1 Professor Mauricio Lutz DERIVADAS A derivada de uma função y = f (x) num x = x0 , é igual ao valor da tangente trigonométrica do ângulo formado pela tangente geométrica à curva representativa de y = f (x) , no ponto x = x0 , ou seja, a derivada é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função no ponto x0 . A derivada de uma função y = f (x) , pode ser representada também pelos símbolos: y ' , dy ou f ' ( x) . dx A derivada de uma função f (x) no ponto x0 é dado por: df f ( x) − f ( x0 ) f ( x0 + h) − f ( x0 ) ( x0 ) = f ' ( x0 ) = lim = lim x→ x0 x →0 dx x − x0 h 1) Derivadas fundamentais Nas formulas abaixo, u e v são funções da variável x e c uma constante. a)Derivada da função constante d (c ) = 0 dx d 5=0 Exemplo: dx b) Derivada da função potência d n d ( x ) = n.x n−1 , portanto ( x) = 1 dx dx d 7 Exemplo: x = 7x 6 dx c) Derivada de um produto de uma constante por uma função d du (c.u ) = c. dx dx d 5 x 4 = 5.4.x 3 = 20 x 3 Exemplo: dx d) Derivada da função f ( x) = senx d ( senx) = cos x dx e) Derivada da função f ( x) = cos x d (cos x) = − senx dx Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 2 Professor Mauricio Lutz Exercícios Calcule a derivada f ' ( x) das seguintes funções: a) f ( x) = 8 b) f ( x) = 6 x 5 e) f ( x) = −4 x f) f ( x) = i) f ( x) = 4 senx j) f ( x) = −5 cos x 3 10 x 5 5 3 m) f ( x) = 6 x 3 n) f ( x) = 8 x 2 1 x4 c) f ( x) = x −5 d) f ( x) = 1 g) f ( x) = − x −4 2 h) f ( x) = 510 x 1 k) f ( x) = − cos x 3 l) f ( x) = 3 cos x o) f ( x) = −5 x 4 Gabarito a) 0 g) b) 2 x5 h) 5 6 x 1 10 2 x m) 103 x 2 c) 6 9 n) 12 x −5 x6 i) 4 cos x d) −4 x5 j) 5senx e) –4 k) 1 senx 3 f) 6x 9 l) − 3senx o) − 20x 3 2) Propriedades operatórias Considere u e v funções da variável x . a)Derivada de uma soma de funções y = u + v ⇒ y ' = u '+v' y = u − v ⇒ y ' = u '−v' Exemplo: Dada a função f ( x) = 4 x 3 − 2 x 2 + 5 x + 1 , calcular f ' ( x) . ( ) d 4 x 3 − 2 x 2 + 5 x + 1 = 4.3.x 3−1 − 2.2.x 2−1 + 5.x1−1 + 0 = 12 x 2 − 4 x + 5 x 0 + 0 = 12 x 2 − 4 x + 5 dx b) Derivada de um produto de funções y = u.v ⇒ y ' = u '.v + v'.u Exemplo: Calcular a derivada de f ( x) = (2 + 5 x)(7 − 3x) . y = (2 + 5 x)(7 − 3x) y = u.v ⇒ y ' = u '.v + v'.u u = x2 + 1 ⇒ u' = 2 x y ' = u '.v + v'.u = 5.