1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE MARKETING E ECONOMIA Priscilla da Silva Cruz Autora Fabiana Muniz Professora orientadora Rio de Janeiro Ano 2004 2 AGRADECIMENTOS A todos que me ajudaram de alguma maneira. Principalmente ao meu pai que financiou mais uma vez um sonho, a minha mãe e minha irmã pelo apoio e ao Carlos Roberto, meu verdadeiro companheiro, de todos os momentos. 3 RESUMO Na atualidade, a economia mundial dos caracteriza-se por uma quantidade infinitamente grande de produtos e serviços ofertados, consumidores, fabricantes, vendedores e produtores, tornando as relações de troca cada vez mais difíceis e mais complexas. Para minimizar o problema e otimizar estas relações, que significam escassos recursos e necessidades ilimitadas, o homem desenvolve uma filosofia administrativa com base nas ferramentas de marketing, onde a satisfação dos consumidores constitui ponto de apoio para que a empresa atinja o seu objetivo de lucro e desenvolvimento econômico. Desta forma, o marketing constitui um vinculo muito importante com os consumidores que serão no fim deste processo os maiores beneficiados, numa medida que ele torna-se, por si só, orientador de todo o processo produtivo, quando assume diferenciadamente o papel de receptor e propulsor dos desejos e das aspirações de uma diversas gamas de segmentos da sociedade. 4 METODOLOGIA A metodologia utilizada na produção desta pesquisa monográfica foi retirada de diversos livros sobre Marketing e Economia. Com a finalidade de facilitar ao leitor de seu poder de compreensão sobre a relevância dos dois assuntos, para uma sociedade. 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................... 06 CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO DE MARKETING............................................. 07 CAPÍTULO II – SURGIMENTO DE MARKETING NA ECONOMIA............... 10 CAPÍTULO III – MENTALIDADE ORGANIZACIONAL VOLTADA PARA O MARKETING...................................................................................................... 14 CAPÍTULO IV – MARKETING NAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS............. 19 CAPÍTULO V – MACRO AMBIENTE BRASILEIRO......................................... 28 CONCLUSÃO......................................................................................................... 40 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................... 42 ÍNDICE.................................................................................................................... 43 6 INTRODUÇÃO No mundo dos negócios depois de um longo processo de pesquisa e evolução, que parte da simples troca direta, descobre e desenvolve uma nova forma de administrar, onde o consumidor deixa de ser um ser passivo nas decisões de empresa, para se torna o grande responsável e orientador da produção e do aparecimento de novos produtos e serviços. Esta revolucionária filosofia, conhecida internacionalmente como Marketing, vem supervalorizar as necessidades dos consumidores. Nesta nova maneira de encarar a iniciativa empresarial, a criação de produtos e serviços que melhor satisfação as necessidades e desejos dos consumidores passa a ser principal objetivo da empresa. O perfil do consumidor será conseguido através de pesquisas que irão definir as diretrizes e segmentações que a empresa deve seguir no processo evolutivo de produção. Dentro desta filosofia administrativa cabem ainda outras considerações além da simples obtenção do lucro oriunda da satisfação do consumidor. O assunto supera a simples demonstração de conceitos e fórmulas administrativas, abrangendo todos os aspectos da vida humana, ou seja, o marketing deixa de ser simples teoria para se tornar um instrumento captador de mudanças no comportamento de toda sociedade e, por vezes, até modificador deste comportamento. O marketing rompe os limites da empresa para se tornar uma espécie de sensor da realidade cotidiana de uma civilização, refletindo uma situação cultural, política e econômica, e reagindo a esta em forma de melhoria da qualidade de vida e avanço tecnológico. Assim sendo, devido as diferenças existentes entre as diversas nações no tocante principalmente ao grau de desenvolvimento, teremos também diferenças substanciais no que se refere a aplicação do marketing como orientadora do processo produtivo. A intensidade no uso do marketing dependerá diretamente da situação econômica da sociedade. Neste sentido, teremos dentro da nação brasileira um marketing peculiar a nossa realidade, devendo o estudioso e interessado nas questões mercadológicas respeitá-la. O estudo do marketing no Brasil desenvolvido neste trabalho significa, assim, uma análise da sociedade brasileira, retratando os aspectos culturais, tecnológicos, políticos, demográficos e econômicos; ajudando o leitor a se posicionar enquanto consumidor e importante elemento nas decisões das empresas. 7 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO EM MARKETING 1.1 – Conceitos básicos Antes de aprofundarmos no assunto principal desta pesquisa iremos abordar os princípios de Marketing. Para iniciar o estudo sobre marketing, reside nas necessidades e desejos humanos. Partindo das necessidades primárias como: beber, comer, vestir-se e abrigo para sobreviver. Além disso as pessoas desejam recreação, divertimento, educação e outros serviços. Marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca. Marketing. 3ª edição. KOTLER,1980 . Para que uma empresa atenda, satisfaça e mantenha seus clientes, deve administrar seus recursos com muita eficiência, com direção em busca de objetivos de mercado. Sempre com a atenção voltada às oportunidades que surgem, paralelas as atuais e novas necessidades e de seus atuais e futuros clientes. Estar a frente dos concorrentes é inevitável, antecipando as tendências de mercado, acompanhando as variações do mesmo para determinar a sua contínua satisfação. Daí a importância de administrar cada passo do mercado econômico, tendo em vista seus objetivos estratégicos a médio e longo prazo. Após traçado os objetivos, devemos analisar o que pretendemos em relação a empresa e de quais meios e recursos dispomos para por em prática nossa operação. Tende se estabelecer quais os mercados que pretendemos ocupar e manter, em relações aos produtos que apresentamos, se são melhores ou piores que nossos concorrentes. Dentro de operação empresarial que tenha o lucro como objetivo, a área de administração de maior importância para o alcance desta meta é sem dúvida o Marketing. A função da administração de marketing numa empresa está relacionada ao desempenho de atividades essenciais, tais como: especificar, através de sistema de informações e pesquisas, quais produtos ou serviços são desejados por quais grupos de consumidores, que tomam decisões sobre preços, selecionando o sistema de canais de distribuição e gerenciando o esforço promocional. O marketing participa da fixação dos padrões de vida de uma sociedade e retrata 8 a situação econômica da mesma. Só desenvolver um bom produto ou serviço não significa o sucesso empresarial de uma organização, pois o benefício deste produto ou serviço deve ser vendido. A determinação deste sucesso pode estar ligada a previsão das necessidades e desejos dos consumidores em potencial e suas condições econômicas e especificá-los com vista em satisfazê-los. Toda empresa deve elaborar estratégias para apresentar sua oferta ao mercado, mas tendo clara a análise de todos os fatores que podem influenciar o seu traçado e cumprimento. Tais fatores são variáveis existentes no ambiente de mercado, e podem ser internas ou externas ao mercado, determinando sua modelagem, além de mudar as intensidades, os costumes e os acontecimentos do processo de comercialização. Estas variáveis podem ser controláveis ou incontroláveis. Para que se possa decidir sobre quais estratégias poderão dar melhor cumprimento às metas da empresa, devemos antes conhecer cada uma destas variáveis mercadológicas. As variáveis controláveis são aquelas sobre as quais a empresa pode exercer decisão e gerenciamento, resultando em ações táticas que determinem o comportamento no mercado, quais sejam: o produto, a concorrência, o preço, a distribuição, a propaganda e a promoção. Já as variáveis incontroláveis são caracterizadas por ocorrências que independem das ações da empresa, mas provocam alterações substanciais no mercado. Compete às empresas estarem atentas a elas, avaliá-las e adotar políticas que consigam conciliá-las aos objetivos empresariais. Dentre elas destacamos: a legislação, a ética, a política, a cultura, o sistema social, a religião, os comportamentos e a economia. Há que se atentar para a criticidade da abordagem econômica, pois na elaboração de qualquer estratégia é de fundamental importância o fator renda, dado o seu caráter limitante, até porque sem renda não há demanda, a não ser por serviços sociais. Vejamos ainda que a sociedade é uma estrutura complexa, onde as pessoas estão permanentemente em confronto e disputa, interligando-se, interdependendo-se. O homem é um animal gregário, e reflete isso na sua necessidade de pertencer a um corpo social. Essa necessidade faz com que os consumidores, a cada momento, se tornem mais exigentes, aprimorem suas análises e alterem suas decisões de compra. Os aspectos econômicos e sociais por sua vez, juntos, provocam mudanças na tecnologia, com reflexos no planejamento do produto e na definição das estratégias de marketing. 9 Portanto, pesquisa constante, desenvolvimento e atualização tecnológica devem sempre estar aliados ao marketing para fazer frente a mercados cada vez mais competitivos. Consideremos também o peso preponderante dos fatores políticos e legais, tratando-se aqui das normas legais que regulamentam as operações de venda, interferem na composição de preços, determinam os critérios de financiamento à produção, controlam o sistema de crédito, sem nos esquecermos das posturas do Código de Defesa do Consumidor, fatores estes que, no seu conjunto, se inobservados, podem resultar até no encerramento de atividades de uma empresa. 