100% Promessas do Projeto 23,3% 32,2% 34,4% 10,0% 0,0% 100% Promessas do Prazo da Obra 15,6% 27,8% 25,6% 16,7% 14,4% 100% Conjunto 24,1% 33,3% 27,8% 10,0% 4,8% 100% Fonte: Dados da pesquisa. De forma mais detalhada observa-se que a percepção dos clientes em relação ao preço e a valorização do empreendimento estão de acordo com o que foi prometido no momento da entrega, sendo que mais de 73% dos clientes declaram que as promessas foram totalmente ou quase totalmente coerentes em relação ao preço, e somente 3,3% dos compradores se sentiram de alguma forma lesados nesta questão. Não se pode deixar de levar em conta que mais de 23% disseram que apenas parcialmente foram cumpridas as promessas em relação a esse fator. Reforçando essas posições, a média ponderada deste resultado alcançou 3,63. As promessas em relação ao projeto como podem observar também estão sendo atendidas, mas 44% dos clientes alegam que as promessas estão sendo atendidas parcialmente ou quase nada. Este número deixa clara a necessidade de entender o que estes clientes esperam do projeto, ou o que foi vendido para eles, pois este com certeza é um ponto que afeta diretamente a satisfação do cliente, e como já se observou anteriormente, um dos maiores influenciadores na compra dos lotes são os amigos, caso os clientes não estejam satisfeitos não vão indicar a seus amigos e o que pode ser pior, acabam fazendo uma propaganda negativa do empreendimento. Mas o ponto de maior atenção é o prazo da obra, pois 56,7% dos clientes alegam que as promessas em relação a obra estão sendo atendidas parcialmente, quase nenhuma ou nenhuma. Cabe aqui um estudo detalhado da G. Laffitte para entender estes atrasos e explicar os reais motivos aos seus clientes, uma das soluções seria propor novos prazos para obra e criar um boletim de 87 acompanhamento. Desta forma os clientes terão maiores informações de como anda o projeto, e serão lembrados de tempos em tempos reforçando esta parceria, que acabará rendendo indicações no futuro. Para finalizar a pesquisa perguntou-se aos clientes se eles indicariam o empreendimento a um amigo, e o resultado, apesar das indicações anteriores, foi extremamente positivo, pois como pode ser visualizado no Gráfico 10, 91% dos clientes indicariam o empreendimento. Desta forma fica nítido o quanto é importante começar a estruturar um trabalho forte de pós venda para manter os clientes como “corretores” do empreendimento. Indicação 37,8% 27,8% 25,6% 5,6% 1,1% Certamente Provavelmente Talvez sim sim Provavelmente não Não 2,2% Talvez não Gráfico 10: Indicação do empreendimento a um amigo. Fonte : Dados da pesquisa. Após analisar as ações de marketing implantadas, a avaliação dos resultados comerciais alcançados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas e a avaliação da satisfação dos compradores captados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas concluí-se que será necessário investir agora o que não foi investido em planejamento no início do projeto, além de elaborar um plano de relacionamento com os atuais compradores, mas isto será posicionado de forma mais detalhada nas considerações finais. 88 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o mercado cada vez mais competitivo, o planejamento para o lançamento de um novo produto, incluindo uma análise de cenário e um planejamento de ações de comunicação torna-se fundamental para sustentar o produto no mercado e criar a imagem esperada do mesmo tornando-o assim mais competitivo no segmento. O controle e a análise de todas as etapas do processo também são fundamentais para o sucesso, pois caso seja necessário é possível fazer correções do planejamento inicial. Consciente desta importância, esse trabalho se propôs a analisar os resultados das ações de comunicação de marketing implementadas no lançamento do Condomínio Caledônia Private Village. A partir do momento que se avalia o que foi feito, pode-se constatar relevantes elementos que contribuirão com a melhoria contínua dos processos, inclusive aqueles relativos ao cliente e a comunicação. Para que se pudesse chegar a esse propósito, analisou-se as ações de marketing já implantadas no lançamento do empreendimento, os resultados comerciais alcançados com as estratégias de comunicação de marketing e a satisfação dos compradores captados com as estratégias de comunicação de marketing implementadas e o próprio empreendimento. No momento do lançamento do condomínio as ações de marketing foram focalizadas na micro-região onde está inserido o empreendimento, desta forma tomou corpo e foi relevante no meio imobiliário, tinha na campanha de lançamento o conceito de “liberdade” bem definido, sugerindo o projeto como uma opção de moradia no campo próximo a praia. Através de coquetéis na sede do empreendimento as empresas do segmento, bem como potenciais clientes conheceram todo o projeto. Neste momento as ações de comunicação como maquetes, site, folders e outdoors foram apresentados