FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÃO “INDEXAÇÃO DE CARTEIRAS DE RENDA FIXA NO BRASIL: IMA-B”. EMILIO RICARDO CARVALHAIS ORIENTADOR: PROF. DR. ANTÔNIO MARCOS DUARTE JUNIOR Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2011. “INDEXAÇÃO DE CARTEIRAS DE RENDA FIXA NO BRASIL: IMA-B” EMILIO RICARDO CARVALHAIS Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Administração. Área de Concentração: Administração Geral ORIENTADOR: ANTÔNIO MARCOS DUARTE JUNIOR Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2011. “INDEXAÇÃO DE CARTEIRAS DE RENDA FIXA NO BRASIL: IMA-B” EMILIO RICARDO CARVALHAIS Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Administração. Área de Concentração: Avaliação: BANCA EXAMINADORA: _____________________________________________________ Professor ANTÔNIO MARCOS DUARTE JUNIOR (Orientador) Instituição: IBMEC/RJ _____________________________________________________ Professor RAIMUNDO NONATO SOUSA SILVA Instituição: IBMEC/RJ _____________________________________________________ Professor DANILO AMERIO GONÇALVES Instituição: FGV/RJ Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2011. FICHA CATALOGRÁFICA M 658 Carvalhais, Emílio Ricardo. C431 Indexação de Carteiras de renda Fixa no Brasil: IMA-B / Emílio Ricardo Carvalhais – Rio de janeiro: Faculdades IBMEC, 2011. 93 P. Dissertação de Mestrado Profissionalizante apresentada ao curso de Mestrado Profissional em Administração como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Administração e Finanças. Área de concentração: Administração Geral ORIENTADOR: Prof. Dr. Antônio Marcos Duarte Junior 1. Fundos de renda Fixa. 2. IMA-B. I. Carvalhais, Emílio Ricardo. II. Prof. Dr. Antônio Marcos Duarte Junior (Orientador). III. Indexação de carteiras de renda Fixa no Brasil: IMA-B. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha família, especialmente à minha esposa Janaína, por ter me apoiado incondicionalmente desde o início do curso, e meus filhos Gabriel e Mayara; a meu pai Emídio, meu exemplo de caráter e honestidade ao longo da vida e, finalmente, à minha mãe Zelita (in memorian), por ter dedicado sua vida à minha educação. v AGRADECIMENTOS A Deus, em primeiro lugar, as forças que me fizeram chegar até aqui; à minha família e meus amigos o apoio e compreensão quando da minha ausência. A meu orientador, o Professor Dr. Antônio Marcos Duarte Junior, os conhecimentos a mim transmitidos; as críticas e sugestões fundamentais ao meu trabalho; a paciência e dedicação dispensada desde o início do mestrado. Ao Banco do Brasil e à BB DTVM o investimento em minha carreira e a confiança que me depositaram ao longo de vinte e sete anos de trabalho; à Diretoria de Risco do Banco (DIRIS) o fornecimento de informações necessárias às simulações; em especial à Regina Dutra a colaboração incondicional que possibilitou a conclusão desta pesquisa; e ao Dalton Leite as críticas e sugestões oferecidas. Ao André Abreu, Gerente Executivo da Gerência de Fundos de Renda Fixa da BB DTVM e meu amigo, o apoio constante; e à minha equipe a dedicação de sempre. vi RESUMO A queda das taxas de juros no Brasil ao longo dos últimos anos, de forma simultânea às mudanças ocorridas na regulamentação da previdência complementar, contribuiu para a formação um ambiente propício para o aumento da participação dos fundos de investimentos indexados na indústria de fundos. Neste contexto, os Índices de Mercado ANBIMA (IMA) desempenham papel relevante, sendo crescente a frequência de seu uso como parâmetros de referência de rentabilidade. O presente trabalho tem por objetivo apresentar um modelo de indexação ao Índice de Mercado ANBIMA – Série B (IMA-B), através da otimização por minimização do erro de acompanhamento. A técnica, já adotada no mercado americano na indexação de fundos de renda fixa e de renda variável, permite a construção de portfólios com menor quantidade de ativos em relação ao índice. Este trabalho contribui para facilitar o processo de gestão de fundos de renda fixa indexados, implicando menor dispêndio de tempo para o gestor e redução de risco e custos para os clientes. Simulações foram realizadas com base na nova metodologia do IMA-B adotada pela ANBIMA, que entrou em vigor em 17 de maio de 2010. Palavras Chave: Fundos de Renda Fixa; Indexação; Gestão de Riscos de Mercado; IMA-B. vii ABSTRACT The decrease of the interest rates in Brazil over the past years, which occurred simultaneously to the pension funds’ regulation changes built a proper environment to the increase of the participation of the indexed mutual funds in the funds’ industry. The ANBIMA market indexes, also known as IMA, currently play a relevant role in this context, and their use as a performance benchmark is growing. This research has the purpose to present an indexation model for the replication of the ANBIMA Market Index – B Series (IMA-B), throughout an optimization by minimizing the tracking error. The technique, which is already adopted in the North American’s equity and fixed income markets, allows the construction of portfolios that reply the index by using a reduced quantity of assets. This research also contributes to facilitate the management process of the indexed fixed income funds, leading to reduce time consumption for the portfolio managers and providing both risk and costs reduction for investors. Simulations were effected using the new methodology of IMA-B, adopted by ANBIMA, which is available since May 17th ,2010. Key Words: Fixed Income Rate Funds, Indexation, Maket Risk Management; IMA-B. viii LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Participação dos Títulos Públicos nas Carteiras dos Fundos de Pensão ...................9 Figura 2 – Participação das NTN-B no IMA-B (17.05.2010) ..................................................17 Figura 3 – Participação das NTN-B na Duração (de Macaulay) do IMA-B ............................19 Figura 4 – Evolução da Duração (de Macaulay) do IMA-B e Sub Índices..............................20 Figura 5 – BOX PLOT – Desvios da DM – S1 ........................................................................44 Figura 6 – BOX PLOT – Desvios dos Retornos Diários – S1 .................................................44 Figura 7 – Desvios da DM por Cenário – S1 ...........................................................................45 Figura 8 – BOX PLOT – Desvios da DM – S2 ........................................................................47 Figura 9 – BOX PLOT – Desvios dos Retornos Diários – S2 .................................................47 Figura 10 – BOX PLOT: Desvios da DM – S3........................................................................49 Figura 11 – BOX PLOT: Desvios dos Retornos Diários – S3 .................................................49 Figura 12 – BOX PLOT: Desvios da DM – S4........................................................................51 Figura 13 – BOX PLOT: Desvios dos Retornos Diários – S4 .................................................52 Figura 14 – BOX PLOT: Desvios da DM – S5........................................................................54 Figura 15 – BOX PLOT: Desvios dos Retornos Diários – S5 .................................................54 Figura 16 – Organograma da Estrutura do IMA.......................................................................63 Figura 17 – B-V@R do Bradesco FI RF IMA-B Títulos Públicos ..........................................70 ix LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Carteira de R$ 400 milhões replicando o IMA-B (17.05.2010) ...............................4 Tabela 2 – Investidores em Títulos Públicos Federais em Poder do Público...........................14 Tabela 3 – Volume Médio Diário Negociado no Mercado Secundário ..................................16 Tabela 4 – Evolução da Liquidez dos Ativos por Vencimento ................................................18 Tabela 5 – Carteira Teórica do IMA-B divulgada em 15.12.2010...........................................40 Tabela 6 – Cálculo do V@R do IMA-B...................................................................................41 Tabela 7 – Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado – S1..........42 Tabela 8 – B-V@R (Portfólios X IMA-B) – S1.......................................................................43 Tabela 9 – B-V@R (Fundos do Mercado X IMA-B) – S1.......................................................43 Tabela 10 – Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado – S2........45 Tabela 11 – B-V@R (Portfólios X IMA-B) – S2.....................................................................46 Tabela 12 – Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado – S3........48 Tabela 13 – B-V@R (Portfólios X IMA-B) – S3.....................................................................48 Tabela 14 – Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado – S4........50 Tabela 15 – B-V@R (Portfólios X IMA-B) – S4.....................................................................51 Tabela 16 – Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado – S5........53 Tabela 17 – B-V@R em Diferentes Conjuntos de Cenários – S5............................................53 Tabela 18 – Carteira do IMA-B por Vencimento em 18.06.2010 ............................................65 Tabela 19 – Negócios com NTN-B Realizados em 18.06.2010...............................................65 x Tabela 20 – Composição Aproximada do Bradesco FI RF IMA-B Títulos Públicos ..............70 Tabela 21 – Amostra de Fundos do Mercado - Benchmark IMA-B ........................................72 xi LISTA DE ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ANPAD Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração ANBIMA Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais ANDIMA Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro BB Banco do Brasil BB DTVM BB Gestão de Recursos DTVM B-V@R Benchmark V@R CAPM Capital Asset Pricing Model CDI Certificado de Depósito Interbancário CMN Conselho Monetário Nacional CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras CVM Comissão de Valores Mobiliários DM Duração de Macaulay DPMFi Dívida Pública Mobiliária Federal interna FGV-100 Índice Fundação Getúlio Vargas - 100 IBOVESPA Índice Bovespa IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado IMA Índice de Mercado ANBIMA xii IMA-B Índice de Mercado ANBIMA – Serie B IMA-B 5 Índice de Mercado ANBIMA – Serie B – composto por títulos de maturidade inferior a cinco anos IMA-B 5+ Índice de Mercado ANBIMA – Serie B – composto por títulos de maturidade superior a cinco anos IRF-M Índice de Renda Fixa de Mercado INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo LFT Letra Financeira do Tesouro LTN Letra do Tesouro Nacional MBS Mortgage-Backed Securities NTN-B Nota do Tesouro Nacional – Série B NTN-C Nota do Tesouro Nacional – Série C NTN-F Nota do Tesouro Nacional – Série F PIB Produto Interno Bruto RPPS Regime Próprio de Previdência Social RTM Rede de Telecomunicações para o Mercado SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia SPC Secretaria de Previdência Complementar V@R Value-at-Risk xiii SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................1 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO........................................................................................................ 1 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA.............................................................................................. 3 1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................................................. 6 1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA ..................................................................................... 6 1.5 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ................................................................................................. 9 2 MERCADO DE RENDA FIXA BRASILEIRO.....................................................10 2.1 MERCADO DE TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS......................................................... 10 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 Histórico ............................................................................................................................................. 10 A Dívida Pública Atualmente............................................................................................................. 11 Evolução do Estoque da Dívida Pública............................................................................................. 13 Mercados Primário e Secundário de Títulos Públicos Federais.......................................................... 15 2.2 O MERCADO DE NTN-B..................................................................................................... 16 2.3 O PAPEL DAS NTN-B NO IMA-B ...................................................................................... 17 3 GESTÃO DE INVESTIMENTOS........................................................................21 3.1 OBJETIVOS E POLÍTICA DE INVESTIMENTOS ......................................................... 22 3.2 ESTRATÉGIAS ..................................................................................................................... 22 3.2.1 3.2.2 3.3 3.3.1 3.3.2 3.4 3.4.1 3.4.2 Gestão Passiva.................................................................................................................................... 22 Gestão Ativa ....................................................................................................................................... 23 SELEÇÃO DE ATIVOS........................................................................................................ 24 Cell Matching / Stratified Sampling ................................................................................................... 24 Minimização do Erro de acompanhamento ........................................................................................ 25 RISCOS ASSOCIADOS À INDEXAÇÃO EM REDA FIXA ............................................ 25 Fatores de Risco Sistemático.............................................................................................................. 25 Fatores de Risco Não-Sistemáticos .................................................................................................... 27 xiv 4 MODELO DE INDEXAÇÃO AO IMA-B .............................................................28 4.1 INDEXAÇÃO POR OTIMIZAÇÃO.................................................................................... 29 4.2 SIMULAÇÃO HISTÓRICA ................................................................................................. 29 4.3 DADOS.................................................................................................................................... 31 4.3.1 4.3.2 4.4 O MODELO DE OTIMIZAÇÃO......................................................................................... 32 4.4.1 4.4.2 4.4.3 4.4.4 5 Cenários.............................................................................................................................................. 31 Carteira Teórica do IMA-B ................................................................................................................ 32 Duração de Macaulay (DM) ............................................................................................................... 33 Liquidez.............................................................................................................................................. 