O feminismo, o ENEM e o que todos nós temos a ver com isso Tamires Machismo e feminismo são coisas diferentes Machismo 1. Atitude ou comportamento de quem não aceita a igualdade de direitos para o homem e a mulher, sendo contrário, pois, ao feminismo. Feminismo 1. Movimento daqueles que preconizam a ampliação legal dos direitos civis e políticos da mulher, ou a equiparação dos seus direitos aos do homem. Breve história do feminismo É possível encontrar na historiografia dos séculos 15 e 18 o aparecimento de temas dedicados à denúncia da condição de opressão das mulheres. Porém, ainda não se pode atribuir aos mais variados escritos que surgiram nesse período o rótulo ou o conceito de "feminista".Os estudiosos do tema creditam à Revolução Francesa (1789) - baseados nos ideais do Iluminismo - o surgimento do feminismo moderno. Ao longo da história ocidental sempre houve mulheres que se rebelaram contra sua condição. A Inquisição da Igreja Católica foi implacável com qualquer mulher que desafiasse os princípios por ela pregados. Mas a chamada primeira onda do feminismo aconteceu a partir das últimas décadas do século XIX, quando as mulheres organizaram-se para lutar por seus direitos, como o direito ao voto. As suffraggetes, como ficaram conhecidas, promoveram grandes manifestações em Londres, foram presas várias vezes, fizeram greves de fome. Em 1913, na famosa corrida de cavalo em Derby, a feminista Emily Davison atirou-se à frente do cavalo do Rei, morrendo. O direito ao voto foi conquistado no Reino Unido em 1918. No Brasil, a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino foi uma organização que fez campanha pública pelo voto, enviando, em 1927, um abaixo-assinado ao Senado, pedindo voto às mulheres. Esse direito foi conquistado em 1932. Depois disso, o movimento perde um pouco de força, mas com a publicação em 1949 de O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, o assunto volta à tona. No livro, Beauvoir estabelece uma das máximas do feminismo: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. Simone de Beauvoir A filósofa francesa Simone de Beauvoir escreveu em O segundo sexo que, ao longo da história, o padrão de medida do que entendemos como humano — tanto na filosofia quanto na sociedade em geral — passa por uma visão peculiarmente masculina. Alguns filósofos foram explícitos em igualar a humanidade plena com a masculinidade. Outros não chegaram a tanto, mas empregaram o masculino como o padrão segundo o qual a humanidade deve ser julgada. Beauvoir se preocupava com a forma como as mulheres são julgadas como iguais apenas na medida em que agem como homens. Mesmo aquelas que escreveram pela igualdade das mulheres, disse Simone, o fizeram argumentando que a igualdade significa que as mulheres podem fazer o mesmo que os homens. Ela afirmou que essa ideia é equivocada, pois ignora o fato de que as mulheres e os homens são diferentes. Simone de Beauvoir tinha formação filosófica em fenomenologia, que é o estudo sobre como as coisas se manifestam à nossa volta. Essa visão sustenta que cada um de nós constrói o mundo a partir de nossa própria consciência: organizamos coisas e sentidos a partir do fluxo das nossas experiências. Simone sustentava que a relação que cada pessoa tem com seu próprio corpo, com os outros, com o mundo e com a filosofia é fortemente influenciada por seu gênero. Beauvoir também acreditava que nascemos sem objetivo e que devemos criar uma existência autêntica para nós mesmos, escolhendo o que queremos nos tornar. Ao aplicar essa ideia à noção de “mulher”, ela demandou a separação do biológico (a forma corporal com que nascem as mulheres) da feminilidade (que é uma construção social). Já que qualquer construção é aberta a mudança e interpretação, isso significa que existem várias maneiras de “ser mulher”. Simone disse que as mulheres devem se libertar tanto da ideia de que devem ser como os homens quando da passividade que a sociedade lhes atribuiu. Viver uma existência autêntica traz mais riscos que aceitar um papel transmitido pela sociedade, no entanto é o único caminho rumo à igualdade e à liberdade. Os vários mitos da mulher (mãe, esposa, virgem, símbolo da natureza etc.), afirma Simone de Beauvoir, aprisionaram as mulheres em ideais impossíveis ao mesmo tempo em que lhes recusaram seu “eu". No Brasil No ENEM 2015 O que é dissertação? A dissertação é é um texto que se caracteriza pela exposição e/ou defesa de uma ideia que será analisada e discutida a partir de determinado ponto de vista. Para tal defesa o autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, fatos e dados que utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas ideias. A dissertação geralmente se organiza assim: Introdução: o assunto que será discutido é apresentado por meio de uma ideia ou ponto de vista que o autor vai defender. Desenvolvimento: nessa fase as ideias do autor serão desenvolvidas e para isso, deve-se argumentar, fornecer dados e fornecer exemplos. Conclusão: é aqui que o autor deve “fechar" seu texto, concluí-lo. Ou seja, deve ser coerente de acordo com o que escreveu anteriormente. Em geral, a conclusão é uma retomada da ideia apresentada na introdução, agora com mais ênfase, de forma mais conclusiva, onde não deve aparecer nenhuma ideia nova. Então… A dissertação argumentativa implica a defesa de uma tese, com a finalidade de convencer ou tentar convencer alguém, demonstrando, por meio da evidência de provas consistentes, a superioridade de uma proposta sobre outras ou a relevância dela. A dissertação argumentativa deve abranger conceitos amplos. NÃO se deve empregar a primeira pessoa do singular em textos argumentativos, e sim a terceira: Notamos que grande parte dos brasileiros… Observa-se que uma parcela da população... O feminismo não é coisa de mulherzinha. É algo que diz respeito a todos nós. Elabore um texto dissertativo a respeito do tema proposto com no mínimo 15 linhas. Utilize os conceitos discutidos em sala de aula para defender sua opinião.