aos possíveis corretores de imóveis e consumidores, mas infelizmente os objetivos com a agência de comunicação não foram atingidos e logo após o lançamento a agência foi trocada, e com isso todas as ações de comunicação do empreendimento também tiveram seu foco alterado. A nova agência trazia consigo o desafio de aumentar as vendas e lançar uma estratégia imediata de ataque, pois logo começaria a alta 89 temporada de verão e o objetivo era aproveitar o público que se encontrava na cidade vizinha, moradores de outras cidades e estados. Na nova estratégia ganha força o conceito “Vale dos Condomínios” e o condomínio começa a se caracterizar como um bom investimento no mercado imobiliário para revenda no futuro. Os corretores de imóveis passam a ter um papel fundamental, pois as ações de panfletagem, televisão, rádio, maquetes, entre outras direcionam os possíveis clientes para os 3 plantões de vendas instalados, 2 em Balneário Camboriú/SC e 1 em Camboriú/SC na sede do condomínio, e os corretores tratam este cliente personalizadamente, entendendo o anseio de cada um, buscando satisfazer suas necessidades. Sem dúvida o projeto do Condomínio Caledônia Private Village é visionário, mas para que tenha o resultado esperado pela empresa será necessário começar a estruturação do começo, hoje o empreendimento já existe, mas em nenhum momento foi feito um planejamento detalhado para definição de público-alvo, estratégia de comunicação, tempo de retorno sobre o investimento; e isto se torna factual quando se analisa os resultados alcançados com as ações de comunicação e marketing do lançamento. Como não existe para o empreendimento o planejamento para ações de comunicação e marketing que o condomínio continuará a ter, isto se torna totalmente necessário, sabendo que ainda restam mais de 88% dos lotes para serem vendidos. Com um custo médio de comunicação de R$ 3.972,11 por lote sabe-se que o desafio será bastante grande, pois é necessário aumentar as vendas e ainda criar um cronograma de investimento em mídia constante e direcionado, pois se não for desta forma o custo ficará muito alto, sendo que um dos desafios da empresa é reduzir o custo com comunicação. Constatou-se na pesquisa que todos os compradores tiveram contato com mais de três ações diferentes até chegarem ao plantão de vendas, e isto mostra o quão é importante a diversificação na definição da estratégia de comunicação. É importante levar em consideração também que parte dos compradores não consegue ver nas mensagens e imagens divulgadas nas ações de comunicação a realidade do empreendimento, desta forma o primeiro passo para a empresa será definir qual é conceito do Caledônia Private Village e como será comunicado para o seu público-alvo, através de quais ações. 90 Diante disto, conclui-se que todo o esforço de comunicação utilizado no lançamento do Caledônia Private Village foi útil para o conhecimento do empreendimento na região, mas ainda está muito aquém do necessário para que se tenha um volume de vendas considerável e um conceito consistente no mercado. Este cenário se deve principalmente, pois a empresa cometeu o erro de primeiro ter um produto e depois olhar para mercado, poderia dizer inclusive que a empresa é orientada para vendas, ou seja, como não olhou primeiro para o mercado, não construiu uma oferta a partir das necessidades e desejos do mercado e sim para sua própria satisfação, ou melhor dizendo, para realizar o sonho dos proprietários que era ter um empreendimento de alto padrão. Desta forma terá que desenvolver um grande esforço de convencimento através de um investimento de comunicação de longo prazo e que deve ser sustentado ininterruptamente, sensibilizando o público-alvo a desejar possuir um lote no empreendimento. Considerando todas as análises feitas neste trabalho chega-se a conclusão que considerando a falta de planejamento para ações ocorridas, a troca de foco de comunicação por duas vezes em um período de 6 meses, as ações de comunicação de marketing implementadas no lançamento do Caledônia Private Village foram satisfatórias, mais ainda muito aquém do esperado pela empresa. Refletindo essas considerações, sugere-se a G. Laffitte, além das ações para os possíveis consumidores, estruturar também uma comunicação com os clientes do empreendimento, podendo ser através de um e-mailmarketing informativo colocando-os a par do andamento das obras, da liberação das novas áreas, enfim todas as informações que são pertinentes criando assim um relacionamento mais estreito e aumentando o índice de satisfação dos mesmos com a compra, pois como pode-se observar, os únicos pontos que ainda estão sendo considerado na pósvendas são em relação aos prazos prometidos. Um dos focos da empresa foi ter uma equipe própria de engenheiros e arquitetos que sustentem todos os seus empreendimentos, uma sugestão é de que a empresa também tenha uma equipe de marketing exclusiva, que acompanharia todo o desenvolvimento dos produtos