35 A Medida do Erro de Acompanhamento ............................................................................................ 35 Formulação Matemática ..................................................................................................................... 37 EXEMPLO NUMÉRICO .....................................................................................38 5.1 PRIMEIRA SIMULAÇÃO - S1............................................................................................ 42 5.2 SEGUNDA SIMULAÇÃO - S2............................................................................................. 45 5.3 TERCEIRA SIMULAÇÃO - S3 ........................................................................................... 47 5.4 QUARTA SIMULAÇÃO - S4 ............................................................................................... 50 5.5 QUINTA SIMULAÇÃO - S5 ................................................................................................ 52 6 CONCLUSÃO ....................................................................................................55 6.1 6.1.1 6.1.2 LIMITAÇÕES DO MODELO.............................................................................................. 57 Preços dos Ativos ............................................................................................................................... 57 Custos Operacionais ........................................................................................................................... 57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................59 APÊNDICE A – Índices de Mercado ANBIMA (IMA) ..............................................63 APÊNDICE B – Alguns Fundos do Mercado com Benchmark IMA-B - Risco ....68 APÊNDICE C – Modelos de Otimização – DM Simplificada versus DM Real .....73 ANEXO A – Estrutura a Termo das Taxas de Juros - IPCA .................................75 xv 1. 1.1. INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO Nos últimos anos o perfil da dívida pública no Brasil modificou-se de forma expressiva. Com esta mudança o País conseguiu reduzir a fragilidade que vigorava anteriormente, quando a maior parte dos débitos mobiliários federais estava atrelada à taxa média SELIC e/ou à variação cambial. Neste contexto, os títulos pré fixados e os indexados à inflação – as Notas do Tesouro Nacional – Série C (NTN-C) e Série-B (NTN-B) – ganharam espaço na composição da dívida. No Brasil, os índices de renda fixa surgiram no início de 2000, fruto da iniciativa da ANDIMA1, que pretendia prover os investidores em títulos públicos federais de parâmetros de comparação para a rentabilidade de suas carteiras. Porém, somente nos últimos anos esses índices ganharam destaque, possivelmente devido ao declínio das taxas de juros domésticas. As estratégias em gestão de ativos podem ser segregadas principalmente em duas categorias: ativa e passiva, abordadas com mais detalhes no Capítulo 3. Na primeira, o objetivo é a superação de um índice de referência, também chamado de benchmark, onde geralmente 1 Em 21.10.2009 a Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (ANDIMA) fundiu-se com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID) para a formação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). 1 espera-se que a habilidade do gestor em identificar distorções nos preços dos ativos gere excedentes de retorno às carteiras por ele administradas. Na segunda, os administradores de recursos buscam acompanhar os retornos do benchmark, evitando desvios. A indexação é um dos métodos de gestão passiva, no qual se busca a replicação total ou parcial de um índice. Por que gerir passivamente? RUDD (1986) cita como principais vantagens a ocorrência de baixos custos de transação, atingimento da rentabilidade média do mercado e baixas taxas de administração cobradas pelos gestores. DUARTE (1997) demonstrou a possibilidade de acompanhamento do FGV-100 e do IBOVESPA com um pequeno número de ações, utilizando para esse fim um modelo de otimização por minimização do erro de acompanhamento. DYNKIN, HYMAN e WU (1999) utilizaram o Lehman Agregate Index (índice amplo de renda fixa norte-americano) em exemplo numérico de aplicação de modelo multifator para mensuração de risco de renda fixa, mencionando também sua aplicabilidade em processo de otimização. Os autores destacaram a segregação entre o risco sistemático e o não sistemático quando da gestão em relação a um benchmark. Dois pontos que devem ser considerados quando da decisão pela replicação total, ou por um modelo que utilize apenas uma amostra de títulos, são: a) a demora na construção do portfólio pode levar a uma elevação na exposição ao risco de mercado que, principalmente nos vencimentos mais longos, causa maiores erros de acompanhamento e b) a volatilidade das diferenças entre os preços de compra e venda (os chamados spreads bid/ask) pode impor condições adversas à negociação. 2 Segundo FABOZZI (1996), a idéia da utilização de fundos indexados é suportada pela construção de carteiras eficientes de MARKOWITZ (1959) e pelo CAPM de SHARPE (1964), LINTNER (1965) e MOSSIN (1966). DUARTE (1998) e RUDD (1985) ratificam o uso da teoria de Markowitz em processos de otimização de portfólios indexados. HAAS (2001) destaca alguns riscos envolvidos na indexação de carteiras. Sua principal crítica quanto aos embasamentos pró-indexação recai sobre a crescente aceitação da Hipótese do Mercado Eficiente (FAMA (1970)). Ele argumenta que esta teoria parece dar fundamentação para a indexação, na medida em que evidências empíricas e teóricas dizem que os mercados são eficientes no que diz respeito à assimetria de informações, e que por isso não haveria sentido em gastar tempo tentando superá-lo (gestão ativa). Porém, destaca que GROSSMAN e STIGLITZ (1980) foram os primeiros a apontar a impossibilidade de mercados informacionalmente eficientes, devido ao custo da informação. Adicionalmente, os parâmetros comparativos normalmente usados são formados por subconjuntos do universo de todos os ativos disponíveis no mercado, e que não haveria nada que comprovasse a eficiência desses portfólios, fazendo referência ao Capital Asset Pricing Model – CAPM. ARTUS e ORSATELLI (2001) abordam a questão da interferência da indexação na formação de preços nos mercados de ações, como também sobre as taxas de corretagem. Isto nos leva a refletir sobre o problema também nos índices de renda fixa. 1.2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Em 17.05.2010, o IMA-B era composto por títulos de quinze vencimentos distintos. Inicialmente a replicação total parece ser o processo mais imediato visando à indexação. Entretanto, a baixa liquidez e a dificuldade de se operar lotes fracionários tornam difícil esta 3 tarefa. Adicionalmente, quando há possibilidade de negócios, geralmente as condições são desfavoráveis quando comparadas às operações com lotes padrão. No início de 2010 ocorreram mudanças na metodologia dos índices, favorecendo as condições para rebalanceamento, por estabelecerem ajustes mensais nas carteiras teóricas, e não diários como antes. Porém, o peso relativamente baixo de alguns ativos da cesta, assim como o patrimônio reduzido de alguns fundos, continuam sendo obstáculos à replicação total. A Tabela 1 mostra um exemplo de composição de carteira construída a partir da carteira teórica divulgada pela ANBIMA e recursos disponíveis na ordem de R$ 400 milhões com vigência de 18.05.2010 a 15.06.2010. Tabela 1: Carteira de R$ 400 Milhões Replicando o IMA-B (17.05.2010). VENCIMENTO PESO 15/08/2010 15/05/2011 15/11/2011 15/08/2012 15/05/2013 15/08/2014 15/05/2015 15/05/2017 15/08/2020 15/08/2024 15/08/2030 15/05/2035 15/08/2040 15/05/2045 15/08/2050 9,19% 10,79% 3,76% 10,43% 10,01% 3,55% 10,16% 8,30% 3,71% 7,81% 0,33% 7,20% 0,49% 12,47% 1,81% PL LOTE PADRÃO PREÇO UNITÁRIO 1.950,22 1.920,03 1.906,01 1.919,84 1.885,20 1.901,83 1.868,81 1.869,00 1.881,08 1.878,95 1.876,14 1.851,52 1.870,30 1.841,20 1.865,91 VALOR 36.760.000 43.160.000 15.040.000 41.720.000 40.040.000 14.200.000 40.640.000 33.200.000 14.840.000 31.240.000 1.320.000 28.800.000 1.960.000 49.880.000 7.240.000 QUANTIDADE NECESSÁRIA 18.849 22.479 7.891 21.731 21.239 7.466 21.746 17.763 7.889 16.626 704 15.555 1.048 27.091 3.880 R$ 400.000.000,00 10.000 A dificuldade aumenta quando a meta é acompanhar referenciais híbridos, como por exemplo, 90% do CDI + 10% IMA-B. Com esta proporção de recursos indexados ao IMA-B, aproximadamente R$ 40 milhões seriam utilizados, valor baixo para se realizar uma indexação completa, com todos os ativos. RUDD (1986) destaca que, se o volume de recursos investidos for pequeno, pode não haver economia de escala para lidar com muitos ativos, e 4 assim, menor a quantidade de recursos disponíveis, menor a quantidade de ativos nos fundos. Gestores de fundos conseguem lidar com essa restrição, na medida em que adquirem lotes inteiros para rateio entre seus clientes. Porém, nem sempre há uma convergência de objetivos que permita este tipo de operação. Uma solução poderia ser o uso de técnicas de replicação, detalhadas no Capítulo 3, que utilizam apenas uma amostra dos ativos do índice, para conseguir melhores condições de negociação por meio do agrupamento de lotes fracionários, mas buscando, simultaneamente, a minimização dos riscos relacionados aos movimentos da estrutura a termo das taxas de juros. A primeira referência seria o trabalho de DYNKIN, HYMAN e WU (1999), no qual utilizam o Lehman Agregate Index em exemplo de indexação. Ocorre que este índice está relacionado a diversos fatores de riscos, aos quais o IMA-B não está. O trabalho de DYNKIN, HYMAN e LINDNER (2002), que discorre sobre dois modelos de replicação visando o acompanhamento de índices de renda fixa americanos com o uso de instrumentos derivativos, apresenta uma alternativa menos complexa. Eles analisam duas abordagens de indexação: uma que segmenta o benchmark para imunizar o risco de curva de juros (stratified sampling); e outra na qual as quantidades dos instrumentos utilizados são obtidas por regressão dos retornos históricos do índice. Os autores ressaltam a principal vantagem do segundo método em relação ao primeiro: melhor proteção contra movimentos não paralelos da curva de juros. Porém, o trabalho de DUARTE (1997) utiliza diretamente o erro de acompanhamento para otimização de carteiras, e esta é uma medida usada por diversos investidores como limitação de risco relativo de mercado. Assim, optou-se por aplicar à indexação do IMA-B a técnica utilizada por DUARTE (1997). Algumas adaptações 5 foram necessárias devido às peculiaridades do mercado de renda fixa brasileiro, principalmente o de NTN-B. 1.3. OBJETIVOS DA PESQUISA O objetivo deste trabalho é apresentar um modelo de indexação ao Índice de Mercado ANBIMA – Série B (IMA-B), através da otimização por minimização do erro de acompanhamento. O modelo é uma alternativa às técnicas empíricas que, embora utilizem a medidas de duração para buscar aderência ao índice, nem sempre produzem os resultados esperados, em função dos movimentos não paralelos da curva de juros. Esta pesquisa contribui para facilitar o processo de alocação de ativos visando a gestão de fundos atrelados ao IMA-B e, por semelhança, aos demais componentes do IMA, reduzindo o risco de mercado na construção e rebalanceamento dos portfólios, o dispêndio de tempo e custos envolvidos nestes processos. 1.4. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA REILLY, KAO e WRIGHT (1992) mostram a evolução do mercado de fundos de investimentos indexados nos Estados Unidos: em 1984 o volume investido era de US$ 3 bilhões, passando a US$ 80 bilhões em 1991. Em 2010, o total de ativos investidos era de US$ 1 trilhão, sendo 20% desta cifra alocados em fundos de renda fixa (INVESTMENT COMPANY INSTITUTE (2011)). 6 Em 2009, existiam no Brasil 35 fundos de investimento que utilizavam formalmente o Índice de Mercado ANBIMA (IMA2), ou seus componentes, como parâmetros de referência (SAMUEL (2009)), com tendência de crescimento do uso direto e indireto dos índices, principalmente entre os investidores institucionais (seguradoras, fundos de pensão, etc.), que buscam alternativas às taxas dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) como referência devido às características de longo prazo de seus passivos. Os fundos com referência no IMA atingiram 93 em quantidade (R$ 45 bilhões). Deste universo, 49 fundos possuíam o IMA-B ou seus sub índices como benchamrk (ANBIMA (2010)). De acordo com ANDIMA (2009), em 2005 a participação do IMA-B no IMA GERAL era de 3%. Este percentual subiu para 25% no primeiro semestre de 2010 (BOLETIM ANBIMA (2010)). Algumas mudanças recentes no ambiente normativo que trata da administração de recursos previdenciários mostram o crescimento da importância dos índices da ANBIMA como comparativos de retorno. Vale citar a Resolução 3.456 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e a Decisão-Conjunta da Comissão de Valores Mobiliários/Secretaria de Previdência Complementar (CVM/SPC), ambas de 2007, que permitiram que os gestores de recursos utilizassem os índices da ANBIMA como parâmetro de cobrança de taxa de performance (ANDIMA (2009)). No âmbito dos recursos públicos, a Resolução CMN 3.790, de 24.09.2009, dispunha sobre as aplicações dos recursos em moeda corrente dos regimes próprios de previdência social, instituídos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Esta norma determinava que parte das aplicações de renda fixa dos Fundos deveria “... ter como parâmetro de rentabilidade um dos sub-índices IMA ou composição de mais de um 2 A metodologia de cálculo do IMA encontra-se disponível no APÊNDICE A. 7 deles, com exceção de qualquer sub-índice atrelado à taxa de juros” (BRASIL (2009)). Posteriormente, a Resolução 3.922 do CMN, de 25.11.2010, revogou a de número 3.790, mas manteve, na essência, a importância dos índices da família IMA como parâmetros de referência de retorno, quando da aplicação dos recursos em fundos de investimento. Os institutos de previdência buscaram ajustar-se à regulamentação, gerando a expectativa de aumento na demanda por produtos indexados. Dos vinte e sete fundos listados no Apêndice B (Amostra de Fundos com Benchmark em IMA-B), oito possuem início das atividades após a data de entrada em vigor da Resolução CMN 3.790 e somam R$ 5,2 bilhões em patrimônio. Os fundos de investimento são instrumentos freqüentemente utilizados na gestão dos recursos das fundações. A Figura 1 mostra a proporção dos recursos aplicados neste tipo de produto, assim como o destaque das NTN-B na composição das carteiras. As políticas de investimento definem, parte das vezes, o IMA-B como benchmark e sua carteira teórica é utilizada como referencial para a construção de estratégias ativas e passivas. Embora o IMA-B possua apenas quinze títulos em sua carteira teórica, sendo isto um ponto favorável à replicação total, os demais elementos (iliquidez e negociação em lotes padrão) justificam o interesse deste autor pela indexação. 