(7 − 3x) + (−3)(2 + 5 x) = 35 − 15 x − 6 − 15 x v = 7 − 3 x ⇒ v' = −3 y ' = −30 x + 20 Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 3 Professor Mauricio Lutz c) Derivada de um quociente de funções y= u u '.v − v'.u ⇒ y' = v v2 Exemplo: Sendo f ( x) = x2 + 1 , calcular f ' ( x) . x−3 y= u u '.v − v'.u ⇒ y' = v2 v u = x2 + 1 ⇒ u' = 2 x y' = u '.v − v'.u 2 x( x − 3) − 1( x 2 + 1) 2 x 2 − 6 x − x 2 − 1 = = ( x − 3) 2 v2 x2 − 6x + 9 v = x − 1 ⇒ v' = 1 x2 − 6x −1 y' = 2 x − 6x + 9 f ( x) = x2 + 1 x−3 Exercícios Determine a derivada f ' ( x) das seguintes funções: a) f ( x) = 3x 2 − 7 x + 4 b) f ( x) = 10 x 4 − 5 x 3 − 2 x 2 c) f ( x) = 10 − 3x 2 + 4 x 4 d) f ( x) = x 3 + 2 x 2 − x + 1 e) f ( x) = x 2 + x f) f ( x) = 2 x − 3 cos x g) f ( x) = 3 x.senx h) f ( x) = senx. cos x i) f ( x) = x 2 . cos x j) f ( x) = x 3 .(2 x 2 − 3x) k) f ( x) = x 2 .( x 2 − 3x + 2) l) f ( x) = ( x + 4).( x − 2) m) f ( x) = ( x − 1).(2 x − 3) n) f ( x) = ( x 2 − 1).( x 2 + 1) o) f ( x) = x2 ( x 2 − 1) 2 r) f ( x) = 1 x −4 p) f ( x) = 4x − 5 3x + 2 q) f ( x) = 2x + 5 4x s) f ( x) = x2 − x + 1 4 + x − x2 t) f ( x) = 2 x3 − 7 x 2 + 4x + 3 x2 2 Gabarito a) 6 x − 7 b) 40 x 3 − 15 x 2 − 4 x f) 2 + 3senx j) 10 x 4 − 12 x 3 p) 23 (3 x + 2) 2 Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br g) 3( senx + x cos x) k) 4 x 3 − 9 x 2 + 4 x q) −5 16 x 2 r) c) 16 x 3 − 6 x d) 3x 2 + 4 x − 1 h) cos 2 x − sen 2 x l) 2 x + 2 − 2x ( x 2 − 4) 2 s) 1 2 x i) x(2 cos x − xsenx) m) 4 x − 5 10 x − 5 (4 + x − x 2 ) 2 e) 2 x + n) 4x 3 t) 2 − o) 4 6 − x 2 x3 − 2x ( x 2 − 1) 2 4 Professor Mauricio Lutz 3) Derivada da potência de uma função Consideremos g uma função da variável x e n uma constante. ( ) y = g n ⇒ y ' = n. g n−1 .g ' Exemplo: Dada a função f ( x) = (2 x + 1) 4 , calcular f ' ( x) . g ( x) = 2 x + 1 ⇒ g ' ( x) = 2 ( ) y = g 4 ⇒ y ' = 4. g 4−1 .g ' = 4(2 x + 1)3 .2 = 8.(2 x + 1)3 4) Derivada de uma função exponencial Consideremos g uma função da variável x . y = a x ⇒ y ' = a x . ln a y = a g ⇒ y ' = a g .g '.ln a Exemplos: a) Calcular a derivada de f ( x) = 2 x f ( x) = 2 x ⇒ y ' = 2 x. ln 2 b) Calcular a derivada de f ( x) = 32 x−5 f ( x) = 32 x−5 ⇒ y ' = 32 x−5.2. ln 3 5) Derivada da função logarítmica Consideremos g uma função da variável x . y = ln x ⇒ y ' = 1 x 1 y = log a x ⇒ y ' = . log a e x Exemplos: a) Dada a função f ( x) = (ln x).x 4 , determinar f ' ( x) . A função dada é da forma: f = g .h ⇒ f ' = g '.h + h'.g g = ln x ⇒ g ' = 1 x h = x 4 ⇒ h' = 4 x 3 1 f ' = g '.h + h'.g = .x 4 + 4 x 3 . ln x = x 3 + 4 x 3 ln x = x 3 (1 + 4. ln x) x Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 5 Professor Mauricio Lutz b) Dada a função f ( x) = (log x)3 , determinar f ' ( x) . A função dada é da forma: ( ) y ' = n. g n−1 .g ' 1 g = log x ⇒ g ' = . log e x ( ) 1 3(log x) 2 . log e y ' = n. g n−1 .g ' = 3(log x) 2 . . log e = x x Exercícios Determine as derivadas das seguintes funções: ( a) f ( x) = x 3 − 2 x ) ( 2 ) b) f ( x) = x 4 − 3 x 2 + 1 2 c) f ( x) = 1 − x 2 e) f ( x) = x 2 + ( x + 1) 2 f) f ( x ) = 3 − x + 2 x h) f ( x) = 33 x+1 i) f ( x) = 5.2 x j) f ( x) = 10.e x k) f ( x) = (ln x) 2 l) f ( x) = 1 ln x 2 m) f ( x) = 3. log 2 x n) f ( x) = (log x) 2 o) f ( x) = x2 ln x d) f ( x ) = 3 4 x + 1 ⎛1⎞ g) f ( x) = ⎜ ⎟ ⎝2⎠ x Gabarito a) 6 x 5 − 16 x 3 + 8 x 1 −1 f) + 2 3− x 2x e) 4 x + 2 k) 2 ln x x b) 8 x 7 − 36 x 5 + 44 x 3 − 12 x l) 1 2x m) 3 log 2 e x c) −x 1− x 2 d) 4 33 (4 x + 1) 2 x 1 ⎛1⎞ g) ⎜ ⎟ . ln 2 ⎝2⎠ n) h) 33 x+1. ln 3 2 log x. log e x o) i) 5.2 x. ln 2 x( x ln x − 1) (ln x) 2 6) Derivada da função composta (regra da cadeia) Sejam f e g são funções da variável x . y = f ( g ( x)) e u = g (x) então y = f (u ) e f ' ( x) = u ' (v).v' ( x) . Exemplos: a) Seja f ( x) = sen3x , determine f ' ( x) . f ( x) = u (v( x)) ⇒ f ' ( x) = u ' (v).v' ( x) v( x) = 3 x ⇒ v' ( x) = 3 u (v) = senv ⇒ f ' ( x) = cos v = cos 3x Então: f ( x) = sen3x ⇒ f ' ( x) = (cos 3x).3 = 3 cos 3x Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br j) 10.e x 6 Professor Mauricio Lutz b) Seja f ( x) = ln( x 2 − 5 x + 6) ,determine f ' ( x) . A função é da forma f ( x) = u (v( x)) ⇒ f ' ( x) = u ' (v).v' ( x) v( x) = x 2 − 5 x + 6 ⇒ v' ( x) = 2 x − 5 u (v) = ln v ⇒ f ' ( x) = 1 1 = 2 v x − 5x + 6 Então: f ( x) = ln( x 2 − 5 x + 6) ⇒ f ' ( x) = 1 2x − 5 .(2 x − 5) = 2 x − 5x + 6 x − 5x + 6 2 Exercícios Calcule as derivadas das funções: a) f ( x) = cos 6 x b) f ( x) = sen(3x + 1) c) f ( x) = ln(senx) d) f ( x) = log( x 2 − 3x) e) f ( x) = log(3x 2 + 2)5 f) f ( x) = ( x 3 − 4) 2 h) f ( x) = ( x 2 − 3x + 8)3 i) f ( x) = (8 x − 7) −5 k) f ( x) = 3 x 2 + 5 x l) f ( x) = 3.(4 x) 2 + 2(4 x) n) f ( x) = (5 x 2 − 2 x + 1) −3 o) f ( x) = ( x 4 − 8 x 2 + 15) 4 g) f ( x) = 1 3x − 2 1 ⎞ ⎛ j) f ( x) = ⎜ x 2 − 2 ⎟ x ⎠ ⎝ 6 m) f ( x) = x 3 senx3 Gabarito a) − 6sen6 x b) 3 cos(3x + 1) f) 6 x 5 − 24 x 2 g) −3 2(3x − 2) 3 2 5 1⎞ ⎛ 1⎞ ⎛ j) 12⎜ x 2 − 2 ⎟ .⎜ x + 3 ⎟ x ⎠ ⎝ x ⎠ ⎝ n) 30 x − 6 (5 x − 2 x + 1) 4 2 Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br k) c) cot gx d) (2 x − 3) log e ( x 2 − 3x) h) 3( x 2 − 3x + 8) 2 .(2 x − 3) 2x + 5 33 ( x + 5 x) 2 2 l) 36 x + 8 o) 4( x 4 − 8 x 2 + 14) 3 .(4 x 3 − 16 x) i) e) 30 x log e (3x 2 + 2) −5 (8 x − 7) 6 m) 3x 2 senx 3 + 3x 5 cos x 3 7 Professor Mauricio Lutz 7) Regra de L’Hôspital Esta regra permite calcular certos tipos de limites, cujas indeterminações ∞ 0 são do tipo ou , aplicando as regras de derivação. 