10 CAPÍTULO II SURGIMENTO DO MARKETING NA ECONOMIA 2.1 – Marketing: essência na economia Com a dinamização da economia mundial, onde a cada dia novas necessidades e desejos surgem e novos fabricantes e consumidores são inseridos no mercado, as relações de troca tornam-se cada vez mais difíceis, acarretando mudanças no perfil da sociedade e um interesse maior em relação ao estudo dos mercados. O aprendizado consequencial deste processo será benéfico a todos os integrantes envolvidos neste sistema produtivo, ocasionando uma afinidade entre os interesses dos fabricantes e dos consumidores, que passam a ser não mais conflitantes e sim harmônicos. Apesar da economia mundial já ter compreendido bem este processo como satisfatório e estimulador do próprio crescimento, esta evolução ainda continua, pois é um caminho longo e um aprendizado difícil. Durante a história econômica mundial tivemos vários momentos inconstantes e contrastantes, pelos quais o homem passou e superou sempre procurando melhorar as relações de troca. Conclui-se, assim, que apesar de ser matéria recente no cotidiano humano, o marketing tem relatório de estudos não tão recentes, ou seja, a questão foi realçada com as ciências econômicas originando uma nova esfera de informação com características e nomes próprios. O interesse intensificado pelo marketing é paradoxal, porque muito embora seja uma das disciplinas de ação mais recente do homem, é também uma das mais antigas profissões do mundo. Desde o tempo da simples troca, passando pelo estágio da economia monetária até os complexos sistemas de marketing de nossos dias as trocas têm se realizado. Mas o marketing – estudo dos processos e relações de troca – apareceu formalmente apenas nop início do século XX, em virtude questões e problemas negligenciados por sua ciência-mãe, a Economia KOTLER. Marketing,1980 Sendo a Economia uma ciência que estuda, desenvolve e aplica teorias de se minimizar originários da dicotomia que significam escassos recursos e necessidades ilimitadas, torna-se necessário o desenvolvimento de práticas que procurem estruturar esta divergência de fatos. De forma decisiva e satisfatória será a atuação da filosofia do marketing na resolução deste problema . Para definir com maior exatidão e clareza as necessidades e 11 desejos dos consumidores, serão elaboradas estratégias através de pesquisas mercadológicas, que as organizações irão alocar da forma mais racional possível seus escassos recursos na produção de bens e serviços que melhor atendam o mercado a que se destinam. Através da análise dos princípios da Economia como ciência da escassez conclui-se que a mentalidade organizacional de marketing tem raízes profundas nas ciências econômicas. Segundo Paul Anthony Samuelson, 1997, a economia é a ciência que se preocupa com o estudo das leis econômicas indicadoras do caminho que deve ser seguido para que seja mantido um nível elevado a produtividade, melhorando o padrão de vida das populações e empregados corretamente os recursos escassos. É notório que quando analisa um mercado, registrando suas características e estrutura-se um modelo produtivo, a empresa estará contribuindo na minimização do problema central econômico, ou seja, a escassez de recursos e necessidades ilimitadas. 2.2 – Mercado 2.2.1 – Importância e evolução O conceito de mercado no fundo nos traz o conceito de marketing de forma global. Por este motivo torna-se imprescindível que antes de analisarmos o assunto marketing com mais riqueza de detalhes, façamos um paralelo entre o surgimento de mercado e o surgimento do marketing. Enquanto a Economia considera todo o processo produtivo evolutivo da produção mundial de bens e serviços, o marketing preocupa-se apenas quando do surgimento das primeiras formas de mercado, já que marketing significa trabalhar com mercados. Podemos dizer que o progresso econômico notado nos dias atuais está vinculado à especialização na produção, porém este item isoladamente não sustenta a abrangência do conceito do mercado. Nas sociedades primitivas, a auto-produção como modelo econômico apesar de satisfazer as necessidades básicas da unidade produtiva caracterizava-se pela ausência de trocas, ou seja, não tínhamos relações que fundamentassem a existência de mercado, uma vez que a produção se preocupava apenas com as necessidades do grupo. 12 Posteriormente, estes grupos passaram a se organizar dando origem a economia comunitária, onde, também, só se produziu para atender as necessidades básicas, não havendo portanto o fator troca. A seqüência histórica evidencia a divisão do trabalho, os grupos começam a se especializar e passa a existir o excedente na produção e a troca surge em função das necessidades de se obter outros bens. A partir deste momento podemos dizer que os fundamentos de marketing, pois teremos neste exato momento o surgimento de mercado. Baseados nestas observações concluímos que a administração voltada para o marketing estrutura-se na exigência de mercado e não apenas de produto. A princípio os primitivos sistemas de troca, baseados no escambo, podem parecer simples e eficientes; porém com evolução tecnológica e a prosperidade das sociedades, as necessidades humanas tornaram-se infinitamente maiores nos mercados primitivos, inviabilizando esta prática de comercialização. Eram necessárias cada vez mais, um número maior de relações de trocas, para que se estabelecesse os valores de cada um dos bens existentes no mercado em relação aos demais. Daí a necessidade de utilização de denominadores que eliminassem as dificuldades proporcionadas na prática de comercialização de escambo. O uso de instrumentos monetários surge como solução, facilitando os sistemas de troca e viabilizando a divisão do trabalho e especializando os agentes econômicos. Contudo este processo de monetarização foi lento passando pela utilização de vários instrumentos que culminariam na utilização da moeda que conhecemos hoje. 2.3 – Mercado consumidor Diariamente, os consumidores tomam diversas decisões de compra. Muitas grandes empresas pesquisam estas decisões detalhadamente para saber o que, onde, como, quanto, quanto e por que os consumidores compram. Os profissionais de marketing podem estudar as compras dos consumidores, porém seu ponto chave é descobrir os motivos “por trás” do comportamento de compras deles, que não é uma tarefa fácil, essas respostas geralmente estão trancadas na cabeça dos consumidores. A principal pergunta para os profissionais de marketing é: “Como os consumidores responderiam aos inúmeros esforços de marketing que a empresa poderia utilizar?” A empresa que realmente compreende como os consumidores respondem as diferentes características, preços e apelos publicitários do produto possuem uma grande vantagem em relação aos seus concorrentes. 13 Os estímulos de marketing consistem em produto, preço, praça e promoção. Os outros estímulos são as principais forças e acontecimentos nos ambientes econômicos, tecnológico, político e cultural dos compradores. Todos esses elementos penetram no processo de decisão de compra do consumidor, onde são transformados em um conjunto de respostas ou ações de compra. 2.4 – Troca, valor, preço e moeda Preocupando-se o marketing com a exigência de trocas, para a aquisição de produtos que satisfação as necessidades dos participantes desta relação, faz-se necessário que compreendamos que para a efetivação da troca algumas condições devem ser observadas. A existência de duas partes, algo que possa Ter valor para outra, capacidade das partes de comunicação e de fazer entrega e liberdade das partes para aceitar ou rejeitar a oferta são fundamentos básicos para efetivação da troca. Para que realização da troca se concretize é preciso que os participantes desta encontrem os termos de troca que viabilizem uma situação satisfatória e ambas as partes, criando a partir daí a noção do valor. O valor é estabelecido respeitando a individualidade de cada participante do mercado; caracterizando-se pela intangibilidade que concretiza-se a partir da estipulação de um preço, que funciona como medida de valor. Com a mensuração do valor, este tangiviliza-se através de moeda que funciona como instrumento para denominação comum de valores, possibilitando que troca efetue-se de maneira simples e eficiente. A efetivação da troca resultará obrigatoriamente na existência de mercado, que explica-se pela existência de indivíduos e organizações que são clientes efetivos ou potenciais para um produto ou serviço. O entendimento de mercado como um conjunto de consumidores de determinada área, aptos e dispostos a efetivar trocas para satisfação de suas necessidades, é extremamente importante para a compreensão da mentalidade de marketing. Segundo a American Marketing Association, mercado é “a soma das forças ou condições dentro das quais os compradores e vendedores tomam decisões que resultam na transferência de bens e serviços”. Edison SANTOS. Marketing para principiantes ,1979. 14 CAPÍTULO III A MENTALIDADE ORGANIZACIONAL VOLTADA PARA O MARKETING Muito se ouve falar de marketing atualmente, porém na grande maioria das vezes este termo é usado de forma simplista, sem que a abrangência do sue conceito seja levada em consideração. A desinformação a respeito do assunto faz com que as pessoas relacionem o marketing simplesmente com a veiculação de propagandas fabulosas, estimulantes promoções de vendas, embalagens sofisticadas e criativas; tudo feito com o objetivo de incrementar o consumo de um determinado bem. Até bem pouco tempo entendia-se como marketing somente as atribuições de distribuição, vendas e promoções de vendas. Hoje, porém, a extensão do marketing é bem mais ampla, com uma importância muito maior dentro da organização de qualquer grande empresa. Esta associação demasiadamente realçada entre o termo marketing e a estratégia adotada por esta comunicação/promoção é facilmente compreensível, já que esta fase caracteriza-se por ser a parte visível a todos os consumidores. Além da notabilidade desta variável de controle das empresas o aspecto de criatividade ligado a esta o torna atraente às pessoas que trabalham na área de marketing, que sempre realçam esta fase conclusiva das estratégias de marketing. O bode expiatório do marketing é a propaganda, que, com a parte visível do iceberg, acaba recebendo toda a carga negativa da opinião pública e até da legislação. Mas é importante para nós, profissionais de marketing, reconhecer que somos, em grande parte, culpados por esta incompreensão. Cabe, então, aos profissionais, executivos e administradores que aplicam e entendem esta filosofia tornarem público a existência de outras variáveis pertencentes ao composto de marketing. Deve-se considerar que as organizações empresarias possuem além da promoção outras variáveis de seu controle, que são: a pesquisa de marketing, e as estratégias de produto, de preço e de distribuição. Macarthy denominou os quatro fatores de “quatro P´s”: produto, praça, preço e promoção. 