8 Figura 1: Participação dos Títulos Públicos nas Carteiras dos Fundos de Pensão Títulos Públicos nas Carteiras dos Fundos de Pensão por Tipo de Alocação - Abr/2010 140 Fundos de Investimento Bilhões de Reais 120 100 Carteira Própria Carteira Própria: R$ 83 bilhões Fundos: R$ 134 bilhões Total: R$ 217 bilhões 62,1 80 60 40 61,3 26 20 0 0,3 16,5 5,6 2,5 LTN NTN-F NTN-B 23,3 11,1 7,9 NTN-C LFT Fonte: ANBIMA e PREVIC 1.5. LIMITAÇÕES DO ESTUDO Este trabalho limita-se ao mercado de renda fixa brasileiro. Mais especificamente, aborda a indexação de carteiras e fundos de investimento cujo benchmark é o IMA-B. Pode haver questionamentos sobre a adequação de se utilizar índices de renda fixa como referência para alocação de recursos das fundações. No entanto, não faz parte do escopo deste trabalho o julgamento sobre o tema. O Capítulo 2 faz um levantamento da situação atual do mercado de renda fixa brasileiro. No Capítulo 3 detalha-se o processo de gestão de carteiras de renda fixa. A metodologia utilizada na otimização da alocação é descrita no Capítulo 4. Um exemplo numérico com cinco simulações é apresentado no Capítulo 5. Por último, no Capítulo 6, concluí-se com uma reflexão sobre os resultados obtidos, além da apresentação de sugestões para novos trabalhos. 9 2. MERCADO DE RENDA FIXA BRASILEIRO JEANNEAU e TOVAR (2006) mostram que ao final de 2005 o Brasil possuía o maior estoque de títulos dentre os mercados de renda fixa da América Latina: US$ 583 bilhões, ou 74% do Produto Interno Bruto (PIB). O México, segundo colocado, detinha US$ 159 bilhões, ou 21% do PIB. No Brasil, 93,4% eram formados por dívida governamental contra apenas 6,6% de dívida corporativa do setor não-financeiro. 2.1. MERCADO DE TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS 2.1.1 Histórico Segundo ANDIMA (1997), até meados da década de sessenta o mercado de títulos públicos era pouco desenvolvido. A legislação à época limitava os juros em 12% a.a., impossibilitando qualquer tentativa de indexação. Pouco depois, essa limitação foi extinta e a correção monetária autorizada. No início dos anos setenta foram emitidas as primeiras Letras do Tesouro Nacional (LTN), abrindo espaço para o desenvolvimento do mercado de juros de um dia - overnight. No final daquele período começaram as atividades do SELIC e a negociação de títulos passou a ser escritural. 10 LEAL e CARVALHAL-DA-SILVA (2006) comentam que nos anos 80 a inflação fora de controle impôs perdas significativas aos investidores, com a desvalorização dos títulos pré fixados e mesmo daqueles indexados à variação de preços, já que tiveram seus rendimentos confiscados. A demanda por títulos reduziu-se de forma significativa, até que o governo mudasse as regras de correção dos papéis, permitindo que os mesmos oferecessem juros reais positivos novamente. Em 1985, cerca de 95% do estoque da dívida em poder do público chegou a estar representado por títulos corrigidos pela inflação. Em 1986, o governo adotou o primeiro plano de choque contra a inflação, o Plano Cruzado, e a indexação foi proibida. Novamente, os investidores que possuíam estes títulos sofreram sérios prejuízos. Após o fracasso do plano, em 1987, o Tesouro criou a Letra Financeira do Tesouro (LFT), corrigida pela acumulação diária da Taxa SELIC. Em meio à crise, voltaram a ser emitidos os títulos corrigidos pela variação cambial, visando à proteção de investidores estrangeiros. Outros planos econômicos vieram e novos títulos indexados foram criados e extintos. 2.1.2 A Dívida Pública Atualmente Nos dias de hoje, o estoque de títulos domésticos cambiais igualou-se a zero. Há duas séries de Notas do Tesouro indexadas à inflação: a Série B, atrelada ao IPCA e a Série C, vinculada ao IGP-M. Esta última não é emitida desde 2007, devido à estratégia do Tesouro em melhorar o perfil da dívida pública. Segundo SILVA e MEDEIROS (2009), a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) é definida como a dívida do governo federal emitida sob a forma de título públicos. Pode estar em poder do público ou do Banco Central, sendo a primeira parcela a de maior relevância para as análises de riscos e custos do endividamento, e considerada nas estatísticas e relatórios divulgados pelo Tesouro. 11 Abaixo, estão listadas as principais características dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro atualmente: a) Letra do Tesouro Nacional – LTN: possui remuneração pré-fixada, definida no momento da negociação. O valor devido pelo governo é pago no vencimento; b) Letra Financeira do Tesouro – LFT: rentabilidade flutuante, definida diariamente pela taxa média SELIC, adicionada de ágio ou deságio, definidos no momento da negociação. O pagamento do valor devido é realizado no vencimento; c) Notas do Tesouro Nacional – Série B – NTN-B: papéis corrigidos pelo IPCA adicionado de taxa de juros de 6% a.a., mais ágio ou deságio, definidos no momento da negociação. Os juros são pagos semestralmente e o principal no vencimento; d) Nota do Tesouro Nacional – Série F – NTN-F: Assim como as LTN, são títulos com rentabilidade pré-fixada, definida no momento da negociação. A diferença é que estes papéis pagam juros semestrais de 10% a.a. CARVALHO e MORAIS (2009) descrevem os principais compradores de títulos públicos: as tesourarias dos Bancos e os fundos de investimentos são os principais demandantes de LFT, dado o objetivo de remuneração com taxas de juros repactuadas diariamente; os grandes compradores de NTN-B são os investidores do mercado de previdência, que buscam casar seus ativos e passivos; instituições financeiras e investidores não residentes têm preferência pelos títulos prefixados (LTN e NTN-F). 12 SILVA, CARVALHO e GARRIDO (2009) dimensionam o mercado doméstico de títulos públicos do governo, indicando que o Brasil seria, em 2008, o oitavo maior mercado do mundo e o segundo das Américas, perdendo apenas para os Estados Unidos. Mostram ainda que, no período de 2005 a 2008, houve expressiva queda da dívida pública federal externa. 2.1.3 Evolução do Estoque da Dívida Pública JEANNEAU e TOVAR (2006) comentam a mudança do perfil da dívida governamental dos países latino-americanos, com aumento gradativo da parcela pré-fixada, realizada com o objetivo de redução da vulnerabilidade a choques externos. Uma base diversificada de investidores é importante para a promoção da liquidez do mercado em função dos efeitos positivos sobre a competição, inovação e sofisticação (BIS (2007)). Segundo dados do TESOURO NACIONAL (2000 e 2009), no final dos anos 90, após várias crises financeiras, o perfil da dívida pública brasileira refletia a aversão ao risco dos investidores: 57% da DPMFi estava indexada à SELIC, outros 23% à variação cambial, enquanto 9% representavam os títulos prefixados e 6% os corrigidos pela inflação, (vinculados ao IGP-M). Passados 10 anos, o país logrou êxito no processo de redução do risco da dívida pública: ao final de 2009 a parcela indexada à SELIC foi reduzida para 36%, e aquela corrigida pela variação cambial aproximou-se de zero. Os títulos indexados à inflação somavam 29%, sendo que deste percentual 85% estavam vinculados ao IPCA, enquanto os 15% restantes ao IGP-M. Destaca-se ainda o aumento do prazo médio da DPMFi ao longo da última década, tendo passado de pouco mais de 26 meses no início de 2000 para mais de 40 meses no final de 2009. 13 SILVA, GARRIDO e CARVALHO (2009) assinalam o aumento da participação das entidades de previdência complementar e outros investidores institucionais na dívida pública, assim como de investidores não residentes. Por serem demandantes de títulos de prazos mais longos, apresentam-se alinhados com as diretrizes de financiamento da dívida pública, favorecendo seu gerenciamento pelo Tesouro que, por isso, busca estimular a participação desses investidores. A base de investidores em títulos públicos no Brasil é marcada também pela presença forte dos fundos de investimento, que em 2005 eram detentores de 47% do estoque negociável, seguidos pela carteira própria dos bancos, com 34%. Essa concentração ganhou corpo com a instituição da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), que levou principalmente investidores individuais e empresas não financeiras a utilizarem os fundos como forma de minimizar o impacto da tributação (AMANTE, ARAUJO e JANNEAU (2007)). PEREIRA, PEDRAS e GRAGNANI (2009) destacam a grande participação das carteiras próprias das instituições financeiras e dos fundos de investimento em todos os tipos de títulos, conforme Tabela 2: Tabela 2: Investidores em Títulos Públicos Federais em Poder do Público (composição percentual em relação ao total, por título) TÍTULO LTN NTN-F NTN-B NTN-C LFT CARTEIRA PRÓPRIA PESSOA JURÍDICA FINANCEIRA 59,00 56,50 40,40 7,50 34,90 2,30 12,90 1,50 0,00 0,20 PESSOA JURÍDICA NÃO FINANCEIRA 7,50 8,20 23,50 31,90 6,30 FUNDOS DE INVESTIMENTO OUTROS 30,70 22,20 33,70 60,40 58,00 0,50 0,30 0,90 0,20 0,70 Fonte: Autor, com dados de Amante, Araújo e Janneau (2007)/STN/BCB 14 2.1.4 Mercados Primário e Secundário de Títulos Públicos Federais Define-se por mercado primário a venda de títulos aos agentes do mercado pelas autoridades monetárias. O secundário ocorre quando das negociações subsequentes, realizadas pelos agentes entre si, ou através das operações de mercado aberto (OLIVEIRA e PACHECO (2005)). Segundo CARVALHO e MORAIS (2009), “os instrumentos de financiamento da República no mercado doméstico possuem características distintas que atendem às necessidades de uma ampla base de investidores”. Além do objetivo de financiamento, o Tesouro tem por estratégia a construção de curvas de rendimento com pontos de referência específicos de cada título, o que é valido tanto para os ativos prefixados, quanto para aqueles indexados à inflação. Segundo os autores, a organização dos vencimentos, como é feita, visa a redução da fragmentação da dívida em número excessivo de instrumentos, de baixo valor e vencimentos irregulares, o que seria um dos fatores de redução da demanda e liquidez, e obstáculo à formação de preços dos títulos públicos, com impacto também sobre as emissões privadas. São pré-condições para um bom funcionamento do mercado secundário de títulos públicos: base bem diversificada de investidores (incluindo a presença de investidores estrangeiros), padronização dos títulos e concentração de vencimentos, dentre outras. As mudanças anunciadas pelo Tesouro para o aperfeiçoamento do mercado em 1999 e o período de turbulência pré-eleitoral de 2002, quando o risco-país elevou-se dramaticamente, provocando grande volatilidade, foram eventos que marcaram significativamente o mercado de títulos públicos brasileiro nos últimos anos (PEREIRA, PEDRAS e GRAGNANI (2009)). Vale 15 adicionar a estes a crise do mercado de hipotecas norte-americano, em 2008, quando os títulos da dívida brasileira foram fortemente desvalorizados. Entre 2002 e 2008 houve mudança expressiva no perfil da Dívida Pública Federal (DPF), quando a melhora na percepção dos agentes acerca da estabilidade macroeconômica do país tornou o mercado secundário mais líquido, conforme Tabela 3. O volume médio diário negociado passou de R$ 6,8 bilhões em 2002 para R$ 13,3 bilhões em 2008 (PEREIRA, PEDRAS e GRAGNANI (2009)). Tabela 3: Volume Médio Diário Negociado no Mercado Secundário (em % do total) MÊS/ANO DEZ/02 DEZ/03 DEZ/04 DEZ/05 DEZ/06 DEZ/07 DEZ/08 LTN e NTN-F 2,60 25,00 52,10 53,58 60,60 59,00 62,20 TÍTULOS NTN-B e LFT NTN-C 9,20 80,10 4,90 65,90 2,30 43,40 9,36 36,66 11,90 27,40 11,00 29,90 8,60 29,20 NTN-D e NBCE 8,10 4,20 2,30 0,40 0,00 0,10 0,00 Fonte: Autor, com dados de Amante, Araújo e Janneau (2007)/STN/BCB 2.2. O MERCADO DE NTN-B Segundo BITTENCOURT (2009), em 2003 o Tesouro promoveu diversos encontros com investidores institucionais (em especial os fundos de pensão), com o objetivo de mapear suas necessidades em relação aos títulos de longo prazo. Esses encontros possibilitaram um conjunto de medidas visando estimular a demanda pelas NTN-B, cujo principal atrativo, segundo o Tesouro, seria a correlação existente entre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), sendo este último o mais utilizado como meta atuarial pelas entidades de previdência, incluindo os regimes 16 próprios. Entre 2004 e 2005 a ANBIMA lançou os índices da família IMA, com o objetivo de oferecer ao mercado parâmetros de rentabilidade para investimentos em títulos de longo prazo que fossem mais adequados do que o CDI. A parcela de LFT das carteiras dos fundos de pensão reduziu-se de 35,9% (2003) para 17,7% (2006). Concomitantemente, as NTN-B foram, gradativamente, substituindo as NTN-C como títulos mais procurados pelos investidores institucionais. No mercado desde 2004, as NTN-B tiveram sua participação na Dívida Pública Federal elevada para 20% no final de 2008 e 24% em 2009. 2.3. O PAPEL DAS NTN-B NO IMA-B Em 17.05.2010, nove dos quinze vencimentos do índice possuíam participação entre 7 e 13% do total (ver Figura 2). Parece, portanto, não haver concentração significante entre os vencimentos. Ainda em 2010 o Tesouro passou a emitir títulos com vencimento em 2030, 2040 e 2050, já integrantes do IMA-B. Figura 2 – Participação das NTN-B no IMA-B (em 17.05.2010) 14% 12% PESO 10% 8% 6% 4% 2% 15/08/2030 15/08/2040 15/08/2050 15/08/2014 15/11/2011 15/08/2020 15/05/2035 15/08/2024 15/05/2017 15/08/2010 15/05/2013 15/08/2012 15/05/2011 15/05/2015 15/05/2045 0% V E N C IM E N T O Fonte: Autor, com dados da ANBIMA 17 Analisando a Tabela 4 observa-se como variou a liquidez dos títulos no período de jan/2007 a dez/2009. O quadro ilustra a evolução da média diária da quantidade de títulos negociados nos seis meses imediatamente anteriores ao encerramento de cada semestre civil. Tabela 4 – Evolução da Liquidez dos Ativos por Vencimento (mil unidades) Fonte: Autor, com dados da ANBIMA A média de títulos negociados da NTN-B com vencimento em 2045 não ultrapassa a 35 mil títulos/dia. O estoque em poder do mercado nesse vencimento é de 25 milhões de títulos, o que leva a uma relação de 0,14%. A liquidez é maior nos vértices mais curtos. No final de 2009, a NTN-B mais negociada era a de vencimento em maio de 2011, com uma média de 170 mil títulos negociados por dia, uma fração de 0,77% do estoque emitido, na ordem de 22 milhões de títulos. Segundo BIERWAG, KAUFMAN e TOEVS (1983), a duração seria uma importante ferramenta para a mensuração e gestão do risco de taxa de juros. REILLY e SIDHU (1980) comentam sua relação direta com a sensibilidade dos preços dos títulos em relação a 18 mudanças no mercado de juros. FABOZZI (1999) exemplifica como essa medida pode ser interpretada: “variação aproximada no preço de um título para uma mudança de 100 pontos base na taxa de juros”. Segundo ele, a duração de um portfólio pode ser obtida ponderando-se a duração dos títulos pelo seu peso no portfólio. Finalmente, pode se medir a contribuição de um ativo no risco total do portfólio através desta mesma relação. A Figura 3 apresenta a contribuição das NTN-B no risco de mercado do IMA-B. Em 17.05.2010 o IMA-B possuía duração de 1.550 dias úteis, tendo variado 30% desde 2007, quando era de 1.200 dias úteis, o que pode ser explicado em parte pelo sucesso do Tesouro na estratégia de alongamento da dívida pública. Figura 3 – Participação das NTN-B na Duração (de Macaulay) do IMA-B 35% 30% PESO 25% 20% 15% 10% 5% 15/08/2010 15/08/2030 15/11/2011 15/08/2040 15/05/2011 15/08/2014 15/08/2012 15/05/2013 15/08/2020 15/08/2050 15/05/2015 15/05/2017 15/08/2024 15/05/2035 15/05/2045 0% VENCIMENTO Fonte: Autor, com dados da ANBIMA 19 Os efeitos dos vencimentos ou pagamentos de juros dos títulos sobre a duração, principalmente no segmento mais curto do IMA-B, são variações em degraus. Em 17.05.2009 a variação chegou a 149 dias úteis em apenas um dia, conforme Figura 4. Figura 4 – Evolução da Duração (de Macaulay) do IMA-B e Sub Índices 3000 ',$6Ò7(,6 2500 5 5+ TOTAL 2000 1500 1000 500 02/11/09 02/09/09 02/07/09 02/05/09 02/03/09 02/01/09 02/11/08 02/09/08 02/07/08 02/05/08 02/03/08 02/01/08 02/11/07 02/09/07 02/07/07 02/05/07 02/03/07 02/01/07 0 Fonte: Autor, com dados da ANBIMA. 