0 ∞ Sejam f e g funções deriváveis num certo intervalo aberto I , exceto possivelmente, num ponto a ∈ I . Se ∞ 0 f ( x) tem a forma indeterminada ou em g ( x) 0 ∞ x = a e se g ' ( x) ≠ 0 para x ≠ a então lim x →a lim x→a f ( x) f ' ( x) = lim desde que g ( x ) x →a g ' ( x ) f ' ( x) f ' ( x) exista, ou lim =∞ x → a g ' ( x) g ' ( x) x2 − 9 . x→3 x − 3 Pelo cálculo do limite temos Exemplos: a) Calcule o lim x 2 − 9 (3) 2 − 9 0 = = , o que é uma indeterminação, pela regra de x→3 x − 3 3−3 0 L’Hôspital tem-se: d d 2 (x − 3) = 1 x − 9 = 2x e dx dx 2x Logo lim = 2.3 = 6 x→3 1 lim ( ) ex . x→∞ x Pelo cálculo do limite temos b) Calcule o lim e x e∞ ∞ = = , o que é uma indeterminação, pela regra de L’Hôspital x→∞ x ∞ ∞ lim tem-se: ( ) d x d (x ) = 1 e = ex e dx dx ex Logo lim = e ∞ = +∞ x→3 1 Obs.: Pode ocorrer que ao aplicarmos a regra de L’Hôspital a expressão lim x→∞ f ' ( x) g ' ( x) ainda seja indeterminada neste caso desde que as condições da regra estejam verificadas aplicamos a regra novamente. Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 8 Professor Mauricio Lutz x 4 − x 3 − 3x 2 + 3x − 2 c) Calcule o lim 4 . x→1 x − 5 x 3 + 9 x 2 − 7 x + 2 Pelo cálculo do limite temos x 4 − x 3 − 3x 2 + 3x − 2 0 = , o que é uma indeterminação, pela regra de lim 4 x→1 x − 5 x 3 + 9 x 2 − 7 x + 2 0 L’Hôspital tem-se: lim x→1 f ' ( x) 4 x 3 − 3x 2 − 6 x + 3 0 = lim 3 = 2 g ' ( x) x→1 4 x − 15 x + 18 x − 7 0 aplicando a regra novamente temos: f ' ' ( x) 12 x 2 − 6 x − 6 0 lim = lim = aplicando a regra novamente temos: x→1 g ' ' ( x ) x→1 12 x 2 − 30 x + 18 0 lim x→1 24 x − 6 18 f ' ' ' ( x) = lim = = −3 x → 1 24 x − 30 − 6 g ' ' ' ( x) Logo lim x→1 x 4 − x 3 − 3x 2 + 3x − 2 = −3 x 4 − 5x3 + 9 x 2 − 7 x + 2 Exercícios Ache o limite se existir: x −1 − 2 b) lim 2 x→5 x − 25 senx a) lim x→0 2 x d) lim x 3 − 3x + 2 x2 − 2x + 1 e) lim g) limπ 1 + senx cos 2 x h) lim x cos x + e − x 2x2 k) lim x→1 x→ 2 j) lim x→0 x→0 3 − 3x x→−∞ 5 − 5 x 2 x 2 − 5x + 2 c) lim 2 x →2 5 x − 7 x − 6 x +1− ex x2 f) lim x→0 e x − e − x − 2 senx x→0 xsenx x2 x→∞ ln x i) lim 2 x 2 + 3x + 1 x→∞ 5 x 2 + x + 4 l) lim 2e3 x − ln x x→∞ e 3 x + x 2 o) lim x ln x x→∞ x + ln x ln x x→∞ x 2 n) lim m) lim x − senx x3 Gabarito 1 2 b) l) ∞ m) a) 1 40 3 5 Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br c) n) 2 3 13 d) ∞ o) 0 e) − 1 2 f) 1 6 g) ∞ h) ∞ i) 0 j) ∞ k) 2 5 9 Professor Mauricio Lutz 8) Aplicações das derivadas Regra da primeira derivada Consideremos uma função real f , definida num domínio D , tal que f é derivável em D . Os sinais da função derivada f ' estão relacionados ao crescimento ou decrescimento de f . Valem as seguintes propriedades ⇒ Se