e as ações para eles propostas evitando assim a rotatividade de agências que dão suporte ao empreendimento, que acabam prejudicando o sucesso dos mesmo. Por fim, recomendo que a G. Laffitte Empreendimentos Imobiliários adote as propostas sugeridas neste trabalho, se adequando a um planejamento estruturado 91 em longo prazo, pois o sucesso deste empreendimento é um dos objetivos da empresa além de auxiliar no desenvolvimento da cidade onde está inserido. Destaco ainda a importância deste trabalho para a Administração, pois na região de Camboriú/SC este é um empreendimento inovador não tendo sido estudado em nenhuma ocasião anterior. Para o acadêmico foi de fundamental importância poder usar no dia a dia os conceitos aprendidos durante o curso. Uma sugestão de novos trabalhos é o estudo de “condomínios residenciais resorts”, pois é um tema pouco estudado até o momento e uma tendência no mercado imobiliário. 92 REFERÊNCIA AAKER, D., KUMAR, V. e DAY, G. Pesquisa de Marketing. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. AMARAL, L. Marketing Mix – 4P’s, C’s e A’s. São Paulo, jul. Disponível em: http://lucioamaral.blogspot.com/2006/07/marketing-mix-4-ps-cs-as.html. Acessado em 29/11/09. BARBETTA, P. A.. Estatística aplicada às Ciências Sociais. 3. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1999. BONNE, L. e KURTZ, D. L. Marketing contemporâneo. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora SA, 1998. CHURCHILL, G. A. Jr. e PETER, J. P. Marketing, Criando valor para os clientes. 2ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2003. CIDES, S. Introdução ao Marketing: princípios e aplicações para micros e pequenas empresas. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 1997. COBRA, M. Administração de marketing. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1992. COBRA, M. Marketing competitivo. São Paulo: Atlas, 1993. COBRA, M. e RIBEIRO, A. Marketing: magia e sedução. 1ª ed. São Paulo: Editora Cobra, 2000. COSTA, N. P. Marketing para empreendedores: um guia para montar e manter um negócio. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 2003. CZINKOTA, M. ... [et all]. Marketing as melhores práticas. 1ª ed. São Paulo: Bookman Companhia Editora, 2001. DIAS, S. Gestão de Marketing. 1ª Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2004. FERREL, O. C.; HARTLINE, M. D.; LUCAS JR, G. H.; LOCK, D. Estratégias de marketing. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. GASPAR, M. O que vamos ganhar com o juro baixo. Revista Exame, Rio de Janeiro, jun. 0945, Economia. Disponível em http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0945/economia/vamosganhar-juro-baixo-476588.html. Acessado em 07/09/09. GIMENEZ, F. A. P. O estrategista na pequena empresa. 1ª ed. Maringá: UEM, 2000. GOMES, N. e NASSAR, P. A comunicação de pequena empresa: comunicação e venda. 5ª ed. São Paulo: Globo, 2001. 93 GONÇALVES, H. F. e ROXO F. V. Estratégia empresarial: o que é?, Mai, 2001. Disponível em: http://www.iapmei.pt/iapmei-art-03.php?id=299. Acessado em 22/10/09. GORDON, I. Marketing de relacionamento: Estratégias, Técnicas e Tecnologia para conquistar clientes e mantê-los para sempre. São Paulo: Futura, 2000. HAIR Jr, J., BABIN, B., MONEY, A. e SAMOUEL, P. Fundamentos de Métodos de Pesquisa em Administração. Porto Alegre: Bookman, 2005. HOOLEY, G. J., PIERCY, N. F. e SAUNDERS J. A. Estratégia de Marketing e Posicionamento Competitivo. 3ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008. KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, P. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. 10ª ed. São Paulo: Futura, 2001. KOTLER, P. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 3ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. KOTLER, P. e ARMSTRONG, G. Introdução ao marketing. 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora SA, 1997. __________________________. Princípios de marketing. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora SA, 1998. __________________________. Princípios de marketing. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora SA, 1999. __________________________. Princípios de marketing. 9ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. KOTLER, P. e KELLER, K. Administração de Marketing. 12ª Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. São Paulo: Atlas, 1997. _______________. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1999. _______________. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. MATTAR, F. N. Pesquisa de Marketing. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. ____________. Pesquisa de Marketing. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1996. ____________. Pesquisa de Marketing: metodologia e planejamento. São Paulo: Atlas, 1997. 94 MCKENNA, R. Competindo em tempo real: Estratégias vencedoras para a era do cliente nunca satisfeito. 3ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998. MIRANDA, B., Método Quantitativo versus método qualitativo. Curitiba, jun, 2008. Disponível em: http://adrodomus.blogspot.com/2008/06/mtodo-quantitativo-versusmtodo.html. Acessado em 03/12/2009. MOORE, K. e PAREEK, N. Marketing.1ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2008. NAPOLITANO, G. e SALGADO, E. Uma aposta popular. Revista Exame, Rio de Janeiro, mai. 0944, Finanças. Disponível em: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0944/finanças/ aposta-popular473216.html. Acessado em 21/09/09. OLIVEIRA, S. T. Ferramentas para o Aprimoramento da Qualidade. São Paulo: Pioneira,1999. RICHARDSON, R. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1999. RICHERS, R. O que é Marketing?. 1ª ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1998. RICHERS, R. Marketing: uma visão brasileira. 4ª Ed. São Paulo: Negócio Editora, 2000. SIQUEIRA, A. Marketing Empresarial, Industrial e de Serviços. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. SOUZA, F. A. M. de. Marketing pleno. São Paulo: Makron Books, 1999. TREVELIM, I. R. O atual momento do mercado imobiliário brasileiro. Revista Pinheiro Neto. Brasília, set. 1977. Disponível em: http://www.pinheironeto.com.br/upload/tbpinheironetoartigo/pdf/250907155931anexo bi1977.pdf. Acessado em 07/09/09. 95 ANEXOS 96 Anexo A: Plano de Comunicação e Mídia – Zucco Publicidade PLANO DE COMUNICAÇÃO e MÍDIA | CALEDÔNIA | LANÇAMENTO 1. Produto – Caledônia Private Village 2. Mercado – Santa Catarina - Camboriú e região 3. Período – 6 meses Setembro 2008 / fevereiro 2009 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO A campanha será dividida em quatro fases. Essas etapas correspondem exatamente ao período de preparação, pré-lançamento, lançamento, sustentação e pós-venda. Fase 1- Teaser Essa fase do projeto de comunicação trata de criar a expectativa e prepara os prospectes para receber a mensagem principal da campanha. Criará rumores entre o TRADE imobiliário e os clientes finais gerando a necessidade de conhecer esse projeto. Nesta fase serão utilizadas mídias de massa e dirigida e assessoria de imprensa. Nesta fase o teor da comunicação será de “aguarde”, “expectativa”, não faça nenhum negócio imobiliário antes de conhecer o que vem por aí”. Fase 2 - Pré-Lançamento Esta fase consiste em abrirmos para o grande público e TRADE o que é o Caledônia. Como é o projeto, o que faz parte, os pacotes, mostrar as grandes vantagens estruturais. Apresentar os modelos em 3D, criar cartilhas didáticas sobre o projeto e ainda criar uma expectativa de que os valores cobrados por ele serão muito abaixo dos praticados pelo mercado convencional. Em resumo, apresentar o que é o Caledônia e gerar uma expectativa muito grande sobre os valores. Trabalhar com assessoria de imprensa e mídias dirigidas para gerar rumores positivos sobre o condomínio e também uma expectativa muito grande de que vai custar barato. Ainda nesta fase lançaremos chamadas estratégicas dizendo que essa maravilha dos condomínios é possível de ser adquirida pela classe A-/B+/B-. Você vai poder comprar. 97 Para esta fase serão utilizadas novamente Assessoria de Imprensa, Mídias de massa e dirigidas. Fase 3 - Lançamento Esta fase difere da anterior apenas no foco em que terá. Agora que já foi apresentado o projeto, que tanto o TRADE como os consumidores finais já sabem do que se trata, abordaremos o “MOT” PREÇO. Nesta fase continuaremos mostrando os benefícios e vantagens de se morar ou adquirir um lote do condomínio mas atrelando isso a valores. Mostrar o quanto pode ser barato e fácil morar em um condomínio do padrão do Caledônia. As peças terão valores médios, taxas de financiamento, apresentarão ofertas incríveis de compra. Isso trará a sensação de recompensa pela espera e pela expectativa gerada pelas fases anteriores. Nesta fase utilizaremos mídia de massa, dirigida, assessoria de imprensa, ações promocionais, ações de PDV. Fase 4 - Sutentação Agora que o condomínio já está efetivamente lançado, que já tem os seus primeiros compradores, que os prospectes potenciais já estão se transformando em clientes efetivos e a população já tem uma grande noção do que é o Caledônia Private Village temos duas possibilidades a seguir. A primeira é avaliando o resultado de vendas. Se for bastante satisfatório trabalharemos mostrando através de testemunhais de compradores a satisfação da compra, fazendo assim a venda do saldo dos lotes através da mostra dos números positivos. Ex.: 70% dos lotes vendidos em menos de um mês, isso prova a credibilidade e a qualidade do Caledônia Private Village. Dando um feedback das vendas para o público e mostrando o valor das empresas que criaram esse projeto. A segunda possibilidade é avaliando o resultado de vendas e ele ainda não sendo satisfatório. Nessa possibilidade manteremos a campanha de lançamento, mas também criando um sentido de urgência atentando para a liquidação das últimas unidades. PLANO DE MÍDIA MIDIA EXTERNA Outdoor Sempre que um produto ou serviço necessite ser anunciado com uma grande dose de impacto, o outdoor é um dos meios mais lembrados. Sendo um meio que participa diretamente da paisagem urbana (e conseqüentemente no cotidiano das pessoas), e com as proporções ampliadas que possui, o outdoor está diretamente relacionado com o conceito de impacto da comunicação, proporcionando leitura rápida e fácil assimilação da mensagem. É importante lembrar que quanto mais simples for a mensagem, mais ela será bem recebida e entendida. 