LOGÍSTICA REVERSA E O MARKETING VERDE: UMA FERRAMENTA PARA GESTÃO AMBIENTAL. REVERSE LOGISTICS AND MARKETING GREEN: A TOOL FOR ENVIRONMENTAL MANAGEMENT. Antonio Travassos Augusto Junior - [email protected] Fernanda Rodrigues de Souza – [email protected] Laís Rodrigues de Souza - [email protected] Priscila Rattigueri Batista – [email protected] Profª. Esc Ana Beatriz Lima – [email protected] Profº. Msc Francisco César Vendrame - [email protected] RESUMO O objetivo deste artigo é propiciar uma reflexão e demonstração dos benefícios da utilização da Logística Reversa e o Marketing Verde como ferramentas para a Gestão Ambiental. O Marketing Verde associado à Logística Reversa adquiriu status de uma das principais fontes potenciais de progresso na eficiência geral da empresa, tanto na sua imagem como também na redução de custos. O foco no Meio Ambiente vem se destacando perante as grandes organizações e na sociedade, por parte das empresas e consumidores, em relação ao retorno de materiais descartados e possivelmente reutilizáveis de forma consciente. Estas ferramentas afirmam a importância da Gestão Ambiental para as organizações que pretendam controlar de forma eficaz e consciente seu desempenho ambiental. Palavras-chave: Organizações. Logística Reversa. Marketing Verde. Gestão Ambiental. ABSTRACT The aim of this paper is to provide a reflection and demonstration of the benefits of the use of Reverse Logistics and Green Marketing as Tools for Environmental Management. The Green Marketing Reverse Logistics associated with the acquired status as a major source of potential progress in the overall efficiency of the company, both in its image as well as reduce costs. Focus on the Environment has stood out against the large organizations and in society, by businesses and consumers in relation to the return of discarded materials and possibly reusable consciously. These tools support the importance of Environmental Management to organizations seeking to effectively manage their environmental performance and conscious. Keywords: Reverse Logistics. Green Marketing. Environmental Management. Organizations. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 48 INTRODUÇÃO As novas exigências de mercado e o crescimento da sociedade moderna fazem com que o planeta venha sofrer impactos ambientais agravantes. O crescimento industrial tornou o Brasil um país competitivo gerando como consequências a degradação na natureza e má qualidade do ar em metrópoles, onde fica afrontoso aos olhos da sociedade. Segundo Donaire (1999), Gestão Ambiental sistemática não é algo que possa ser introduzido de imediato, exige planificação, o estabelecimento de etapas seqüenciais e vigor na sua implantação. Visando o bem estar da humanidade que o Gestor Ambiental auxilia as empresas na redução de custo de materiais e aprimoramento do uso de produtos ou maquinários que afetam a natureza, bem como a integração das indústrias junto à sociedade. Agregado a Gestão Ambiental destaca-se a Logística Reversa e Marketing Verde, onde a Logística Reversa reaproveita os materiais já usados e passiveis de reciclagem. Já o Marketing Verde, promove a empresa através dos benefícios que ela traz ao meio ambiente. Todas as ferramentas apresentadas vêm no intuito de aprimorar o conhecimento da sociedade e minimizar os impactos ambientais. O presente estudo procurou centrar-se e estabelecer basicamente a descrição do processo de coleta seletiva, bem como verificar a importância da Logística Reversa e do Marketing Verde, na empresa COOPERSOL. A COOPERSOL é uma cooperativa de reciclagem de lixo, visando à distribuição de seus lucros em partes iguais a seus cooperados. Tem como apoio a Prefeitura Municipal de Lins, auxiliando na administração financeira, de materiais e maquinários. Contam com apoio de empresários da comunidade, para a separação do lixo já nos próprios estabelecimentos, facilitando assim o manuseio do mesmo quando de sua chegada na cooperativa. 1. COOPERATIVA COOPERSOL LINS – SP O Cooperativismo é um sistema econômico que faz das cooperativas de reciclagem, a base de todas as atividades de produção e distribuição de riquezas. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 49 Com o processo de industrialização, a mão de obra humana foi parcialmente substituida por máquinários, de modo que muitas famílias não conseguiram permanecer nesse mercado e tiveram que buscar meio de sobrevivência de modo informal. Em Lins isso foi presenciado por algumas famílias que viram no lixo um oportunidade de viver. A partir do fato a Coordenadoria da Promoção Social – COMDAPS – atendeu essas famílias, providenciando documentos como certidões de nascimento e registro geral – RG., a fim de oficializar a Cooperativa dos Recicladores de Resíduos Sólidos de Lins. Até no ano de 2004 houve um grande desgaste para legalizar a COOPERSOL, pois se fazia necessário o registro na Junta Comercial. Com o objetivo de difundir os ideais e a educação ambiental em que se baseia, e com intuito de atingir o pleno desenvolvimento econômico e social a Cooperativa Coopersol iniciou suas atividades. Foi constituída em 04 de Junho de 2008, na época formada por apenas cinco cooperados. Com o apoio da Prefeitura para auxiliar nas funções administrativas e estruturais, já que o prédio onde atualmente a COOPERSOL está situada pertence à Prefeitura de Lins. A cooperativa COOPERSOL opera na separação, classificação e comercialização do lixo, funcionando atualmente com 20 cooperados. Está localizada na estrada vicinal Lins-80, na cidade de Lins. No aterro são depositadas 40 toneladas de lixo diário, onde 1,2 toneladas são de lixos recicláveis. Com foco em organizar a ação solidária de seus cooperados, proporcionar qualidade de vida e aprendizado, reestruturar as tarefas de coleta de materiais reaproveitáveis, armazenamento, processamento, beneficiamento, comercialização e prestação de serviços na área de triagem e coleta de resíduos sólidos recicláveis, originou a Coopersol. Os coletores de resíduos sólidos de Lins, não possuíam uma base para a estrutura de trabalho que praticavam. Visando a organização e praticidade, com benefícios para a sociedade e cooperados, a Prefeitura de Lins pode proporcionar honestidade humana aos que participam desse projeto. Sob esses princípios, trabalha até hoje. 2. GESTÃO AMBIENTAL Antigamente, existia uma divisão nítida entre os defensores da natureza (ecologistas) e os que pregavam a exploração total dos recursos naturais. Com a Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 50 chegada do termo desenvolvimento sustentável, tornou-se necessária a formação de pessoas com um diferente perfil, profissionais que agregassem a visão ambientalista à exploração racional dos recursos naturais. O Gestor Ambiental possui caráter multidisciplinar, profissional dos mais diversos campos podendo atuar na área, desde que devidamente habilitado. Segundo Donaire (1999), o foco da Gestão Ambiental é de ordenar as atividades humanas de forma que o impacto seja o menor possível sobre o meio ambiente. A organização dessas idéias vai da escolha das melhores técnicas e ferramentas da qualidade até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros. Nas últimas décadas, as empresas por parte das organizações têm se voltado para problemas que vão além das considerações meramente econômicas, como o caráter político-social, proteção ao consumidor, segurança e qualidade dos produtos. A influência do meio ambiente afeta de forma diferente as pequenas, médias e grandes empresas e isso acarreta alterações e diferenças de efeitos por parte das organizações. Quanto mais às pessoas vão observando o quão importante é cuidar do planeta, grandes são os investimentos e reconhecimento para eles. Pode observar que a questão ambiental esta se tornando matéria obrigatória das agendas dos executivos das empresas. Para a realização de uma boa gestão, seja ela em qualquer segmento, necessita de um grande planejamento. A necessidade de sobrevivência é um fator que influência no desenvolvimento ambiental do mundo. É através dessas considerações que o gestor ambiental necessita de conhecimento amplo do assunto, assim propiciará qualidade de vida a humanidade. A preservação do meio ambiente é considerada uma das prioridades de qualquer organização. A Gestão Ambiental ganhou espaço nas empresas públicas e privadas. Através dessa mobilização é possível que as organizações se adequem à promoção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. O objetivo é a busca de melhoria constante de produtos, serviços e ambiente de trabalho, levando-se em conta o fator ambiental. A Gestão Ambiental começa a ser encarada como um assunto estratégico, porque além de motivar a qualidade ambiental também possibilita a redução de custos, matérias-primas, energia, dentre outros. O entendimento da qualidade de vida fez com que as empresas se Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 51 preocupassem com o desenvolvimento benéfico, e partindo desse princípio, criam vários programas de qualidade, esses programas beneficiam tanto a empresa quanto o colaborador. Quando a empresa passa a valorizar sua relação com o meio ambiente e a tomar medidas preventivas, sua imagem perante a opinião pública tende a apresentar conotação diferenciada. Valorizar sua preocupação com o meio ambiente tem um forte papel, entre outros, na manutenção dos clientes atuais e atração de novos consumidores. (PAIVA, 2003, p.48) 3. LOGÍSTICA REVERSA A Logística Reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retorno de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. O processo logístico nas indústrias de gás de cozinha, garrafas de vidro, galões de água, dentre outros, são exemplos clássicos de reutilização de material. Esses produtos chegam ao consumir final e a embalagem retorna a indústria para que seja reutilizada. Observa-se esse fluxo mais claramente em alguns segmentos do mercado, pois o retorno de embalagens descartáveis, como latas de alumínio, garrafas plásticas, caixas de papelão, entre outras, por diversos motivos é constante. A origem de parte do fluxo destas matérias é advinda de retrabalho de material acabado, falha no pichiking (área para separação de matérias) gerando pedidos errados, problemas com matérias-prima e embalagens. O conceito de Logística Reversa nem sempre é parte integrante e necessária das indústrias brasileiras, para o bom andamento e redução de custos. Uma empresa que recebe um produto oriundo de devolução por qualquer motivo já esta aplicando conceitos de Logística Reversa, também aqueles que compram materiais recicláveis para transformá-los em matéria prima, esse procedimento reverte também a empresa em forma de economia nos custos de produção. De acordo com Gonçalves e Marins (2006), antes de se conceituar Logística Reversa, deve-se atentar para três aspectos relevantes com respeito a produtos e suas respectivas embalagens: a) do ponto de vista logístico: o ciclo de vida de um produto não se Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 52 encerra com a sua entrega ao cliente. Produtos que se tornam obsoletos, danificados ou não funcionam devem retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados; b) do ponto de vista financeiro: existe o custo relacionado ao gerenciamento do fluxo reverso, que se soma aos custos de compra de matéria-prima, de armazenagem, transporte, e estocagem e de produção, já tradicionalmente considerados na Logística; e c) do ponto de vista ambiental: devem ser considerados e avaliados, os impactos do produto sobre o meio ambiente durante toda sua vida. Este tipo de visão sistêmica é importante para que o planejamento da rede logística envolva todas as etapas do ciclo do produto. Então, é interessante analisar uma situação do ponto de vista holístico (como uma combinação dos três pontos de vista acima descritos) para permitir o planejamento da rede logística de forma a englobar todas as fases do ciclo de vida dos produtos, os custos associados e os impactos ambientais decorrentes. Fonte: clrb.com.br ( 2010) Figura 1: Processo Logístico Direto e Reverso O processo de Logística Reversa tem que ser sustentável, pois se trata de questões muito mais amplas do que simples devoluções. Os materiais envolvidos nesse processo geralmente retornam ao fornecedor, são revendidos, Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 53 recondicionados, reciclados ou simplesmente são descartados e substituídos. A importância da Logística Reversa está relacionada, além da contribuição para a preservação do meio ambiente, também a redução de custos e matérias na produção, acionando assim, a satisfação do seu consumidor, a preços competitivos e respeitando as legislações ambientais cada vez mais rígidas. A preocupação com a Logística Reversa tem aumentado dentro do gerenciamento da logística. As corporações estão se especializando nos processos reversos e transformando isso num diferencial competitivo, no que tange a produtos retornáveis, reciclagem e destinação final de material. A Logística Reversa tem uma interface com áreas ligadas até mesmo fora das corporações, por exemplo, na manufatura, marketing, compras, engenharia de embalagens, conseguindo através dessa integração, transformar metas em geração de recursos (SINNECKER, 2007). 