SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES CONTROLE DA DOR ONCOLÓGICA 87 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES AVALIAÇÃO INICIAL DA DOR CONTROLE DA DOR ONCOLÓGICA Avaliação da intensidade da Dor – características: a. Padrão temporal Quando começou? Com que freqüência sente dor? Mudou a intensidade da dor? b. Localização Onde sente dor? Sente dor em mais de um local? c. Descrição Que palavras usariam para descrever a dor? d. Intensidade Escala numérica (0=nenhuma dor / 10=pior dor que possa ter sentido) Qual a “nota” que daria para os períodos de menor dor? e. Fatores de piora e alívio f. Tratamento prévio g. Efeitos Como a dor afeta sua função física e social? Avaliação psicosocial: a. Efeito e grau de compreensão do diagnóstico do Ca e seu tratamento,para o paciente e pessoas que cuidam dele: b. Episódios passados de dor e seu significado para o paciente e sua família; c. Respostas típicas do paciente quanto à tensão e dor; d. Conhecimento dos interesses, preferências e expectativas do paciente acerca dos métodos para o manejo da dor; e. Opinião do paciente sobre opióides, ansiolíticos e estimulantes; f. Impacto econômico da dor e seu tratamento. A preocupação com o bem-estar do paciente como meta principal ,especialmente nos casos crônicos,tem sido levantada pelos estudos sobre qualidade de vida. São utilizadas escalas para avaliar a qualidade de vida,como a de Karnofskly que avalia o estado funcional do paciente. No Brasil em 1996, Barros N.elaborou tese de mestrado desenvolvendo e validando escala para avaliar a qualidade de vida de pacientes com câncer avançado. Avaliação Inicial • • • Terapia Anti Neoplásica Intervenção Psicossomática Modalidade Física • • • • • Natureza da Dor Intensidade da Dor Fatores Psicológicos Exames Físicos Testes Diagnósticos • • • Envolvimento Tumoral Tratamento anterior e suas complicações Avaliar a Severidade da Dor • • Início do Tratamento ESCADA ANALGÉSICA OMS Dor Persistente Radioterapia Bloqueios Neurológicos Alívio da Dor Manter o Tratamento enquanto Necessário REAVALIAR • Avaliar Hidratação, função renal, Acúmulo de metabólitos, Hipercalcemia, hipocalcemia, infecção, etc. Progressão do Câncer • Caracterizar a dor • Titular e otimizar os Opióides Tolerância • Aumento de 20% a 30% da dose do Opióide nas 24 hs Distúrbios Psicológicos • Intervenção Psicológica. Reavaliar DOR PERSISTE • Titular e Otimizar Opióides e adjuvantes; • Caracterizar bem a etiologia das Dores 88 Reavaliar e tratar sempre SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES EFEITOS DA DOR SOBRE A QUALIDADE DE VIDA (FERRELL, RHIMER, COHENECOL, 1991). Aspectos Físicos; a. b. c. d. Diminuição da capacidade funcional Diminuição da força e resistência Náuseas e perda do apetite Transtornos do sono; Aspectos psicológicos e. f. g. h. i. j. Diminuição da alegria e capacidade lúdica Aumento da ansiedade e do medo Depressão e sofrimento Dificuldade para concentração Somatização Perda do controle- Aspectos sociais k. l. m. n. Diminuição das relações sociais Diminuição da atividade sexual e afetiva Mudanças na aparência Aumento da necessidade de cuidados especiais; Aspectos Espirituais o. p. q. Aumento do sofrimento Mudança de interesses Valorização de crenças religiosas Aspectos Físicos; r. s. t. u. Diminuição da capacidade funcional Diminuição da força e resistência Náuseas e perda do apetite Transtornos do sono; Aspectos