98 O outdoor consegue comunicar uma mensagem de maneira praticamente instantânea. Através de uma colagem bem planejada, pode-se cobrir toda uma cidade do dia para a noite, aumentando-se ainda mais o já citado impacto da comunicação. Sugerimos a confecção de 10 lonas para outdoor. Por serem lonas podem assumir um caráter itinerante e serem aplicadas em diversas cidades por um longo período dividido em bi-semanas. CIDADES PERÍODO* (bi-semanas) NÚMERO DE PONTOS Camboriú 3 bi-semanas 4 Balneário Camboriú 3 bi-semanas 4 Itajaí 3 bi-semanas 10 Brusque 3 bi-semanas 8 Blumenau 3 bi-semanas 10 *total de bi-semanas no período total da campanha com duração de 6 meses – Valor total do investimento em produção – R$ 25.731,00 Valor total do investimento em veiculação – R$ 42.000,00 Placas de BR Placas com estrutura e lona impressa, fixas em locais pré-determinados. Serão 2 Fronts. Os que estão liberados seguem abaixo: 1 - Front Light sito à Br 101, km 134, sentido Baln. Camboriú/ Itapema Formato: 10 x 04 99 2 - Front Light sito à Br 101, km 134, sentido Baln. Camboriú/ Florianópolis Formato: 10 x 4 Valor total do investimento em produção – R$ 3.120,00 Valor de investimento em veiculação/mês – R$ 4.400,00 Valor de investimento em veiculação (6 meses) – R$ 26.400,00 *contrato mínimo de 1 ano. MÍDIA IMPRESSA Por meio do jornal, que é uma mídia de alta credibilidade, é possível se posicionar para um público mais crítico e qualificado. Diferentes meios, entre eles o Jornal, contribuem no processo de comunicação, trazendo: Recall Desejo Persuasão Confiança Experimentação Satisfação Lealdade Credibilidade No momento de decisão de compra o consumidor opta pelo produto/serviço que está qualificado em sua escolha pessoal, como a melhor compra. Para que isto ocorra a marca deve manter-se presente na mente do consumidor, através da mídia é possível fortalecer e torna-la conhecida. É importante aqui utilizar os jornais com os quais o cliente já possui negociações, que são: Jornal Atlântico, Jornal Expresso e Folha Turismo. Além dos veículos já programados optamos pelos três jornais mais fortes do estado no meio, garantindo assim a fidelização dos clientes. 100 São eles: Diário Catarinense, A Notícia e o Jornal de Santa Catarina. Assim cobrimos o estado de Santa Catarina atingindo capital, norte e vale-do-itajai onde acreditamos estar o maior foco de interessados. DIÁRIO CATARINENSE O Diário Catarinense é líder absoluto em Santa Catarina com 774.002 leitores. É um veículo que gera relacionamento com um público qualificado, exigente e formador de opinião, sendo a melhor escolha para atingir o target. Sugestão de veiculação: Produto: 6 anúncios indeterminados Dias úteis - COR Formato: Página (5colx35cm) Período: 6 meses (1 por mês) JORNAL DE SANTA CATARINA O Santa é, indiscutivelmente, o mais lido no Vale. Sediado em Blumenau, é líder absoluto, com mais de 277 mil leitores habituais diários na região dos Vales e mais de 136 mil leitores habituais diários em sua cidade sede. Atinge um grande e diversificado público, por meio de um amplo conteúdo, publicando notícias e matérias da Região dos Vales, do país e do mundo. Contando 101 com a participação de colunistas conhecidos e renomados, como Moacir Pereira, Valther Ostermann, Cao Hering, Neusa Manzke, Martha Medeiros, Paulo Coelho, entre outros. Sugestão de veiculação Produto: 21 anúncios indeterminados Dias úteis - COR Formato: 3 Páginas (5colx35cm) Formato: 18 ½ páginas (5colx17,1cm) Período: 9 meses (7 por mês) A NOTÍCIA A Notícia é o jornal líder absoluto em Joinville e na região Norte de Santa Catarina. Além disso, tem forte presença estadual, com circulação em 81% dos municípios catarinenses e 393.814 leitores. É também um dos mais tradicionais jornais de Santa Catarina, com 84 anos de atividade. Perfil do Público CLASSE SOCIAL: A/B: 40%; C: 44%; D/E : 16% SEXO: MASC: 49%; FEM: 51% FAIXA ETÁRIA: 10 a 24 anos: 34% 25 a 39 anos: 35% 40 a 50 anos: 15% 50 anos ou + : 16% Sugestão de veiculação Produto: 21 anúncios indeterminados Dias úteis - COR Formato: 3 Páginas (6colx52cm) Formato: 12 ½ páginas (6colx26cm) Período: 6 meses (7 por mês) 102 DIÁRIO CATARINENSE JORNAL DE SANTA CATARINA A NOTÍCIA 1ªsem 2ªsem 3ªsem 4ªsem 1ªsem 2ªsem 3ªsem 4ªsem 1ªsem 2ªsem 3ªsem 4ªsem JULHO AGOSTO 1 pag 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1 pag 1/2pag 1pag 1/2pag 1pag OUTUBRO 1pag NOVEMBRO TOTAL 1/2pag 1pag SETEMBRO DEZEMBRO 1pag 1/2pag 1/2pag 1pag 1/2pag 1pag 1/2pag 1pag 