4. MARKETING VERDE O termo Marketing Verde surgiu em meados dos anos 70, para buscar soluções aos problemas de impacto ambiental ocasionado pelo crescimento das necessidades de consumo, crescimento do comércio e da produção industrial, mas não deve ser somente uma nomenclatura ou imagem vinculada e aplicada ao slogan ou layout da empresa, é preciso ser visto praticado e aplicado como uma filosofia de trabalho, um conjunto de ações que se resumem em um posicionamento ao qual estão inclusas questões que promovam e discutam o impacto destas empresas e de suas ações sobre o meio ambiente e o meio que está inserida. (TACCHIZAWA, 2006) Segundo Carrijo (2010), Marketing Verde significa apenas vestir produtos e serviços com uma roupagem ambiental, através da adoção de normas respeitáveis como a ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) se a empresa ou partes interessadas ligadas a ela mantiveram algumas velhas práticas viciosas em suas cadeias de valor: arcaicas, míopes, corruptoras, injustas, exploratórias além do limite de reposição dos recursos naturais e gananciosas. Marketing Verde é o processo de vendas de produtos ou serviços com apelo ambiental verdadeiro, que busca impactar positivamente clientes e públicos de interesse para que aqueles que ainda não são também se tornem verde. Trata-se, Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 54 portanto, de uma ferramenta poderosa de aculturamento, capaz de diferenciar a empresa da concorrência competitivamente. E, ao mesmo, tempo apresentar uma contrapartida corrente a sociedade. No entanto, precisa ser muito bem conduzida para não acabar gerando percepções equivocadas. (OTTMAN, 2006) O Marketing Ecológico nomeado então por Marketing Verde vem agregar na prática todas as atividades inerentes ao marketing habitual já praticado, incorporando-o à preocupação ambiental, e contribuindo para a conscientização tanto por parte da empresa, da indústria, do produtor propriamente dito, de produtos tangíveis ou intangíveis, quanto por parte do mercado consumidor e de suas preferências. Quando se pratica o Marketing Verde, a organização deve divulgar e informar aos seus consumidores quais são as vantagens de se consumir e ou adquirir produtos e serviços ambientalmente responsáveis, socialmente corretos, renováveis, reutilizáveis, elaborados de forma criteriosa onde não exista nenhuma obscuridade quanto ao seu processo de desenvolvimento ou produção comparado aos conceitos já descriminados. 5. PESQUISA As questões a respeito da gestão ambiental juntamente com as ferramentas logística reversa e marketing verde têm sido amplamente utilizadas pelas empresas como diferencial competitivo em relação aos seus consumidores e ao mercado e principalmente pela consciência ambiental, preocupando-se com a qualidade de vida das futuras gerações. A fim de demonstrar a importância das práticas ambientais e descrever o processo de coleta seletiva bem como verificar a importância da Logística Reversa e do Marketing Verde, foi realizada pesquisa de campo no período de fevereiro a outubro de 2010, na empresa COOPERSOL. 5.1 Ferramentas: Logística Reversa e Marketing Verde na Coopersol Lins SP O processo de angariar materiais recicláveis ainda é um pouco lento, pois a COOPERSOL precisa da colaboração da sociedade, o que ainda não é Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 55 completamente realizado. Muitas das vezes a informação de que o caminhão reciclável passa em determinado dia e horário nos bairros, não chega ao conhecimento dos moradores. Conseqüência, essa falta de informação gera impacto financeiro na COOPERSOL. Separando o lixo reciclável do orgânico é possível reciclar vidas; melhorar a qualidade de vida das presentes e futuras gerações; reduzir a quantidade de lixo depositado no lixão; evitar a poluição dos rios; estimular as indústrias a reciclar o lixo; reduzir a extração de matérias primas extraídas da natureza, como por exemplo, a celulose; evitar a destruição das florestas e colaborar com a COOPERSOL. Diariamente o caminhão da coleta seletiva passa nos bairros da cidade de Lins para arrecadar os recicláveis, essa coleta é feita por profissionais preparados. Após a coleta, o material é levado até o galpão da COOPERSOL, onde é despejado em um cone que cai direto em uma esteira. Nessa esteira é selecionado o produto e separado em tambores, posteriormente os materiais são prensados em forma de um quadrado e ficam alojados em baias a espera do comprador. A todo o