20 3 GESTÃO DE INVESTIMENTOS FOCARDI e FABOZZI (2004) sugerem cinco passos no processo de gestão de investimentos, resumidos a seguir: a) Definir os objetivos: deve ser feita uma análise minuciosa do investidor cujos recursos estão sendo administrados; b) Estabelecer uma política de investimentos: nesta etapa são definidas as regras que devem ser seguidas, a fim de se alcançar os objetivos. Aqui estão incluídos os limites regulatórios e aqueles determinados pelo próprio cliente; c) Selecionar uma estratégia, que seja compatível com os objetivos e a política de investimentos do cliente. Pode ser classificada como ativa ou passiva, como será visto posteriormente, ainda neste capítulo; d) Escolher os ativos específicos: definida a estratégia, deve-se então selecionar os ativos que farão parte do portfólio; e) Mensurar e avaliar o desempenho do portfólio, que envolve a comparação de seus resultados com a de um benchmark previamente definido. 21 3.1 OBJETIVOS E POLÍTICA DE INVESTIMENTOS De forma geral, as fundações de previdência, assim como regimes próprios e outros investidores institucionais, buscam retornos acima da inflação ou das metas atuariais, sendo os fundos de investimentos frequentemente utilizados para esse fim. Alguns investidores esperam que os fundos sigam ou superem o IMA-B como forma de alcançar suas metas. Uma das premissas desta pesquisa é que as políticas de investimentos são conservadoras, com restrições a descasamentos em relação ao índice, geralmente estabelecidas pelos clientes por meio de limites de risco. 3.2 ESTRATÉGIAS Entendidos os objetivos, conhecida a política de investimentos e restrições, o passo seguinte no processo de gestão é a seleção da estratégia: ativa ou passiva. 3.2.1 Gestão Passiva Gerir um portfólio passivamente significa buscar desempenho o mais próximo possível ao do benchmark, cuja importância é destacada por DUARTE (2005) na definição dos parâmetros de risco e retorno. VOLPERT (2000) descreve algumas estratégias de gestão de renda fixa com benchmark em índices de títulos. O contexto é o mercado de renda fixa norte-americano, cujos índices apresentam larga variedade em termos de fatores de risco, tais como curva de juros, risco de 22 crédito, setor da economia ao qual o emissor pertence, dentre outros. As estratégias descritas como passivas por VOLPERT (2000) são as seguintes: a) Pure Index Match – Replicação total, título por título; b) Enhanced Indexing/Matching Primary Risk Factors Approach – onde o objetivo principal é a construção do portfólio de forma a atingir os fatores primários de risco, utilizando-se apenas uma amostra dos ativos do índice. Permite que o gestor siga o índice, sem que a carteira seja replicada em sua totalidade, implicando em redução de custos operacionais, mas abrindo-se mão de uma total aderência ao benchmark; c) Enhanced Indexing/Minor Factor Mismatches – Permite pequenos descasamentos em relação à composição do índice, porém a duração é mantida a mesma. 3.2.2 Gestão Ativa A gestão ativa visa a superação do retorno do benchmark estabelecido. Neste caso, o gestor tem mais liberdade para realizar descasamentos na carteira, buscando maior eficiência do que o mercado. Em relação às estratégias ativas, VOLPERT (2000) destaca as seguintes: a) Active Management/Larger Risk Factor Mismatches – Permite maiores descasamentos, visando a superação do benchmark, sob a óptica da ineficiência do mercado no apreçamento dos ativos. Trabalha com a possibilidade de pequenos descasamentos em relação à duração; 23 b) Active Management/Full-Blown Active – Possibilita grandes descasamentos em relação aos fatores de risco e à duração da carteira. 3.3 SELEÇÃO DE ATIVOS Nesta fase o investidor busca a construção do portfólio eficiente, ou seja, aquele cuja expectativa de retorno é a melhor, para um determinado nível de risco. Isto pode ser realizado estimando-se os fatores de risco que historicamente explicam a variação dos retornos dos ativos e da sensibilidade dos ativos a esses fatores (abordagem do risco multifator). Pode-se também focar ativos individualmente ou classes de ativos. Uma outra abordagem recai sobre o uso do erro de acompanhamento em relação a um índice benchmark para mensuração de risco, ao invés da variância do retorno da carteira (FOCARDI e FABOZZI (2004)). Em nosso estudo, o que se pretende é avaliar a plausibilidade de se trabalhar com a alocação de recursos em uma amostra de vencimentos do IMA-B, evitando a indexação total, devido a restrições como o volume de recursos com o qual o portfólio será construído e a praxe de negociação no mercado secundário de títulos em lotes padrão. FOCARDI e FABOZZI (2004) citam as duas principais formas de construção de portfólios visando uma enhanced indexing strategy: 3.3.1 Cell Matching/Stratified Sampling (Amostragem Estratificada) Por esta abordagem o índice é dividido em células representando os fatores de risco. São escolhidos um ou mais ativos que representem as células, ao invés da escolha de todos. 24 DYNKIN, HYMAN e KONSTANTINOV (2002) sugerem a segmentação do portfólio segundo dimensões de risco arbitrárias. A segmentação pode ser feita pela qualidade dos ativos, pela duração, média ponderada dos cupons e média ponderada das maturidades. 3.3.2 Minimização do Erro de Acompanhamento Por essa abordagem, o portfólio é construído de forma que possua mínimos desvios em relação aos fatores de risco que afetam o desempenho do índice. Quando o erro de acompanhamento medido está próximo a zero, isto fortalece a possibilidade de que o gestor esteja utilizando uma estratégia mais indexada. 3.4 RISCOS ASSOCIADOS À INDEXAÇÃO EM RENDA FIXA DYNKIN, HYMAN e WU (2001) listam os fatores de riscos relacionados à gestão de carteiras referenciadas no Lehman Brothers U.S. Aggregate Index. Este era um índice composto por uma cesta de títulos de renda fixa pré fixados norte-americanos, de baixo risco de crédito, emitidos pelo governo e por agentes privados, de diversos setores da economia, diferentes prazos e remuneração, dentre outras características. Trata-se, portanto, de um benchmark de maior abrangência que o IMA-B em vários aspectos. Porém, os fatores de risco a ele relacionados servem como parâmetro para buscarmos identificar aqueles ligados ao IMA-B. 3.4.1 Fatores de Risco Sistemáticos São aqueles comuns a todos os títulos. 25 a) Relacionados à estrutura a termo: Embora as NTN-B sejam títulos pós-fixados, corrigidos pela inflação, parte de sua remuneração é pré-fixada. Como pagam cupons de juros fixos semestrais, e seus preços, valores presentes dos fluxos (principal + juros), dependem das expectativas dos agentes em relação aos juros reais futuros da economia brasileira. Os riscos associados aos movimentos dessa estrutura a termo são críticos para o desenvolvimento deste trabalho. b) Não relacionados à estrutura a termo: • Risco do Setor – O IMA-B é composto somente por títulos do governo. Assim, a menos que sejam utilizados títulos privados na indexação, não haverá exposição a este tipo de risco. • Risco de Qualidade – Refere-se à exposição a títulos de diferentes classificações de risco (rating). Ocorrerá na indexação ao IMA-B caso sejam utilizados títulos de emissão privada. • Risco de Opcionalidade – Causado pelo impacto adverso de opções inclusas em títulos. • Risco de Cupom – Ocorre quando há exposição em títulos que pagam cupons de juros a diferentes taxas. Insignificante para as NTN-B, uma vez que todas as emissões pagam cupom de 6% a.a. 26 • Risco Relacionado ao Mortgage-Backed Securities (MBS) – Inerente ao mercado de títulos de hipoteca residencial. Pelo detalhamento acima, o autor entende que, excetuando-se os fatores relacionados à estrutura a termo, os demais riscos sistemáticos não têm relevância neste trabalho. Assim, tendo como premissa que os deslocamentos da curva de juros são os principais riscos na gestão das carteiras de renda fixa, a medida da duração seria um dos elementos determinantes da escolha dos ativos para a representação de cada célula, assim como a liquidez, em caso de utilização do cell matching. 3.4.2 Fatores de Risco Não-Sistemáticos Trata-se dos riscos de emissor e emissão. São riscos relacionados ao crédito privado, não impactando as NTN-B, que são emitidas pelo governo. Muito embora não seja objeto de estudo desta pesquisa, o risco de indexador pode ser relevante dependendo do valor final alocado em recursos de liquidez (operações compromissadas), que em geral são remunerados pela taxa SELIC, não oferecendo proteção total contra a inflação. 27 4 MODELO DE INDEXAÇÃO AO IMA-B O objetivo deste trabalho é propor um modelo de indexação de portfólios, com aplicação ao mercado de fundos de investimentos de renda fixa no Brasil. De forma mais específica, o que se pretende é ilustrar a estruturação de carteiras indexadas ao IMA-B, em um ambiente de negócios onde há restrições, tais como: a) O Tesouro não oferta todos os vencimentos de NTN-B simultaneamente em seus leilões (mercado primário). Assim, é necessário recorrer ao mercado secundário para a aquisição de ativos, onde, os títulos são geralmente negociados em lotes padrão de 10.000 unidades e nem todos os ativos são ofertados diariamente (pode não haver comprador, vendedor ou ambos para uma determinada NTN-B). b) Patrimônio reduzido para construção da carteira: considerando que o preço de uma NTN-B em dezembro de 2010 era de cerca de R$ 2 mil, um lote padrão representava R$ 20 milhões. Assim, para comprar um lote de cada um dos vencimentos (quinze) seriam necessários aproximadamente R$ 300 milhões. Nesse contexto, a proporção dos ativos na carteira seria quase igual, o que diverge de forma significativa da composição do IMA-B. Como exemplo, a NTN-B com vencimento de 15/05/2030 tinha 1% de peso no índice àquela 28 época. Caso este fosse um dos títulos não listados pelo Tesouro nas ofertas primárias, sua aquisição teria que ser realizada no mercado secundário, sendo necessários R$ 20 milhões. Portanto, seria preciso montante disponível aproximado de R$ 2 bilhões para viabilizar esta proporção. Dos vinte e sete fundos listados no APÊNDICE B, dezoito apresentam o IMA-B como referência. A mediana de seus patrimônios situa-se próxima a R$ 400 milhões, o que ilustra a dificuldade de gerir fundos com esse benchmark. 4.1 INDEXAÇÃO POR OTIMIZAÇÃO DUARTE (1997) apresentou em seu trabalho uma proposta para indexação ao IBOVESPA e ao FGV-100, índices de renda variável representativos de parte do mercado de ações brasileiro. A iliquidez de alguns ativos e a negociação de lotes fracionários são citadas como causas para a ocorrência de maiores custos de transação, quando do rebalanceamento das carteiras. Visando a indexação ao IMA-B, esses foram dois dos fatores que motivaram este autor a considerar a adaptação para renda fixa do método proposto por DUARTE (1997) para o mercado acionário. 4.2 SIMULAÇÃO HISTÓRICA DUARTE (1997) comenta que a maneira mais direta de se replicar um índice é a aquisição dos ativos na mesma proporção que em sua carteira teórica, mas aponta os problemas da iliquidez e dos negócios com lotes fracionários como fatores restritivos a esta estratégia. Cita como alternativa o uso de técnicas de amostragem para a seleção de ações que possam representar os setores econômicos a que pertencem nos índices, diminuindo, portanto, o 29 número de ações para compor o portfólio. Modelos de otimização são então usados para obter a carteira ótima. DUARTE (1997) preferiu considerar o peso das ações, a liquidez e o número de ativos do portfólio indexado em sua pesquisa. DUARTE (1997) estruturou duas carteiras: uma para acompanhar o IBOVESPA, e outra para seguir o FGV 100. No primeiro caso, realizou vinte simulações com crescente número de ações no portfólio, partindo de um e atingindo o total de vinte. Utilizou como critério inicial de seleção de ações o peso dos ativos no índice. No segundo caso foram feitas trinta simulações, tendo sido pré-selecionadas as cinquenta ações de maior peso e, em seguida, ordenadas pelo critério de maior liquidez. Na estruturação da carteira visando acompanhar o IMA-B, o modelo selecionará os ativos e suas quantidades, limitado a suas restrições. As simulações de DUARTE (1997) utilizaram 126 dias úteis como cenários para rebalancear diariamente os portfólios. Este trabalho utiliza o mesmo período para simular movimentos sobre a curva de juros mais recente. São necessárias algumas adaptações por se tratar de um índice de renda fixa. O maior fator de risco a que estão expostas as NTN-B são os movimentos da estrutura a termo das taxas de juros. A duração dos ativos deve ser incorporada ao modelo, visto sua relação com o risco de mercado dos títulos. 30 4.3 DADOS Os dados relativos ao IMA são extraídos da ANBIMA através da Rede de Telecomunicações para o Mercado (provedor pago). Aqueles necessários às simulações históricas foram obtidos da Diretoria de Riscos do Banco do Brasil, como por exemplo, séries de curvas de juros e preços dos ativos. 4.3.1 Cenários O Banco do Brasil utiliza para a gestão do risco de mercado, dentre outras métricas, o Value- at-Risk (V@R), calculado através da metodologia não-paramétrica por simulação histórica. Esta métrica é utilizada inclusive na BB DTVM, empresa do conglomerado responsável pela gestão de recursos de terceiros. Uma das medidas utilizadas para medir o risco relativo é o Benchmark V@R (B-V@R). Os preços das NTN-B, necessários à determinação do valor de mercado do portfólio, são obtidos através do prévio cálculo V@R da carteira teórica do IMA-B. Para esse fim, são utilizadas as respectivas estruturas a termo de taxas de juros reais, armazenadas em banco de dados depois de construídas segundo modelo próprio da Empresa (BANCO DO BRASIL (2006)). O sistema responsável pelo cálculo utiliza estas estruturas de dados para apreçar os ativos da carteira, obedecendo normas descritas em BANCO DO BRASIL (2010). O sistema mostra, como resposta, o valor de mercado do IMA-B em cada um dos cenários. Junto com esses dados são apresentadas as durações (de Macaulay) das NTN-B e do IMA-B. Utilizou-se uma janela temporal de 127 dias úteis no cálculo do V@R, ou 126 cenários, para a simulação 31 dos portfólios. Deve-se observar que os preços referem-se sempre à data da curva de juros base, ou seja, a data mais recente dos dados. 4.3.2 Carteira Teórica do IMA-B A carteira teórica do IMA-B é obtida no site da ANBIMA na internet. Aquela entidade divulga com três dias de antecedência a carteira que vigorará no próximo período de vigência, que se inicia um dia útil após a data de correção dos valores nominais, ou seja, o dia 15 de cada mês. 4.4 O MODELO DE OTIMIZAÇÃO Para a indexação estão disponíveis dois tipos de ativos: (1) as NTN-B, de diversos vencimentos e (2) operações compromissadas ou, simplesmente, “equivalente em dinheiro”. Assim, a primeira equação do modelo é dada por ψ = PH + C , PH ≥ 0 (1) Sendo ψ o total de recursos disponíveis para investimento; C o equivalente em dinheiro e PH o total de recursos aplicados em NTN-B hoje, que é dado por n P H = ¦ N i × piH × l i (2) i =1 32 onde n é o número de vencimentos de NTN-B disponíveis para investimento; Ni é n° de lotes do ativo i , ∀i = 1,2,..., n li é lote padrão do ativo i , ∀i = 1,2,..., n piH preço do ativo i , hoje, ∀i = 1,2,..., n Os recursos aplicados em operações compromissadas são necessários para cobrir eventuais despesas e resgates, evitando-se a venda de NTN-B. A necessidade de liquidez, varia de investidor para investidor. Neste trabalho, propomos que os recursos aplicados em “equivalente em dinheiro” obedeçam a um limite mínimo dado por: C ≥ φ ×ψ (3) onde φ 4.4.1 é percentual mínimo dos recursos disponíveis que devem permanecer em caixa. Duração de Macaulay (DM) A duração de um ativo varia de acordo com o cenário de juros utilizado para apreçá-lo. Dessa forma, em cada um dos cenários a diferença entre as durações do portfólio e do IMA-B será dada por: E j = D Pj − d Ij ∀j = 1,2,..., m (4) 33 onde, D Pj e d Ij são, respectivamente, as DM da carteira e do IMA-B para cada um dos cenários j . A DM de cada ativo e do IMA-B são parâmetros fornecidos pelo sistema de risco para cada um dos cenários, quando realizado o cálculo do V@R da carteira teórica daquele índice. Já a duração aproximada do portfólio sob cada um dos cenários é dada por: n ψ × D Pj = C + ¦ d ij × N i × pij × li , . ∀j = 1,2,...m (5) i =1 onde m é o número de cenários históricos disponíveis para a simulação; pij é o preço do ativo i segundo o cenário j , ∀i = 1,2,...n e ∀j = 1,2,...m d ij é a duração do ativo i sob o cenário j , ∀i = 1,2,...n e ∀j = 1,2,...m A duração do portfólio apresentada na equação (5) é uma aproximação da formulação real, e justifica-se para que dificuldades computacionais sejam superadas. O Apêndice C apresenta o modelo real. Assume-se que o caixa seja representado por operações de um dia (operações compromissadas), que não estão sujeitas aos movimentos da curva de juros. Seu valor permanece, portanto, constante para qualquer cenário. 