3.1 – Informação e Planejamento Para o estudo e compreensão da mentalidade de marketing é necessário que se entenda a importância das necessidades e desejos humanos em qualquer análise 15 mercadológica. A humanidade está em constante modificação, alterando-se permanentemente no campo de suas necessidades, onde novos mercados surgem e outros reestruturam-se. Trabalhando o profissional de marketing com mercados, este deve estar atento a toda e qualquer mudança nas necessidades e desejos dos consumidores. O acompanhamento desta evolução que se processa em todos os setores da atividade humana, deve ser observado e registrado porque sem informação não há planejamento. As necessidades de informação para o profissional de marketing contemporâneo atingem setores tão diversos como a geografia, a política, a economia, a psicologia, as ciências sociais e a informática. As atividades de planejamento, dentro de uma única empresa, englobam necessidades de conhecimento que têm relação com as mercadorias e matérias-primas, equipamentos e processos industriais, pessoal, recursos financeiros, transportes e comunicações. 3.1.1 – Planejamento estratégico O processo de planejamento pode ser tão importante quanto o plano que emerge. O planejamento encoraja a administração pensar sistematicamente no que aconteceu, no que está acontecendo, no que acontecerá. Ele força a empresa a definir melhor seus objetivos e políticas, leva uma melhor coordenação de seus esforços e oferece padrões de desempenho mais claros para controle. O argumento que o planejamento é pouco útil num ambiente de rápida mudança não tem sentido. Na verdade, o contrário é verdadeiro: um bom planejamento ajuda a empresa a antecipar as mudanças e responder rapidamente a elas, ajuda-a também a se preparar melhor a eventos inesperados. Assim, o planejamento é uma parte essencial da boa administração. As empresas normalmente preparam planos anuais, de longo prazo e estratégicos. Os planos anuais tratam de negócios atuais da empresa e como mantê-los em andamento. Em contra partida o planejamento estratégico compreende adaptar a empresa para que ela consiga obter vantagens das oportunidades do ambiente em constante mudança. Definimos como planejamento estratégico como o processo de desenvolver e manter um ajuste estratégico entre os objetivos, habilidades e recursos de uma organização e as oportunidades de marketing em um mercado em contínua mutação. 16 3.2 – O resultado e o produto Todo o esforço de marketing em adquirir informações sobre os diversos mercados deve buscar através do delineamento das reais necessidades e anseios dos consumidores, a criação de produtos que realmente satisfaçam e supram as expectativas de desejos da sociedade. Na administração voltada para a filosofia gerencial de marketing o conceito de produto não limita-se a objetos físicos, significando acima de tudo coisa intangível que alivia desconforto e desejo de uma pessoa. Descobertos os sentimento de carência do mercado deve a organização orientar as funções de planejamento para a criação de um produto que preencha este vazio, entendendo-se sempre que produto, na concepção de marketing, é o resultado de uma interação entre os interesses do mercado consumidor e produtor e acima de tudo é resultado de todo o esforço de marketing. O produto é a principal variável controlável pois é o ponto de interação das demais, assim todo trabalho desenvolvido nas funções de mercado, motivação de compra, ajustamento de produto, distribuição física, comunicação, transação e pós transação culminam na constituição da variável produto. O conceito de produto abrange utilidade e satisfação do consumidor. Para ser viável, o produto tem que ser necessário e útil e como complementação inseparável, deve satisfazer o consumidor de forma plena. Apesar dos mercadizadores orientem seu trabalho para a satisfação plena de seus clientes, são limitados pela influência das variáveis incontroláveis na tomada das decisões. Alguns produtos sofrem fortes restrições do meio, fazendo com o mercado altere-se ou deixe de existir. Certos produtos – peles de espécie em extinção, vendas de arma de fogo e em muitos estados americanos vendas de bebidas alcoólicas aos domingos – são proibidas por lei. Outras alternativas de produto podem ser limitadas pela tecnologia disponível ou por interesses sociais. 3.3 – O conflito entre Marketing e Vendas 3.3.1 – Vendas Apesar dos princípios de marketing já serem muito difundidos atualmente, as pessoas ainda confundem os conceitos de venda e marketing, a medida que ambos têm lucro máximo como objetivo. Porém após um conhecimento mais profundo dos tópicos, são distinguidas as diferenças básicas no que se refere os objetivos e os meios utilizados 17 na execução das distintas mentalidades. No conceito de vendas o objetivo é o produto que através dos meios de venda e promoção objetiva o lucro decorrente do volume de vendas. As empresas que se utilizam da administração orientada para o esforço de vendas consideram que seus produtos são vendidos e não comprados. O conceito de venda é uma orientação da administração que pressupõe que os consumidores normalmente não comprarão o suficiente dos produtos da empresa, a não ser que sejam abordados por um esforço substancial de venda e promoção. Este estilo administrativo ainda muito usado, e que caracteriza-se muitas vezes pela propaganda enganosa, cede lugar ao marketing que é mentalidade moderna e naõ imediatista, pois o objetiva conquistar e manter clientes. Nenhuma empresa moderna vende. Todas as empresas mais desenvolvidas e atualizadas do mundo fazem o marketing. As que ainda insistem em vender e continuam confiando no “old feeling” e colocando pessoas na rua, de porta a porta, perguntando quem quer comprar? 3.3.2 – Marketing Buscando conciliar o interesse do empresariado que visa a maximização de lucros e os interesses do consumidor que busca maximizar satisfação, a mentalidade empresarial de marketing surge como opção à modernidade nesta distinta relação, ou seja, maximizar tanto os interesses das empresas como dos consumidores. Como dito anteriormente o conceito de marketing distingui-se do de vendas justamente no seu objetivo que passa a ser a necessidade dos consumidores e não os produtos, utilizando dos meio de marketing integrado a empresa tem como objetivo lucros decorrentes da satisfação do consumidor. Marketing está preocupado com a idéia de satisfazer as necessidades do comprador, criando produtos e toda a gama de coisas associadas a distribuição e consumo final. O lucro, surge como decorrência deste processo. Segundo Drucker a venda e o marketing são antíteses e não sinônimos ou complementações. O objetivo do marketing é tornar a venda supérflua, é saber compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço o sirva e se venda por si mesmo. As empresas voltadas para o marketing não fazem gastos desnecessários, pois atuam sempre com base em informações concretas, selecionando produtos e mercados, 18 escolhendo sempre as condições que lhes proporcionem maiores lucros, com menores riscos. O marketing é uma técnica que visa conjugar uma série de instrumentos objetivando um melhor aproveitamento das oportunidades de mercado, com vistas a alcançar as metas empresariais, com um mínimo desperdício de recurso. Segundo Philip Kotler, o conceito de venda começa com os atuais produtos da empresa e considere sua tarefa utilizar a venda e a promoção para estimular um volume lucrativo de vendas. O conceito de marketing é uma orientação para o cliente, tendo como retaguarda o marketing integrado, dirigido para a realização e satisfação do cliente, como solução para satisfazer os objetivos da organização. Segundo Theodore Levitt, a venda enfoca as necessidades do vendedor; o marketing, as do comprador. A venda está preocupada com as necessidades do vendedor de converter seu produto em dinheiro; o marketing, com a idéia de satisfazer às necessidades do cliente por meio do produto e toda a gama de coisas associadas com a criação, a entrega e o consumo final. Isto posto, podemos agora diferenciar, tanto em termos conceituais quanto aplicativos, as atividades de vendas (que priorizam o produto) e as de marketing (que focalizam a satisfação de necessidades do consumidor). 19 CAPÍTULO IV MARKETING NAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 4.1 – Origem O marketing é tão antigo quanto as relações de troca, porém seu desenvolvimento e aperfeiçoamento tem raízes profundas nos Estados Unidos. Nasceu em função da busca e negociação do excedente de produção e da formação de um mercado onde as pessoas se encontravam e permutavam os diversos tipos de produtos, mas desenvolveu por mérito dos empresários americanos que acima de tudo acreditam na produção. Nesta linha de raciocínio podemos afirmar que o marketing no Brasil existe desde a chagada dos primeiros portugueses, que desenvolveram aqui relações de comércio, mesmo que muitas vezes em detrimento da colônia. Contudo o marketing praticado como filosofia organizacional no Brasil é um fenômeno recente pois fundamentou-se e começou a desenvolver-se somente na década de 50 com o advento dos supermercados na forma que conhecemos hoje. Talvez por esta razão o conceito de marketing no Brasil esteja forte e erradamente associada ao conceito de vendas, dificultando assim que melhorem as relações produtor – consumidor. O marketing no Brasil ainda está lutando para merecer o destaque e a importância que lhe é dado em outros países mais adiantados. Somente a partir de 1950, com o surgimento dos supermercados, é que o Brasil acordou para o estudo de novas técnicas de comercialização, iniciando, então, uma nova fase para nosso comércio, até então bastante bitolado em fórmulas e sistemas antiquados e obsoletos. Dessa década em diante o consumidor começou a ser tratado com maior importância, merecendo a posição que lhe é devida: “o consumidor é rei!” O atraso em que hoje encontra-se as empresas brasileiras na área de marketing está intimamente relacionado a constante crise econômica brasileira, pois o desenvolvimento desta filosofia depende diretamente da capacidade de investir e consequentemente do crescimento econômico, bem como assim de elaborada pesquisa de mercado consumidor. Esta afirmação é claramente constatada na indústria americana que, depois de 1945, deixou de produzir material bélico para dedicar-se a produção de artigos de consumo, necessitando de mais marketing para dirigir sua capacidade total de produção. 