psicológicos v. w. x. y. z. aa. bb. Diminuição da alegria e capacidade lúdica Aumento da ansiedade e do medo Depressão e sofrimento Dificuldade para concentração Somatização Perda do controle-Aspectos sociais Diminuição das relações sociais 89 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DOR ONCOLÓGICA. COMPARANDO A ESCALA VISUAL DA DOR Fase III: Escala Visual de Dor 8 – 10. Dores Intensas Fase II: Escala Visual de Dor 5 – 7. ·. Opióides Fortes +/- AINES +/- Adjuvantes Dores de Média Intensidade Fase I: Escala Visual de Dor 1 – 4. ·. Opióides fracos +/- Antiinflamatórios não Esteróides (AINES) +/- Adjuvantes Dores de Pequena Intensidade Analgésicos Comuns de Baixa Potência +/- Antiinflamatórios não Esteróides +/- Adjuvantes (Baseado na Escala Analgésica da OMS –World Health Organization 1996, Genebra) Princípios Básicos: Administrar as medicações preferencialmente via oral (evita que o paciente fique limitado ao leito e facilita a administração do tratamento domiciliar e libera o paciente para suas atividades normais. Usar a dose adequada para o paciente oncológico (os analgésicos muitas vezes têm dose maior que a dos doentes de dor crônica) Administrar as medicações segundo horário estabelecido e não somente quando sentir dor intensa.(mesmo não havendo dor) Administrar dose de reforço se necessário fazendo a redistribuição desta dose nas 24 horas seguintes (10% da dose total nas 24 hs). Adequar as medicações e as doses a cada indivíduo de acordo com seus hábitos de vida e evolução da doença (revisar o esquema terapêutico e reavaliar a dor) Procurar medicações de menor custo possível, mas que sejam eficientes para uso prolongado e adequado à intensidade da dor apresentada. (OMS – 1986 –1996 – Grond et al) 90 Medicamento Potência Apresentação Analgésica Codeína (Fosfato) 1/5 (oral) 1/10 parenteral Sup. 100mg Caps retard, Caps Gts Amp 50/100mg 50mg 50/100mg/ml 50/100mg V0=15` IM=30` 1h 30`/ 60’ 30’-90’ Duração Dose Diária Dose Máxima Diária 3-6h D.I.=15-30mg DM=30-60mg a 360mg cada 4 ou 6h (0,5-1mg/kg e34h via SC) 4h – 6h FASE II Escada DI=25-50mg Analgésica DM : da OMS VO, IV, SC 50Opiodes 100 mg, 3 – 4x/ Fracos (Dor dia (0,7Branda a 5mg/kg) Moderada). peridural 20(Potência 100mg/dia Analgésica Espinhal Referida á 10 – 40mg/dia. Morfina = 1)400mg Efeitos Colaterais e Limitações Sua associação com paracetomol impõe uma dose teto de 60mg. Tem excelente ação antitussígena. Produz constipação intestinal e menos freqüentemente náuseas, vômitos e prurido. 10% dos caucasianos não metabolizam esta droga Efeitos adversos aumentado com o tabagismo Nas doses>65mg diminue o efeito Analgésico e aumentam os efeitos colaterais. Nomes Comerciais Codein Tylex (Associado com paracetamol 500mg) Causa menos depressão respiratória,constipa ção intestinal e dependência do que Sensitram outros opióides Sylador Importante ação Tramal analgésica central; Timasen SR Em doses tóxicas pode causar convuls Tem efeito teto; Mais potente via oral SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES Cloridrato de Tramadol 1/10 (oral) 1/20 Sol. Oral (parenteral) Amp 7,5mg 30, 60mg 3mg/ml 30mg/ml Pico da Ação FASE II ESCADA ANALGÉSICA DA OMS Caps Concentração Opiodes Fracos (Dor Branda a Moderada). (Potência Analgésica Referida á Morfina = 1) 91 Obs: Reduzir a dose calculada em 25 – 50%, quando for converter uma substância em outra para considerar a tolerância cruzada incompleta. AGONISTAS FRACOS Início da Ação Concentração Início da Ação Pico da Ação Duração Morfina (sulfato) Liberação imediata. 