f ' (a) > 0 , então f ( x) é crescente em x = a . ⇒ Se f ' (a ) < 0 , então f ( x) é decrescente em x = a . Os pontos em que f ' ( x) = 0 podem ser de máximo ou de mínimo ou de inflexão. Estes pontos são chamados pontos críticos de f . Exemplos: a) Determine os pontos críticos e estudar a variação da função f ( x) = x 3 − 3x , x ∈ ℜ . f ( x) = x 3 − 3 x ⇒ f ' ( x) = 3 x 2 − 3 f ' ( x) = 0 ⇒ 3x 2 − 3 = 0 ⇒ 3x 2 = 3 ⇒ x 2 = 1 ⇒ x = ± 1 = ±1 (ponto crítico) Vamos pegar pontos antes de depois dos pontos críticos. f ' (−2) ⇒ f ' (−2) = 3(−2) 2 − 3 = 3.4 − 3 = 12 > 0 f ' (0) ⇒ f ' (0) = 3(0) 2 − 3 = 3.0 − 3 = −3 < 0 Gráfico de f Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 10 Professor Mauricio Lutz b) Determinar os pontos críticos e estudar a variação da função f ( x) = 3 x 4 − 4 x 3 + 5 , x ∈ ℜ . f ( x) = 3x 4 − 4 x 3 + 5 ⇒ f ' ( x) = 12 x 3 − 12 x 2 f ' ( x) = 0 ⇒ 12 x 3 − 12 x 2 = 0 ⇒ 12 x 2 ( x − 1) = 0 ⇒ 12 x 2 = 0 ⇒ x = 0 (ponto crítico) ⇒ x − 1 = 0 ⇒ x = 1 (ponto crítico) Vamos pegar pontos antes de depois dos pontos críticos. f ' (−1) ⇒ f ' (−1) = 12(−1) 3 − 12(−1) 2 = −12 − 12 = −24 < 0 f ' (1 / 2) ⇒ f ' (1 / 2) = 12(1 / 2) 3 − 12(1 / 2) 2 = −3 / 2 < 0 f ' (2) ⇒ f ' (2) = 12(2) 3 − 12(2) 2 = 48 > 0 Exercícios Para cada função f ( x), x ∈ ℜ , determinar os pontos críticos e estude a variação. a) f ( x) = x 3 − 3x 2 + 2 b) f ( x) = x 4 − 4 x 3 + 4 c) f ( x) = x 3 − 9 x 2 + 15 x + 2 d) f ( x) = x 3 − 3 x 2 + 3x + 3 e) f ( x) = x 4 − 2 x 2 + 2 f) f ( x) = 5 − 7 x − 4 x 2 g) f ( x) = 2 x 3 + x 2 − 20 x + 1 h) f ( x) = x 4 − 8 x 2 + 1 i) f ( x) = 10 x 3 ( x − 1) 2 j) f ( x) = 6 x 2 − 9 x + 5 Gabarito a) Pontos críticos 0 e 2; 0 é ponto de máximo e 2 é ponto de mínimo. b) Pontos críticos 0 e 3; 0 é ponto de inflexão e 3 é ponto de mínimo. c) Pontos críticos 1 e 5; 1 é ponto de máximo e 5 é ponto de mínimo. d) Ponto crítico 1; 1 é ponto de inflexão. e) Pontos críticos –1, 0 e 1; –1 é ponto de mínimo, 0 é ponto de máximo e 1 é ponto de mínimo. f) Ponto crítico -7/8; -7/8 é ponto de máximo. g) Pontos críticos –2 e 5/3; –2 é ponto de máximo e 5/3 é ponto de mínimo. h) Pontos críticos –2, 0 e 2; –2 é ponto de mínimo, 0 é ponto de máximo e 2 é ponto de mínimo. i) Pontos críticos 0, 3/5 e 1; 0 é ponto de inflexão,3/5 é ponto de máximo e 1 é ponto de mínimo. j) Ponto crítico 3/4 ; ¾ é ponto de mínimo. Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 11 Professor Mauricio Lutz Regra da segunda derivada Consideremos uma função real f , definida num domínio D , tal que f é derivável até segunda ordem em D , isto é, existem f ' ( x) e f ' ' ( x) em D . Os sinais da função derivada f ' ' estão relacionadas à concavidade do gráfico f . Valem as seguintes propriedades ⇒ Se f ' ' (a) > 0 , então f (x) tem concavidade para cima em x = a . ⇒ Se f ' ' (a) < 0 , então f (x) tem concavidade para baixo em x = a . Um ponto x0 em que f ' ' ( x0 ) = 0 e f ' ' muda de sinal (antes e depois de x0 ) é um ponto de inflexão de f . Se também f ' ( x0 ) = 0 , dizemos que é um ponto de inflexão horizontal pois a reta tangente é paralela ao eixo x . Se f ' ' ( x0 ) = 0 mas f ' ' não muda de sinal (antes e depois de x0 ), então f não muda de concavidade em x0 , portanto, neste caso, x0 não é ponto de inflexão. Exemplos: a) Determine os pontos de inflexão e estudar a concavidade da função f ( x) = x3 , x ∈ℜ . 3 x3 3x 2 ⇒ f ' ( x) = = x 2 ⇒ f ' ' ( x) = 2 x 3 3 f ' ' ( x) = 0 ⇒ 2 x = 0 ⇒ x = 0 f ( x) = Vamos pegar pontos antes de depois de x = 0 . f ' ' (−1) ⇒ f ' ' (−1) = 2(−1) = −2 < 0 f ' ' (1) ⇒ f ' ' (1) = 2(1) = 2 > 0 Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 12 Professor Mauricio Lutz b) Determine os pontos de inflexão e estudar a concavidade da função f ( x) = x4 , x ∈ℜ . 8 x4 4 x3 1 3 3 ⇒ f ' ( x) = = x ⇒ f ' ' ( x) = x 2 8 8 2 2 3 f ' ' ( x) = 0 ⇒ x 2 = 0 ⇒ x = 0 2 Vamos pegar pontos antes de depois de x = 0 . 3 3 f ' ' (−1) ⇒ f ' ' (−1) = (−1) 2 = > 0 2 2 3 3 f ' ' (1) ⇒ f ' ' (1) = (1) 2 = > 0 2 2 f ( x) = Não há ponto de inflexão. Exercícios Determine os pontos de inflexão e estude a concavidade da função f , x ∈ ℜ , dada. x6 12 a) f ( x) = x 5 b) f ( x) = e) f ( x) = − x 3 + 6 x f) f ( x) = x 4 − 8 x 3 c) f ( x) = 4 x 2 d) f ( x) = x 3 − 3x 2 g) f ( x) = x 4 − 6 x 2 h) f ( x) = x 4 − 4 x Gabarito a) Concavidade p/baixo em ]-∞, 0]e concavidade p/cima em [0, +∞[; Ponto de inflexão. b) Concavidade p/cima; Não há ponto de inflexão. c) Concavidade p/cima; Não há ponto de inflexão. d) Concavidade p/baixo em ]-∞, 1]e concavidade p/cima em [1, +∞[; Ponto de inflexão. e) Concavidade p/cima em ]-∞, 0]e concavidade p/baixo em [0, +∞[; Ponto de inflexão. f) Concavidade p/cima em ]-∞, 0]; concavidade p/baixo em [0, 4] e concavidade p/ cima [4, +∞[; Ponto de inflexão. g) Concavidade p/cima em ]-∞, -1]; concavidade p/baixo em [-1, 1] e concavidade p/ cima [1, +∞[; Ponto de inflexão. h) Concavidade p/cima; Não há ponto de inflexão. Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 13 Professor Mauricio Lutz Máximos e mínimos Lembremos que os pontos de máximos ou de mínimos de uma função f podem ser determinados analisando os sinais da derivada primeira de f ' . Outro recurso que pode ser empregado na identificação de pontos de máximos ou de mínimos é analisar o sinal da derivada segunda nos pontos que anulam a derivada primeira. Valem as seguintes propriedades ⇒ f ' ( x0 ) = 0 e f ' ' ( x0 ) > 0 , se, e somente se x0 é ponto de mínimo de f . ⇒ f ' ( x0 ) = 0 e f ' ' ( x0 ) < 0 , se, e somente se x0 é ponto de máximo de f . Exemplos: a) Identificar os pontos críticos da função f ( x) = x 6 − 6 x 2 + 4 , x ∈ ℜ . f ( x) = x 6 − 6 x 2 + 4 ⇒ f ' ( x) = 6 x 5 − 12 x ⇒ f ' ' ( x) = 30 x 4 − 12 f ' ( x) = 0 ⇒ 6 x 5 − 12 x = 0 6 x 5 − 12 x = 6 x( x 4 − 2) = 0 ⇒ 6x = 0 ⇒ x = 0 ⇒ x 4 − 2 = 0 ⇒ x = ±4 2 Vamos aplicar o critério dos sinais da derivada segunda nos pontos críticos: Para x = 0 f ' ' ( x) = 30 x 4 − 12 ⇒ f ' ' (0) = 30(0) 4 − 12 = −12 < 0 Então, x = 0 é ponto de máximo local de f . Para x = + 4 2 f ' ' ( x) = 30 x 4 − 12 ⇒ f ' ' (+ 4 2 ) = 30(+ 4 2 ) 4 − 12 = 48 > 0 Então, x = + 4 2 é ponto de mínimo local de f . Para x = − 4 2 f ' ' ( x) = 30 x 4 − 12 ⇒ f ' ' (− 4 2 ) = 30(− 4 2 ) 4 − 12 = 48 > 0 Então, x = − 4 2 é ponto de mínimo local de f . b) Identificar os pontos críticos da função f ( x) = x 6 , x ∈ ℜ . f ( x) = x 6 ⇒ f ' ( x) = 6 x 5 ⇒ f ' ' ( x) = 30 x 4 f ' ( x) = 0 ⇒ 6 x 5 = 0 ⇒ x = 0 Para x = 0 f ' ' ( x) = 30 x 4 ⇒ f ' ' (0) = 30(0) 4 = 0 (nada podemos concluir) Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br 14 Professor Mauricio Lutz Sinais de f ' ( x) = 6 x 5 Vamos pegar pontos antes de depois dos pontos críticos. f ' (−1) ⇒ f ' (−1) = 6(−1) = −6 > 0 f ' (1) ⇒ f ' (1) = 6(1) = 6 > 0 Portanto x = 0 é ponto de mínimo local de f . Exercícios Identificar os pontos críticos e se é ponto de máximo ou mínimo das seguintes funções a) f ( x) = − x 4 b) f ( x) = 4 x − x 4 c) f ( x) = x 5 − 5 x + 5 d) f ( x) = x 5 − 5 x 2 + 5 e) f ( x) = x 3 − 2 x 2 + x + 1 f) f ( x) = 3x 4 − 4 x 3 + 6 g) f ( x) = 2 x 6 − 6 x 4 h) f ( x) = ( x 2 − 1) 2 Gabarito a)Ponto critico 0; Ponto de máximo. b) Ponto critico 1; Ponto de máximo. c) Pontos críticos –1 e 1; Ponto de mínimo em –1 e ponto de máximo em 1. d) Pontos críticos 0 e 3 2 ; Ponto de mínimo em 3 2 e ponto de máximo em 0. e) Pontos críticos 1 e 1/3; Ponto de mínimo em 1 e ponto de máximo em 1/3. f) Ponto critico 0; Ponto de mínimo. g) Pontos críticos 0, 2 e − 2 ; Ponto de mínimo em 2 e − 2 e ponto de máximo em 0. h) Pontos críticos 0, 1 e − 1 ; Ponto de mínimo em 1 e − 1 e ponto de máximo em 0. Instituto Federal farroupilha Campus Alegrete RS – 377 km 27 – Passo Novo Alegrete - RS Fone/Fax: (55) 3421-9600 www.al.iffarroupilha.edu.br