1/2pag 6 anúncios VEÍCULO 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1pag 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1/2pag 1 pag 1/2pag 15 anúncios VALOR TABELA 15 anúncios DC 6 anúncios (5col x 35cm) JSC 3 anúncios (5col x 35cm) 12 anúncios (5col x 17,1cm) AN 3 anúncios (6col x 52cm) 12 anúncios (6col x 26cm) R$ 68250,00 VALOR NEGOCIADO R$ 40950,00 R$ 45231,08 R$ 27138,65 R$ 125146,28 R$ 75087,77 VALOR TOTAL R$ 238627,36 R$ 143176,42 MIDIA ELETRÔNICA TV A televisão e o cinema são meios publicitários audiovisuais, isto é, que ao mesmo tempo oferecem imagem, cor, movimento, voz, música e texto escrito. Está demonstrado que, ao intervirem ao mesmo tempo o sentido da visão e da audição, a mensagem que recebem se transforma em imagem quase indelével. Assim, recordamos 20% daquilo que ouvimos, 40% daquilo que vemos e 60% daquilo que vemos e ouvimos ao mesmo tempo. Estima-se que 35 milhões de lares brasileiros possuam televisão, posicionando o mercado brasileiro como um dos maiores do mundo. Alimenta a maior penetração entre a população brasileira, resultando em ótima performance em praticamente todos os tipos de propaganda. Dados (Mídia Dados 2000) pelo Grupo de Mídia de SP. 103 RBS TV Afiliada à Rede Globo, a RBS TV tem ampla penetração no estado e é reconhecida por sua qualidade de programação. É uma emissora com programação local e nacional que caracteriza-se pela alta audiência. Tem boa identificação com o público e traz o melhor custo benefício para a campanha. Médias de Audiência e Informações IA SH% Município Habitantes Domicílios Telespectadores s atingidos Potenciais 24 58 56 1404321 434151 1385604 Municípios cobertos: Agrolândia, Agronômica, Apiúna, Ascurra,Atalanta, Aurora, Balneário Camboriú, BeneditoNovo, Blumenau, Bombinhas, Botuverá, Braçodo Trombudo, Brusque, Camboriú, Canelinha,Chapadão do Lageado, Dona Emma, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Ibirama, Ilhota,Imbuia, Indaial, Itajaí, Itapema, Ituporanga,José Boiteux, Laurentino, Lontras, Luiz Alves,Mirim Doce, Navegantes, Nova Trento, OtacílioCosta, Palmeira, Penha, Petrolândia, Pomerode,Porto Belo, Pouso Redondo, Presidente Getúlio,Presidente Nereu, Rio do Campo, Rio do Oeste,Rio do Sul, Rio dos Cedros, Rodeio, Salete, SãoJoão Batista, Taió, Timbó, Trombudo Central,Vidal Ramos, Vítor Meireles, Witmarsum. Nossa sugestão é fazer Patrocínio no Programa ESTÚDIO SANTA CATARINA | Domingo, 23h Tem gente que não dorme sem assistir ao Estúdio SC. As revistas eletrônicas semanais dos catarinenses são simplesmente imperdíveis. Perfeitas para encerrar o fim de semana com arte, cultura, temas inusitados em reportagens exclusivas, denúncias, alertas e notícias da região e do Brasil. A interatividade com o telespectador também garantiu uma impressionante audiência nos últimos anos, através de votações e enquetes do Teleopinião. SC1 I.A. 24 Share 54% Aproveitamento Comercial: 30 chamadas/mês (no mínimo) Abertura e encerramento + 1 comercial 30” por programa (ou 2 de 15”) Valor do investimento em veiculação/mês – R$ 7.440,00 Valor total do investimento em veiculação – R$ 22.320,00* Produção de Vt 30” + assinatura – R$ 3.000,00 *contrato 3 meses 104 TV Panorama É importante manter o vínculo com a mídia local, sendo a TV Panorama a mais indicada. O cliente possui negociação, mas até o presente momento a emissora não nos encaminhou. RÁDIO O rádio é um meio de comunicação extraordinariamente ágil, que permite transmitir as mensagens da forma mais oportuna. Ele acompanha as pessoas enquanto realizam outras atividades, como trabalhar, estudar ou dirigir. É capaz de se integrar ao mundo de cada ouvinte, potenciando sua imaginação e pode, além disso, popularizar os jingles com mais rapidez do que a televisão e por menos dinheiro. Os custos de produção são econômicos, comparados com os de outros meios de comunicação, e por isso podem ser dadas mais mensagens publicitárias diferentes, dentro de cada campanha. 90% dos lares brasileiros possuem rádio. Isso sem contar os chamados rádios móveis, rádios no local do trabalho, etc. É considerado um "veículo de fundo". Na maioria das vezes a pessoa está fazendo outra coisa e ouvindo rádio ao mesmo tempo. Dificilmente ouvir rádio simplesmente é a atividade principal. O cliente já possui contratos com duas rádios, o que é interessante que se mantenha. As rádios são Camboriú e Menina. RADIO CAMBORIÚ 7h às 9h – PROGRAMA OLHO VIVO NA NOTÍCIA - com JB D´Ávila. PERFIL: Jornalismo dinâmico com intervenções das unidades móveis, boletins, manchetes, entrevistas ao vivo no estúdio e de diversos locais. 