20 Sofrendo o marketing certo retardamento em seu desenvolvimento em período de crise, onde as relações entre produtores e consumidores sofrem fortes retrações, fica, até certo ponto, fácil compreender o marasmo dos produtores brasileiros nesta importante área do conhecimento administrativo. Contudo, a crise econômica instalada no Brasil não serve como única justificativa da lentidão no processo de aprendizado das técnicas de marketing; pois existem diversas outras variáveis que afetam diretamente na manutenção deste atraso. Justificativas estas também de caráter macroeconômico, com origem dos campos políticos. É evidente que na hipótese de uma Terceira Guerra a indústria mundial se desviaria em grande parte para a produção de material bélico, sofrendo o marketing certo retardamento em seu desenvolvimento, pois havendo menos bens de consumo para serem comercializados, é claro que haveria menos necessidade de marketing. Joaquim SILVA. Marketing nas empresas brasileiras, 1997 4.2 – Administração de Marketing Definimos administração de marketing como a análise, planejamento,a implantação e o controle de programas desenvolvidos para criar, construir e manter trocas benéficas com compradores alvo para que sejam alcançados os objetivos organizacionais. Assim, administração de marketing envolve administração de demanda, que por sua vez envolve administração com clientes. 4.3 – As empresas privadas 4.3.1 – Multifuncionais Dentro do empresariado brasileiro, infelizmente, ainda temos uma infundada resistência a utilização do marketing como norteadora mentalidade organizacional, oriunda de distorções quanto ao seu real sentido. Para muitos o marketing é uma técnica importada com finalidade única de forçar os brasileiros a adquirirem bens e serviços de que não necessitam e, com isso, fazer com que as empresas multinacionais consigam lucros abusivos em detrimento da economia nacional. Tomando, assim, conotação política este preconceito radicalizado com relação a uma técnica estimuladora do do próprio conhecimento econômico. Esta incompreensão, contudo, tem origem fundamentada quando dos primeiros contatos com esta filosofia, que nasceu importada das multinacionais, primeiras geradoras de empregos nesta área. 21 E no caminho dos desentendimentos, o profissional de marketing tem dificuldades de explicar que a sua profissão não é diversificação de pra´ticas de estelionato. Ainda creditando que tudo no Brasil tem explicação na origem dos fatos, a importação do marketing por grandes empresas multinacionais justifica também a insistência de pequenos e médios empresários em acreditar que marketing é das grandes empresas. Quando na verdade, pelo simples fato de estar inserida no mercado, executando trocas com seus clientes, está a empresa praticando e fazendo marketing. Para que uma empresa seja voltada para a administração moderna de marketing não basta apenas pesados investimentos na criação de um setor específico que trate de orientar os passos administrativos da organização com menos riscos possíveis. Ou seja, a formação de um setor de marketing na empresa não significa que esteja assim posicionada; necessitando na verdade, que toda a organização tenha consciência e postura voltada para tal. E isto está ao alcance de todas as empresas, inclusive das pequenas. 4.3.2 – Produto Pronto Num estudo de mercado as tendências culturais são de máxima importância pois também caracterizam um mercado. Posicionamentos quanto a mulher, religião, liberdade sexual e outras peculiaridades pertinentes a cada sociedade, são informações que o profissional de marketing jamais deve ignorar. Na elaboração da estratégia de marketing as diferenças culturais entre países, estados e municípios devem ser respeitadas, pois a não compreensão dessas desigualdade pode ocasionar fracassos em qualquer plano de marketing. A pesquisa de produto feita em mercados brasileiros, onde se questiona o sucesso ou não de produtos de origem estrangeira, é realidade lamentável de empresas instaladas no Brasil. A partir de amostragens, questionários e análises feitas em lugares de vidas parcial ou totalmente antagônicas às nossas, algumas instituições tentam empurrar produtos que divergem de maneira impressionante as necessidades e desejos da sociedade brasileira. Um certo dirigente de marketing pode obter excelentes resultados com um esquema numa região e fracassar com o mesmo esquema em outra região; pode obter sucesso numa época e insucesso em outra, mesmo sendo idênticas as fórmulas usadas. 22 Apesar dos fundamentos de marketing terem sido trazidos, há algum tempo, por multinacionais como a Nestlé, Gessy-Lever, Gillette, a dependência do modelo estrangeiro continua, hoje, a ser excessiva. Cabendo, assim, aos profissionais brasileiros o desenvolvimento de trabalhos que visem exclusivamente o mercado a que se propõe, pois estes homens encontram-se teoricamente bem informados para o desempenho desta função tão importante para a sociedade. São poucas as empresas multinacionais que aqui atuam a manter um setor dedicado à pesquisa e ao desenvolvimento de produção a partir de necessidades e desejos do consumidor brasileiro. Ainda que seja uma pena, é uma realidade, da nossa vida empresarial com a qual há muito já aprendemos a conviver. A não-transparência das atividades das empresas e os números de mercados constituem problemas gravíssimos nas relações de mercado no Brasil, onde os empresários defendem esses segredos como alma de negócio, dificultando qualquer análise da sociedade e eventuais inserções de novos concorrentes de mercado. Esta triste postura típica do empresariado brasileiro, receoso da concorrência,implica negativa e acentuadamente no crescimento econômico brasileiro, prejudicando em contra partida o próprio empresário praticante desta medrosa prática administrativa. 4.3.3 – Formação de Pessoal Toda esta falta de conhecimento do empresariado brasileiro em matéria de marketing provoca proporcional inércia na área de treinamento do pessoal de vendas. Contudo deve ficar claro que neste caso vendas não significa orientação administrativa escolhida pela empresa e sim, integrante do composto de marketing e a disposição desta. Descobertas as necessidades dos consumidores, a força de vendas contribuirá para que lucros sejam atingidos através da satisfação do consumidor. Teremos, assim, vendas como uma das variáveis controláveis disponíveis do fator promoção, que dentro do marketing integrado deverá ser bem utilizada de modo a aproximar os interesses dos produtos e consumidores. As empresas estão procurando superar esses problemas através de melhor seleção e treinamento de suas forças de vendas. Desconfiam do “velho tipo de vendedor caixeiro-viajante” ... Provavelmente, o novo vendedor tenha um treinamento técnico e esteja apoiado por uma equipe de engenheiros e pesquisadores de mercado. Ele sabe como entender as necessidades dos clientes e reconhece que eles estão cada vez mais 23 interessados em adquirir sistemas e serviços em vez de produtos, simplesmente. Ele vai em busca de relacionamentos a longo prazo em lugar de venda rápida. Antigamente, muitas empresas enviavam seus vendedores ao campo quase imediatamente após tê-los empregados. Os vendedores recebiam pacotes de amostras, talões de pedidos e instruções para vender. Nos dias atuais, um vendedor novo deve passar por um rigoroso treinamento, quando o apresentam a história e objetivo da empresa, os produtos com profundidade, as características dos clientes e concorrentes, preparação de relatórios, etc. Os programas de treinamentos representam gastos significativos à medida que bons instrutores custam caro, além de desembolsos com material e espaço. Contudo, este extenso período gasto no treinamento do pessoal de vendas significará no fim do processo mais utilidade do que custo. Este problema é seriíssimo, e todas as empresas que se dedicam ao assunto conseguem resultados surpreendente. Se comparados os valores proporcionais de investimentos de empresas multinacionais, como IBM e a Shell, com os investimentos de empresas nacionais teremos a clara noção da magnitude do problema. As oportunidades de sucesso são maiores se os componentes da força de vendas compreendem que conhecendo melhor as necessidades das pessoas com as quais estão falando, podem ajuda-las plenamente na satisfação dessas necessidades. Para que isso seja possível o vendedor deve conhecer profundamente as qualidades do produto. Usualmente, atribui-se aos vendedores um conhecimento que eles não têm, conhecimento esse orientado para a própria empresa e na~para o cliente. Do de vista do cliente, todo vendedor deve conhecer o que vende. Eis um conceito bastante difícil de ser usado. Os clientes compram para satisfazer suas necessidades, e essas necessidades são satisfeitas pelos benefícios dos produtos ou serviços. Os vendedores deveriam analisar todos os seus produtos dessas óptica antes de realizar visita ao cliente. Uma empresa é como uma máquina e para seu bom funcionamento faz-se necessário que suas peças estejam não somente bem preparadas, mas também devem colocadas nos lugares certos. Contudo, esta filosofia não é seguida pro muitas empresas que adotam o apadrinhamento de parentes e afilhados como solução de preenchimento de eventuais vagas. É muito comum em empresas brasileiras entregar “postos-chaves” a homens que não possuem qualquer qualificação, somente por pertencerem à uma família ou por serem amigos dos dirigentes. Isto é ruim para uma organização. O homem mal ajustado 24 prejudica o trabalho dos outros e causam descontentamentos difíceis de serem reparados. A formação de um pessoal de marketing eficiente constitui importante posicionamento para o sucesso de uma empresa. Vivemos a era do marketing e quem não estiver bem preparado nessa área não pode desenvolver-se, nem mesmo subsistir. São pessoas bem treinadas que partem para conquista de novos mercados, ampliam as vendas, garantem o aumento de produção, dão empregos a mais gente e promovem o desenvolvimento global da empresa e do país. 4.3.4 – Profissional de marketing. Sofre muito o profissional de marketing brasileiro no que se refere sua própria atuação no mercado. Infelizmente são poucas as oportunidades de trabalho no Brasil, onde o empresariado ainda não compreendeu a importância destes profissionais no desempenho de uma empresa bem sucedida. Contudo, não é este o único fator de inibição de oferta de trabalho para o profissional de marketing brasileiro. A importação de executivos estrangeiros constitui realidade lamentável na pauta de importação de brasileiros, onde contribuição maior fica a cargo das multinacionais instaladas em território nacional. Além de toda a remessa de divisas que geralmente implicam essas transferências de executivos da matriz para as filiais brasileiras, existem outros aspectos negativo decorrentes desta postura. As oportunidades inibidas pela vinda desses profissionais dificultam um melhor preparo dos nossos profissionais com aprendizado decorrente da atuação em instituições voltada para o marketing. Toda vez que uma empresa localizada no Brasil importa um executivo do exterior ela gasta para pagar sua mudança, co todos os pertences e a família para cá, gasta, naturalmente, com salários altos, com fringe benefits depositados diretamente em Nova Iorque ou Lausanne, tira a oportunidade do executivo brasileiro exercer aquelas funções e não faz estoque de know-how – a mais precoce das