MOVIMENTOS SOCIAS O processo de construção da cidadania no Brasil e no mundo. A cidadania O conceito de cidadania está ligado à participação dos indivíduos na vida em sociedade. Refere-se aos direitos e deveres daqueles que compartilham a vida social. Sabemos que as sociedades são permeadas por relações de poder e desigualdades, existindo grupos de pessoas segregadas ou excluídas devido à sua etnia, gênero, grau de riqueza, status e etc. Esses grupos são constantemente alvo de preconceito, discriminação e, muitas vezes, violência. Esses grupos passam a ser caracterizados como Minorias sociais e para garantir seus direitos e reconhecimento unem-se nos chamados MOVIMENTOS SOCIAIS. Tipos de movimentos sociais Logo, os MOVIMENTOS SOCIAIS consistem em organizações de pessoas que lutam por direitos, que podem ser desde direitos das minorias até questões ambientais, através da pressão que fazem ao Estado brasileiro. Os grupos sociais atuam por meio de manifestações, abaixoassinado, paralização de rodovias e até ocupações. Há movimentos sociais urbanos e rurais, Movimento Feminista, Movimento Negro, Movimento Operário, Movimento Estudantil, Movimento Indígena, Movimento Ambientalista, Movimento LGBT, são alguns deles. A QUESTÃO FEMININA A luta pelos direitos das mulheres e a conquista do MOVIMENTO FEMINISTA ao longo da História. Sexo e gênero Sexo: relaciona-se às diferenças anatômicas entre homens e mulheres, ou seja, às características biológicas. Gênero: refere-se às diferenças psicológicas, sociais e culturais relacionadas às noções de masculinidade e feminilidade. As mulheres não tem a mesma natureza, tampouco se comportam da mesma forma em diferentes culturas e momentos. Diferenças biológicas contribuíram superioridade dos homens. para a crença na Existe uma identidade histórica e socialmente construída, na qual mulheres são aptas à vida doméstica, enquanto o homem é apto à vida pública. Devemos descontruir tal visão. O que é feminismo? Desmistificando a palavra feminismo - não se trata de um “machismo às avessas”, muito menos da ideia da superioridade da mulher em relação ao homem. Trata-se de um MOVIMENTO SOCIAL que luta pelo reconhecimento da necessidade de respeito às mulheres, bem como a necessidade da IGUALDADE DE DIREITOS entre mulheres e homens. Tem sua origem nas agitações iluministas do século XVIII. Quando os homens passaram a reivindicar seus direitos de igualdade jurídica e política (LIBERDADE E IGUALDADE), muitas mulheres despertaram para suas reivindicações, algumas delas chegaram a lutar na Revolução Francesa. Porém, uma das contradições do iluminismo está na ideia da inferioridade da mulher em relação ao homem. A primeira onda do feminismo Costuma-se definir como primeira onda o movimento feminista que, no final do século XIX e início do XX, reivindicava para as mulheres: direitos políticos (votar e ser eleita). direito a educação com currículos iguais aos homens. direito ao trabalho remunerado com salário igual por trabalho igual. A segunda onda do feminismo Segunda onda é o movimento iniciado a partir de meados de 1960, apresenta reivindicações referentes à(ao): Sexualidade (direito ao prazer) Corpo (direito ao aborto e contracepção) Violência (fim de todas as formas) Objetivo: lutar contra o preconceito, discriminação e opressão. Nessa época no Brasil, vivia-se sob regime militar, o que colocava grandes obstáculos à liberdade de expressão. Mesmo assim, grupos de mulheres aliaram-se à oposição e a militância feminista podia ser vista. O estupro na Universidade de Toronto Iniciou-se no Canadá um movimento em repúdio à agressão sofrida pela universitária Jaclyn Friedman. O fato causou polêmica com a atitude do policial que culpou a jovem por usar roupas “inadequadas”, “roupas de prostituta”, surgiu assim a SLUT WALK. No Brasil esse movimento de apoio às jovens vítimas de violência ganhou o nome de Marcha das vadias, tradução de SLUT WALK. No século XXI – A marcha das vadias e a superação da culpabilidade da mulher. Simone de Beauvoir Obra: O Segundo Sexo. Simone de Beauvoir (1908 - 1986) foi uma escritora, filósofa, ensaísta e feminista francesa. “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. “É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta” Alguns dados estatísticos no Brasil Entre 2009 e 2011: 16,9 mil feminicídios, ou seja, “mortes de mulheres por conflito de gênero”, especialmente em casos de agressão perpetrada por parceiros íntimos. (IPEA) 48% das mulheres agredidas no Brasil declaram que a violência aconteceu em sua própria residência. (IBGE) 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos. (Instituto Avon) A média de estupros por ano no Brasil é de 50 mil. (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Algumas conquistas femininas no Brasil 1927: O estado do RN foi o primeiro a permitir o voto feminino. 1932/1934: voto feminino - Brasil (GV). 1977: Lei do divórcio. 1985: primeira delegacia de atendimento especializado à mulher DEAM – SP. 1994 – primeira governadora mulher (Maranhão – Roseana Sarney). 2006: Lei Maria da Penha. 2011: Primeira Presidente Mulher (Dilma Roussef) 2015: Lei do Feminicídio.