13h às 14h – PROGRAMA EM DEBATE - com Nenito Costa PERFIL: Programa de debates sobre temas atuais, relacionados aos mais diferentes segmentos da sociedade. São inserções testemunhais de 30”, com divulgação do Loteamento Santa Regina 6, sendo 03 vezes no programa Olho Vivo na Notícia e 02 vezes no 105 Programa Em Debate, totalizando 05 inserções diárias de segunda à sextafeira. O valor mensal líquido é de R$- 800,00 (oitocentos reais). *Contrato válido por 12 meses. QUIOSQUE SHOPPING A sugestão é que a G. Laffitte faça ações nos dois principais shoppings da região, nas cidades de Balneário Camboriú e Blumenau. A escolha das cidades fica bastante óbvia quando se analisa as datas em que os quiosques ficarão montados. Essa ação atrai a atenção do público em potencial. Para isso será preciso desenvolver um quiosque padrão, que será usado nos dois shoppings. O valor do investimento para produção desse material pode variar, mas faremos uma previsão de custo. Valor de investimento em produção – R$ 15.000,00 Blumenau – Shopping Neumarkt Período – 30 dias Mês – outubro Espaço 2: Piso térreo – Quiosque Q-3B Área: 9m² Prazo contratual: 30 dias Valor do aluguel mensal: R$ 4.500,00 Despesas Comuns mensal: R$ 552,60 (Condomínio, Fundo de Promoções, IPTU e Seguro). Balneário Camboriú – Balneário Camboriú Shopping Período – 30 dias Mês – julho Quiosque Q- 16 Área: 9m² Prazo contratual: 30 dias Valor do aluguel mensal: R$ 5.000,00 Despesas Comuns mensal: R$ 552,60 (Condomínio, Fundo de Promoções, IPTU e Seguro). 106 NEWS PAPPER Material que irá complementar a ação dos quiosques. A sugestão é fazer um jornal, com informações do empreendimento e da cidade de Camboriú. Com periodicidade bimestral, ou seja, no total da campanha serão 3 informativos. Form.aberto: 42x29.7cm 4x4 cores (CMYK) Couche Fosco 170g. Quantidade – 30.000 Valor do investimento por News – R$ 5.400,00 Valor total do investimento – R$ 16.200,00 HOT SITE O Hot Site é bastante usado para os anunciantes que não possuem um site mas desejam inserir sua empresa na internet com eficiência e economia. Composto de até três páginas o Hot Site permite a inclusão de fotos e textos. Nosso hot site será planejado para apresentar e destacar o “Caledônia”. Normalmente é inserido em Hotspots (Espaços estratégicos para publicidade e banners) de grandes sites ou portais. Usualmente os hotsites possuem tempo de vida útil determinado, ligado à duração da ação mercadológica, como lançamento de produtos, eventos, novas edições de produtos ou serviços. Valor do investimento – R$ 2.500,00 AÇÃO PROMOCIONAL/MARKETING DE GUERRILHA* Durante os meses de campanha serão feitas ações direcionadas ao públicoalvo, em bares e restaurantes, com a distribuição de brindes. Investimento em produção de material (uniformes) – R$ 240,00 Investimento em produção de brindes (a definir) – R$ 8.000,00 *cachê não incluso ASSESSORIA DE IMPRENSA O papel da assessoria de imprensa é administrar as informações jornalísticas do cliente e divulgá-las junto à imprensa, assim como acompanhar o fluxo de informações divulgadas pela mídia. As atividades da assessoria de imprensa são imprescindíveis para a estratégia de comunicação do cliente. Atenção ao mercado, aos veículos de comunicação e as necessidades do cliente, com agilidade e experiência, garantem bom resultado de comunicação. A assessoria de imprensa deve intermediar a relação do cliente com os veículos de comunicação, sejam eles jornais, revistas, televisão, rádios. Este trabalho envolve informar sobre a empresa e suas ações. Trabalhar em parceria com o assessorado, firmando uma relação próxima, torna-se fundamental para o andamento do trabalho, para que todas as necessidades, 107 interesses, precauções e exigências fiquem bem claras. É papel da assessoria também destacar possíveis pautas, que às vezes parecem informações não relevantes para o cliente, em conversas constantes. Caso haja repercussão de informações negativas, a assessoria minimiza as informações e posiciona a empresa da melhor maneira possível. Ações da assessoria de imprensa: Criação e distribuição para a imprensa de press releases / press kits; Planejamento de ações para divulgação da empresa; Divulgação da marca em todo o Brasil e de eventos realizados pela marca; Conceituação e divulgação de lançamentos; Fortalecimento da marca perante os formadores de opinião e público consumidor; Produção, redação e distribuição de pautas, releases, matérias, reportagens, artigos para a imprensa; Produção e distribuição de artigos exclusivos assinados pela diretoria da empresa; Divulgação de parcerias realizadas pela marca; Organização de coletivas de imprensa quando necessário; Produção de relatório do trabalho realizado; Acompanhamento dos aproveitamentos de mídia; Produção de clipping do material publicado na mídia; Divulgação dos lançamentos de coleções; Identificação de ações de comunicação que agreguem conceito à marca; Relatório mensal das ações realizadas. As ações acima citadas serão realizadas mensalmente em parceria com a diretoria da empresa. Para que o trabalho alcance os resultados buscados é necessário que a empresa traga todas as informações necessárias para o desenvolvimento da proposta. Para suprir as ações que envolvem criação publicitária, como a criação de material de vendas e campanhas, a Catarina Comunicação de Moda