Schincariol investe R$ 18 milhões em sucos prontos e 40% da

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MATERIAL DIDÁTICO PARA ESTUDO
Nome do aluno:
R.A.
Data:
___/___/___
Professor Responsável: Profa. Christiane Canotilho
Schincariol investe R$ 18 milhões em sucos prontos e 40% da verba
de mídia vai para o PDV
O Grupo Schincariol lançou mão ontem de duas armas para brigar no
segmento não-alcoólico, um mercado que movimentou cerca de R$ 1 bilhão
em 2006, segundo a ACNielsen. A empresa quer ganhar espaço na fatia dos
sucos prontos e, para isso, re-lançou a linha Skinka e já investiu R$ 10 milhões
em uma nova marca: o Fruthos. Os dois produtos irão à mídia com um cheque
de R$ 8 milhões, dos quais até 40% serão investidos no ponto de venda, a
grande aposta da Schin.
A investida em produtos que não estão ligados às cervejas, onde a empresa já está em todos os segmentos
(do Pilsen ao Premium), é um passo no sentido de transformar o Grupo em uma companhia de bebidas,
que também vende refrigerantes e águas. Isso porque os não-alcoólicos estão crescendo acima da média
das outras bebidas. Na Schincariol, este segmento representa 20% do faturamento e a meta é chegar nos
30 pontos percentuais.
A nova fase da Skinka é um reposicionamento do produto para enfrentar diretamente a linha Kapo, da
Coca-Cola, com foco no público infantil. Os sucos ganharam novos sabores além dos cítricos, como uva,
maça e framboesa, novas embalagens e serão divulgados na mídia pela primeira vez. A mudança também
lança mão do licenciamento de personagens do Cartoon Network em formato cartonado de 200ml. Com os
pet de 450 ml, a marca espera vender também para os pais.
Nova linha
Já a linha Fruthos consumiu um ano de estudos e pesquisas para marcar um território ainda maior no
mercado de sucos prontos. O novo produto será o carro-chefe dos
não-alcoólicos, com seis sabores tradicionais e quatro lights, com
uma mensagem que leva o suco da fruta direto para o consumo.
Grande parte deste desenvolvimento envolveu os consumidores.
“Fizemos vários testes com as pessoas e a percepção de entrega de
um produto vindo da fruta fresca foi muito boa”, afirma Marcel Sacco,
diretor de marketing do Grupo Schincariol.
O otimismo da companhia é tão grande que ela espera saltar da sexta para a terceira posição neste
mercado. O maior trunfo está no sabor do Fruthos e no forte investimento no ponto de venda. Sacco diz que
o preço vai ficar na mesma faixa dos concorrentes e, mais, vai posicionar ao lado das marcas líderes, sem
contar na demonstração do produto. “Acreditamos muito na degustação e ela será um dos grandes pilares
para a conquista de mercado”, diz o diretor. No contato direto com o consumidor, a companhia viu
claramente que eles estão atrás de novidades.
Para apresentar o Fruthos a este consumidor, Marcel Sacco deixou claro que a Schincariol vai ter políticas
comerciais agressivas, principalmente no PDV. “Além dos materiais tradicionais de ponto de venda, teremos
ilhas temáticas e esquinas de gôndolas diferenciadas, com caixas que remetem a fruta vindo direto do
pomar”, adianta o executivo. O investimento alto no trade marketing é uma amostra clara da importância do
ponto de venda.
Quem estará nas ruas e nos supermercados para colocar o Fruthos no gosto dos consumidores é a Aktuell
p.s.v.a, que desenvolveu a marca e as embalagens em parceria com a Tátil Design e fará todo o trabalho no
ponto de venda e de degustação. “Além de fazermos a gestão do produto no PDV, vamos fazer ativação em
parques, academias, supermercados e restaurantes”, conta ao Mundo do Marketing, Rodrigo Rivellino,
Presidente da Aktuell. Assim, a Schincariol quer sair dos 6% de participação no mercado de bebidas para
até 12% em um ano.
*Com sede no Rio de Janeiro, o Mundo do Marketing foi a São Paulo à convite do Grupo Schincariol para
o lançamento dos novos produtos.Mundo do Marketing: Publicado em 26/9/2007
Em que o varejo deve investir cada vez mais ::
* Conhecer os hábitos de consumo do seu o público profundamente * Oferecer experiência com os produtos da
marca de forma simples e livre * Utilizar a tecnologia como meio de interação * Oferecer serviços * Nunca deixar
faltar o produto na gôndola
* Usar o celular como meio de pagamento, promoção, relacionamento e fidelização *
Design e merchandising diferenciado e envolvente
Economia e novo consumidor impõem grandes desafios a quem vende
no varejo
Os especialistas em varejo têm uma boa e uma má notícia para o profissional de Marketing. A boa é que as
vendas continuarão a crescer mesmo diante de um cenário econômico mundial adverso. A má é que vai
aumentar a competitividade pelo bolso do consumidor e as margens de lucro podem sofrer grandes perdas
se o varejo não se preparar para o cenário que mostra um comprador cada vez mais informado, consciente,
em busca de conveniência, diversificação, experiência no ponto-de-venda e preço baixo.