momento é possível ver os compradores chegando com os caminhões. A COOPERSOL apenas disponibiliza o material, o transporte e custos da mercadoria são de responsabilidade do cliente. Por serem de interesse público, as questões ambientais tendem a ser regulamentadas pelo governo a fim de motivar as pessoas, tanto físicas quanto jurídicas, a mudarem seus hábitos de consumo e assumirem maior responsabilidade (GONZAGA, 2005. p. 365) Observa-se que a Gestão Ambiental em sua atividade é importante para a lucratividade da empresa, é com base nos Meios Ambientais que a COOPERSOL proporciona qualidade de vida, proteção ao meio ambiente e principalmente sobrevivência de muitas famílias que ali trabalham. A prática da Logística Reversa na COOPERSOL é tratada como ponto primordial para a realização de toda a atividade dos cooperados, é através dessa ferramenta que eles conseguem planejar o dia-a-dia. Toda e qualquer logística deve ter um acompanhamento do processo assim evitando falhas no percurso. A busca pelo melhor é tratada como principal função dos cooperados. As empresas socialmente responsáveis, preocupadas com a preservação Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 56 e interessadas em competir no mercado externo, trabalham cada vez mais para se adaptar à produção limpa. “Este movimento provoca um efeito cascata, pois elas passam a exigir cada vez mais o certificado de gestão ambiental de seus fornecedores”. (DIAS, 2009, p.163) A cooperativa pratica a Logística Reversa através das ações que realizam ao mobilizar a sociedade para um bem comum, ou seja, para adquirir os materiais recicláveis. Entende-se também que o Marketing Verde provém dessas ações que os cooperados praticam para a sociedade juntamente com o apoio da prefeitura, ainda é necessário ser tratado de forma elucida, pois esta ferramenta proporcionará grande competitividade para a cooperativa. 5.2 Parecer final sobre o estudo de caso Baseando-se nos princípios de Maslow, a COOPERSOL propicia a sociedade a organização, praticidade, higiene e reconhecimento, a fim de que o município receba diversos prestígios e seja considerado um município comprometido com as questões ambientais e com o meio ambiente de uma forma geral. Analisando as estratégias adotadas pela COOPERSOL, pode-se observar que o processo logístico atende as necessidades ambientais, mesmo que ainda de forma precária, pois os cooperados precisam do apoio financeiro para melhorar o meio em que trabalham. Observa-se também a prioridade de maquinários e melhor adequação do material. No Marketing Verde ainda não possuem ciência do beneficio que pode proporcioná-los, um tema que ainda os espanta, mas que os traz uma curiosidade para a certeza de um futuro melhor. CONCLUSÃO O presente artigo possibilitou um maior esclarecimento sobre as atuais e constantes mudanças no cenário mundial em relação à produção. Os meios usados para diminuir custos e de realizações socioeconômicas, tornando indispensável um olhar minucioso quanto ao uso de técnicas e métodos de Marketing Verde e Logístico Reversa para uma Gestão Ambiental das organizações. O Meio Ambiente está cada vez mais ligado aos assuntos abordados nas Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1, n.2, jul/dez de 2010 57 empresas, pois não basta baixar os custos para aumentar os lucros, a sociedade pede e verifica o que as organizações estão realizando na área de Gestão Ambiental. Com a realização deste trabalho, pode-se afirmar que a COOPERSOL pratica a Gestão Ambiental com base na Logística Reversa realizada em parceria com a Prefeitura, empresas e pessoas físicas da cidade de Lins; e que também faz seu papel na questão socioeconômica com os cooperados trazendo emprego e renda para a comunidade. A Logística Reversa, o Marketing Verde e a Gestão Ambiental são assuntos que estão sendo e irão de forma mais abrangente ser abordadas por profissionais da área, alunos de Administração, Cursos Técnicos, pessoas físicas e empresas interessadas nesta crescente e importante questão da sociedade. Este trabalho é direcionado a todas essas pessoas e que o assunto não fique estagnado, que seja uma ferramenta para o aprofundamento do assunto no decorrer do tempo. REFERÊNCIAS CARRIJO, C. R. Marketing verde: muito além do green wash. Gestão eficaz, Curitiba, 2jul.2010.Disponível em:< http://www2.estacaopr.com.br/revista/index.html> Acesso em: 13 jul. 2010. 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