trabalhará em parceria com um profissional capacitado da área – diretor de arte – para o desenvolvimento dos jobs específicos. As ações necessárias serão orçadas e repassadas para a aprovação da diretoria. Realizar o trabalho desta forma cria uma unidade de trabalho e de identidade da empresa perante o mercado. Além de facilitar a comunicação entre diretoria, departamento de marketing e comunicação, gerando mais eficiência no trabalho, esta forma de trabalho minimiza os investimentos, já que as agências de publicidade trabalham com valores que nem sempre a empresa está disposta a investir. Investimento mensal de assessoria de imprensa – R$ 1.500,00** *contrato para 6 meses **Não estão incluídos neste orçamento custos com viagens para fora do estado de Santa Catarina, alimentação, impressões especiais, vídeos, correios, clippings televisivos, e entregas especiais. Nestes casos, as despesas devem ser previamente autorizadas pela direção da marca. 108 DISTRIBUIÇÃO E PERÍODO MEIOS SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO Outdoor Front Jornal TV Rádio Ação Assessoria RESUMO FINANCEIRO Mídia Produção Outdoor R$ 25731,00 R$ 42000,00 R$ 67731,00 R$ 3120,00 R$ 26400,00 R$ 29520,00 Front Jornal Tv Veiculação Total R$ 143176,42 R$ 143176,42 R$ 3000,00 R$ 22320,00 R$ 25320,00 R$ 27000,00 R$ 27000,00 Rádio R$ 4800,00 R$ 4800,00 Total R$ 31851,00 R$ 265696,42 R$ 297547,42 Revista Veja No mídia Ação em Quiosques R$ 46000,00 Ação de blitz R$ 8240,00 Hotsite R$ 2500,00 Assessoria de Imprensa R$ 9000,00 Total TOTAL GERAL R$ 65740,00 R$ 363287,42 109 Anexo B: Folder do Caledônia Private Village 110 Anexo C: Site do empreendimento Caledônia Private Village 111 APÊNDICE 112 Apêndice A: Questionário QUESTIONÁRIO 1) Nome:_____________________________________________________________________________ 2) Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino 3) Idade ( ) Menos de 18 anos ( ) 19 a 25 anos ( ) 26 a 32 anos ( ) 33 a 39 anos ( ) 40 a 46 anos ( ) 47 a 53 anos ( ) 54 a 60 anos ( ) 61 a 67 anos ( ) 68 ou mais anos 4) Cidade onde mora:____________________________ 5) Estado: ___________________________ 6) Renda média familiar mensal: ( )R$ 1.000,00 a R$ 3.000,00 ( )R$ 3.001,00 a R$ 5.000,00 ( )R$ 5.001,00 a R$ 7.000,00 ( ) R$ 7.001,00 a R$ 9.000,00 ( )R$ 9.001,00 a R$ 11.000,00 ( )R$11.001,00 a R$ 13.000,00 ( ) mais de R$ 13.001,00 7) Como ficou sabendo do Caledônia Private Village? (Pode ser registradas várias alternativas). ( ) Outdoor / Front Light ( ) TV ( ) Rádio ( ) Plantão de Vendas ( ) Panfletos ( ) Site ( ) Maquete/shopping/Big ( ) Amigos ( ) Jornal impresso ( ) Revistas ( ) Guias informativos ( ) Outros_______ 8) Destes, qual você acredita que mais lhe influenciou para buscar informações sobre o Caledônia Private Village? (Resposta única) ( ) Outdoor / Front Light ( ) TV ( ) Rádio ( ) Plantão de Vendas ( ) Panfletos ( ) Site ( ) Maquete/shopping/Big ( ) Amigos ( ) Jornal impresso ( ) Revistas ( ) Guias informativos ( ) Outros_______ 9) As atividades de comunicação (propaganda e atendimento dos corretores) desenvolvidas para o Caledônia o influenciaram no momento da compra? ( ) Sim ( ) Provavelmente sim ( ) Indiferente ( ) Provavelmente não ( ) Não 10) As imagens e mensagens veiculadas na divulgação do Caledônia Private Village representam em que intensidade a realidade do empreendimento? ( ) São totalmente adequadas ( ) São parcialmente adequadas ( ) Nem adequadas e nem inadequadas ( ) São parcialmente inadequadas ( ) São totalmente inadequadas 11) Qual o propósito de utilização do imóvel comprado? ( ) Investimento – para revenda ( ) Como segunda residência (casa de praia) ( ) Como segunda residência (campo) ( ) Como moradia principal ( ) Para presentear alguém ( ) Outros _________________ 12) O que mais lhe chamou a atenção no Projeto do Caledônia Private Village? ( ) Potencial de retorno do investimento ( ) Preço e Condições de Pagamento ( ) Localização ( ) Projeto ( ) Outros _________________________________________________________ 113 13) Em relação a sua satisfação pós-compra, como se sente em relação ao projeto do Caledônia Private Village? ( ) Totalmente satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Nem satisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Totalmente insatisfeito 14) As promessas feitas em relação ao preço no momento da venda estão sendo cumpridas? ( ) Totalmente ( ) Quase totalmente ( ) Parcialmente ( ) Quase nenhuma ( ) Nenhuma 15) As promessas feitas em relação ao projeto no momento da venda estão sendo cumpridas? ( ) Totalmente ( ) Quase totalmente ( ) Parcialmente ( ) Quase nenhuma ( ) Nenhuma 16) As promessas feitas em relação ao prazo da obra no momento da venda estão sendo cumpridas? ( ) Totalmente ( ) Quase totalmente ( ) Parcialmente ( ) Quase nenhuma ( ) Nenhuma 17) Você indicou ou indicaria o empreendimento para um amigo ou parente? ( ) Certamente ( ) Provavelmente sim ( )Talvez sim ( )Provavelmente não ( )Não ( )Talvez não