O retrato do varejo no maior mercado mundial mostra uma transformação sem precedente, pois, além de
representar uma mudança para o consumo nos Estados Unidos, não terá impacto direto no Brasil. E isto
está inteiramente ligado à economia. Enquanto os norte-americanos enfrentam uma crise atrás da outra há
anos – em 2000 foi a queda da Nasdaq, em 2001, o 11 de Setembro, em 2003, a Guerra do Iraque, 2004,
reeleição de Bush, 2005, Furacão Katrina, 2006, Bush perder poder, e em 2007, a crise imobiliária – o Brasil
vive um dos momentos mais positivos em sua história, com a inflação controlada, crescimento econômico,
baixa de juros, oferta de crédito, alta confiança do consumidor, aumento da renda e, conseqüentemente, do
poder de compra das pessoas.
Daqui para frente, o que impulsionará o crescimento do varejo é a manutenção deste panorama e o
aumento da confiança do consumidor, que está em 139 pontos segundo o Índice Nacional de Confiança
ACSP/Ipsos. “A recuperação da massa salarial contribuiu para o crescimento do varejo no Brasil, que hoje
representa 35,5% do PIB, enquanto nos Estados Unidos, onde há 55 mil shoppings, o varejo representa
75% de tudo que circula no país”, explica Marcos Gouvêa de Souza, Diretor-Geral da Gouvêa de Souza &
MD, que trouxe de Nova Iorque as últimas impressões sobre o que foi discutido durante a National Retail
Federation, maior evento de varejo do mundo realizado na semana passada.
O que muda por aqui
Agora, enquanto o Brasil vive um momento de expansão, a maior economia do mundo passa por uma
retração. “É surpreendente a mudança do varejo americano por conta da motivação do consumidor, que
reage retraindo o seu consumo em momentos como estes”, afirma Gouvêa de Souza. “As lojas de
departamento estão pagando mico neste período, incluindo a Nordstrom (foto), porque o formato se tornou
antigo e não consegue criar estímulo para o consumidor comprar”, ressalta um dos maiores especialistas
em varejo no país, salientando que o Natal de 2007 foi a pior dos últimos três anos de acordo com um
estudo da MasterCard. Por lá, nada menos do que 75% do que foi vendido durante o ano estava em
promoção ou havia algum apelo de desconto ou venda casada. “Este fenômeno está vindo para o Brasil”,
avisa o especialista que tem cliente como Wal-Mart, Pão de Açúcar, Carrefour, C&A, Lojas Americanas,
Ponto Frio, Daslu, IBM, Johnson&Johnson, Nokia, GM, Souza Cruz, entre outras grandes marcas.
Por aqui, a multiplicidade de mídias, a ampliação dos canais de venda, o processo de comoditização dos
produtos são fatores que influenciam na diferenciação por preço. Para fugir deste labirinto, a saída é investir
no ponto-de-venda. “A loja tem que ser mais
relevante para o consumidor”, aponta Alberto
Serrentino, sócio-sênior da Gouvêa de Souza & MD.
“O ponto-de-venda precisa oferecer interação,
exploração dos produtos e as marcas devem criar
fãs. Veja o exemplo da Apple que vende US$ 50 mil
por metro m2”, explica o especialista em estratégia,
marketing e gestão. “As pessoas vão comprar cada
vez menos por necessidade e mais por desejo”,
completa Serrentino.
Loja da Apple é exemplo mundial de sucesso
E, na hora de comprar, surge o celular como grande aliando não só como meio de pagamento, mas como
forma de relacionamento e de aquisição de novos clientes por meio de promoções e informações sobre os
produtos. “O celular é um instrumento de identificação, de relacionamento com o cliente, de ofertas e cross
selling”, diz Alexandre Cassiano Horta, sócio-sênior da GS&MD. Para Alberto Serrentino, o celular mudará a
forma como o varejo se relaciona com o consumidor. No curto prazo, porém, ainda haverá o crescimento da
importância da Internet nas compras. “A classe C está cada vez mais com computador e cartão de crédito,
possibilitando ter acesso a um mundo de produtos que no varejo é impossível”, informa.
Mundo do Marketing: Publicado em 30/1/2008
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