34 4.4.2 Liquidez A liquidez das NTN-B é restrita a um percentual pequeno do volume de títulos emitidos e em poder do mercado. Pressupomos que os negócios sejam restritos à seguinte condição: N i ≤ γ × bi , ∀i = 1,2,..., n (6) onde bi é o número de lotes do ativo i disponíveis no mercado, ∀i = 1,2,..., n γ é o percentual máximo que se pode comprar do ativo i em relação à quantidade existente no mercado. 4.4.3 A Medida do Erro de Acompanhamento O erro de acompanhamento é uma medida de risco relativo, conforme DUARTE (2005). Como o principal fator de risco aqui estudado refere-se aos movimentos da estrutura a termo das taxas de juros, e a DM dos títulos de renda fixa está intrinsecamente relacionada a este risco, o erro de acompanhamento é utilizado para minimizar os desvios de duração de portfólios indexados em relação ao IMA-B. Simula-se movimentos na curva de juros e verificam-se os impactos que eles provocam na duração dos ativos, do portfólio e do IMA-B. Seja L(E1 , E 2 ,..., E m ) (7) 35 a função de erro relacionada à diferença de DM entre o portfólio e o IMA-B em cada um dos cenários j . L assumirá os seguintes valores: • Média Aritmética dos Erros Absolutos (MAEA) m ¦E MAEA = • j j =1 (8) m Máximo Erro Absoluto (MEA): MEA = Máximo{ E1 , E2 ,..., Em } • Medida Mediana dos Erros Absolutos (MMEA): MMEA = Mediana{ E1 , E2 ,..., Em } • (9) (10) Média Aritmética dos Erros ao Quadrado (MAEQ): m ¦ (E MAEQ = j =1 m j )2 (11) 36 4.4.4 Formulação Matemática Como o objetivo é obter uma carteira que minimize os desvios de sua DM em relação à medida equivalente do IMA-B, propõe-se o modelo: Minimizar L( E1 , E 2 ,..., E m ) Sujeito a E j = D Pj − d Ij n ψ × D Pj = C + ¦ d ij × N i × pij × l i ∀j = 1,2,...m ∀j = 1,2,...m i =1 n P H = ¦ N i × piH × l i i =1 ψ = PH + C C ≥ φ ×ψ N i ≤ γ × bi D1P , D2P ,..., DmP ∈ ℜ + P H ∈ ℜ+ E1 , E 2 ,..., E m ∈ ℜ N 1 , N 2 ,..., N n ∈ {0,1,2,...} C ∈ ℜ+ 37 5 EXEMPLO NUMÉRICO Este capítulo mostra um exemplo prático do modelo proposto de indexação ao IMA-B, através de cinco simulações, utilizando, além do sistema de risco do Banco do Brasil S/A para a obtenção dos dados, o Solver do Excel para construir a carteira ótima. Inicialmente, os parâmetros têm os seguintes valores: a) ψ = R$ 400 milhões (mediana dos patrimônios dos fundos indexados ao IMA-B e não a quaisquer de seus sub-índices, conforme Apêndice B); b) φ = 1% c) γ = 0,20%; O lote padrão é estabelecido como l i = 10.000 , ∀i = 1,2,..., n , em todas as simulações. Os resultados obtidos foram comparados com os de alguns fundos do mercado que também possuem como parâmetro de referência o IMA-B. Este autor destaca, entretanto, que não há 38 no estudo qualquer intenção de comparação dos resultados em termos de desempenho, por diversos motivos: a) os fundos citados como exemplo podem estar sujeitos a movimentações diárias, que dificultam a tarefa do gestor na replicação dos índices; b) não foi avaliado se os fundos possuem estratégias ativas ou passivas; c) há, na composição dos fundos selecionados, recursos aplicados em LFT, possivelmente para suprir necessidades de caixa (as LFT, por serem indexadas à Taxa Selic foram tratadas como as operações compromissadas para efeito de risco, ou seja, com duração de 1 dia). Portanto, a intenção é avaliar a ordem de grandeza dos riscos relativos, todos calculados a partir das curvas de juros aqui utilizadas. As informações sobre composição das carteiras dos fundos são públicas, e podem ser obtidas diretamente do site da Comissão de Valores Mobiliários. A Tabela 5 mostra a carteira teórica que vigorou no período de 16/12/2010 a 17/01//2011: 39 Tabela 5: Carteira Teórica do IMA-B Divulgada em 15.12.2010: NTN-B VENCIMENTO 15/05/2011 15/11/2011 15/08/2012 15/05/2013 15/08/2014 15/05/2015 15/08/2016 15/05/2017 15/08/2020 15/08/2024 15/08/2030 15/05/2035 15/08/2040 15/05/2045 15/08/2050 Quantidade em Mercado em T-3 19.410.870,00 6.515.900,00 18.344.200,00 25.413.740,00 6.969.940,00 24.602.520,00 493.450,00 15.643.030,00 9.823.910,00 14.255.840,00 1.858.520,00 13.391.290,00 2.418.360,00 24.380.900,00 5.548.660,00 Preço de Mercado Quantidade Peso (%) em T (P) Teórica (Q) R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 1.995,60 1.984,18 2.006,55 1.969,54 1.993,22 1.967,42 2.005,95 1.984,41 2.016,15 2.035,19 2.047,61 2.042,21 2.089,95 2.098,08 2.122,09 10,17 3,40 9,67 13,14 3,65 12,71 0,26 8,15 5,20 7,62 1,00 7,18 1,33 13,43 3,09 QXP 0,12036137 0,04040328 0,11374722 0,15758346 0,04321865 0,15255333 0,00305976 0,0969980 0,06091531 0,08839646 0,01152417 0,08303564 0,01499554 0,15117912 0,03440568 240,19 80,17 228,24 310,37 86,14 300,14 6,14 192,48 122,81 179,90 23,60 169,58 31,34 317,19 73,01 2.361,30 IMA-B EM 15.12.2010 Fonte: Autor, com dados da ANBIMA. Os 126 cenários de juros j utilizados nas simulações são descritos no Anexo A. O V@R do IMA-B pode ser calculado utilizando-se a carteira teórica do IMA-B, ou com os recursos disponíveis ψ alocados na mesma proporção que o índice (ver Tabela 6). As quantidades dispostas na segunda coluna da Tabela 5 servem de base para o cálculo do limite de liquidez, conforme equação (6) do capítulo anterior, sendo que a quantidade de lotes padrão em mercado para cada ativo é aquela emitida dividida por 10.000. Para efeitos práticos, o quociente da divisão é arredondado para o inteiro mais próximo, a fim de que o número máximo permitido seja também um número inteiro, como o número de lotes de cada ativo i , N i . 40 O principal conjunto de informações fornecido pelo sistema de risco é o seguinte: a) os preços - piH e pij ; b) a DM do IMA-B - d Ij ; c) a DM dos ativos - d ij ; para todos os cenários de juros j , de 30.12.2009 a 30.12.2010, data base para simulação. Tabela 6: Cálculo do V@R do IMA-B NTN-B (VENCIMENTO) 15/ 05/ 2011 15/ 11/ 2011 15/ 08/ 2012 15/ 05/ 2013 15/ 08/ 2014 15/ 05/ 2015 15/ 08/ 2016 15/ 05/ 2017 15/ 08/ 2020 15/ 08/ 2024 15/ 08/ 2030 15/ 05/ 2035 15/ 08/ 2040 15/ 05/ 2045 15/ 08/ 2050 IMA-B QUANTIDADEEM MERCADO 19.410.870,00 6.515.900,00 18.344.200,00 25.413.740,00 6.969.940,00 24.602.520,00 493.450,00 15.643.030,00 9.823.910,00 14.255.840,00 1.858.520,00 13.391.290,00 2.418.360,00 24.380.900,00 5.548.660,00 189.071.130,00 VALORA MERCADO R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 38.853.377.194,69 12.967.074.711,34 36.940.550.237,79 50.333.152.972,10 13.972.743.246,19 48.733.626.144,57 995.714.147,99 31.259.561.645,76 19.973.965.559,92 29.324.099.850,21 3.870.448.624,82 27.920.619.041,89 5.160.838.336,26 52.227.956.094,50 11.988.777.947,33 384.522.505.755,34 V@Ra 95%, 252 DIAS (9.254.728,47) (8.285.610,12) (37.231.859,51) (74.776.100,40) (29.460.360,05) (129.794.490,52) (3.158.066,71) (103.414.540,17) (89.872.906,36) (125.751.330,92) (20.637.968,36) (193.326.476,92) (37.888.666,12) (373.423.629,18) (98.720.060,24) (1.114.648.576,77) VaR% -0,0238% -0,0639% -0,1008% -0,1486% -0,2108% -0,2663% -0,3172% -0,3308% -0,4500% -0,4288% -0,5332% -0,6924% -0,7342% -0,7150% -0,8234% -0,2899% DURAÇÃO (DEMACAULAY) PESO NA EM DIASÚTEIS CARTEIRA 92,99 10,10% 216,34 3,37% 388,68 9,61% 559,99 13,09% 816,00 3,63% 977,89 12,67% 1.198,23 0,26% 1.348,73 8,13% 1.844,09 5,19% 2.367,99 7,63% 2.976,75 1,01% 3.410,37 7,26% 3.699,11 1,34% 4.041,30 13,58% 4.149,10 3,12% 1.675,55 100% Fonte: Autor, com dados do Banco do Brasil e da ANBIMA. As outras quatro simulações têm o objetivo de analisar a sensibilidade do modelo quanto a variações nos parâmetros e na amostra de cenários utilizada. As ilustrações dos resultados mostram os impactos reais nos retornos e na DM dos portfólios. 41 5.1 PRIMEIRA SIMULAÇÃO – S1: (ψ = R$ 400 MM; φ = 1%; γ = 0,2%) Buscou-se a carteira ótima pela minimização dos erros absolutos da duração da carteira em relação à duração do IMA-B em cada um dos cenários j, segundo o modelo proposto no capítulo 4. A composição final das carteiras é exibida na Tabela 7. Todas apresentam composição semelhante, principalmente nos vencimentos intermediários. Embora a distribuição seja distinta, o modelo alocou cerca de 31% dos recursos nos vencimentos superiores a 2024, enquanto o IMA-B possui aproximadamente 33%. Tabela 7: Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado ATIVO NTN-B 15/05/2011 NTN-B 15/11/2011 NTN-B 15/08/2012 NTN-B 15/05/2013 NTN-B 15/08/2014 NTN-B 15/05/2015 NTN-B 15/08/2016 NTN-B 15/05/2017 NTN-B 15/08/2020 NTN-B 15/08/2024 NTN-B 15/08/2030 NTN-B 15/05/2035 NTN-B 15/08/2040 NTN-B 15/05/2045 NTN-B 15/08/2050 CAIXA IMA-B (%) 10,10 3,37 9,61 13,09 3,63 12,67 0,26 8,13 5,19 7,63 1,01 7,26 1,34 13,58 3,12 - MMEA LOTES 1,00 1,00 5,00 3,00 2,00 3,00 1,00 1,00 1,00 R$ 34.572.511 (%) 5,03 5,01 24,76 14,99 10,17 15,43 5,21 5,36 5,40 8,64 MAEA LOTES 2,00 1,00 5,00 3,00 2,00 3,00 3,00 R$ 14.200.180 (%) 10,01 5,03 24,76 14,99 10,17 15,43 16,07 3,55 MAEQ LOTES 1,00 2,00 1,00 4,00 3,00 2,00 3,00 1,00 2,00 R$ 14.954.872 (%) 5,03 9,90 5,01 19,81 14,99 10,17 15,43 5,21 10,71 3,74 MEA LOTES 1,00 2,00 5,00 3,00 2,00 3,00 1,00 1,00 1,00 R$ 15.129.841 (%) 5,00 9,90 24,76 14,99 10,17 15,43 5,21 5,36 5,40 3,78 A Tabela 8 resume a medição do risco dos portfólios simulados. Em todos os casos o BV@R apresenta resultado satisfatório quando comparado com alguns pares do mercado, conforme Tabela 9. O exercício de comparação sugere que o processo de otimização pode ser útil também na análise de estilo de fundos, na medida em que permite mapear quantitativamente a exposição dos mesmos em relação ao benchmark. 42 Tabela 8: B-V@R (Portfólios X IMA-B) FUNÇÃO ERRO (L ) RECURSOS B-V@R DESVIO REGRESSÃO DOS DA RETORNOS DURAÇÃO (R PORTFÓLIO = BETA x R EM IMA-B + ALFA) 30/12/2010 (dias úteis) BETA ALFA R2 MAEA R$ 400.000.000 -0,036% -0,31 1,0377 - 0,9941 MAEQ R$ 400.000.000 -0,048% -0,35 1,0539 - 0,0001 0,9899 MEA R$ 400.000.000 -0,047% -0,04 1,0515 - 0,0001 0,9903 MMEA R$ 400.000.000 -0,048% 0,36 1,0519 - 0,0001 0,9892 Tabela 9: B-V@R (Fundos do Mercado X IMA-B) AMOSTRA DE FUNDOS DO MERCADO BRADESCO FI RF IMA-B TÍTULOSPÚBLICOS FI CAIXA BRASIL IMA-B TÍTULOS PÚBLICOS RF RECURSOS R$ B-V@R DESVIO REGRESSÃO DOS DA RETORNOS DURAÇÃO (R CARTEIRA = BETA x R EM IMA-B + ALFA) 30/12/2010 2 (dias úteis) BETA ALFA R 482.000.000 -0,020% -80,00 0,9629 - 0,9991 R$ 4.060.000.000 -0,072% -283,00 0,8321 - 0,9999 -0,053% -53,00 0,9301 - 0,9810 BTG PACTUAL FI RF IMA-B R$ 118.000.000 Fonte: Autor, com dados da CVM A Figura 5 mostra a magnitude dos desvios simples da DM para cada valor de L. Os desvios absolutos extremos situam-se próximos a 6 dias, exceto para MAEA (4 dias). Os desvios percentuais em relação ao valor de mercado dos portfólios apresentaram distribuição semelhante em todas as medidas utilizadas na otimização, conforme Figura 6, sendo ligeiramente favorável para MAEA. O Apêndice B detalha como proceder ao cálculo do risco relativo da amostra de fundos do mercado. 43 Figura 5: BOX PLOT – Desvios da DM 8 DESVIO REAL DA DM (EM DIAS ÚTEIS) 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO ( L) Figura 6: BOX PLOT – Desvios dos Retornos Diários 0,08% IMPACTO NO VALOR DE MERCADO 0,06% 0,04% 0,02% 0,00% -0,02% -0,04% -0,06% -0,08% -0,10% MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO (L) Uma análise dos desvios da DM em função dos cenários utilizados (Figura 7) sugere a possibilidade de pequenas diferenças no comportamento dos portfólios otimizados, embora o risco relativo seja próximo. 44 Figura 7: Desvios da DM por Cenário FUNÇÃO ERRO (L): MAEA FUNÇÃO ERRO (L): MAEQ 6,00 4,00 DESVIOS NA DURAÇÃO (DIAS ÚTEIS) -4,00 97 103 109 115 121 103 109 115 121 91 97 85 91 79 73 67 61 FUNÇÃO ERRO (L): MMEA 6,00 DESVIOS NA DURAÇÃO (DIAS ÚTEIS) 4,00 2,00 0,00 -2,00 -4,00 -6,00 4,00 2,00 0,00 -2,00 -4,00 CENÁRIOS 5.2 79 73 67 61 55 49 43 37 31 25 19 13 7 1 121 115 109 103 97 91 85 79 73 67 61 55 49 43 37 31 25 19 13 7 -6,00 1 DESVIOS NA DURAÇÃO (DIAS ÚTEIS) CENÁRIOS FUNÇÃO ERRO (L): MEA 6,00 85 CENÁRIOS 55 49 43 1 37 -6,00 121 115 109 97 103 91 85 79 73 67 61 55 49 43 37 31 25 19 7 13 1 -6,00 -2,00 31 -4,00 0,00 25 -2,00 2,00 19 0,00 7 2,00 4,00 13 DESVIOS NA DURAÇÃO (DIAS ÚTEIS) 6,00 CENÁRIOS SEGUNDA SIMULAÇÃO – S2: (ψ = R$ 200 MM; φ = 1%; γ = 0,2%) Com recursos disponíveis ψ reduzidos à metade, a quantidade de lotes de NTN-B que pode ser adquirida é menor. A Tabela 10 detalha a alocação. Tabela 10: Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado ATIVO NTN-B 15/05/2011 NTN-B 15/11/2011 NTN-B 15/08/2012 NTN-B 15/05/2013 NTN-B 15/08/2014 NTN-B 15/05/2015 NTN-B 15/08/2016 NTN-B 15/05/2017 NTN-B 15/08/2020 NTN-B 15/08/2024 NTN-B 15/08/2030 NTN-B 15/05/2035 NTN-B 15/08/2040 NTN-B 15/05/2045 NTN-B 15/08/2050 CAIXA IMA-B MMEA (%) LOTES 10,10 3,37 9,61 1,00 13,09 3,63 1,00 12,67 1,00 0,26 8,13 3,00 5,19 1,00 7,63 1,01 7,26 1,34 13,58 2,00 3,12 R$ 16.882.496 MAEA (%) LOTES 10,07 2,00 10,02 9,90 29,97 2,00 10,17 2,00 2,00 21,42 1,00 8,44 R$ 17.197.479 MAEQ (%) LOTES 19,81 1,00 3,00 19,98 2,00 20,33 20,57 1,00 1,00 10,71 1,00 8,60 R$ 17.720.175 MEA (%) LOTES 1,00 10,02 29,71 2,00 19,98 2,00 10,28 3,00 10,42 1,00 10,71 8,86 R$ 17.259.083 (%) 9,95 19,81 20,33 30,85 10,42 8,63 45 Esperava-se um aumento no risco, devido à limitação na distribuição dos ativos. Entretanto, em relação à primeira simulação, a minimização da mediana dos desvios absolutos apresentou portfólio com risco pouco menor e a minimização do quadrado dos desvios absolutos retornou composição com risco semelhante. Quando L(E1, E2,..., Em) = MEA houve elevação significativa do B-V@R. Neste caso, poucos recursos foram alocados nos vértices mais longos, maiores contribuintes do risco do IMA-B. Isto pode justificar o resultado. O risco dos portfólios é detalhado na Tabela 11. Os resultados, entretanto, são próximos da amostra de fundos do mercado. Tabela 11: B-V@R – (Portfólios X IMA-B) FUNÇÃO ERRO (L ) RECURSOS B-V@R DESVIO REGRESSÃO DOS DA RETORNOS DURAÇÃO (R PORTFÓLIO = BETA x R EM IMA-B + ALFA) 30/12/2010 (dias úteis) BETA ALFA R2 MAEA R$ 200.000.000 -0,066% -0,16 1,0530 - 0,0001 0,9845 MAEQ R$ 200.000.000 -0,047% -1,68 1,0513 - 0,0001 0,9899 MEA R$ 200.000.000 -0,090% 0,87 1,0548 - 0,0001 0,9690 MMEA R$ 200.000.000 -0,035% -0,24 1,0326 0,9945 - A distribuição dos desvios da DM mostra a discrepância entre os resultados de MMEA em relação aos demais, conforme Figura 8. A minimização do máximo erro absoluto permite a ocorrência de mais pontos próximos aos extremos. 46 Figura 8: BOX PLOT – Desvios da DM 12 10 DESVIO REAL DA DM (EM DIAS ÚTEIS) 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO (L) Os desvios nos retornos diários também são mais “extremos” para MEA, conforme Figura 9. Figura 9: BOX PLOT – Desvios dos Retornos Diários 0,20% IMPACTO NO VALOR DE MERCADO 0,15% 0,10% 0,05% 0,00% -0,05% -0,10% -0,15% -0,20% MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO ( L) 5.3 TERCEIRA SIMULAÇÃO – S3: (ψ = R$ 400 MM; φ = 5%; γ = 0,2%) A Tabela 12 mostra que para MMEA houve alocação de 4 lotes em vencimentos de NTN-B superiores a 2030. Este foi o portfólio de menor risco relativo, conforme Tabela 13. 