1 (oral) (parenteral) 1/2 Cpr Caps 10, 30mg 10, 30, 60, 100mg 10mg/ml 10mg/ml 15` a 60` 30`/60` 2-7hs Morfina de liberação prolongada. 1 Caps/Cpr 10/30/60/100 mg 60 – 90 min 1–4h 8 – 12 h VO: 15-100 mg, 2 – 3x/dia D.ataque: 1mg/kg manutenção 12 mg/kg Não há Morfina HCL 1 Amp 10mg/ml IV=<1 min SC= 15 – 30 min IV=5-20 min SC= 5090 min SC 2,5-20 IV/ mg(0,05 – SC = 22mg) 6-8 x/dia. 7h ACP – IV bolo: 0,5-3mg (1060µg/kg) infusão 0,52mg (15-40 µg/kg)/h Não há Sol. Oral Amp Dose Diária Usada em horário determinado para controle da dor basal; Não podem ser esmagadas ou abertas as cápsulas; É necessária prescrição de doses de reforço com morfina de liberação imediata (10% da dose total diária). Os mesmos efeitos da morfina oral Nomes Comerciais Astramorph Dimorf cpr Dimorf SP Dimorf sol. oral Dimorf LC MS Long MST Continuous Morfina HCL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES Apresentação FASE III – ESCADA ANALGÉSICA DA OMS Efeitos Colaterais e Dose Limitações Máxima Diária Útil para titulação Dose inicial 5 – Não há da dose inicial de 200 mg a cada (2,6mg/ kg/hora) tratamento 4h Retenção urinária D.ataque: 0,5 – Náuseas, sedação 1mg/kg que tendem a DM VO: 10desaparecer com o 60mg uso crônico 6 – 8 x ao dia Obstipação (0,3mg/kg) instestinal Potência Analgésica Opióides Forte (Dor Moderada/Intensa) (Potência Analgésica Referida á Morfina = 1) FASE III – Escada Analgésica da OMS s 92 AGONISTAS POTENTES Medicamento Medicamento Potência Analgésica Apresentação AGONISTAS POTENTES Concentração Início da Pico da Duração Dose Diária Ação Ação Caps 10/20/40 mg 10-15 min (VO) 30-60 min (VO) 3-6h Oxicodona de Liberação controlada Oral 2 Venosa 1/1,25 Caps 10/20/40mg VO: 37` 60’ 12hs Fentanil (cloridrato de alfentanila) 100 Transdérmi-co 25μg, 5μg ,75μg, 100μg/h (0,6; 1,2;1,8;2,4m g/dia 12-18h 24h 72h se mantém até 24h da retirada do patch IV 1-2h IV 1-2 Amp 0,544mg/ml 5-10 mg, 46x D.ataque: 0,15 mg/kg D M 10-40 mg (0,070,15 mg/kg) VO: 1080mg 2x/dia Inicial: 25100μg/h Manutenção :25-100μ g/h IM/IV250500μg(510μg/kg) 700mg 8µg/kg Os mesmos Oxicodona LC. Nomes Comerciais da Ausência de efeito teto Efeitos colaterais no 1º de tratamento: tonturas, náuseas, vômitos, hipotensão; Constipação intestinal. Iniciar doses mais baixas em pacientes virgens do tratamento (25µg/h); Pelo aumento gradual da concentração plasmática, a avaliação do efeito analgésico só é possível após 24h e o ajuste posológico após 3 dias; Armazenagem a < 30º C Pode ser usada morfina de curta duração para episódios de exacerbação da dor (10% da dose equivalente à morfina oral nas 24h ); Pode ser usado mais de um adesivo; Monitorar a respiração Oxycontin Durogesic 2,5mg = 25µg/h 5mg =50µg/h 7,5mg = 75µg/h 10mg = 100µg/h Amp=Alfenta Rapifen 93 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES Oral 2 Venosa 1/1,25 Efeitos Colaterais e Limitações FASE III – ESCADA ANALGÉSICA DA OMS Oxicodona HCL Dose Máxima Diária 700 mg Cloridrato de 30 buprenorfina Cloridrato de Nalorfina Apresentação Concentração Caps. SL 0,2/0,3mg Amp 0,3mg 5mg/ml Início Da Ação (min) IV < 1 IM=15’ Epidural = 30’ Pico da Duração Dose Diária Ação Dose Efeitos Colaterais e Máxima Limitações Diária SL= IV/IM/S IV/IM/SL 0,3- 1,8mg Pouca dependência 120 – L 6-8h 0,6mg (4física 360’ Epidural 12µg/kg) Fracos