BOVINOCULTURA LEITEIRA

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BOVINOCULTURA LEITEIRA
MANEJO NUTRICIONAL
RUMINANTE
Capacidade de utilizar alimentos que outros animais domésticos não poderiam
utilizar, ou pouco aproveitariam (alimentos fibrosos e aqueles contendo
nitrogênio de origem não-protéica).
Estômago dividido em 4 compartimentos:
Rúmen, retículo, omaso = povoados por microrganismos (bactérias,
protozoários e fungos) que são os verdadeiros responsáveis pela digestão de
alimentos fibrosos e utilização do nitrogênio de origem não-protéica.
Abomaso = estômago químico.
Recém-nascido: rúmen 30% e retículo, omaso e abomaso 70% do volume total
do estômago.
Adulto: rúmen/retículo 80% e omaso e abomaso 20% do volume total do
estômago.
A maturidade ruminal precoce está intimamente relacionada com o consumo de
alimentos sólidos, principalmente concentrados e fenos.
Os carboidratos da dieta transformam-se por meio da fermentação microbiana
no rúmen em ácidos graxos voláteis (AGV), fornecendo de 60 a 80 % das
necessidades energéticas dos animais.
AGV: acético (50 a 60 %), propiônico (18 a 20 %) e butírico (12 a 18 %).
Nas dietas ricas em forragens predomina o ácido acético, principal substrato
para formação da gordura do leite e gordura corporal.
Nas dietas com alto teor de concentrados predomina o ácido propiônico, que
fornece energia ao ser convertido em glicose no fígado e é o substrato para
síntese da lactose.
A proteína da dieta é transformada pela digestão microbiana no rúmen em
amônia. A amônia por sua vez é convertida em proteína microbiana.
Essa amônia pode ser também de origem não-protéica, como é o caso da uréia
e do ácido úrico presente na cama de frango.
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RUMINANTE
A proteína digerida no abomaso e intestino delgado dos ruminantes, e
absorvida na forma de aminoácidos, é a combinação de proteína microbiana e
da proteína alimentar que passa pelo rúmen sem sofrer degradação.
A gordura da dieta é hidrogenada pela microbiota ruminal, sendo absorvida no
intestino delgado e contribuindo para a formação da gordura do leite e
deposição corporal.
A população microbiana ruminal sintetiza vitaminas do complexo B e K,
tornando os ruminantes independentes de fontes dietéticas.
ALIMENTOS
Dependendo do sistema de produção, representam entre 40 e 60 % dos custos
variáveis de produção.
Volumosos: Principal componente da dieta
forragens verdes (pastagem, capineira)
forragens conservadas (feno, silagem)
Concentrados: Suplemento ao volumoso
energéticos (fubá de milho)
protéicos (farinha de sangue, de peixe; farelo de soja)
Vitaminas: A, B, C, D, E e K
Minerais: macro (fósforo, cálcio, magnésio) e micro (selênio, molibidênio)
Água:
87,5 % da composição do leite
deve estar sempre disponível em quantidade e qualidade
FREQUÊNCIA DE FORNECIMENTO
Volumoso à vontade +
Concentrado fracionado (condição de fermentação ruminal mais estável)
Ração total (mistura de volumoso e concentrado) à vontade
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EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
Para exercer as diversas funções fisiológicas (exigências de mantença e
produção (crescimento, gestação e lactação)) de acordo com a fase do ciclo de
vida em que se encontra, o animal necessita de quantidades adequadas dos
diferentes nutrientes (energia, proteína, minerais e vitaminas).
Importância da divisão do rebanho em diferentes categorias animais.
CONSUMO
Requerimentos de consumo de matéria seca em porcentagem do peso vivo
Leite 4% gord
kg/dia
10,0
18,0
28,0
36,0
44,0
400
2.6
3.4
4.1
5.1
--
500
2.3
3.1
3.7
4.3
5.0
Peso vivo das vacas (kg)
600
2.1
2.8
3.4
3.8
4.4
700
2.0
2.5
3.1
3.5
3.9
800
1.9
2.4
2.9
3.2
3.6
FONTE: NRC, 1982.
NUTRIÇÃO E EFICIÊNCIA REPRODUTIVA/PRODUTIVA
Balanço energético negativo durante o período pós-parto: 6 a 10 semanas
Período crítico de 100 dias (30 dias pré + 70 dias pós-parto)
Influência do nível de alimentação sobre a atividade reprodutiva
Nível de alimentação
Pré-parto
Pós-parto
Alto
Alto
Alto
Baixo
Baixo
Alto
Baixo
Baixo
% vacas com cio
até 90 dias pós
95
86
85
22
Dias entre o
parto e 1o cio
48
43
65
52
Dias entre o parto e
involução uterina
35
38
40
42
FONTE: PEREIRA, J.C. Vacas leiteiras.Aspectos práticos da alimentação.Viçosa:Aprenda Fácil. 2000. 198p.
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