47 Tabela 12: Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado ATIVO NTN-B 15/05/2011 NTN-B 15/11/2011 NTN-B 15/08/2012 NTN-B 15/05/2013 NTN-B 15/08/2014 NTN-B 15/05/2015 NTN-B 15/08/2016 NTN-B 15/05/2017 NTN-B 15/08/2020 NTN-B 15/08/2024 NTN-B 15/08/2030 NTN-B 15/05/2035 NTN-B 15/08/2040 NTN-B 15/05/2045 NTN-B 15/08/2050 CAIXA MMEA IMA-B (%) LOTES 10,10 3,37 9,61 13,09 5,00 3,63 12,67 1,00 0,26 8,13 3,00 5,19 1,00 7,63 3,00 1,01 7,26 1,00 1,34 13,58 3,00 3,12 R$ 54.058.499 A elevação do limite mínimo MAEA (%) LOTES 24,76 2,00 1,00 4,95 5,00 14,99 2,00 5,08 2,00 15,43 3,00 5,21 16,07 3,00 13,51 R$ 34.695.166 MAEQ (%) LOTES 9,90 1,00 5,01 24,76 5,00 9,99 3,00 10,17 2,00 15,43 3,00 16,07 3,00 8,67 R$ 54.564.744 MEA (%) LOTES 1,00 4,95 1,00 24,76 5,00 14,99 3,00 10,17 2,00 15,43 3,00 1,00 16,07 1,00 1,00 13,64 R$ 34.572.511 (%) 5,03 5,01 24,76 14,99 10,17 15,43 5,21 5,36 5,40 8,64 φ de recursos a serem mantidos em caixa para 5% mudou pouco o B-V@R em relação à primeira simulação, conforme Tabela 13, exceto quando L(E1, E2,..., Em) = MMEA. Neste caso houve redução significativa do nível de risco relativo (ver Figuras 10 e 11) Os números continuam compatíveis em relação aos fundos do mercado. Tabela 13: B-V@R – (Portfólios X IMA-B) FUNÇÃO ERRO (L ) RECURSOS B-V@R DESVIO REGRESSÃO DOS DA RETORNOS DURAÇÃO (R PORTFÓLIO = BETA x R EM IMA-B + ALFA) 30/12/2010 (dias úteis) BETA ALFA R2 MAEA R$ 400.000.000 -0,038% -0,16 1,0440 - 0,0001 0,9940 MAEQ R$ 400.000.000 -0,043% -1,35 1,0406 - 0,0001 0,9931 MEA R$ 400.000.000 -0,048% 0,37 1,0519 - 0,0001 0,9892 MMEA R$ 400.000.000 -0,019% -0,12 1,0131 0,9982 - 48 Figura 10: BOX PLOT – Desvios da DM 8 DESVIO REAL DA DM (EM DIAS ÚTEIS) 6 4 2 0 -2 -4 -6 MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO ( L) A Figura 11 mostra que o menor risco observado para L(E1, E2,..., Em) = MMEA se justifica pela menor dispersão apresentada em relação aos demais valores da função de erro (L). Novamente, L(E1, E2,..., Em) = MEA apresenta o portfólio de risco mais elevado. Figura 11: BOX PLOT – Desvios dos Retornos Diários 0,08% IMPACTO NO VALOR DE MERCADO 0,06% 0,04% 0,02% 0,00% -0,02% -0,04% -0,06% -0,08% -0,10% MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO (L) 49 5.4 QUARTA SIMULAÇÃO – S4: (ψ = R$ 400 MM; φ = 1%; γ = 0,4%) A Tabela 14 ilustra a alocação dos recursos. MAEA e MAEQ apresentaram a mesma composição. MMEA apresentou a maior quantidade de vencimentos utilizados na alocação, enquanto que nos demais houve aumento na concentração nos vencimentos intermediários. Observa-se que, para L(E1, E2,..., Em) = MEA, houve pequena alocação nos vencimentos mais longos, o que parece criar as condições para um maior valor do B-V@R. Tabela 14: Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado ATIVO NTN-B 15/05/2011 NTN-B 15/11/2011 NTN-B 15/08/2012 NTN-B 15/05/2013 NTN-B 15/08/2014 NTN-B 15/05/2015 NTN-B 15/08/2016 NTN-B 15/05/2017 NTN-B 15/08/2020 NTN-B 15/08/2024 NTN-B 15/08/2030 NTN-B 15/05/2035 NTN-B 15/08/2040 NTN-B 15/05/2045 NTN-B 15/08/2050 CAIXA IMA-B (%) 10,10 3,37 9,61 13,09 3,63 12,67 0,26 8,13 5,19 7,63 1,01 7,26 1,34 13,58 3,12 - MMEA LOTES 1,00 3,00 2,00 1,00 5,00 1,00 2,00 1,00 1,00 2,00 R$ 13.248.170 MAEA (%) LOTES 5,00 15,10 10,02 1,00 4,95 7,00 24,98 5,00 5,08 2,00 10,28 1,00 5,21 5,34 10,71 3,00 3,31 R$ 15.879.956 MAEQ (%) LOTES 5,01 1,00 34,66 7,00 24,98 5,00 10,17 2,00 5,14 1,00 16,07 3,00 3,97 R$ 15.879.956 MEA (%) LOTES 5,01 34,66 6,00 24,98 5,00 10,17 1,00 5,14 6,00 16,07 1,00 3,97 R$ 15.876.445 (%) 29,71 24,98 5,08 30,85 5,40 3,97 Os cálculos do risco confirmaram nossas expectativas de B-V@R elevado para MEA, conforme Tabela 15. A melhor distribuição dos vencimentos para MMEA parece ter correlação positiva com o menor risco apresentado. 50 Tabela 15: B-V@R – (Portfólios X IMA-B) O aumento da liquidez deveria implicar na diminuição do risco, pois permite maior liberdade na alocação de ativos e, possivelmente, melhor composição do portfólio. O que se observa, exceto para MMEA, é que há um aumento na concentração de recursos nos vértices intermediários, em detrimento dos vencimentos mais longos. Figura 12: BOX PLOT – Desvios da DM 12 10 DESVIO REAL DA DM (EM DIAS ÚTEIS) 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO (L) 51 Figura 13: BOX PLOT – Desvios dos Retornos Diários 0,14% 0,12% IMPACTO NO VALOR DE MERCADO 0,10% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% 0,00% -0,02% -0,04% -0,06% -0,08% -0,10% -0,12% -0,14% -0,16% MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO ( L) 5.5 QUINTA SIMULAÇÃO – S5 Esta etapa visa observar o funcionamento do modelo com um conjunto alternativo de movimentos da estrutura a termo: os cenários do período de 30.12.2009 a 01.07.2010, aplicados sobre a data base de 30.12.2010. Repetem-se os parâmetros da primeira simulação (ψ = R$ 400 MM; φ = 1%; γ = 0,2%) . A Tabela 16 Apresenta os portfólios ótimos a partir dos cenários alternativos. Nestas circunstâncias, as alocações são diferentes para todos os valores da função de erro (L), exceto para MAEQ. 52 Tabela 16: Composição dos Portfólios – Número de Lotes e Percentual Alocado ATIVO NTN-B 15/05/2011 NTN-B 15/11/2011 NTN-B 15/08/2012 NTN-B 15/05/2013 NTN-B 15/08/2014 NTN-B 15/05/2015 NTN-B 15/08/2016 NTN-B 15/05/2017 NTN-B 15/08/2020 NTN-B 15/08/2024 NTN-B 15/08/2030 NTN-B 15/05/2035 NTN-B 15/08/2040 NTN-B 15/05/2045 NTN-B 15/08/2050 CAIXA IMAMMEA LOTES B (%) 10,10 2,00 3,37 9,61 1,00 13,09 5,00 3,63 1,00 12,67 0,26 8,13 2,00 5,19 7,63 3,00 1,01 7,26 3,00 1,34 13,58 2,00 3,12 R$ 13.686.735 (%) 10,01 5,03 24,76 5,01 9,99 15,43 15,64 10,71 3,42 MAEA LOTES 2,00 1,00 5,00 3,00 2,00 3,00 1,00 2,00 R$ 14.861.667 (%) 10,07 4,95 24,76 14,99 10,17 15,43 5,21 10,71 3,72 MAEQ LOTES 1,00 2,00 1,00 4,00 3,00 2,00 3,00 1,00 2,00 R$ 14.954.872 (%) 5,03 9,90 5,01 19,81 14,99 10,17 15,43 5,21 10,71 3,74 MEA LOTES 1,00 2,00 1,00 4,00 3,00 2,00 3,00 1,00 2,00 R$ 14.954.872 (%) 5,03 9,90 5,01 19,81 14,99 10,17 15,43 5,21 10,71 3,74 Observa-se que o B-V@R reduziu-se para MAEQ, MEA e MMEA, sendo que neste último a medida caiu a menos da metade em relação à primeira simulação, conforme Tabela 17. Tabela 17: B-V@R em Diferentes Conjuntos de Cenários FUNÇÃO ERRO (L ) RECURSOS B-V@R DESVIO REGRESSÃO DOS DA RETORNOS DURAÇÃO (R PORTFÓLIO = BETA x R EM IMA-B + ALFA) 30/12/2010 ALFA R2 (dias úteis) BETA MAEA R$ 400.000.000 -0,038% -0,98 1,0564 - 0,9865 MAEQ R$ 400.000.000 -0,038% -0,35 1,0568 - 0,9865 MEA R$ 400.000.000 -0,038% -0,35 1,0568 - 0,9865 MMEA R$ 400.000.000 -0,023% -0,89 0,9960 - 0,9952 O resultado que se destaca nesta simulação, entretanto, diz respeito à minimização utilizandose a mediana dos desvios absolutos. Ambos os desvios dos retornos e da DM são menos dispersos do que para os demais valores de (L). (Figuras 14 e 15). 53 Figura 14: BOX PLOT – Desvios da DM 8 DESVIO REAL DA DM (EM DIAS ÚTEIS) 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO ( L) Figura 15: BOX PLOT – Desvios dos Retornos Diários 0,12% 0,10% IMPACTO NO VALOR DE MERCADO 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% 0,00% -0,02% -0,04% -0,06% -0,08% -0,10% -0,12% MAEA MAEQ MEA MMEA FUNÇÃO DE ERRO ( L) 54 6 CONCLUSÃO A participação dos fundos de investimento de renda fixa indexados na indústria de fundos tem crescido nos últimos anos. A ANBIMA tem contribuído ao longo dos últimos anos para o desenvolvimento deste segmento de produtos, com a criação, aprimoramento e manutenção de índices de renda fixa que refletem o mercado de títulos públicos federais no Brasil. Este trabalho abordou o mercado de renda fixa brasileiro, bem como as principais estratégias utilizadas na gestão de portfólios. O uso do IMA-B como benchmark é destacado, principalmente quando adotado pelas entidades de previdência complementar. Foram apresentadas também as principais dificuldades dos gestores na replicação do índice. Apresentou-se um modelo matemático que tem por objetivo a otimização de carteiras indexadas ao IMA-B, através da minimização do erro de acompanhamento, utilizando para este fim a simulação histórica dos movimentos da estrutura a termo das taxas de juros usadas no apreçamento das NTN-B. O modelo utiliza uma aproximação da Duração de Macaulay na busca pelo portfólio que gere o menor desvio desta medida em relação ao benchmark, para cada um dos cenários utilizados. 55 O B-V@R não paramétrico (com intervalo de confiança de 95% e janela de 126 dias úteis) foi utilizado para mensurar o risco dos portfólios em relação ao benchmark, bem como para compará-lo com uma amostra de fundos do mercado que também possuem o IMA-B como referência. Os cálculos mostraram a possibilidade de construção de portfólios indexados ao IMA-B com risco relativo compatível ao de fundos existentes no mercado, obedecendo restrições de liquidez, tamanho do patrimônio do fundo e recursos mínimos a serem mantidos em caixa. Esperava-se que o risco fosse maior para portfólios de menor tamanho, o que não ocorreu para todos os valores da função de erro (L). A análise de sensibilidade, realizada através das simulações 2 a 5, mostrou que a minimização da mediana dos desvios absolutos da DM mostrou-se eficiente na otimização pelo modelo aproximado. Este autor acredita na possibilidade da utilização do modelo na construção de carteiras referenciadas em outros índices de renda fixa, como o IRFM ou outros benchmarks compostos por mais de um índice da ANBIMA. Aos gestores que tenham interesse por essa metodologia é sugerido que busquem, tanto quanto possível, resultados obtidos a partir do modelo mais próximo da realidade, tendo em mente que serão necessários recursos tecnológicos (hardware e software) que permitam a execução dos cálculos de forma confiável e com baixo dispêndio de tempo. 56 6.1 LIMITAÇÕES DO MODELO 6.1.1 Preços dos Ativos Na prática, os preços utilizados foram obtidos de simulações relacionadas ao passado, isto é, os dados mais recentes que podem ser utilizados como referência são aqueles do dia anterior à data presente. Além disso, para efeito de simplificação, este trabalho considera os preços estimados pelo Banco do Brasil no processo de avaliação de riscos dos fundos de investimentos como justos, sendo isto uma das limitações do modelo. Os gestores devem, portanto, esperar divergências quando da efetiva compra para a construção do portfólio. Limitações desta natureza são abordadas por FOCARDI e FABOZZI (2004). Spreads de compra e venda (bid/ask) também não são considerados. 6.1.2 Custos Operacionais Para efeito de simplificação, não são considerados no modelo os custos inerentes à gestão do portfólio, como taxa de administração, remuneração de custodiantes, dentre outros, que impactam negativamente a rentabilidade dos fundos, gerando desvios em relação ao benchmark. Ferramentas mais robustas do que o Solver devem facilitar o processo de otimização, permitindo, principalmente, a utilização de maior número de cenários na construção dos portfólios. 57 Há situações em que a redução na medida de avaliação de risco pode exigir a aceitação de impactos mais extremos, o que sugere a propriedade de um olhar crítico dos gestores acerca dos resultados obtidos, assim como a necessidade de observação do funcionamento do modelo a partir de outras amostras de movimentos da curva de juros, o que fica como sugestão para novos trabalhos acadêmicos. Outra ideia seria o teste do modelo com os demais índices da ANBIMA. A aproximação do modelo, conforme discutido no Apêndice C, pode ser responsável pelas frustrações de algumas de nossas expectativas em relação aos resultados alcançados, muito embora tenham ficado próximos aos apresentados pelos fundos do mercado. DUARTE (1997-b) destaca o risco de modelagem e seus impactos, assim como adverte sobre a importância da calibragem do modelo. Este autor entende que, com a disponibilização de recursos tecnológicos mais sofisticados, futuros aprimoramentos podem tornar o modelo mais próximo da realidade. 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMANTE, A.; ARAUJO, M.; JEANNEAU, S. The search of liquidity in the Brazilian domestic bond market. BIS Quarterly Review, p. 69-82 jun. 2007. ANBIMA. A Importância dos Índices AMBIMA para os Investidores Institucionais e o Desenvolvimento de Novos Benchmarks. In: 30º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão: Prosperidade e Desafios. Olinda, Nov. 2010. ANDIMA. IMA completa quatro anos como novo parâmetro para o mercado de renda fixa. FONTE. Rio de Janeiro: ANDIMA, n. 4, Abr. 2009. ANDIMA. Séries Históricas. Taxas de Juros: Um amplo estudo sobre o Mercado Aberto no Brasil. Rio de Janeiro: ANDIMA, 1997. ARTUS P.; ORSATELLI, A. The effect of index management o the dynamics of price formation on stocks exchanges. In: INDEXATION & INVESTMENT: A collection of essays. European Asset Management Association. Heronsgate, London, Jun. 2001. BANCO DO BRASIL. Manual Corporativo de Marcação a Mercado, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/dimec/opa/dwn/MarcacaoMerCado .PDF. Acesso em: 17.01.2011. BANCO DO BRASIL. Nota Técnica MODERF n° 2006/003 – Documento Interno, Rio de Janeiro, 2006. BANK FOR INTERNATIONAL SETTLEMENTS. Committee on the Global Financial System. Financial Stability and local currency bond markets. Papers, n. 28, jun. 2007. BITTENCOURT, J. L. A Base de Investidores da Dívida Pública Federal no Brasil. 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Foi criado para atender às necessidades de diversos tipos de investidores. Está estruturado de acordo com a Figura 16: Figura 16: Organograma da Estrutura do IMA Fonte: ANBIMA 63 A ANBIMA lançou seu primeiro benchmark no início de 2000: o Índice de Renda Fixa de Mercado ANBIMA – IRF-M, cuja carteira teórica era composta pelos títulos públicos pré fixados. Os demais índices foram lançados em 2005, da proposta do Tesouro Nacional para que a ANBIMA criasse também medidas para os demais títulos públicos federais. O IMA-B é composto pelas NTN-B, indexadas ao IPCA. Estes títulos pagam juros de 6% a.a., semestralmente, e possuem vencimentos que variam de 15/08/2010 a 15/10/2050. Muito embora a série histórica date da década passada, houve alteração na metodologia de construção da família de índices IMA, que passou a vigorar a partir de 2 de maio de 2010. As principais alterações dizem respeito aos critérios de elegibilidade dos ativos que compõem as carteiras teóricas e à definição de datas específicas para o balanceamento das carteiras teóricas. A ANBIMA considera as quantidades de títulos em poder do mercado dos três dias úteis anteriores à data do rebalanceamento para divulgar a prévia da carteira teórica. CARTEIRA TEÓRICA DO IMA-B Além do IMA-B, a ANBIMA calcula e divulga os índices parciais IMA-B 5 e IMA-B 5+. O primeiro é composto pelos ativos que vencem em até 5 anos e o segundo por aqueles que vencem após este prazo. Quando os títulos atingem o limite de prazo para participação no IMA-B 5+ eles são resgatados e investidos na carteira do IMA-B 5. 