efeitos cardio IV=5/ 3-4x vasculares; 20’ espinha Epidural=0,1 Não provoca efeitos IM=30- l 4-10h 5 – 0,30mg psicomotores 60’ Pode precipitar a Epidur.. síndrome de =60’ abstinência em pacientes fazendo uso prolongado de morfina . Tem efeito teto ,limitando a sua indicação. IM/IV=1045mg Antagoniza os efeitos 15mg, 1depressores 3x/10-15’ de respiratórios intervalo (2 determinados pela vezes) morfina e similares Nomes Comerciais Temgesic Cloridrato de Nalorfina (uso restrito a hospitais) FASE III – ESCADA ANALGÉSICA DA OMS Potência Analgésica SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES 94 AGONISTAS PARCIAIS Medicamento AGONISTAS – ANTAGONISTAS Medicamento Pot. Analg. Apresen-tação Concentração Amp. 10mg/ml (1ml,ou 2ml) Naloxona (Reversão dos efeitos adversos dos morfínicos ) Amp. 0,4mg/ml IV 1-2’ IM/IV/ IM/SC 2-5’ SC 515’ IM/IV/S C 1-4h Efeitos Colaterais e Nomes Comerciais Dose Limitações Máxima Diária Nubain 120mg Tem dose teto Reduz sua analgesia se associado à morfina No tratamento,da depressão resp. o estado de consciência completa pode ser acompanhado de síndr. de abstnência e reaparição de dor aguda Narcan 95 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES 20mg IM/IV/SC: 0,1-0,8mg(15µg/kg) IV: infusão 50250µg (15µg/kg)h. Depressão respiratória IM/IV/SC0,1-2,0mg (10100µg/kg) 23’/2-3’ até 10mg) Ou 0,8mg (o2 amp) em250ml de sol. De dextrose a5% em doses progressivas até haver melhora da função respiratória, sem reverter a analgesia. FASE III – ESCADA ANALGÉSICA DA OMS Cloridrato de Nalbufina (opióide sintético) Início da Pico da Duração Dose Diária (min) Ação Ação (min) (min) IV/IM/S IV/IM/SC 5IV:2-3 IV 5C = 3-6h 10mg (0,1IM/SC<15’ 15’ 0,3mg/kg) 6IM 308x 60’ SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES ORIENTAÇÕES NO USO DE OPIÓIDES: A morfina é o opióide de eleição da OMS; A dose inicial de um opióide para a dor moderada ou intensa depende da droga que estava sendo usada anteriormente e a tolerância aos seus efeitos adversos como náuseas e depressão respiratória A depressão respiratória não ocorre comumente na presença de dor, por que há um antagonismo fisiológico da dor no SNC com os efeitos depressores dos opióides. Se ocorrer depressão respiratória deve ser usado o antagonista opióide (nalorfina) revertendo tanto o efeito analgésico como o efeito depressivo respiratório. (Reduzir em 20% a dose inicialmente usada no próximo horário da medicação. No uso inicial do opióide,se houver sonolência excessiva a dose deve ser diminuida,se a dor não for aliviada,a dose precisa ser aumentada gradativamente. Sintomas psicóticos ou prurido e espasmo brônquico devido a liberação de histamina, são efeitos incomuns. Para aumento da dose regular soma-se,a dose diária às doses de resgate necessárias para aliviar a dor em um dia e divide-se pelas doses regulares e administra-se da forma habitual (de 4/4hs ou de 12/12 hs) Reavaliar o paciente 24 e 72 hs após o ajuste da dose. As doses noturnas de morfina de liberação imediata precisam ser ministradas com dose dupla ao deitar-se ou usando opiáceo de ação prolongada.