vida:Layout 2.qxd

Propaganda
Sasha Meneghel, filha de Xuxa e
Luciano Szafir, foi aprovada para uma
universidade norte-americana, onde
vai cursar a faculdade de Moda.
[email protected]
O Estado do Maranhão São Luís, 3 de maio de 2016. Terça-feira
Analgésicos podem
aumentar em até 80% o
risco de arritmia cardíaca
Especialista alerta para o consumo em excesso de anti-inflamatórios, vendidos livremente no Brasil, sem a
necessidade de receita médica; isso faz com que algumas pessoas abusem da medicação ou a utilizem sem estar
SÃO PAULO
or mais inofensivos que
pareçam, os analgésicos
de venda livre no país têm
seu uso diretamente associado a arritmias cardíacas e morte súbita. Um amplo estudo europeu, realizado na Erasmus University Medical Center in Rotterdam, na
Holanda, e publicado no BMJ Open,
importante publicação científica internacional, com mais de 8 mil pacientes, revelou risco de fibrilação
atrial, o tipo mais comum de arritmia, além de sugerir que esse risco
aumente em até 80% para casos de
uso contínuo de analgésicos.
Hoje, a fibrilação atrial atinge 2,5%
da população mundial e, conforme
a idade avança, o problema pode
afetar até 10% das pessoas com idade a partir de 70 anos, faixa etária em
que mais se usam os anti-inflamatórios. De acordo com o cardiologista e coordenador do Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor, Enrique
Pachón, é importante estar atento a
essa relação, porque o anti-inflamatório é vendido livremente no Brasil,
sem a necessidade de receita médica. Isso faz com que algumas pessoas
abusem da medicação ou a utilizem
sem estar realmente precisando.
Para realizar o estudo, os pesquisadores acompanharam por 13 anos
8.423 pacientes com idade média de
69 anos. Foram controlados fatores
de risco, como pressão arterial, colesterol e tabagismo, entre outros fatores de risco cardiovascular, e ainda assim o risco aumentado continuou sendo registrado em associação ao uso de analgésicos.
A causa precisa da relação entre arritmias e uso de analgésicos ainda permanece incerta, mas os pesquisadores supõem que efeitos como retenção de fluidos e aumento da pressão
FIQUE POR DENTRO
P
Alguns sintomas
Palpitações, desmaios e
tonturas são os sintomas
mais frequentes
relacionados a arritmias
e/ou problemas cardíacos e
que devem servir de alerta
caso venham a ocorrer. Pode
haver também confusão
mental, fraqueza, pressão
baixa e dor no peito
o que representa um risco reduzido.
Acima dessa idade, o número se iguala entre homens e mulheres, com seis
mortes a cada 100 mil pessoas.
Anti-inflamatórios
devem ser usados
com indicação
médica
arterial possam ser os responsáveis.
Ambas as reações adversas das medicações têm comprovada influência no
funcionamento cardíaco. “Os analgésicos são medicações muito importantes e seguras, desde que ministradas de forma responsável e com indicação médica. Problemas ocorrem
quando seu uso é indiscriminado e
abusivo”, enfatiza Enrique Pachón.
Segundo o cardiologista do HCor,
é importante considerar que, quando as pessoas utilizam esses medicamentos, elas o fazem por estar sentindo dor, e a dor é um importante
fator de estresse orgânico. Esse es-
tresse altera o perfil hormonal do paciente e o torna mais vulnerável às
arritmias. Nessa condição, a arritmia
está mais relacionada à dor do que
ao próprio medicamento utilizado
para controlá-la.
Morte súbita
As arritmias cardíacas estão diretamente relacionadas ao risco de morte súbita. Porém, é preciso diferenciar as arritmias benignas das malignas. As benignas geralmente provocam sintomas desagradáveis como palpitações, mas não colocam o
paciente sob risco de vida. Já as ma-
lignas podem levar o paciente à morte rapidamente.
As arritmias podem passar despercebidas por não gerarem sintomas em muitos pacientes, enquanto outros pacientes podem ficar extremamente incomodados mesmo
com arritmias de baixo risco. Todas
as arritmias têm tratamento. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante para evitar suas consequências. Identificar as arritmias é
muito importante e muito fácil. Para
tal, a medida do pulso cardíaco, que
pode ser realizada facilmente por
qualquer pessoa, traz importantes
Asma não controlada
limita a qualidade de vida
No Dia Mundial da Asma, hoje, um alerta sobre a doença, que é a quarta causa de internação
hospitalar no Brasil; pacientes chegam a procurar hospitais cinco vezes mais do que os demais
SÃO PAULO
O Dia Mundial da Asma, hoje, é um
alerta à população sobre a doença,
que é a quarta causa de internação
hospitalar no Brasil. A asma – uma
doença crônica e inflamatória dos
brônquios de causa alérgica que
provoca, principalmente, falta de ar
e chiado do peito – causa sérios impactos na vida cotidiana do paciente, como insônia, cansaço durante
o dia, diminuição do nível de atividades e falta na escola e no trabalho.
Porém, se a doença for devidamente tratada, os sintomas podem ser
controlados, o que proporciona aos
pacientes maior qualidade de vida,
sem impactos em suas rotinas.
Cerca de 20 milhões de brasileiros têm asma, segundo Ministério
da Saúde e Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), mas
de acordo com uma pesquisa encomendada pela farmacêutica
Boehringer Ingelheim do Brasil ao
Ibope, esse número pode ser ainda
maior. A pesquisa demonstrou que
44% dos brasileiros respondentes
afirmaram apresentar sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado
no peito e coriza) que podem ser
sintomas de doenças como asma,
bronquite e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Desses
respondentes, 35% disseram ter “asma” e 37% citaram “bronquite crônica”.
