O que é o Dandara? - grupo feminista cujas concepções políticas se originaram e se desenvolveram no campo da esquerda - auto-organização O que é o Dandara? Histórico do grupo - Formação política: dentro e fora da Faculdade de Direito - Dandara como parte do Movimento feminista O que é o Dandara? Extensão Universitária - 2008: SAJU – USP e as mulheres da Vila Itororó - 2009: Liga Maria da Penha no DJ XI de Agosto - 2009/2012: Promotoras Legais Populares • O que é o Dandara? Cotidiano do grupo Reuniões semanais Encontros de formação Realização de debates Organização de atos e manifestações políticas Atualmente: articulação sobre o grito do peru O que é o Curso das Promotoras Legais Populares? Histórico do curso - Projeto que existe há 17 anos em São Paulo, inspirado em outras experiências latino-americanas de educação em direitos com mulheres. - Maria Amélia Teles, da União de Mulheres de São Paulo, é militante feminista histórica e principal idealizadora e organizadora do curso em São Paulo. O que é o Curso das Promotoras Legais Populares? Dinâmica do curso - Duração de um ano, com encontros semanais. - Participam mulheres líderes comunitárias e de movimentos sociais, estudantes (em especial, de serviço social), donas de casa, funcionárias da rede pública, etc. - Cada encontro desenvolve uma problemática diferente, buscando tratar temas do Direito que apresentem relação direta com as vidas das mulheres. E onde entra o Coletivo Dandara? - Aproximação do projeto em 2009. - Tripé Ensino-Pesquisa-Extensão. - Relação de diálogo entre a universidade pública e a sociedade – relação de troca. - Aproximação das estudantes de Direito das bandeiras do movimento feminista e aprofundamento da leitura da realidade de opressão das mulheres. - Educação jurídica popular com recorte de gênero. Atividades desenvolvidas pelas estudantes participantes do projeto Participação nas aulas e oficinas Elaboração e aplicação de questionários e outras ferramentas de comunicação com as promotoras legais populares; Planejamento de oficinas e seminários (conteúdo, metodologia, preparação de materiais); Atividades desenvolvidas pelas estudantes participantes do projeto Pesquisas de outras fontes de aprendizado e sensibilização relativas ao temas dos encontros, como filmes;peças teatrais,etc. Participação nas reuniões de planejamento e avaliação das encontros. Tentativa de articulação da coordenação estadual das PLPs Concepções teóricas Feminismo marxista gênero-classe-raça -> relação de consubstancialidade gênero = lente “as relações sociais são consubstanciais, elas formam um nó que não pode ser desatado no nível das práticas sociais (...) ao se desenvolverem, as relações sociais de classe, gênero e ´raça´se reproduzem e se co-produzem mutuamente” Daniele Kergoat Concepções teóricas divisão sexual do trabalho -> base material da opressão “ A divisão sexual do trabalho é a forma de divisão do trabalho social decorrente das relações sociais de sexo; esta forma é adaptada historicamente e a cada sociedade. Ela tem por caracterísitcas a destinação prioritária dos homens à esfera produtiva e das mulheres à esfera reprodutiva e simultaneamente, a apreensão pelos homens das funções de forte valor social agregado” Daniele Kergoat Feminismo e Direito Brasil, 1960-1970 Militantes de esquerda Luta contra ditadura Clandestinidade Direito=repressão Feminismo e Direito Brasil, início 1980 Redemocratização Troca de experiências: exiladas + militantes populares direito=instrumento de transformação Feminismo e Direito Plano internacional, 1975-1985 ONU. Década da mulher. Fórum de debates e formulação Elaboração de diplomas normativos internacionais Feminismo e Direito Brasil, 1985-1995 Constituinte Lobby do batom Ratificação de instrumentos internacionais “onguização do movimento” Feminismo e Direito Brasil, 1995-2005 Hegemonia neoliberal Refluxo de mobilizações Tentativas de resistência Feminismo e Direito Brasil, 2006 Lei Maria da Penha antecedente: negociação na Comissão Interamericana de Direitos Humanos Feminismo e Direito desde então... desafio de concretização