matérias-primas. E o elemento de fora raramente fica aqui: geralmente prossegui sua carreira no Equador ou na África do Sul e tudo recomeça do zero. Claro, há os que ficam. Não permitir a vinda de elementos de confiança da empresa não constitui medida interessante, porém limitar a vinda de profissionais para cargo de menos relevância, como gerentes de marketing, gerentes de produtos e gerentes de vendas, repercutiria positivamente no mercado de trabalho para nossos profissionais. E, 25 conseqüentemente, beneficiaria o mercado consumidor, que teria trabalhando para si pessoas que melhor entendem suas necessidades. Em países como Estados Unidos e Suíça, onde estão sediadas algumas das maiores multinacionais, existem leis que impõe obstáculos a vinda de executivos estrangeiros; valorizando, assim, o profissional nacional. No Brasil estas leis também existem, mas são de pouca eficácia. Uma boa lei dos estrangeiros deveria, isto sim, restringir e limitar a atividade de pessoas que, apenas de passagem, manipulam poder e autoridades capazes de descartar o profissional “brasileiro” (leia-se permanente) e de desestruturar os sistemas que nós criamos por serem os mais adequados à nossa cultura. No Brasil atual já temos muitas instituições que preparam o profissional de marketing de maneira satisfatória, como a Escola Superior de Propaganda e Marketing e a Fundação Getúlio Vargas. Contudo, a grande maioria dos profissionais ainda não está bem capacitada; isto decorre também do fato de o Brasil enfrentar uma inflação histórica, quando os princípios do marketing são parcialmente abandonados e superados por uma mentalidade voltada para vendas. Em períodos inflacionários, o profissional de marketing dá vez ao profissional de vendas. O nível médio dos homens de marketing brasileiro é baixo. Existem exceções, é claro, mas há uma média geral. A inflação que durante mais de uma década chegou a índices elevadíssimos em nossa economia, deformou a imagem do homem de marketing. Quando havia uma procura exagerada de qualquer produto, determinada apenas pela necessidade de proteção contra a desvalorização do dinheiro, todo mundo fazia milagres em vendas, batendo recordes de todas as formas. Não havia necessidade de competência, o mercado absorvia tudo, a qual quer preço. 4.4 – As empresas e órgãos públicos As análises as dificuldades e a realidade do marketing nas instituições privadas fica bem mais fácil ou quem sabe mais difícil, compreender a postura do governo em relação a essas técnicas. Basta apenas observarmos o desempenho da administração publica e o sofrimento e total insatisfação dos consumidores de bens e serviços gerados pelas empresas e órgãos públicos. O governo do nosso país trata o consumidor de seus bens e serviços exatamente com ele trata os seus cidadãos: como seres desprovidos dos direitos mais elementares e esmagados por obrigações. Nas relações entre Estado e os habitantes o desrespeito é 26 imperativo de ambas as partes; mas é o primeiro, por ser mais poderoso, que por vencer a luta das sonegações. Sonegando um bom atendimento as necessidades da população que um bom preço em contrapartida, o Estado demonstra a sua total miopia em marketing. No Brasil a pessoa que paga impostos esperando usufruir de seus direitos básicos, é desrespeitada enquanto contribuinte, cidadã e consumidora. Sendo o governo o responsável pela proteção do consumidor, somos colocados diante de uma situação de total desespero; já que esta é sem dúvida o maior infrator desses direitos. Misturando gasolina no álcool, álcool na gasolina, adulterando seus produtos o governo a sua total incapacidade como empresário. “Se o governo for proteger o consumidor neste país, como é que vai protegê-lo dele mesmo?” 4.5 – Defesa do consumidor No passado, os profissionais de marketing tinham mais liberdade para planejar à medida que as preocupações restringiam-se aos seus consumidores e seus concorrentes. No que se refere a tomada de decisões do composto de marketing, variáveis como embalagem, propaganda, assistência técnica, preço; sofriam pouquíssimas influências do meio. Porém, com a complexidade atual nas relações de troca, a sociedade evoluiu para uma nova postura, onde uma mais rígida regulamentação surge como disciplinadora das relações entre consumidores e produtores. Dentro desta nova realidade as empresas são obrigadas a desenvolver um “staff” jurídico maior e melhor preparado, para solucionar eventuais problemas causados aos consumidores de seus produtos. E acima de tudo deve a empresa esforçar-se na manutenção da boa qualidade e padronização da quantidade de seus produtos em respeito aos direitos dos consumidores estipulados em lei. Uma legislação que defenda o consumidor é necessária em qualquer país do mundo; mas, contudo, esta preocupação deve ser maior em nações que não atingiram um nível ideal de desenvolvimento. Não pairem dúvidas sobre a necessidade de proteger-se o consumidor brasileiro. Afinal de contas, se o consumidor é protegido em países onde tão condições de se defender tão bem quanto nos Estados Unidos, na França ou na Alemanha, muito mais evidente seria seu direito à defesa num país de mercado ainda imperfeito como o nosso, sujeito a todo o tipo de distorções e arranjos. 27 No Brasil acontecem os mais diversos crimes contra o consumidor, tanto por parte da iniciativa privada como por parte do governo, que parecem desconhecer qualquer legislação de assunto. É difícil encontrar um comprador que já não tenha sido ou se sinta enganado por um empresariado que culpe sempre a inflação e a desordem econômica. Álcool na gasolina, gasolina no álcool, água no leite, bicarbonato no pão, milho no feijão, colorantes e flavorizantes condenados, são alguns dos diversos exemplos de desrespeito a própria vida do consumidor. O mercado produtor sempre atento as novidades e desejos do mercado consumidor copia descaradamente produtos de sucesso, prática esta comum a todos os países, cabendo ao comprador precaver-se de eventuais prejuízos caudados por produtos fajutos. O Brasil hoje ocupa um destacado lugar no “ranking” da pirataria. Muito especialmente por essa vergonha e mentira que é “nossa” indústria de informática. Mas a capital mundial dos clones, a campeã mundial da “fajutice”, perto do qual o Brasil passa por pivete sem imaginação, é ainda Taiwan. Contudo, não deve o nosso consumidor ficar desesperado, pois existem algumas empresas realmente preocupadas em conquistar e manter clientes através de sua satisfação. Empresas como a Sadia e a Johnson & Johnson possuem serviços especiais de atendimento ao consumidor. Assim sendo, deve o comprador final tomar consciência da importância da sua decisão de compra, como a verdadeira legislação que os produtores conhecem e temem. Apesar de baixo, o nosso poder aquisitivo é o que dispomos para lutarmos contra os abusos praticados no mercado. Assim e daqui para frente, considerando que não está nada fácil para a maioria dos brasileiros aumentar rendimentos, o que têm de fazer mesmo é deixar de ser consumidores passivos e partirem para a operacionalização do reinado, esticando o poder de compra através de um novo comportamento. 28 CAPÍTULO V MACRO AMBIENTE BRASILEIRO Objetivando um estudo mais profundo das causas que explicam o atraso nas relações entre consumidores e produtores no Brasil, deve-se analisar as forças externas de nível mais gral que afetam diretamente a estrutura, a conduta e a atuação dos sistemas de marketing das empresas. Estas forças são variáveis incontroláveis, as quais as empresas tentam se adaptar através do uso dos fatores controláveis, a fim de continuarem no mercado. Deve a empresa estar atenta as mudanças no macro ambiente, pois estas são constantes e em ritmos acelerados, exigindo dos administradores atualização permanente de informações. Um macro ambiente são forças que mais oferecem oportunidades ou impõe ameaças a empresa. Para isso devem as empresas investir a fim de se manterem em consonância com as mudanças sociais e adaptarem-se com eficiência a nova realidade. A velocidade das transformações no meio ambiente desafia a capacidade das empresas que devem ser suficientemente rápidas para sobreviverem. A empresa passiva tende a sair do mercado; a empresa adaptável sobreviverá, podendo atingir um crescimento modesto; a empresa inovadora prosperará, contribuindo, inclusive, para as mudanças ocorridas no meio. Ainda dentro dessas considerações cabe ressaltar o conceito de ecossistema, onde as organizações interagem e mantêm um equilíbrio delicado com as forças do meio ambiente. Com a indústria automobilística que constitui setor básico de um vasto ecossistema, abrangendo refinarias de petróleo, metalúrgica, grandes auto-estradas, borracha, vidro, etc. A indústria petrolífera constitui importante elemento dentro desse ecossistema, tendo grande influência na economia mundial. Assim sendo, conclui-se que toda empresa está sujeita diretamente ou indiretamente a ameaças oriundas do meio ambiente, devendo esta precaver-se através de uma constante observação de tudo aquilo que ocorre ao seu redor e que poderia de alguma forma afetar a continuidade de sua produção. Uma ameaça ao meio ambiente é um desafio apresentado por uma tendência desfavorável de um distúrbio específico no meio ambiente e que levaria, na ausência de uma ação objetiva de marketing, à estagnação ou à falência da empresa, do produto ou da marca. 29 Surgidas mudanças no ambiente que signifiquem ameaça à empresa à medida que estruturas são modificadas; isto requer parte dos componentes do ecossistema adaptação criativa às novas tendências. Pois são estas mudanças ocorridas no decorrer da história que significaram o fim de inúmeros produtos, como carruagens puxadas a cavalo, espadas, chapéus masculinos, etc. Dadas a impiedade e a velocidade das mudanças do meio ambiente, as empresas devem estar atentas através de uma contínua análise de ameaças. Após a identificação das ameaças, estas devem ser avaliadas, fazendo-se previsões tecnológicas, políticas ou culturais. A reação a todas as informações daí extraídas acontece de diferentes formas. Pode a empresa não fazer nada, caso seja a ameaça considerada de pouca importância ou duração. Pode também permanecer somente na observação do meio sem reagir de imediato. Poderá melhorar seus produtos ou reduzir seus preços. Algumas empresas poderão optar pela luta contra os acontecimentos através de atitudes de relações públicas ou jurídicas. Poderá a organização reagir de diversas maneiras, inclusive, melhorando sua participação caso a ameaça seja considerada uma oportunidade. Contudo, existem componentes do macro ambiente de marketing que possuem maior influência sobre atitudes administrativas das empresas. Aspectos demográficos, econômicos, políticos, tecnológico e culturais são os de maior relevância quando da tomada de decisões das empresas. As dificuldades de prever o futuro são muitas, mas a habilidade de sentir e intuir o consumismo, os estilos de vida e as evoluções tecnológicas, as restrições econômicas e políticas, entre outras, podem ser a chave do sucesso em um mercado cada vez mais competitivo. 