(morfina LC,metadona,buprenorfina) Tolerância à droga à é a necessidade de doses cada vez maiores do medicamento para obter o mesmo efeito analgésico. à é mais relacionada com analgesia insuficiente ou doses inadequadas para o controle da dor; A mudança do tipo de opióide pode resolver a persistência do aumento da dor; Dependência Física da droga à é normal no uso de opióides por mais de três semanas. É irrelevante no tratamento da dor do câncer, onde é imperativo o alívio da dor e a qualidade de vida; Síndrome de abstinência à provocada pela interrupção brusca do uso dos opióides , diminuição rápida, ou admnistração de um antagonista. • Características: diarréia, dores e contraturas musculares, suores frios, hipertermia, excitação, agressividade; • Tratamento: substituir o opióide usado por outro de meia vida mais longa como a metadona; Dependência psíquica ou vício à só pode vir a ocorrer em pacientes com problemas psicológicos e psiquiátricos ou naqueles com história anterior de exposição a drogas(. Relatos literários informam uma freqüência de 1 para 10.000 pacientes); Na dependência psicológica ou adição, há o uso compulsivo do opióide , independente do seu efeito analgésico e com repercussões negativas físicas ,mentais e sociais. A constipação é o efeito adverso mais comum no uso de opióide via oral. Náuseas e vômitos ocorrem em em 50% dos casos. Sonolência e confusão mental podem ocorrer inicialmente e regridem dentro de 3-5 dias.Reduzir a dose e voltar a ajusta-la mais lentamente. VIAS de ADMINISTRAÇÂO: Oral:é a via preferencial pois permite o tratamento em domicílio e a mobilzação do paciente. Subcutânea: É preferível esta administração ser contínua através de um escalpe.(morfina, metadona, tramadol, buprenorfina) Intramuscular:não recomendada ,pois a absorção é irregular e dolorosa. Intravenosa :Os opióides podem ser aplicados em bolo ou continuamente. Transdérmica;tem boa aceitação, mas o alto custo limita seu uso. Retal:a morfina pode ser bem absorvida nesta via tanto quanto via oral. Recomendações: • Os opióides agonistas puros são a primeira opção. • Não associar os seguintes opióides; Codeina+ morfina(aumentar a codeina ou passar para morfina) Morfina+petidina(utilizar morfina) Morfina+nalbufina(risco de precipitar síndrome de abstinência) Petidina+nalbufina(nunca associar –drogas não recomendadas) Codeina+tramadol(Aumentar a dose de um deles ) A morfina não é medicação exclusiva de estados terminais e não é o último recurso terapêutico; O paciente que têm suas dores aliviadas de forma precoce e eficaz tem uma melhor qualidade de vida, podendo retornar a algumas atividades habituais. A sobrevida é maior quando é aliviada a dor; 96 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES Fatores agravantes dos temores no manuseio dos opióides: Falta de conhecimento dos princípios de terapia da dor pelos profissionais envolvidos; Falta de inclusão destes conhecimentos como matéria curricular nas escolas universitárias; Entraves burocráticos existentes para prescrição e obtenção de opióides fortes, com a justificativa de melhor controle pelas autoridades de vigilância sanitária; A distribuição gratuita de opióides para pacientes comprovadamente portadores de câncer seria uma forma mais eficaz de praticar este controle. Classificação funcional dos Opióides AÇÃO NOS RECEPTORES Ação Opióides Agonistas Opióides Antagonistas Opióides Agonistas mistos Receptor μ Receptor κ Receptor δ Ação Promovem sua ação Biológica Impedem o Acesso dos Agonistas (revertem sua ação biológica) Agonistas-antagonistas (nalbufina e buprenorfina) Promovem a ação em um tipo de receptor e revertem a ação em outro tipo de receptor 97 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES 98