Segundo Dr. José Eduardo Delfini Cançado, professor da Santa Casa de São Paulo e diretor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia, que analisou os dados,
muitas pessoas disseram ter “bronquite crônica”. Essa doença é significativamente menos frequente e
aparece depois de muitos anos de
tabagismo (aproximadamente 2030 anos). Por isso, é provável que a
“bronquite crônica”, mencionada
nos resultados, na verdade, seja “asma” – principalmente se os primeiros sintomas surgirem ainda na infância, como é o caso de 73% dos
entrevistados que responderam ter
bronquite.
Esse mesmo levantamento indicou dados relevantes que mostram o pouco conhecimento que os
pacientes têm sobre a doença: a
pesquisa mapeou uma alta percepção de controle dos pacientes que
disseram ter “asma”: 91% desses entrevistados percebem sua doença
como “controlada”; no entanto, 72%
reconhecem consequências da “asma” nas atividades de rotina simples, como trabalhar, por exemplo.
Quando questionados sobre o que
gostariam de saber a respeito de sua
doença, 58% os entrevistados responderam que buscam “dicas sobre
como prevenir e controlar a asma”.
Prejuízo
Muitas pessoas também não reconhecem os sintomas da doença. É
o caso do André Luis Kato, 37, empresário: “Eu não sabia que tinha asma. Durante o fim de semana, eu
sentia muito cansaço ao jogar futebol, mas pensava que não era nada.
Eu só fui perceber que não estava
bem quando comecei a praticar jiu-
jitsu todos os dias e passei a sentir
muita falta de ar e cansaço. Não
conseguia acompanhar as outras
pessoas. A partir daí, decidi procurar ajuda médica”, contou.
“Com os dados da pesquisa, nota-se que a maioria dos pacientes
alegaram ter a doença como controlada, porém, eles reconheceram
o prejuízo nas atividades cotidianas
e buscam por dicas de como controlar a asma. Esse ponto é contraditório, pois se a asma estivesse controlada, a pessoa não teria os sintomas da doença em seu dia a dia e viveria normalmente, sem limitações.
Isso demonstra o pouco conhecimento que os pacientes possuem
sobre a asma, o que colabora para
um tratamento incorreto e, consequentemente, aumenta os riscos de
crises graves e riscos futuros da
doença, tais como, perda definitiva
de capacidade pulmonar, instabilidade, má qualidade de vida ou até
o falecimento”, afirma o dr. José
Eduardo Delfini Cançado.
Estudos científicos indicam que
dados sobre o tipo de arritmia.
“Quando o coração bate rápido,
acima de 100 batimentos por minuto no repouso, chamamos de taquicardia. Ao contrário, quando bate
abaixo de 50 batimentos por minuto é a bradicardia e ainda há os casos
onde o coração bate de forma irregular, alternando batimentos rápidos com falhas ou batimentos lentos, que chamamos de fibrilação
atrial”, explica Pachón.
O risco estimado de morte súbita
entre pessoas com idade até 35 anos
é de 0,75 a cada 100 mil homens e de
apenas 0,13 a cada 100 mil mulheres,
Assintomático
Palpitações, desmaios e tonturas são
os sintomas mais frequentes relacionados a arritmias e/ou problemas
cardíacos e que devem servir de alerta caso venham a ocorrer. Pode haver
também confusão mental, fraqueza,
pressão baixa e dor no peito. “Contudo, muitos casos de arritmia são assintomáticos e, como toda doença silenciosa, isso aumenta o seu risco.
Nos casos graves, o primeiro sintoma da arritmia é a parada cardíaca,
que pode ser fatal”, alerta.
“É importante salientar que a arritmia mais frequente relatada nesse estudo foi a fibrilação atrial e que
esta arritmia isoladamente tem baixo risco de mortalidade apesar de
ser muito incômoda, mas o risco
aumenta exponencialmente quando o paciente tem outras patologias
associadas como a doença coronariana [infarto], hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca e a presença de outras arritmias mais complexas”, finaliza Pachón. SAIBA MAIS
Como saber se a asma está controlada?
Se você apresentar um dos itens listados abaixo pelo
menos uma vez nas últimas quatro semanas, a sua asma
não está controlada:
Sintomas diurnos mais de
duas vezes por semana;
Qualquer despertar noturno
causado pela doença;
Uso de medicamentos para
alívio da falta de ar mais de
duas vezes por semana;
Se a asma estiver
limitando as suas
atividades cotidianas.
mesmo entre os pacientes que estão em tratamento, cerca de 40%
deles continuam com sintomas. Logo, é crucial conscientizar cada vez
mais os pacientes sobre a importância do tratamento da asma, com
broncodilatadores, para se obter o
controle da doença e reduzir o impacto dela na sua rotina. “Na correria do dia a dia as pessoas costumam ‘deixar passar’ o aparecimento dos sintomas quando, na verda-
de, deveriam considerar procurar
seu médico e reavaliar o seu tratamento”, complementa o Dr. José
Eduardo Delfini Cançado.
“Depois que procurei o médico
e descobri que tinha asma, passei a
me tratar e hoje estou muito melhor. Consigo praticar atividades físicas e não sinto influência da mudança de tempo, como sentia antes
de ter a doença controlada” disse
André Luis Kato.
Download