Métodos para a quantificação de proteínas Biotecnologia Prof. Priscilla Russo Proteínas Como estudar uma proteína? 1. Separá-la e purificá-la. 2. Determinar a sua massa molecular. 3. Determinar a sua composição e seqüência de aminoácidos. 4. Elucidar a sua estrutura tridimensional. 5. Caracterizá-la funcionalmente. Para separar proteínas • Utilizam-se diferenças nas propriedades físico-químicas das proteínas, resultantes das diferentes sequências de aa: – Tamanho – Solubilidade – Carga – Afinidade de ligação Técnicas de separação e purificação de proteínas: • Diálise, ultrafiltração, centrifugação, precipitação • Cromatografia de exclusão molecular • Cromatografia de troca iônica e da fase reversa • Cromatografia de afinidade • Eletroforese Princípio: diferente dimensão e forma molecular • Diálise • A solução contendo a proteína é colocada no interior do saco de diálise, que é imerso em um grande volume de solvente • Chega-se ao equilíbrio entre as concentrações dos dois meios, sendo que as proteínas continuam no interior do saco de diálise e as outras moléculas no exterior. Ultracentrifugação Zonal • A solução contendo as proteínas é colocada no topo de um gradiente de densidade. • Durante a centrifugação, cada proteína se move de acordo com seu coeficiente de sedimentação. • Após a centrifugação, as zonas individuais são recolhidas com auxílio de uma seringa. Centrifugação Diferencial • A centrifugação separa os componentes celulares por tamanho e densidade • Componentes maiores e mais densos sedimentam (pellet) e os componentes menores e menos densos permanecem suspensos (sobrenadante). Gradiente de Densidade Princípio: diferença de solubilidade (precipitação) • A solubilidade das proteínas varia com: – pH – Temperatura – Força iônica – Constante dielétrica do solvente Técnicas baseadas em diferenças de solubilidade • Precipitação isoelétrica (variação de pH) • Salting in / salting out (variação da força iônica) • Precipitação por solventes orgânicos • Salificação (salting in): a solubilidade aumenta até certo ponto, com o aumento da concentração de sal • Dessalificação (salting out): os sais com concentração muito elevada retiram a água de hidratação da proteína, então as suas moléculas precipitam Cromatografia • É uma série de processos de separação de misturas. • Ocorre pela passagem de uma mistura através de duas fases: uma estacionária (fixa) e outra móvel. • A grande variabilidade de combinações entre a fase móvel e estacionária faz com que a cromatografia tenha uma série de técnicas diferenciadas. Métodos cromatográficos de separação de proteínas • Diferentes tipos: – Exclusão molecular – Troca iônica – Afinidade – Fase reversa Cromatografia de exclusão molecular • Utilizado para a determinação do peso molecular de diferentes proteínas • Após o empacotamento da coluna, aplicase a amostra e é feita a eluição • As moléculas maiores, que não são capazes de penetrar nos poros do gel, serão eluídas antes das moléculas menores. Cromatografia de troca iônica • As colunas são carregadas com grânulos de carga oposta, retendo as proteínas – Ex: moléculas de carga negativa ficam retidas, enquanto as de carga positiva passam pela coluna Cromatografia de Troca iônica Cromatografia de afinidade • A fase estacionária consiste geralmente de agarose ligada a brometo de cianogênio, formando uma ligação covalente. • A amostra é aplicada e a proteína que possui afinidade pelo ligante se liga a ele enquanto as demais são eluídas da coluna. • A proteína de interesse é então liberada da coluna, com o uso de uma substância que tenha mais afinidade pela proteína do que o ligante Determinação da composição dos aminoácidos de uma proteína • Ex: determinação da composição de aa do fragmento Ala-gly-asp-phe-arg-gly 1. Hidrolise ácida (HCl 6N, 110ºC, 24h) 2. Reação de revelação dos aa (ex ninidrina) 3. Separação e quantificação dos aa (ex. cromatografia) Separação e quantificação dos aa por cromatografia HPLC • High Pressure Liquid Chromatography (cromatografia líquida de alta eficiência) • Matriz de separação: utilizando diferentes propriedades físicas de cada um dos aa, ex carga, forma, hidrofobicidade • Eluente: variação controlada das condições do meio • Detecção: após sua derivação Resultado de uma cromatografia de aa Integrando os picos, determina-se a quantidade relativa de cada aa, mas não a sequência Uso da cromatografia no diagnóstico clínico • Leucinose • Ex.: aumento de leucina, isoleucina e valina • Defeito da desidrogenase dos alfa-cetoacidos ramificados