64 Diariamente a entidade publica os dados referentes aos cálculos dos índices parciais e do total; abertos por vencimento, e consolidado por índice, como feito em 18/06/2010, conforme Tabelas 18 e 19. Tabela 18: Carteira do IMA-B por Vencimento em 18.06.2010 ÍNDICE DE MERCADO ANBIMA Índice Data de Vencimento Taxa Indicativa PU PU de Juros (Cupom) 111.010 82.585 193.595 TOTAL ( 5 ) TOTAL ( 5+ ) TOTAL GERAL 5 5 5 5 5 5 5 5+ 5+ 5+ 5+ 5+ 5+ 5+ 5+ Quantidade - IMA-B Quantidade Teórica 15/08/2010 15/05/2011 15/11/2011 15/08/2012 15/05/2013 15/08/2014 15/05/2015 15/05/2017 15/08/2020 15/08/2024 15/08/2030 15/05/2035 15/08/2040 15/05/2045 15/08/2050 7,3356 6,5833 6,7500 6,7778 6,7711 6,6785 6,6500 6,4201 6,3497 6,3022 6,2842 6,2868 6,2818 6,2766 6,2790 1.961,464107 1.928,476023 1.918,930544 1.936,601148 1.901,231031 1.920,709360 1.887,940978 1.895,757749 1.919,024977 1.916,030090 1.908,868571 1.874,251993 1.898,374903 1.868,655370 1.893,431605 - 17.069,03 20.312,56 6.998,50 19.685,53 19.521,42 6.643,45 20.779,02 16.121,21 7.316,39 15.083,86 657,81 14.103,58 1.004,97 24.439,09 3.858,09 0,10034709 0,11941552 0,04114349 0,11572924 0,11476447 0,03905617 0,12215777 0,09477499 0,04301233 0,08867646 0,00386721 0,08291355 0,00590812 0,14367496 0,02268135 Valor de Mercado Duração 533 2.780 1.482 213.309.665,03 156.073.811,80 369.383.476,83 41 224 344 510 678 924 1.082 1.439 1.909 2.394 2.932 3.285 3.485 3.704 3.781 33.480.283,80 39.172.292,64 13.429.639,25 38.123.018,06 37.114.731,37 12.760.134,68 39.229.565,23 30.561.914,47 14.040.338,99 28.901.120,05 1.255.676,65 26.433.670,42 1.907.811,72 45.668.242,37 7.305.037,11 Indice Peso 2.080,653761 2.416,143793 2.171,568223 57,75% 42,25% 100,00% 9,06% 10,60% 3,64% 10,32% 10,05% 3,45% 10,62% 8,27% 3,80% 7,82% 0,34% 7,16% 0,52% 12,36% 1,98% Fonte: ANBIMA Tabela 19: Negócios com NTN-B Realizados em 18.06.2010. ÍNDICE DE MERCADO ANBIMA Código Índice Título SELIC 5 5 5 5 5 5 5 5+ 5+ 5+ 5+ 5+ 5+ 5+ 5+ NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B NTN-B 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 760199 Código ISIN Data de Vencimento BRSTNCNTB0M1 BRSTNCNTB0N9 BRSTNCNTB385 BRSTNCNTB2V8 BRSTNCNTB2X4 BRSTNCNTB393 BRSTNCNTB088 BRSTNCNTB2W6 BRSTNCNTB3A0 BRSTNCNTB096 BRSTNCNTB3B8 BRSTNCNTB0O7 BRSTNCNTB3C6 BRSTNCNTB0A6 BRSTNCNTB3D4 15/08/2010 15/05/2011 15/11/2011 15/08/2012 15/05/2013 15/08/2014 15/05/2015 15/05/2017 15/08/2020 15/08/2024 15/08/2030 15/05/2035 15/08/2040 15/05/2045 15/08/2050 Número de Operações - IMA-B Quantidade Valor negociada Negociado (1.000 títulos) (R$ mil) 29 6 25 11 2 3 5 1 35,19 36,70 150,00 20,65 0,24 10,45 5,63 0,02 67.900,69 70.424,75 290.314,38 39.233,75 453,29 19.657,67 10.656,98 28,79 13 20,00 38.048,96 33 3,45 6.463,15 Prazo 41 228 355 545 730 1.047 1.235 1.736 2.554 3.557 5.063 6.256 7.578 8.769 10.088 Fonte: ANBIMA 65 METODOLOGIA DE CÁLCULO Segundo a ANBIMA, os índices refletem a evolução, a valor de mercado, das carteiras teóricas, com valor inicial de 1.000. Os fatores que influenciam no balanceamento são novas emissões, resgates, pagamentos de juros e/ou principal. A construção do IMA-B, assim como os demais índices, possui as seguintes características: • Expurgam-se as rentabilidades advindas de mudanças nas quantidades ou quando os papéis migram do índice parcial mais longo para o mais curto; • Todos são índices de retorno total, sem reinvestimento; • Ponderam-se preços pela quantidade do período base (método de Laspeyres). FÓRMULA GERAL: j ( I t = ¦ Qvj × Pt j + C t j ) (1) k =1 Onde: It = número-índice na data t; Qvj = quantidade teórica vigente do título j na carteira; Pt j = preço ex-cupom do título j na data t; Ct j = valor do cupom pago pelo título j na data t; Na data do rebalanceamento alguns ajustes são necessários: 1) a partir das novas quantidades ( Qmj ) calcula se um índice auxiliar dado por 66 j I ta = ¦ Qmj × Pt j (2) k =1 2) ajustam-se as quantidades teóricas vigentes de cada título elegível ( Qmvj ) e substituem-se os valores na equação (1), preservando-se assim a continuidade do índice em função da mudança da carteira teórica : §I Qmvj = Qmj × ¨¨ ta © It · ¸¸ (3) ¹ FONTES DE INFORMAÇÃO O convênio estabelecido entre a ANBIMA e o Tesouro Nacional estabelece que o este último envie diariamente àquela Associação as quantidades em mercado de todos os títulos. Os preços dos títulos são apurados diariamente por aquela associação, junto ao mercado. Procura-se avaliar os preços justos, mesmo que não tenha havido negócios. Ao final do processo há a definição das taxas indicativas médias dos ativos. Alguns critérios estatísticos são utilizados, visando-se a eliminação de outliers. 67 APÊNDICE B – Alguns de Fundos do Mercado com Benchmark IMA-B - Risco Apresenta-se neste apêndice a metodologia empregada para avaliação do B-V@R das carteiras que compõem a amostra de fundos do mercado. Conforme mencionado no capítulo 5, os fundos a seguir foram utilizados como referência para avaliar o risco relativo dos portfólios resultantes das simulações 1 a 4: a) BRADESCO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA IMA-B TÍTULOS PÚBLICOS; b) FUNDO DE INVESTIMENTO CAIXA BRASIL IMA-B TÍTULOS PÚBLICOS; c) BTG PACTUAL FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA IMA-B. Os três fundos têm em comum o fato de possuírem o IMA-B na razão social. Portanto, partese da premissa de que este índice seja o benchmark. A página da CVM na rede mundial de computadores disponibiliza a composição detalhada das carteiras de ativos dos fundos, mês a mês, no último dia útil. Como a data base para as 68 simulações realizadas foi 30.12.2010, utilizou-se a posição de 31.12.2010 dos fundos na comparação. De posse das informações, procede-se da seguinte forma: 1. Converte-se as quantidades de NTN-B, por vencimento, em quantidades de lotes padrão, permitindo-se frações; 2. Somam-se os recursos disponíveis em caixa, LFT e operações compromissadas, e encontra-se o equivalente em dinheiro, C . Pressupõe-se que estas sejam corrigidas pela Taxa SELIC e que a Duração de Macauley do total corresponda a 1 dia. Por simplificação, as LFT recebem o mesmo tratamento, muito embora saiba-se que, na realidade, possuam DM discretamente diferente de 1 dia, em função da possibilidade de negociação das mesmas com ágio ou deságio; 3. Utilizam-se os preços das NTN-B da data de referência, piH , para encontrar o total de recursos investidos nestes ativos, P H . Assim, chega-se aos recursos disponíveis do portfólio em 30.12.2010, ψ = P H + C ; 4. Em seguida, utilizam-se os preços das NTN-B, pij , para chegar ao valor de mercado do portfólio em cada cenário e, então, calcular o B-V@R em relação ao IMA-B; 5. Procede-se ao calculo da DM do portfólio em cada cenário, conforme no APÊNDICE C, assim como feito com os portfólios resultantes das simulações; 69 6. Finalmente, compara-se os resultados de ambos os portfólios, o otimizado e o de referência. Como exemplo, a composição da carteira do BRADESCO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA IMA-B TÍTULOS PÚBLICOS é ilustrada abaixo: Tabela 20 – Composição Aproximada do Bradesco FI RF IMA-B Títulos Públicos LOTES ALOCADOS NTN-B QUANTIDADE (VENCIMENTO) DE TÍTULOS (U) 15/05/2011 15/11/2011 15/08/2012 15/05/2013 15/08/2014 15/05/2015 15/08/2016 15/05/2017 15/08/2020 15/08/2024 15/08/2030 15/05/2035 15/08/2040 15/05/2045 15/08/2050 CAIXA TOTAIS 24.925 4.381 11.650 48.245 7.162 35.631 8.305 32.237 4.700 2.650 4.050 13.800 20.617 13.350 R$ COMPOSIÇÃO FINAL 2,49 0,44 1,17 4,82 0,72 3,56 0,83 3,22 0,47 0,27 0,41 1,38 2,06 1,34 10.925.660 23,17 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ PORTFÓLIO PORTFÓLIO IMA-B (%) (%) (%) ACUM. 49.890.624,51 8.718.481,61 23.460.135,10 95.551.578,21 14.357.768,81 70.579.267,21 16.595.931,83 65.544.241,32 9.667.846,25 5.518.740,10 8.444.183,28 29.449.531,52 44.165.054,24 28.844.835,62 10.925.660,44 481.713.880,04 10,36 1,81 4,87 19,84 2,98 14,65 3,45 13,61 2,01 1,15 1,75 6,11 9,17 5,99 2,27 100,00 10,36 12,17 17,04 36,87 39,85 54,50 54,50 57,95 71,56 73,56 74,71 76,46 82,58 91,74 97,73 100,00 10,10 3,37 9,61 13,09 3,63 12,67 0,26 8,13 5,19 7,63 1,01 7,26 1,34 13,58 3,12 100,00 IMA-B (%) ACUM. 10,10 13,48 23,08 36,17 39,81 52,48 52,74 60,87 66,06 73,69 74,70 81,96 83,30 96,88 100,00 100,00 Abaixo, apresenta-se os desvios no valor de mercado deste portfólio em relação ao IMA-B: Figura 17 – B-V@R do Bradesco FI RF IMA-B Títulos Públicos PERDAS/GANHOS RELATIVOS AO IMA-B 0,07% 0,06% 0,05% 0,04% 0,03% 0,02% 0,01% 0,00% -0,01% -0,02% B-V@R, 1 dia, 95% IC: -0,019511% -0,03% -0,04% 1 8 15 22 29 36 43 50 57 64 71 78 85 92 99 106 113 120 CENÁRIO i 70 Este autor destaca que os detalhes abaixo contribuíram para facilitar a comparação: a) Os fundos detêm composição semelhante, ou seja, alocação em NTN-B, operações compromissadas, LFT e caixa. É comum encontrar no mercado carteiras que detenham títulos de emissão privada, como debêntures, o que requer avaliação do risco de crédito em seu apreçamento. b) A data base das simulações é próxima da data de referência da CVM. Assim, o disponível em dinheiro pode ser considerado o mesmo para 30 e 31.12.2010, sem prejuízo para a avaliação. A tabela 21 apresenta uma amostra de fundos do mercado que têm o IMA-B ou seus componentes como referência. 71 Tabela 21 – Amostra de Fundos do Mercado - Benchmark IMA-B PATRIMÔNIO LÍQUIDO NOME SCHRODER RPPS IMA-B INVESTIMENTO EM RENDA FIXA FUNDO BENCHMARK INÍCIO DE R$ 1.097.454 IMA-B 29/03/10 BB ATUARIAL FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA LONGO PRAZO R$ 8.347.130 IMA-B 17/12/99 GOLDMAN SACHS MASTER IMA-B ATIVO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA R$ 23.679.628 IMA-B 31/08/10 ICATU SEG FUNDO DE INVESTIMENTO IPCA RENDA FIXA PREVIDÊNCIA R$ 24.047.210 IMA-B 5+ 29/10/07 WESTERN ASSET INFLAÇÃO TOTAL ATIVO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA R$ 33.013.000 IMA-B 24/09/10 WESTERN ASSET PREV INFLATION PLUS RENDA FIXA FI R$ 43.641.229 IMA-B 5+ 14/09/07 FUNDO DE INVESTIMENTO VOTORANTIM ALLOCATION INFLAÇÃO RENDA FIXA R$ 50.773.107 IMA-B 5 13/05/09 BTG PACTUAL FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA SICREDI FIXA - IMA-B FUNDO DE INVESTIMENTO R$ INSTITUCIONAL REFERENCIADO IMA-B CRÉDITO PRIVADO LONGO PRAZO R$ 64.607.863 IMA-B 23/07/08 83.318.188 IMA-B 18/12/09 WESTERN ASSET PREV INFLATION LIMITED RENDA FIXA FI R$ 96.875.189 IMA-B 5 17/09/07 ADVANTAGE LEGG MASON IPCA FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA R$ 106.669.125 IMA-B 5 30/06/08 ICATU SEG APOSENTADORIA INFLAÇÃO RENDA FIXA FI R$ 134.065.285 IMA-B 5+ 12/12/07 BRAM FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA INFLAÇÃO R$ 152.044.235 IMA-B 06/01/10 UNIBANCO MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA IMA-B 5+ R$ 180.717.032 IMA-B 5+ 14/08/08 UNIBANCO MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA IMA-B 5 R$ 317.537.317 IMA-B 5 14/08/08 WESTERN ASSET INFLATION II RENDA FIXA FI R$ 395.101.240 IMA-B 16/01/06 BRADESCO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA IMA-B TÍTULOS PÚBLICOS R$ 399.633.397 IMA-B 17/02/10 ITAÚ FLEXPREV VÉRTICE IMAB5 MAIS RENDA FIXA - FUNDO DE INVESTIMENTO R$ 399.987.886 IMA-B 28/08/09 MIX INFLATION IB - RENDA FIXA FUNDO DE INVESTIMENTO R$ 718.490.689 IMA-B 05/06/06 WESTERN ASSET RENDA FIXA FI PREV INFLATION TOTAL R$ 770.333.795 IMA-B 14/09/07 BRADESCO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA IMA-B R$ 1.136.756.553 IMA-B 07/01/08 SANTANDER FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA IMA-B TITULOS PUBLICOS R$ 1.388.288.580 IMA-B 09/12/09 BB TOP RF INDICE DE PREÇO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA LONGO PRAZO R$ 1.506.530.972 IMA-B 26/06/07 BB RPPS ATUARIAL MODERADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA PREVIDENCIÁRIO R$ 1.809.186.850 IMA-B 09/03/06 BRASILPREV TOP ATUARIAL INVESTIMENTO RENDA FIXA 2.311.229.067 IMA-B 5+ 01/08/07 3.107.366.063 IMA-B 08/03/10 6.285.198.858 IMA-B 24/07/05 FUNDO DE R$ FUNDO DE INVESTIMENTO CAIXA BRASIL IMA-B TÍTULOS PÚBLICOS RENDA FIXA R$ BB RPPS ATUARIAL CONSERVADOR FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA PREVIDENCIARIO R$ PATRIMONIO LÍQUIDO TOTAL R$ 21.548.536.943 Fonte: CVM/QUANTUM 72 APÊNDICE C - Modelos de Otimização – DM Simplificada versus DM Real Neste apêndice compara-se o modelo simplificado, apresentado no Capitulo 4, com outro que considera a medida real da duração. Buscou-se explicar, aqui, os motivos que levaram à escolha da forma simplificada de representação do problema, ao invés da outra. Recordando, o modelo simplificado é o seguinte: Minimizar Sujeito a L( E1 , E 2 ,..., E m ) E j = D Pj − d Ij n ψ × D Pj = C + ¦ d ij × N i × p ij × li ∀j = 1,2,...m ∀j = 1,2,...m i =1 n P H = ¦ N i × piH × li i =1 ψ = PH + C C ≥ φ ×ψ N i ≤ γ × bi D1P , D2P ,..., DmP ∈ ℜ + P H ∈ ℜ+ E1 , E 2 ,..., E m ∈ ℜ N 1 , N 2 ,..., N n ∈ {0,1,2,...} C ∈ ℜ+ O modelo que considera o cálculo real da duração é exibido abaixo. 73 Minimizar L( E1 , E 2 ,..., E m ) Sujeito a ∀j = 1,2,...m E j = D Pj − d Ij n n i =1 n i =1 (C + ¦ N i × pij × l i ) × D Pj = C + ¦ d ij × N i × pij × l i ∀j = 1,2,...m P H = ¦ N i × p iH × l i i =1 H ψ = P +C C ≥ φ ×ψ N i ≤ γ × bi D1P , D2P ,..., DmP ∈ ℜ + P H ∈ ℜ+ E1 , E 2 ,..., E m ∈ ℜ N 1 , N 2 ,..., N n ∈ {0,1,2,...} C ∈ ℜ+ A não-linearidade da segunda restrição, o número de cenários e variáveis utilizados, bem como a restrição de N i a números inteiros não-negativos, tornam a solução extremamente complexa para o Excel, exigindo grande capacidade de processamento e tempo. FYLSTRA, LADSON, WATSON E WAREN (1998) explicam as dificuldades do Excel em resolver problemas como o da presente dissertação. Visando a superação destas dificuldades, indica-se a aproximação da DM do portfólio. A ponderação, ao invés do valor de mercado, passa a utilizar o total de recursos disponíveis (ȥ), substituindo-se, assim, uma variável por uma constante. 