Para onde vai o marketing no varejo? Como sabemos, o varejo tem origem na especialização dos canais de distribuição. Além disso, a utilização das ferramentas de marketing é extremamente acentuada no varejo, já que o setor, como um todo, é um dos que mais investem na divulgação e promoção de seus negócios. O varejo vem passando por transformações acentuadas, desde a década de 90 do século passado, obrigando o setor a tornar-se cada vez mais competitivo, pois suas margens de lucro estão cada vez mais estreitas. Por que se tornar mais competitivo? Uma das respostas é que o cliente está cada vez mais exigente, por conta do seu grau de informação. A outra resposta é que nunca foi tão grande a velocidade do surgimento de novos concorrentes – players – em todos setores, o que obriga as empresas a repensarem profundamente o seu empreendimento. Portanto, vale parar uns instantes e refletir. Avaliando o mercado, perguntamos: como estão os produtos que são vendidos e seus respectivos preços? Resposta: cada vez mais parecidos. E os clientes? Cada vez mais exigentes. Em que, então, a nossa empresa deverá se diferenciar? Na qualidade do serviço prestado, pois o cliente quer o melhor resultado da equação custo X benefício. Claro que o preço é importante, entretanto, mais importante ainda é a qualidade do serviço. Para se ter uma idéia, entre 70 e 80% das perdas de clientes devem-se à má qualidade dos serviços. O varejo, hoje em dia, deve fazer com que o ato da compra seja algo conveniente e prazeroso, pois o cliente, de maneira geral, não quer ter o menor trabalho e esforço, e quer que a decisão de compra – em sua loja – seja reconhecida como acertada. Como, então, inserir as ações de marketing nesse ambiente em constante mudança? As ações de marketing devem ser pautadas pela criatividade, iniciativa, agressividade e agilidade. Não confundir marketing com propaganda. A propaganda é apenas umas das várias ferramentas de marketing disponíveis para as empresas. Como começar, então, a fazer marketing? Podemos começar pela localização da loja. O ponto é um aspecto essencial no negócio, mas não vamos nos esquecer de que existe também o varejo sem lojas – pela internet, marketing direto, máquinas de venda, venda direta, visita pessoal etc.. No caso de avaliação de um ponto, tenha em mente e avalie os seguintes aspectos: acesso e localização, características da população local, concorrência e o imóvel onde seu empreendimento está instalado. O cliente busca, principalmente, serviços, não somente a qualidade. Atenção: qualidade não é mais diferença, é uma obrigação, já que para entrar no jogo da competição um dos requisitos básicos é ter qualidade. Já pensaram em iniciar a preparação de um banco de dados registrando todo o relacionamento que sua empresa tem com o cliente? Deve-se fazer todo o possível para fidelizar o cliente. Vender não é somente trocar o dinheiro pelo produto, e sim fazer um relacionamento com o cliente. Muitas empresas fazem a venda para o cliente e depois simplesmente o abandonam, não telefonam, não sabem se está satisfeito ou não com o negócio realizado. Você faz o pós-venda? Pois deveria fazê-lo. Oferecer serviços tais como estacionamento, garantia, ajuste e entrega também traz vantagens. Outra variável importantíssima é a comunicação com o cliente: uma excelente vitrine, – que pode ser mudada de acordo com o calendário de datas 1 promocionais – telemarketing, ações de marketing direto. É importante não descuidar do treinamento do pessoal para aumentar a eficiência do atendimento. Marketing, enfim, é a junção de todas essas ferramentas, que deverão ser adotadas de acordo com as necessidades que o mercado mostra para o nosso negócio. E conveniência será a palavra-chave daí para frente. Fonte ABDALA NETO, João. Para onde vai o marketing no varejo? [S.l.: s.n.]. 2