5.1 – Demografia Toda empresa deve estar atenta aos números demográficos, sendo imperdoável problemas causados a organização por este aspecto, já que são mudanças facilmente previsíveis. Deve toda administração inteligente preocupar-se com o tamanho, distribuição geográfica e densidade da população mundial, distribuição etária, composição racial, tendências de taxa de natalidade, casamento e mortalidade e outros dados, pois estes números irão caracterizar os diversos mercados aos quais as empresas se direcionam. A sustentação dos níveis de vida aspirados pela maioria das pessoas, diante da limitada possibilidade dos recursos da Terra, torna-se objetivo difícil de ser alcançado a 30 medida que a explosão demográfica do mundo é um fato que preocupa vários governos. Thomas Malthus, importante economista do século XVIII, interessou-se pelo assunto, analisando o crescimento da população como uma progressão geométrica, enquanto o suprimento de alimentos do mundo cresce numa progressão aritmética. Uma das falhas do raciocínio de Malthus foi de não observar que a aglomeração populacional minimiza a diferença entre crescimento populacional e crescimento do produto. Se a raça humana não conseguisse regular esta disparidade, forças naturais, a fome, a doença e a guerra interfeririam para igualar as medidas a níveis suportáveis. A preocupação com a deterioração da qualidade de vida oriunda da pressão do crescimento incontrolável da população sobre o suprimento de alimentos, recursos minerais, falta de espaço urbano e outras consequências é mais evidente em lugares e países que tem menos condições financeiras. O que ocorre na realidade é a diferença nas velocidades de diminuição das taxas de mortalidade tende a declinar mais rapidamente do que a taxa de natalidade, assim a população tende a crescer num momento inicial, pois ela encontra-se num ponto instável de equilíbrio com produto. Em várias nações em desenvolvimento, a taxa de mortalidade tem diminuído em função do avanço da medicina, ao passo que a taxa de natalidade permanece estável. Isto cria dificuldades para estes países alimentarem, vestirem e educarem seus cidadãos e melhorarem o padrão médio de vida. Necessitando esforço governamental, através de instrumentos de marketing social, que vise o controle da natalidade e o planejamento familiar. Esta acentuada discrepância do crescimento populacional entre os povos desenvolvidos e subdesenvolvidos significa que a pressão sobre os recursos naturais exercidas pelos novos contingentes populacionais passará a ser muito mais intensa nas áreas economicamente deprimidas do que nas que já alcançaram satisfatório estágio de progresso econômico. A mais ampla dimensão e a maior densidade da população das áreas subdesenvolvidas poderão até mesmo ultrapassar a faixa do “ótimo populacional” se é que em algumas nações mais atrasadas ela já não tem sido superada pelo crescimento dos recursos humanos a taxas mais que proporcionais às da expansão dos estoques dos demais recursos. O Brasil e outros países subdesenvolvidos precisam acumular mais, para atender uma população sempre desejosa de padrões superiores de vida. Contudo, a acumulação é dificultada pela elevação do consumo, não ocorrendo o necessário sacrifício do presente pelo futuro, decorrente da canalização de elevadas parcelas de produção 31 corrente para o investimento e a formação de capital. A questão demográfica brasileira continua sem apresentar os resultados práticos necessários que surgiriam de uma política restritiva populacional necessária a nossa realidade que infelizmente exprime números que de nada devemos nos orgulhar. A “explosão demográfica”, a dilatada faixa pré-produtiva e os baixo níveis de instrução que caracterizam a população brasileira são os principais fatores que, somados à não muito expressiva capacidade interna de acumulação, têm conduzido a maioria dos autores nacionais a recomendar a adoção de política demográfica restritivas no país. No mundo dos negócios as questões demográficas devem ser de total conhecimento das empresas, especialmente quando atingem os mercados a que se destinam. Muitas divergências existem na discussão do assunto, todavia todos os produtores devem estar atentos aos números estatísticos. Uma população em expansão pode significar mercado em expansão, como também elevação dos custos devido a uma maior pressão sobre os recursos disponíveis. As taxas de crescimento populacional afetam peculiarmente cada empresa e de diversas formas. Para um fabricante de brinquedos a taxa de natalidade constitui instrumento importante de trabalho ao passo que a taxa de casamentos interessa as costureiras, produtores de aliança, as igrejas e todos aqueles que vivem da indústria do casamento. Assim sendo, tendo clara noção do que se passa em seu mercado específico, a empresa será menos vulneráveis a ameaças vindas do aspecto demográfico. As previsões demográficas, numa base de duração média, são razoavelmente dignas de confiança. É inaceitável que uma empresa seja surpreendida por acontecimentos demográficos. A empresa alerta terá suficientes avisos com antecedência e poderá começar a procurar novas linhas de produto e melhores mercados quando pressentir mudanças. 5.2 – Lei e Política Na administração contemporânea as empresas têm suas decisões de marketing cada vez mais dependentes de leis e regulamentos governamentais que surgem principalmente de informações extraídas da opinião pública. As nações passam a ter suas economias mais reguladas juridicamente de modo a evitar abusos econômicos e ecológicos por parte das empresas. Regulamentos antitrustes são elaborados com o intuito de fortalece a livre concorrência, evitando que grandes empresas tentem eliminar seus concorrentes mais fracos. Além de proteger os pequenos empresários dos grandes, 32 existem regulamentações que protegem os consumidores dos homens de negócios, que têm diante de si barreiras legais que evitam fraude de produtos e serviços, no que se refere a práticas enganosas e adulterações. Nos últimos anos temos uma maior preocupação e dedicação com relação aos problemas causados a ecologia, que tem sofrido grandes perdas devido a uma postura quase sempre destrutiva das empresas. Surge, então, a necessidade de criação de leis que evitem toda espécie de ataque ao meio ambiente por parte das empresas, exigindo deste investimento nesta área. Afetando diretamente a vida das empresas, estas regulamentações devem ser total conhecimento da administração que deve tomar decisões que não infrinjam qualquer lei. O executivo de marketing não pode planejar inteligentemente sem um bom conhecimento das leis e regulamentos importantes que existem para proteger a concorrência, os consumidores e os altos interesses da sociedade. As leis são numerosas. Ele deve saber que são várias as leis federais, estaduais e mesmo municipais que afetam a conduta de sua atividade de marketing e várias organizações de consumidores que têm um potencial de impacto sobre as suas atividades. Contudo, cabe ressaltar que toda essa regulamentação surgiu das aspirações da sociedade, que pressionando seus representantes no governo visam a racionalização nas relações de troca. Pressões estas oriundas de dois movimentos em particular, o consumismo e ecologismo. Enquanto os consumistas se preocupam se sistema de marketing está ou não atendendo eficazmente aos desejos e as necessidades dos consumidores, os ecologistas enfocam o impacto do marketing moderno sobre o meio ambiente e os custos acarretados por servir a esses desejos e necessidades dos consumidores. 5.3 – Cultura Importante componente do macro ambiente, o meio sócio cultural afeta decididamente as decisões mercadológicas das empresas que podem e devem respeitálo. Caso contrário poderão estas incorrer em erros gravíssimos. Através de pesquisa cuidadosa o profissional de marketing consegue as informações necessárias às empresas, para que estas possam desenvolver seus produtos em consonância com o aspecto cultural. Na comunicação publicitária devem também estes dados que caracterizam o mercado serem usados de modo a refletir melhor os condicionamentos psicológicos do receptor-consumidor, mesmo que ainda em potencial. Por esta razão a 33 grande maioria dos anúncios são classificados como regionais, procurando atingir com exatidão o seu público alvo. Um pouco como na literatura, poderíamos os anúncios em universais regionais. São raros os anúncios universais, como aquele garotinho que oferece uma Coca-Cola ao seu ídolo esportivo, saindo exausto do campo (assim mesmo, na versão brasileira, foi necessário trocar o cenário do futebol americano para futebol brasileiro); ou da menina que experimenta seu primeiro sutiã. O assunto é tão importante que sua abrangência atinge a discussão sobre a verdadeira do negro sociedade brasileira. Muito sobre a pequena participação de modelos negros e a própria veiculação de anúncios que exaltem a cultura negra. Do ponto de vista estritamente populacional os negros e mestiços representam uma parcela considerável da população; todavia, pouco se valoriza esta importante fatia de mercado. Para Washington Olivetto, o problema fundamental está no fato de que grande parcela da população negra se encontra economicamente marginalizada, “é a propaganda reflete o esteriótipo da maioria dos consumidores”. Em outras palavras, a propaganda na escolha de modelos para anúncios deveria refletir a constituição do mercado. Assim, sendo conclui-se que o profissional de marketing deve ter em mãos o perfil sócio-cultural do mercado alvo que pretende atingir de modo há não incorrer em erro primário que constitui em lançar um produto que entre em choque com a realidade cultural atual do mercado, já que os aspectos culturais estão constante mutação. O meio ambiente mercadológico certamente será afetado nessa hipótese, e os produtos e serviços deveram adequar-se às mutações demográficas sociais e culturais também. 