Título: PROJETO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE DOCES E CONSERVAS DE VEGETAIS PARA ÁREAS DE ASSENTAMENTOS DO MUNICÍPIO DE ÁGUA PRETA - PE Autores: Ana Carla da S. Caetano*( [email protected]), Ângela M.B.Batista*( [email protected]), Cilene F. de Melo*, Jussara M. N. Paes*, Kelvina Araújo de Souza*([email protected]), Maria Cláudia F. Silva*,Macilene S. da Silva*([email protected]), Nyedja M. C. de Souza*, Viviane B. de lima*, Wedja S. da Silva*([email protected]), Irineide Teixeira de Carvalho**( Irineide. [email protected]), Inaldo Galdino de Menezes**. *Alunos graduandos em Economia Doméstica da UFRPE. ** Professores do DTR ( Departamento de Tecnologia Rural – UFRPE). ÁREA TEMÁTICA: TECNOLOGIA INTRODUÇÃO Sabe-se que os alimentos são essenciais à vida, pois fornecem combustível ao organismo para que ele possa funcionar de forma harmônica, com todas as substâncias necessárias para seu crescimento, manutenção e reprodução. Indispensáveis a alimentação humana pelo seu alto valor nutritivo, as frutas além de possuírem sabor agradável, são ricas em sais minerais, fibras e em boa parte das vitaminas necessárias para o regular funcionamento do nosso organismo (RIBEIRO, 1995). Sua oferta deve ser mantida nas entressafras sob formas processadas para equilíbrio alimentar e a saúde da população. As frutas e legumes são altamente perecíveis e sofrem significativa queda de preço no período das safras, desfavorecendo o produtor e muitas vezes a comercialização “in natura” devido ao baixo retorno econômico (SUKAR,1997). A entressafra e escassez são fatores limitantes, que fazem com que o consumidor pague um preço mais alto por um produto quase sempre de baixa qualidade e impossibilita sua manutenção e disposição no mercado nesta época, tornando inviáveis a produção e comercialização do produto. O município de Água Preta, localizado na Zona da Mata Sul de Pernambuco, a 126 Km do Recife, se encontra em 32º lugar como Município mais populoso do Estado. Nele existem 342 estabelecimentos agrícolas, perfazendo um total de 64.588,8 hectares. A economia da cidade está representada por três setores: comercio, indústria e agricultura. Os produtos agrícolas mais cultivados e comercializados são: banana, manga, jaca, goiaba, laranja, entre outros (ÁGUA PRETA, 2001), existindo uma grande preocupação no sentido de como evitar o desperdício, visto que a demanda de frutas é consideravelmente alta. Com os grandes avanços tecnológicos no setor de alimentos, torna-se possível a utilização integral de um produto, evitando seu desperdício (SUKAR,1997). Alimentos de alta qualidade são obtidos através de técnicas simples como a conserva de vegetais (frutas e hortaliças), que constitui uma alternativa para o consumo desses alimentos durante o período de entressafra (RIBEIRO,1995). Nosso organismo necessita de frutas. É mais saudável comermos frutas frescas e cruas, porém isto nem sempre é possível, porque nem todas as espécies de frutas dão durante o ano inteiro. Por isso, fazemos conservas (RIBEIRO,1995). Com a proposta de dar capacitação orientada para o beneficiamento do excedente da produção de frutas e hortaliças dos assentamentos, este trabalho teve como objetivo capacitar pequenos produtores rurais dos assentamentos de Souza, Flor de Maria, Parnaso e Primoroso do Município de Água Preta – Pernambuco, a produzir doces, compotas e conservas de vegetais, utilizando-se das frutas da região e fornecendo conhecimentos nutricionais, de higiene, gerenciamento e cooperativismo, afim de estimular a criação de pequenas unidades produtoras familiares, como forma de geração de renda e melhoria da qualidade de vida. METODOLOGIA Os cursos foram ministrados em escolas nas áreas dos assentamentos, tendo como publico alvo jovens e adultos moradores da região. Foi necessário a improvisação de áreas de higienização, pré-preparo, preparo, cocção e embalagem. Todos os participantes contribuíram na elaboração dos doces em calda, em massa e cristalizados nos sabores goiaba, abacaxi, banana e jaca, e de conservas vegetais, utilizando-se de técnicas de produção adequadas a cada produto. Como material didático, utilizou-se álbum seriado, cartilhas contendo figuras e informações sobre higiene sanitária, nutrição e técnicas de elaboração. Os produtos foram embalados de acordo com suas características, em embalagens de vidro ou potes plásticos e rotulados, contendo nestes todas as informações pertinentes a cada produto (data de fabricação, validade, peso, sabor e cuidados especiais). A elaboração do material didático bem como treinamento, foram de responsabilidade dos alunos da UFRPE envolvidos no projeto, com a supervisão dos professores responsáveis. CONCLUSÃO Baseado nos resultados do trabalho desenvolvido nos assentamentos podemos concluir que 116 assentados foram capacitados e mostraram-se motivados a desenvolver as atividades a nível domiciliar, o que provavelmente atendera as necessidades de desenvolver produtos alternativos, afim de comercializa-los e conseqüentemente gerar uma nova fonte de renda, para que possam continuar no seu espaço diminuindo assim o êxodo rural. BIBLIOGRAFIA GERMANO, Pedro Manoel Leal e GERMANO, Maria Izabel Simões. Higiene e vigilância sanitária de alimentos. São Paulo: Varela, 2001. 629p. HAZELWOOD, D. Manual de higiene para manipuladores de alimentos; trad. José A. Ceshin. São Paulo: Varela, 1994. 140p. RIBEIRO,Marco. As maravilhas da industria caseira de alimentos. 6 ed. Porto Alegre: Rigel, 1995. 128p. SUKAR, Lígia Andrade. Processamento artesanal de frutas tropicais. PEDITEC – Programa Estadual de difusão tecnológica. Recife, 1997. 50p. RIELDEF, Guenther. Controle sanitário dos alimentos. São Paulo : Atheneu,1992. KINTON, Ronald. Et al.Enciclopédia de serviços de alimentação. São Paulo: Varela,1998. JACKIX Marisa Haelz. Doces, geléias e frutas em caldas. Campinas – São Paulo: UNICAMP, 1988. PREFEITURA MUNICIPAL DE ÁGUA PRETA, Perfil Histórico Econômico e Social, 2001, 12p.