5.4 – Tecnologia Toda noção na conjuntura atual de crescimento da sua economia intimamente ligada a descoberta de novas tecnologias que proporcionam instrumento as empresas interessadas na conquista de novos mercados. A evolução dos conhecimentos tecnológicos tem como consequência básica o aumento da capacidade de produção da economia em relação à quantidade de recursos humanos e de capital empregados. A grande evolução das técnicas de produção que marca as modernas economias iniciou-se com a Revolução Industrial, na Inglaterra, seguidas por outras potências extra-européia como os Estados Unidos, o Japão e a União Soviética. Nas economias mais avançadas, 34 cálculos econométricos recentes indicam o nível de educação e treinamento da força de trabalho como causas principais do crescimento econômico; estes são requisitos para a melhoria da capacidade tecnológica. A expansão da disponibilidade de capital e da força de trabalho não explica isoladamente o nível de crescimento atingido por algumas nações. O fato é que os países onde as unidades de produção conseguiram a inovação na produção tiveram maiores chances de aumento de sua participação no mercado. No quadro dos recursos básicos de produção que contam os sistemas econômicos, a capacidade tecnológica destaca-se como indispensável elemento de ligação entre o capital e a força de trabalho. A tecnologia é essencialmente constituída pelo conjunto de normas e ações que definem a operacionalidade produtiva da sociedade. Trata-se do know-how que se transmite de geração em geração, acumulando-se e evoluindo na direção de formas operacionais cada vez mais sofisticadas. No caso específico das nações menos favorecidas, ditas subdesenvolvidas, o acesso ao conhecimento tecnológico é prejudicado por possibilidades de acumulações baixas que dificultam as elevadas inversões exigidas por este setor. Contudo, o Brasil esforça-se para solucionar o problema tecnológico, reconhecendo que o desenvolvimento econômico está intimamente ligado ao avanço da tecnologia empregada. As transferências de conhecimento tecnológico, porém, são dificultadas já que estas dependem basicamente da instalação de subsidiárias de empresas estrangeiras que geralmente recebem das matrizes equipamentos já superados. Quanto à tecnologia, vivemos correndo atrás. Sem condição de alcançá-la, pois é ditada pelos países mais desenvolvidos. Quando recebemos o material, geralmente já é obsoleto. E acabando importando técnicos estrangeiros, genuíno produto supérfluo na pauta de nossas importações, para ensinar-nos o “modo de usar” as coisas. Além da grande dificuldade de acesso as novas tecnologias desenvolvidas pelas grandes potências, o Brasil conta com dados indicadores que revelam os fracos investimentos destinados a este setor. Pouco se gasta em Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil, e este pouco gasto é na sua grande maioria de origem pública. Ou seja, a iniciativa privada brasileira destina poucos recursos ao desenvolvimento tecnológico que possibilitaria decorrentemente a melhoria da qualidade de seus produtos. Países como a Coréia do Sul, que despontam atualmente no cenário mundial, possuem um empresariado consciente e de maior desenvoltura que o brasileiro no que se refere a investimento em tecnologia. Fato este que se explica principalmente pela inibição 35 criativa da indústria brasileira protegida por uma política tarifária protetora por parte do governo brasileiro. Os avanços tecnológicos do mundo livre e a estagnação econômica em países de comando central é hoje fato inegável, desencadeando um desejo incontrolável de liberdade, contato como o mercado externo e uso dos benefícios do progresso, que vem causando no mundo atual mudanças políticas e conjunturais cada vez mais frequentes. O profissional de marketing deve estar atento a todas as mudanças tecnológicas, bem como estimulá-las já que as informações adquiridas sobre os mercados servirão de base para os trabalhos do pessoal de pesquisa e desenvolvimento das empresas. O especialista de marketing deve compreender o meio ambiente tecnológico e as mudanças da tecnologia. Deve trabalhar em constante contato com o pessoal Pesquisa e Desenvolvimento da sua organização. Possui uma responsabilidade fundamental em desencantá-lo com a tecnologia, para o próprio bem da tecnologia. 5.5 – Economia e a Concorrência Não há duvidas que os aspectos econômicos são os de maior relevância nas decisões mercadológicas pois estes influem diretamente no poder aquisitivo total, elemento fundamental na constituição de um mercado atraente. Os mercados atuais não dependem exclusivamente da existência de pessoas, apesar do marketing ser voltado para a satisfação dos mesmos; mas sim, do poder aquisitivo que estas mesmas pessoas possuem. Toda empresa voltada para o lucro decorrente tanto de uma mentalidade de marketing como de vendas, preocupa-se com a potencialidade de um mercado no que se refere a capacidade de absorção do mesmo. Nestas considerações inclui-se os níveis de poupança e de renda corrente, pois estes bem distribuídos entre os componentes da sociedade definirão um mercado potencial mais rígido, já que a concentração de riqueza nas mãos de poucos interferem negativamente no nível de consumo de bens de capital, bens de consumo de luxo e bens essenciais. Dentro ainda de uma análise do poder aquisitivo ressalta-se a importância dos preços, custos e disponibilidade do crédito ao consumidor. Em alguns países o crédito ao consumidor tem contribuído para o crescimento econômico, pois este somado a sua renda e poupança definirão o que ele pode gastar. Realçamos que os mercados exigem não apenas pessoas, mas também poder aquisitivo. O poder aquisitivo total é a função de quatro importantes fatores: poupança, rena normal, preços e disponibilidade de créditos. 36 A questão do poder aquisitivo está intimamente ligada a problemática da distribuição de renda, pois quanto mais bem distribuída for, mais ampla será a potencialidade do mercado. Nações economicamente bem estruturada onde o poder aquisitivo da unidade existe devido a uma justa distribuição de renda, constituem mercados atraentes a investimento de toda espécie. Em contra partida economias caracterizadas pela má distribuição de renda têm a sua potencialidade reduzida com mercados menores. Economias, como a brasileira, caracterizadas por excessiva concentração de renda nos últimos anos tem a cada dia menos consumidores em potencial para certos produtos, a medida que a quantidade de pobres aumenta a níveis alarmantes. Outra consideração importante a propósito da estrutura da repartição individual da renda no Brasil e a caracterização da sua evolução recente. De acordo com os dados disponíveis, ocorreu um equivoco processo de concentração de renda nas mãos das classes mais ricas, em detrimento das taxas de participação das classes mais pobres, durante o compreendido entre 1960 e 1980. Em economias que prevalecem as condições de livre iniciativa, da concorrência perfeita e das decisões individualistas adotadas em todos os setores da economia, o mecanismo de preços funciona teoricamente como o orientador do aparelho produtivo a medida que este funciona como índice de escassez, orientando as empresas quanto a expansão da oferta e da procura. Este mecanismo para o profissional de marketing constitui como elemento importante na determinação de novos investimentos, na concepção de mercados atraentes e fixação de preços de seus produtos; devendo a empresa considerar cuidadosamente as reações dos consumidores e dos concorrentes. Contudo, imperfeições surgidas podem prejudicar o livre funcionamento dos mercados, ou seja, a existência de monopólios e oligopólios dificultam o papel orientador dos preços a medida que estes podem ser controlados pelos detentores da oferta. Desta maneira, quando são claras as evidências de práticas conspirativas e a falha do sistema de preços, faz-se necessária a reavaliação do liberalismo puro e a prática de uma nova realidade onde o Estado intervém de modo a evitar abusos. O gerente de marketing pode dispor de considerável para a fixação do preço, mas este deve ainda ser compatível com o resto da estratégia de marketing. Nesse contexto, as necessidades e preferências de cada mercado-alvo irão sugerir, ou mesmo estabelecer certas políticas de preço. 37 No mundo econômico da atualidade dificilmente se encontra uma economia totalmente liberalizada tão pouco uma caracterizada por uma planificação global. As nações historicamente capitalistas possuem alguma forma de planejamento ao programarem seus investimentos públicos ou fixarem suas legislação econômica. Em contra partida, mesmo os países ortodoxalmente socialistas não apresentam uma planificação integral, já que algumas decisões econômicas fogem ao controle do governo. Assim sendo, hoje em dia, constatamos um misto de laissez-faire planificação nas diversas nações do mundo. Aliás, na realidade, longe de as modernas economias liberais pretenderem o total não-interferência do Estado no domínio econômico, procuram hoje identificar o equilíbrio aceitável entre a dose das atividades providas pelo governo e pelas organizações privadas. Contudo, deve ficar claro que toda intervenção estatal justifica-se apenas na manutenção e proteção da concorrência como principal fator da melhoria das relações entre consumidores e produtores a medida que pressiona estes últimos no aperfeiçoamento de seus produtos através de uma tecnologia mais sofisticada. O Estado nas suas economias avançadas exercem intervenção parcial, mantendo a iniciativa empresarial sob vigilância de modo a evitar abuso do poder econômico. Desta forma, temos como orientadores do processo econômico as forças de mercado e um planejamento indicativo por parte das autoridades governamentais que devem trabalhar pela proteção a concorrência como verdadeira defesa do consumidor. Se as necessidades e desejos humanos forem satisfeitos no processo de concorrência empresarial, então é de interesse público deixar que a concorrência continue. Mas não nos esqueçamos da verdadeira essência do marketing, acima de tudo. A economia brasileira durante anos sofreu distorções significativas no que se refere a estrutura dos diversos mercados. Abaladas por problemas gravíssimos a nossa economia vem sofrendo alterações que interferem em muito os trabalhos do profissional de marketing. Para que um mercado seja potencialmente interessado é necessário que os indivíduos tenham capacidade de consumo, ou seja, a sua renda per capita deve permitir a compra dos produtos e serviços a serem oferecidos. Todavia, a economia do Brasil há anos é atingida por variações do PIB e da inflação que vem transformando o mercado interno como um todo, concentrando a renda e criando poucos empregos. O que hoje se visualiza no país é um grande número de pessoas sem renda fixa e que vivem do 38 subemprego, ao passo que um grupo menor desfruta de grande poder aquisitivo, definindo um mercado comprador pequeno e serviços sofisticados. A capacidade de consumo dos indivíduos é afetada pelo nível de renda per capita, pela oferta de empregos, em nível econômico, e pela mobilidade social e pela capitação de profissional dos indivíduos, em nível social , entre outros fatores. E a estabilidade social é afetada pelo modelo de crescimento econômico adotado, assim como a inflação altera a capacidade de consumo individual. Necessitando de uma verdadeira concorrência para desenvolver-se em benefício de toda a sociedade, o marketing sente dificuldades no caso específico brasileiro pelo fato de nossa economia caracterizar-se pela presença demasiada do Estado e oligopólios que inibem as forças de mercado. A liberdade na tomada de decisão, fator fundamental para que o marketing sobreviva é caso raro na história econômica brasileira. O nosso modelo político é historicamente centralizado, autoritário, estatizante, conflitando com idéias democráticos e de livre iniciativa. A variável preço quando não é controlada pela CIP, é distorcida pela inflação, prejudicando o trabalho do profissional de marketing. Todos esses aspectos negativos somados as reservas de mercados acabam por premiar os incompetentes, ativando a corrupção em todas as esferas econômicas. No fim de todo processo teremos o atraso tecnológico como consequência natural. Vejamos a economia: é uma atividade que floresce e produz melhores resultados em liberdade, pois está ligada ao sistema livre de concorrência. Ora, a economia brasileira é estatizante e oligopolizante. Tem raízes históricas para isso. Nossa indústria nasceu de um projeto dirigido de substituição de importações. E os nossos empresários defendem ardorosamente as reservas de mercado. Contudo, o Brasil acompanha as impressionantes modificações ocorridas no cenário econômico mundial neste final de século. A glasnost soviética, implantado por Mikhail Gorbachev, marca a ruptura do modelo utópico e o retorno dos países do leste europeu para a democracia política e a economia de mercado. No continente americano observa-se a recuperação da democracia em vários países, entre eles o Brasil, que através de eleições diretas tem no poder pessoas que buscam justamente a liberação da economia nacional e a implantação de uma mentalidade onde a concorrência é grande estimuladora de crescimento e do avanço tecnológico. Há segmentos que simplesmente temem a competição por não se julgarem ainda capacitados para enfrentá-la, esquecendo-se que o princípio da livre concorrência é, 39 exatamente, o de não prever procrastinação da convivência e do cotejo, pois é isto que promove o dinamismo do progresso. O saldo desse esforço de integração a competição mundial significa acima de tudo melhoria da qualidade dos produtos nacionais que não mais serão protegidos por uma reserva de mercado, beneficiado no fim do processo o consumidor, que terá a sua disposição produtos melhores e preços menores. O governo Collor através da abertura de mercado brasileiro visa a modernização industrial e o fim dos cartéis comodamente instalados no país, sem qualquer preocupação com o nível de competitividade internacional. A economia de mercado livre, defendida pelo plano econômico do governo, trás novos tempos para o consumidor, que será beneficiado com a livre concorrência, ganhando a oportunidade de pesquisar preços e adquirido comércio o produto desejado pelo preço acessível e no local preferido. E para fazer valer a livre concorrência, o governo vem combatendo a formação de cartéis. Para o profissional de marketing é evidente que a abertura econômica valoriza o seu trabalho à medida que a competição aumenta e o consumidor tem mais produtos à sua disposição; necessitando a empresa de mais marketing para que suas fatias de mercado sejam defendidas e conquistadas. Conclui-se, assim, para que o consumidor beneficie-se com o progresso econômico e que o marketing colabore nesta satisfação, é necessário o estímulo a concorrência e pouca intervenção do governo na vida das empresas e dos compradores. 40 CONCLUSÃO O marketing bem aplicado só vem acrescentar na vida econômica mundial. De acordo com o marketing as empresas devem aplicar maior parte de seus recursos em investimento de construção de valor. De que adianta fazer uma bela estratégia de vendas, promoções e etc, aumentar consideravelmente seus lucros e não serem agregados os verdadeiros valores aos produtos, conseqüentemente não se obterá uma fidelização de clientes. A responsabilidade social, gera do marketing uma empresa que toma decisões levando em consideração as necessidades e os interesses dos consumidores. O decorrer de um excelente negócio surge através do apoio do progresso tecnológico, onde o profissional de marketing utiliza a criatividade para desenvolver novos produtos e serviços e um eficiente composto de marketing, abrangendo produto, distribuição, promoção e preço, que venham a preencher nossos desejos ilimitados. Contudo, para que o marketing sirva de ferramenta para o progresso econômico, algumas condições devem ser consideradas como vitais para existência do próprio marketing. A liberdade de decisões, ou seja, a concorrência é condição primordial para que os indicadores econômicos reflitam a realidade e sejam usados em benefício da sociedade. Não havendo lugar para governos centralizantes autoritários e inibidores da livre iniciativa. Neste final de século, diversas nações, que ainda insistiam na adoção de tais métodos ultrapassados, resolvem partir para a economia de mercado, admitindo, assim, que a adotaram são hoje mais prósperas e avançadas socialmente. Estas mudanças refletem um anseio da população pela modernização que, apesar das restrições a informação vindas do exterior, acabam descobrindo como seus amigos das economias livres desfrutam dos benefícios do avanço tecnológico orientado para o consumo em geral. O Brasil apesar de ser uma economia teoricamente capitalista e livre, apresenta uma estrutura estatizante e protencionista, onde a substituição de importações e reservas de mercado constituem peculiaridades constantes da nossa história econômica. Desde o Brasil-colônia, quando éramos obrigados a consumir somente os produtos da metrópole, ignoramos como salutar é a existência da concorrência. Talvez, pressionados por compromissos financeiros externos, fomos obrigados a abrir mão da concorrência externa e premiar a ineficiência de algumas que insistem em afirmar que esta proteção 41 tarifária é necessária para o progresso da indústria nacional. Contudo, acompanhando os acontecimentos externos, o Brasil parece se direcionar para o mundo a fim de gozar dos efeitos saudáveis dos conflitos entre empresas, como a mais pura concorrência. 42 BIBLIOGRAFIA KOTLER, Philip. Marketing. São Paulo, Ed. Compacta, Editora Atlas, 1980. KOTLER, Philip & ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. São Paulo, Ed. Pearson, 9ª edição, 2003. McCARTHY, E. Jerome. Marketing básico: uma visão gerencial. 2. Ed. Rio de Janeiro, Xahar, 1998. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 12. Ed. São Paulo, Atlas, 1997. SANTOS, Edson. Marketing para principiantes. Editora Tecnoprint, 1979. SIMÕES, Roberto. Marketing básico. São Paulo, Editora Saraiva, 1995. 43 ÍNDICE INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 06 CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO DE MARKETING ........................................... 07 1.1 – Conceitos básicos.......................................................................................... 07 CAPÍTULO II – SURGIMENTO DE MARKETING NA ECONOMIA ............. 10 2.1 –Marketing: essência da economia .................................................................. 10 2.2 –Mercado .................................................................................................. 11 2.2.1 –Importância e evolução........................................................................... 11 2.3 –Mercado consumidor...................................................................................... 12 2.4 –Troca, valor, preço e moeda........................................................................... 13 CAPÍTULO III – MENTALIDADE ORGANIZACIONAL VOLTADA PARA O MARKETING ................................................................................................... 14 3.1 – Informação e planejamento........................................................................... 14 3.1.1 – Planejamento estratégico....................................................................... 15 3.2 – O resultado e o produto................................................................................. 16 3.3 – O conflito entre marketing e vendas ............................................................. 16 3.3.1 – Vendas................................................................................................... 17 3.3.2 – Marketing .............................................................................................. 17 CAPÍTULO IV – MARKETING NAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS........... 19 4.1 – Origem .......................................................................................................... 19 4.2 – Administração de Marketing......................................................................... 20 4.3 – As empresas privadas ................................................................................... 20 4.3.1 – Multifuncionais ..................................................................................... 20 4.3.2 – Produto pronto ...................................................................................... 21 4.3.3 – Formação pessoal.................................................................................. 22 4.3.4 – Profissional de marketing...................................................................... 24 4.4 – As empresas e os órgãos públicos ................................................................ 25 4.5 – Defesa do consumidor................................................................................... 26 CAPÍTULO V – MACRO AMBIENTE BRASILEIRO....................................... 28 5.1- Demografia...................................................................................................... 29 5.2 – Lei e Política ................................................................................................. 31 5.3 – Cultura .......................................................................................................... 32 5.4 – Tecnologia..................................................................................................... 33 5.5 – Economia e a concorrência............................................................................ 35 44 Conclusão............................................................................................................... 40 Bibliografia ............................................................................................................ 42