74 ANEXO A – Estrutura a Termo das Taxas de Juros Estrutura a Termo das Taxas de Juros – IPCA (02.07.2010 a 29.09.2010) DATA 02/07/2010 05/07/2010 06/07/2010 07/07/2010 08/07/2010 09/07/2010 12/07/2010 13/07/2010 14/07/2010 15/07/2010 16/07/2010 19/07/2010 20/07/2010 21/07/2010 22/07/2010 23/07/2010 26/07/2010 27/07/2010 28/07/2010 29/07/2010 30/07/2010 02/08/2010 03/08/2010 04/08/2010 05/08/2010 06/08/2010 09/08/2010 10/08/2010 11/08/2010 12/08/2010 13/08/2010 16/08/2010 17/08/2010 18/08/2010 19/08/2010 20/08/2010 23/08/2010 24/08/2010 25/08/2010 26/08/2010 27/08/2010 30/08/2010 31/08/2010 01/09/2010 02/09/2010 03/09/2010 06/09/2010 08/09/2010 09/09/2010 10/09/2010 13/09/2010 14/09/2010 15/09/2010 16/09/2010 17/09/2010 20/09/2010 21/09/2010 22/09/2010 23/09/2010 24/09/2010 27/09/2010 28/09/2010 29/09/2010 42 8,96% 9,16% 9,20% 7,40% 7,49% 7,35% 7,51% 7,31% 7,23% 7,14% 6,91% 6,92% 6,85% 6,88% 6,77% 6,85% 6,84% 6,75% 6,68% 6,54% 6,40% 6,28% 6,20% 6,06% 5,99% 7,59% 7,51% 7,37% 7,19% 7,08% 6,99% 6,95% 6,88% 6,78% 6,63% 6,58% 6,56% 6,41% 6,27% 6,18% 6,01% 5,85% 5,67% 5,63% 5,44% 5,36% 5,28% 5,23% 6,78% 6,67% 6,60% 6,43% 6,25% 6,06% 5,95% 5,82% 5,56% 5,44% 5,23% 5,06% 4,98% 4,80% 4,54% 63 8,01% 8,15% 8,19% 7,01% 7,08% 6,99% 7,13% 6,96% 6,83% 6,75% 6,54% 6,55% 6,54% 6,55% 6,44% 6,54% 6,54% 6,47% 6,42% 6,30% 6,17% 6,06% 6,00% 5,88% 5,83% 6,75% 6,71% 6,59% 6,44% 6,38% 6,32% 6,33% 6,31% 6,25% 6,13% 6,14% 6,14% 6,03% 5,93% 5,87% 5,73% 5,60% 5,46% 5,45% 5,31% 5,26% 5,21% 5,20% 6,04% 5,98% 5,93% 5,79% 5,64% 5,49% 5,42% 5,31% 5,07% 4,99% 4,82% 4,70% 4,64% 4,50% 4,28% 126 7,06% 7,15% 7,19% 6,62% 6,67% 6,63% 6,76% 6,62% 6,43% 6,36% 6,17% 6,18% 6,24% 6,22% 6,12% 6,23% 6,25% 6,20% 6,17% 6,05% 5,94% 5,85% 5,81% 5,69% 5,67% 5,92% 5,91% 5,82% 5,69% 5,67% 5,66% 5,72% 5,74% 5,72% 5,64% 5,69% 5,73% 5,65% 5,58% 5,57% 5,46% 5,34% 5,24% 5,28% 5,17% 5,16% 5,14% 5,16% 5,31% 5,30% 5,27% 5,16% 5,04% 4,92% 4,89% 4,80% 4,59% 4,55% 4,42% 4,33% 4,31% 4,20% 4,02% 189 6,75% 6,82% 6,86% 6,49% 6,53% 6,51% 6,63% 6,50% 6,30% 6,23% 6,05% 6,05% 6,14% 6,11% 6,01% 6,12% 6,15% 6,11% 6,08% 5,97% 5,87% 5,77% 5,74% 5,63% 5,62% 5,65% 5,64% 5,57% 5,44% 5,44% 5,45% 5,52% 5,56% 5,57% 5,49% 5,57% 5,62% 5,56% 5,50% 5,51% 5,43% 5,33% 5,24% 5,30% 5,20% 5,21% 5,20% 5,24% 5,22% 5,23% 5,23% 5,14% 5,06% 4,98% 4,98% 4,94% 4,78% 4,77% 4,69% 4,64% 4,65% 4,58% 4,45% 252 6,70% 6,76% 6,78% 6,51% 6,54% 6,53% 6,64% 6,53% 6,36% 6,28% 6,11% 6,12% 6,19% 6,10% 6,00% 6,11% 6,14% 6,11% 6,10% 6,02% 5,88% 5,83% 5,83% 5,77% 5,74% 5,76% 5,79% 5,76% 5,64% 5,64% 5,65% 5,69% 5,71% 5,69% 5,60% 5,66% 5,73% 5,69% 5,64% 5,66% 5,63% 5,54% 5,45% 5,53% 5,43% 5,42% 5,40% 5,47% 5,45% 5,47% 5,47% 5,42% 5,35% 5,32% 5,33% 5,33% 5,23% 5,23% 5,18% 5,16% 5,17% 5,12% 5,01% 504 6,70% 6,73% 6,74% 6,59% 6,63% 6,63% 6,71% 6,62% 6,51% 6,45% 6,30% 6,34% 6,36% 6,26% 6,15% 6,27% 6,30% 6,27% 6,29% 6,27% 6,13% 6,15% 6,22% 6,26% 6,19% 6,23% 6,25% 6,27% 6,17% 6,12% 6,09% 6,01% 6,02% 5,97% 5,87% 5,89% 5,90% 5,86% 5,86% 5,95% 5,97% 5,94% 5,88% 5,98% 5,92% 5,93% 5,89% 5,96% 5,90% 5,92% 5,94% 5,91% 5,92% 5,99% 6,05% 6,06% 5,98% 6,00% 5,97% 5,96% 5,99% 6,01% 5,91% VÉRTICE EM DIAS 1260 1890 2520 6,58% 6,40% 6,36% 6,58% 6,40% 6,37% 6,62% 6,44% 6,41% 6,55% 6,40% 6,38% 6,58% 6,44% 6,42% 6,58% 6,44% 6,42% 6,62% 6,48% 6,47% 6,56% 6,46% 6,46% 6,54% 6,42% 6,42% 6,51% 6,36% 6,36% 6,42% 6,32% 6,30% 6,46% 6,36% 6,33% 6,51% 6,37% 6,33% 6,41% 6,32% 6,30% 6,35% 6,28% 6,24% 6,40% 6,34% 6,31% 6,43% 6,36% 6,32% 6,41% 6,32% 6,28% 6,43% 6,32% 6,28% 6,44% 6,33% 6,28% 6,33% 6,28% 6,25% 6,33% 6,28% 6,26% 6,38% 6,30% 6,27% 6,39% 6,32% 6,29% 6,35% 6,30% 6,28% 6,37% 6,32% 6,31% 6,39% 6,33% 6,32% 6,39% 6,32% 6,31% 6,31% 6,26% 6,25% 6,27% 6,22% 6,21% 6,20% 6,13% 6,12% 6,06% 6,03% 6,02% 6,09% 6,05% 6,05% 6,09% 6,03% 6,04% 6,06% 6,01% 6,02% 6,05% 6,01% 6,02% 6,06% 6,00% 6,00% 6,03% 5,98% 5,97% 6,03% 5,97% 5,95% 6,07% 5,99% 5,96% 6,14% 6,03% 6,01% 6,18% 6,04% 6,01% 6,15% 6,00% 5,98% 6,19% 6,05% 6,02% 6,13% 6,00% 5,97% 6,11% 5,99% 5,97% 6,08% 5,95% 5,94% 6,07% 5,96% 5,95% 6,04% 5,96% 5,96% 6,06% 5,99% 5,99% 6,09% 6,01% 6,01% 6,07% 6,00% 6,00% 6,08% 6,01% 6,01% 6,15% 6,07% 6,08% 6,21% 6,13% 6,12% 6,24% 6,15% 6,13% 6,19% 6,11% 6,11% 6,19% 6,11% 6,10% 6,15% 6,04% 6,04% 6,14% 6,02% 6,02% 6,17% 6,05% 6,05% 6,20% 6,08% 6,08% 6,12% 6,02% 6,03% 3780 6,29% 6,29% 6,29% 6,28% 6,34% 6,34% 6,38% 6,37% 6,34% 6,30% 6,26% 6,28% 6,26% 6,24% 6,21% 6,23% 6,25% 6,21% 6,21% 6,21% 6,20% 6,23% 6,25% 6,26% 6,26% 6,28% 6,29% 6,29% 6,24% 6,19% 6,09% 6,02% 6,02% 6,02% 6,00% 6,00% 5,99% 5,92% 5,92% 5,93% 5,95% 5,97% 5,96% 5,99% 5,97% 5,98% 5,95% 5,95% 5,96% 5,98% 5,99% 5,98% 5,99% 6,05% 6,08% 6,08% 6,06% 6,05% 6,01% 6,00% 6,00% 6,01% 5,99% 5040 6,29% 6,29% 6,28% 6,29% 6,34% 6,34% 6,38% 6,37% 6,34% 6,30% 6,25% 6,26% 6,25% 6,24% 6,20% 6,20% 6,20% 6,19% 6,18% 6,18% 6,17% 6,23% 6,24% 6,25% 6,25% 6,26% 6,27% 6,27% 6,23% 6,19% 6,10% 6,02% 6,03% 6,02% 6,00% 5,98% 5,97% 5,93% 5,92% 5,93% 5,95% 5,98% 5,96% 5,98% 5,97% 5,97% 5,94% 5,96% 5,96% 5,97% 5,98% 5,97% 5,98% 6,03% 6,04% 6,06% 6,05% 6,04% 6,00% 5,99% 6,00% 6,01% 5,99% 6300 6,28% 6,28% 6,28% 6,27% 6,30% 6,30% 6,34% 6,35% 6,30% 6,27% 6,21% 6,23% 6,23% 6,23% 6,18% 6,18% 6,18% 6,16% 6,14% 6,15% 6,14% 6,20% 6,20% 6,21% 6,21% 6,22% 6,23% 6,22% 6,19% 6,17% 6,08% 5,99% 6,01% 5,99% 5,97% 5,94% 5,91% 5,89% 5,88% 5,89% 5,89% 5,91% 5,91% 5,94% 5,93% 5,96% 5,95% 5,96% 5,94% 5,97% 5,96% 5,95% 5,96% 6,02% 6,03% 6,05% 6,03% 6,02% 5,98% 5,97% 5,97% 5,99% 5,96% 7560 6,28% 6,28% 6,28% 6,27% 6,31% 6,31% 6,34% 6,35% 6,32% 6,27% 6,21% 6,22% 6,21% 6,20% 6,17% 6,18% 6,20% 6,17% 6,15% 6,16% 6,16% 6,21% 6,21% 6,21% 6,21% 6,23% 6,21% 6,20% 6,19% 6,17% 6,08% 5,99% 6,00% 5,98% 5,94% 5,89% 5,86% 5,85% 5,84% 5,84% 5,85% 5,87% 5,86% 5,91% 5,92% 5,93% 5,92% 5,93% 5,92% 5,92% 5,91% 5,91% 5,92% 5,96% 5,97% 6,02% 6,00% 5,98% 5,96% 5,95% 5,93% 5,93% 5,93% 8820 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,27% 6,27% 6,32% 6,33% 6,30% 6,24% 6,22% 6,23% 6,20% 6,20% 6,17% 6,17% 6,18% 6,14% 6,13% 6,13% 6,13% 6,16% 6,17% 6,17% 6,18% 6,18% 6,13% 6,13% 6,10% 6,12% 6,06% 5,96% 5,96% 5,95% 5,86% 5,78% 5,75% 5,78% 5,77% 5,78% 5,80% 5,83% 5,83% 5,88% 5,87% 5,91% 5,92% 5,93% 5,92% 5,91% 5,90% 5,89% 5,90% 5,94% 5,94% 5,96% 5,95% 5,92% 5,91% 5,86% 5,81% 5,80% 5,82% 10080 6,26% 6,26% 6,25% 6,26% 6,30% 6,30% 6,34% 6,34% 6,31% 6,24% 6,22% 6,25% 6,22% 6,21% 6,17% 6,18% 6,19% 6,16% 6,13% 6,14% 6,14% 6,17% 6,18% 6,18% 6,18% 6,18% 6,14% 6,14% 6,11% 6,14% 6,08% 5,97% 5,98% 5,96% 5,91% 5,80% 5,78% 5,79% 5,78% 5,79% 5,80% 5,85% 5,84% 5,89% 5,88% 5,91% 5,93% 5,93% 5,92% 5,92% 5,91% 5,89% 5,91% 5,95% 5,95% 5,96% 5,95% 5,92% 5,91% 5,86% 5,83% 5,83% 5,85% Fonte: Banco do Brasil S/A. 75 Estrutura a Termo das Taxas de Juros – IPCA (30.09.2010 a 30.12.2010) DATA 30/09/2010 01/10/2010 04/10/2010 05/10/2010 06/10/2010 07/10/2010 08/10/2010 11/10/2010 13/10/2010 14/10/2010 15/10/2010 18/10/2010 19/10/2010 20/10/2010 21/10/2010 22/10/2010 25/10/2010 26/10/2010 27/10/2010 28/10/2010 29/10/2010 01/11/2010 03/11/2010 04/11/2010 05/11/2010 08/11/2010 09/11/2010 10/11/2010 11/11/2010 12/11/2010 16/11/2010 17/11/2010 18/11/2010 19/11/2010 22/11/2010 23/11/2010 24/11/2010 25/11/2010 26/11/2010 29/11/2010 30/11/2010 01/12/2010 02/12/2010 03/12/2010 06/12/2010 07/12/2010 08/12/2010 09/12/2010 10/12/2010 13/12/2010 14/12/2010 15/12/2010 16/12/2010 17/12/2010 20/12/2010 21/12/2010 22/12/2010 23/12/2010 24/12/2010 27/12/2010 28/12/2010 29/12/2010 30/12/2010 42 4,39% 4,21% 4,07% 3,84% 3,66% 4,53% 4,42% 4,51% 4,54% 4,45% 4,39% 4,48% 4,44% 4,25% 4,15% 4,01% 4,06% 3,94% 3,76% 3,60% 3,53% 3,61% 3,60% 3,60% 3,55% 3,52% 1,24% 1,27% 1,34% 1,42% 2,18% 2,18% 2,33% 2,38% 2,95% 2,85% 2,87% 2,96% 3,15% 3,63% 3,71% 3,78% 3,90% 3,80% 4,34% 4,43% 3,39% 3,40% 3,35% 3,61% 3,58% 3,56% 3,63% 3,63% 3,95% 4,02% 4,21% 4,23% 4,23% 4,51% 4,47% 4,48% 4,45% 63 4,17% 4,04% 3,93% 3,75% 3,61% 4,37% 4,27% 4,33% 4,35% 4,28% 4,25% 4,31% 4,30% 4,12% 4,03% 3,91% 3,93% 3,83% 3,67% 3,54% 3,50% 3,55% 3,54% 3,57% 3,55% 3,49% 2,54% 2,53% 2,55% 2,61% 3,11% 3,11% 3,20% 3,21% 3,61% 3,45% 3,44% 3,51% 3,67% 3,98% 4,03% 4,07% 4,16% 4,03% 4,40% 4,45% 3,73% 3,78% 3,71% 3,88% 3,84% 3,82% 3,91% 3,90% 4,14% 4,22% 4,43% 4,45% 4,45% 4,63% 4,59% 4,58% 4,55% 126 3,96% 3,87% 3,79% 3,65% 3,56% 4,21% 4,12% 4,15% 4,17% 4,12% 4,11% 4,14% 4,16% 3,98% 3,92% 3,82% 3,80% 3,73% 3,59% 3,48% 3,46% 3,48% 3,48% 3,54% 3,55% 3,46% 3,86% 3,80% 3,78% 3,80% 4,07% 4,07% 4,11% 4,11% 4,35% 4,17% 4,15% 4,21% 4,38% 4,54% 4,58% 4,62% 4,73% 4,60% 4,81% 4,86% 4,49% 4,56% 4,50% 4,59% 4,56% 4,57% 4,67% 4,71% 4,89% 5,00% 5,17% 5,21% 5,23% 5,32% 5,30% 5,31% 5,29% 189 4,42% 4,36% 4,31% 4,23% 4,19% 4,67% 4,61% 4,64% 4,63% 4,60% 4,62% 4,67% 4,75% 4,63% 4,62% 4,56% 4,56% 4,48% 4,37% 4,32% 4,35% 4,37% 4,41% 4,49% 4,51% 4,45% 4,75% 4,71% 4,70% 4,69% 4,88% 4,88% 4,93% 4,93% 5,11% 5,05% 5,05% 5,10% 5,33% 5,46% 5,48% 5,56% 5,72% 5,57% 5,70% 5,73% 5,51% 5,50% 5,41% 5,46% 5,42% 5,44% 5,49% 5,57% 5,72% 5,83% 5,88% 5,92% 5,92% 5,98% 5,95% 5,95% 5,93% 252 4,99% 4,94% 4,90% 4,84% 4,83% 5,15% 5,09% 5,11% 5,06% 5,02% 5,06% 5,12% 5,22% 5,14% 5,15% 5,10% 5,09% 5,00% 4,90% 4,86% 4,91% 4,92% 4,96% 5,04% 5,06% 4,99% 5,22% 5,18% 5,16% 5,14% 5,29% 5,29% 5,35% 5,34% 5,50% 5,50% 5,50% 5,55% 5,79% 5,90% 5,92% 6,01% 6,18% 6,03% 6,12% 6,13% 5,98% 5,94% 5,82% 5,86% 5,80% 5,82% 5,83% 5,90% 6,01% 6,10% 6,15% 6,18% 6,18% 6,22% 6,19% 6,17% 6,14% 504 5,93% 5,92% 5,93% 5,91% 5,87% 5,96% 5,98% 5,98% 5,91% 5,77% 5,72% 5,77% 5,88% 5,75% 5,80% 5,77% 5,78% 5,66% 5,68% 5,66% 5,62% 5,61% 5,65% 5,68% 5,71% 5,68% 5,79% 5,79% 5,81% 5,80% 5,94% 5,94% 6,03% 6,03% 6,20% 6,18% 6,14% 6,13% 6,27% 6,40% 6,38% 6,41% 6,50% 6,46% 6,52% 6,51% 6,46% 6,42% 6,29% 6,31% 6,19% 6,20% 6,13% 6,11% 6,14% 6,21% 6,33% 6,37% 6,37% 6,39% 6,34% 6,30% 6,28% VÉRTICE EM DIAS 1260 1890 2520 6,13% 6,02% 6,03% 6,10% 6,00% 6,01% 6,08% 5,98% 5,99% 6,08% 5,98% 5,99% 6,00% 5,92% 5,93% 6,06% 5,97% 5,96% 6,07% 5,97% 5,96% 6,07% 5,97% 5,96% 6,04% 5,93% 5,92% 5,87% 5,79% 5,79% 5,83% 5,75% 5,75% 5,87% 5,79% 5,79% 6,02% 5,97% 5,96% 5,92% 5,87% 5,87% 6,00% 5,95% 5,96% 6,02% 5,96% 5,97% 6,12% 6,07% 6,07% 5,99% 5,97% 5,97% 6,07% 6,03% 6,03% 6,05% 6,03% 6,03% 5,98% 5,96% 5,97% 5,96% 5,94% 5,93% 5,95% 5,92% 5,92% 5,96% 5,91% 5,91% 5,97% 5,91% 5,91% 6,00% 5,95% 5,96% 6,05% 5,98% 5,97% 5,98% 5,89% 5,88% 5,96% 5,85% 5,85% 5,93% 5,81% 5,81% 6,05% 5,92% 5,91% 6,05% 5,92% 5,91% 6,06% 5,95% 5,97% 6,07% 5,94% 5,95% 6,27% 6,06% 6,08% 6,25% 6,06% 6,07% 6,22% 6,03% 6,03% 6,16% 6,00% 6,01% 6,22% 6,01% 6,02% 6,32% 6,06% 6,03% 6,26% 6,00% 5,98% 6,27% 6,00% 5,97% 6,27% 6,00% 5,97% 6,27% 6,00% 5,98% 6,30% 6,06% 6,04% 6,31% 6,06% 6,03% 6,31% 6,08% 6,06% 6,30% 6,08% 6,07% 6,18% 5,98% 5,98% 6,18% 5,98% 5,97% 6,10% 5,94% 5,94% 6,10% 5,94% 5,94% 6,06% 5,94% 5,93% 6,05% 5,93% 5,92% 6,06% 5,93% 5,93% 6,07% 5,93% 5,92% 6,07% 5,93% 5,92% 6,09% 5,94% 5,92% 6,09% 5,94% 5,92% 6,10% 5,94% 5,92% 6,08% 5,93% 5,92% 6,09% 5,92% 5,91% 6,07% 5,91% 5,89% 3780 5,99% 5,97% 5,96% 5,96% 5,93% 5,94% 5,94% 5,94% 5,90% 5,78% 5,75% 5,78% 5,91% 5,85% 5,92% 5,93% 5,98% 5,93% 5,95% 5,94% 5,89% 5,86% 5,86% 5,84% 5,83% 5,88% 5,89% 5,83% 5,80% 5,78% 5,85% 5,85% 5,92% 5,91% 6,08% 6,06% 6,03% 5,98% 5,98% 5,99% 5,95% 5,94% 5,93% 5,93% 5,98% 5,98% 5,97% 5,97% 5,90% 5,89% 5,84% 5,81% 5,80% 5,77% 5,77% 5,77% 5,75% 5,75% 5,75% 5,75% 5,74% 5,74% 5,72% 5040 5,99% 5,97% 5,96% 5,96% 5,93% 5,94% 5,94% 5,94% 5,90% 5,78% 5,74% 5,77% 5,90% 5,85% 5,91% 5,91% 5,96% 5,91% 5,94% 5,92% 5,86% 5,83% 5,82% 5,82% 5,79% 5,84% 5,85% 5,79% 5,77% 5,75% 5,83% 5,83% 5,91% 5,91% 6,06% 6,05% 6,02% 5,99% 5,97% 5,98% 5,95% 5,92% 5,92% 5,92% 5,97% 5,96% 5,95% 5,94% 5,87% 5,86% 5,82% 5,79% 5,77% 5,74% 5,75% 5,74% 5,69% 5,68% 5,68% 5,68% 5,67% 5,66% 5,64% 6300 5,96% 5,95% 5,94% 5,93% 5,90% 5,91% 5,91% 5,91% 5,86% 5,76% 5,73% 5,77% 5,86% 5,81% 5,86% 5,87% 5,92% 5,87% 5,90% 5,86% 5,80% 5,78% 5,78% 5,76% 5,67% 5,72% 5,69% 5,64% 5,61% 5,61% 5,69% 5,69% 5,77% 5,79% 5,94% 5,94% 5,94% 5,90% 5,87% 5,91% 5,86% 5,85% 5,84% 5,85% 5,90% 5,89% 5,87% 5,86% 5,77% 5,75% 5,71% 5,65% 5,60% 5,57% 5,58% 5,55% 5,53% 5,52% 5,52% 5,52% 5,52% 5,52% 5,50% 7560 5,92% 5,90% 5,91% 5,90% 5,85% 5,86% 5,86% 5,85% 5,81% 5,73% 5,72% 5,75% 5,82% 5,78% 5,83% 5,84% 5,90% 5,86% 5,89% 5,84% 5,74% 5,73% 5,74% 5,72% 5,65% 5,69% 5,66% 5,61% 5,61% 5,59% 5,68% 5,68% 5,76% 5,79% 5,91% 5,90% 5,88% 5,86% 5,76% 5,78% 5,73% 5,71% 5,71% 5,73% 5,81% 5,82% 5,83% 5,81% 5,71% 5,67% 5,62% 5,55% 5,50% 5,47% 5,48% 5,44% 5,45% 5,44% 5,44% 5,44% 5,44% 5,46% 5,42% 8820 5,83% 5,81% 5,82% 5,82% 5,82% 5,82% 5,83% 5,82% 5,78% 5,72% 5,71% 5,73% 5,81% 5,76% 5,81% 5,82% 5,83% 5,80% 5,84% 5,78% 5,69% 5,68% 5,66% 5,61% 5,59% 5,60% 5,47% 5,41% 5,50% 5,48% 5,56% 5,56% 5,61% 5,63% 5,73% 5,73% 5,66% 5,58% 5,53% 5,53% 5,47% 5,48% 5,49% 5,51% 5,64% 5,63% 5,59% 5,53% 5,49% 5,46% 5,41% 5,35% 5,31% 5,26% 5,30% 5,27% 5,25% 5,23% 5,23% 5,23% 5,24% 5,27% 5,26% 10080 5,84% 5,82% 5,81% 5,80% 5,81% 5,81% 5,81% 5,81% 5,78% 5,71% 5,71% 5,74% 5,80% 5,75% 5,80% 5,80% 5,84% 5,78% 5,84% 5,79% 5,70% 5,69% 5,68% 5,61% 5,61% 5,62% 5,51% 5,48% 5,57% 5,55% 5,63% 5,63% 5,71% 5,72% 5,80% 5,76% 5,75% 5,67% 5,61% 5,64% 5,58% 5,56% 5,57% 5,56% 5,67% 5,74% 5,71% 5,64% 5,58% 5,55% 5,50% 5,46% 5,43% 5,40% 5,42% 5,40% 5,40% 5,40% 5,40% 5,40% 5,38% 5,41% 5,43% Fonte: Banco do Brasil S/A 76 Estrutura a Termo das Taxas de Juros – IPCA (30.12.2009 a 31.03.2010) DATA 30/12/2009 31/12/2009 04/01/2010 05/01/2010 06/01/2010 07/01/2010 08/01/2010 11/01/2010 12/01/2010 13/01/2010 14/01/2010 15/01/2010 18/01/2010 19/01/2010 20/01/2010 21/01/2010 22/01/2010 25/01/2010 26/01/2010 27/01/2010 28/01/2010 29/01/2010 01/02/2010 02/02/2010 03/02/2010 04/02/2010 05/02/2010 08/02/2010 09/02/2010 10/02/2010 11/02/2010 12/02/2010 17/02/2010 18/02/2010 19/02/2010 22/02/2010 23/02/2010 24/02/2010 25/02/2010 26/02/2010 01/03/2010 02/03/2010 03/03/2010 04/03/2010 05/03/2010 08/03/2010 09/03/2010 10/03/2010 11/03/2010 12/03/2010 15/03/2010 16/03/2010 17/03/2010 18/03/2010 19/03/2010 22/03/2010 23/03/2010 24/03/2010 25/03/2010 26/03/2010 29/03/2010 30/03/2010 31/03/2010 42 4,29% 4,26% 4,43% 4,39% 4,34% 4,30% 4,25% 4,34% 4,25% 3,70% 3,73% 3,68% 3,80% 3,73% 3,63% 3,62% 3,50% 3,61% 3,59% 3,55% 3,43% 3,34% 3,45% 3,48% 3,40% 3,30% 2,31% 2,60% 2,58% 2,61% 2,66% 2,71% 3,34% 3,39% 3,45% 3,79% 3,87% 3,92% 3,91% 3,93% 4,24% 4,18% 4,16% 4,14% 3,16% 3,44% 3,45% 3,45% 3,55% 3,63% 3,88% 3,94% 3,92% 3,79% 3,82% 4,10% 4,14% 4,14% 4,19% 4,21% 4,46% 4,47% 4,49% 63 4,30% 4,28% 4,40% 4,37% 4,33% 4,31% 4,27% 4,32% 4,24% 3,85% 3,84% 3,78% 3,84% 3,76% 3,66% 3,66% 3,54% 3,59% 3,58% 3,55% 3,43% 3,35% 3,41% 3,45% 3,37% 3,29% 3,11% 3,28% 3,23% 3,23% 3,27% 3,30% 3,73% 3,76% 3,81% 4,04% 4,10% 4,13% 4,10% 4,11% 4,30% 4,23% 4,18% 4,16% 3,84% 4,04% 4,03% 4,00% 4,09% 4,18% 4,33% 4,38% 4,35% 4,21% 4,23% 4,41% 4,45% 4,43% 4,47% 4,47% 4,64% 4,64% 4,65% 126 4,32% 4,31% 4,37% 4,35% 4,32% 4,31% 4,28% 4,30% 4,23% 4,01% 3,94% 3,88% 3,88% 3,80% 3,70% 3,70% 3,58% 3,57% 3,57% 3,55% 3,43% 3,36% 3,37% 3,42% 3,35% 3,28% 3,93% 3,97% 3,88% 3,86% 3,88% 3,90% 4,13% 4,16% 4,20% 4,34% 4,40% 4,42% 4,40% 4,41% 4,52% 4,46% 4,43% 4,41% 4,69% 4,81% 4,79% 4,76% 4,83% 4,92% 4,99% 5,03% 5,00% 4,82% 4,83% 4,93% 4,93% 4,93% 4,99% 5,00% 5,08% 5,08% 5,07% 189 4,77% 4,77% 4,82% 4,81% 4,78% 4,79% 4,77% 4,80% 4,75% 4,61% 4,57% 4,52% 4,52% 4,47% 4,38% 4,41% 4,32% 4,32% 4,35% 4,38% 4,34% 4,33% 4,37% 4,42% 4,36% 4,28% 4,76% 4,79% 4,75% 4,73% 4,72% 4,72% 4,86% 4,87% 4,90% 5,00% 5,02% 5,04% 5,07% 5,14% 5,26% 5,21% 5,20% 5,17% 5,38% 5,47% 5,44% 5,41% 5,44% 5,48% 5,53% 5,55% 5,51% 5,26% 5,25% 5,31% 5,28% 5,31% 5,37% 5,38% 5,43% 5,43% 5,39% 252 5,31% 5,32% 5,34% 5,31% 5,28% 5,28% 5,26% 5,28% 5,24% 5,14% 5,11% 5,05% 5,05% 5,01% 4,91% 4,94% 4,86% 4,86% 4,90% 4,94% 4,94% 4,96% 5,00% 5,04% 4,96% 4,87% 5,22% 5,23% 5,21% 5,19% 5,15% 5,14% 5,23% 5,23% 5,25% 5,34% 5,33% 5,35% 5,41% 5,51% 5,63% 5,59% 5,59% 5,56% 5,73% 5,79% 5,77% 5,74% 5,75% 5,76% 5,80% 5,82% 5,76% 5,48% 5,46% 5,50% 5,45% 5,49% 5,56% 5,58% 5,61% 5,60% 5,56% 504 6,38% 6,38% 6,36% 6,30% 6,25% 6,24% 6,21% 6,21% 6,18% 6,11% 6,12% 6,09% 6,09% 6,07% 6,03% 6,07% 6,03% 6,03% 6,05% 6,11% 6,14% 6,18% 6,19% 6,17% 6,11% 6,07% 6,25% 6,23% 6,22% 6,20% 6,18% 6,14% 6,17% 6,15% 6,14% 6,15% 6,14% 6,14% 6,18% 6,24% 6,31% 6,33% 6,34% 6,33% 6,43% 6,54% 6,52% 6,49% 6,48% 6,44% 6,43% 6,42% 6,39% 6,23% 6,20% 6,24% 6,21% 6,25% 6,30% 6,29% 6,30% 6,26% 6,24% VÉRTICE EM DIAS 1260 1890 2520 6,74% 6,67% 6,61% 6,74% 6,67% 6,60% 6,73% 6,67% 6,60% 6,71% 6,65% 6,58% 6,69% 6,63% 6,57% 6,69% 6,62% 6,57% 6,67% 6,62% 6,56% 6,68% 6,63% 6,57% 6,69% 6,63% 6,57% 6,67% 6,62% 6,56% 6,67% 6,63% 6,58% 6,65% 6,62% 6,56% 6,65% 6,62% 6,55% 6,66% 6,63% 6,57% 6,66% 6,62% 6,57% 6,69% 6,64% 6,59% 6,69% 6,66% 6,62% 6,69% 6,65% 6,62% 6,68% 6,64% 6,61% 6,66% 6,62% 6,59% 6,66% 6,62% 6,59% 6,66% 6,62% 6,59% 6,65% 6,61% 6,58% 6,63% 6,60% 6,57% 6,60% 6,57% 6,54% 6,59% 6,55% 6,51% 6,66% 6,60% 6,54% 6,65% 6,57% 6,52% 6,64% 6,55% 6,51% 6,63% 6,54% 6,50% 6,62% 6,52% 6,48% 6,58% 6,50% 6,48% 6,56% 6,50% 6,47% 6,56% 6,50% 6,48% 6,56% 6,50% 6,48% 6,57% 6,50% 6,49% 6,57% 6,49% 6,49% 6,58% 6,51% 6,50% 6,59% 6,50% 6,50% 6,61% 6,52% 6,50% 6,66% 6,54% 6,52% 6,65% 6,53% 6,52% 6,67% 6,55% 6,53% 6,68% 6,53% 6,52% 6,75% 6,56% 6,55% 6,81% 6,64% 6,62% 6,79% 6,64% 6,62% 6,77% 6,63% 6,61% 6,75% 6,62% 6,61% 6,72% 6,60% 6,58% 6,69% 6,57% 6,56% 6,66% 6,55% 6,54% 6,63% 6,53% 6,51% 6,53% 6,46% 6,45% 6,51% 6,43% 6,42% 6,54% 6,42% 6,43% 6,52% 6,41% 6,41% 6,53% 6,43% 6,42% 6,55% 6,43% 6,42% 6,53% 6,42% 6,40% 6,50% 6,37% 6,38% 6,43% 6,31% 6,30% 6,41% 6,28% 6,27% 3780 6,30% 6,30% 6,28% 6,26% 6,24% 6,24% 6,23% 6,23% 6,23% 6,23% 6,24% 6,25% 6,25% 6,29% 6,30% 6,32% 6,32% 6,32% 6,32% 6,30% 6,30% 6,29% 6,27% 6,26% 6,23% 6,18% 6,19% 6,19% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,19% 6,19% 6,19% 6,20% 6,20% 6,21% 6,22% 6,22% 6,22% 6,22% 6,24% 6,24% 6,24% 6,25% 6,26% 6,25% 6,26% 6,25% 6,24% 6,23% 6,22% 6,21% 6,22% 6,21% 6,19% 6,18% 6,17% 6,17% 6,17% 5040 6,33% 6,33% 6,32% 6,29% 6,27% 6,26% 6,25% 6,25% 6,26% 6,26% 6,28% 6,28% 6,28% 6,31% 6,32% 6,34% 6,35% 6,35% 6,34% 6,32% 6,31% 6,31% 6,31% 6,29% 6,27% 6,23% 6,23% 6,23% 6,24% 6,22% 6,23% 6,22% 6,21% 6,21% 6,21% 6,21% 6,20% 6,21% 6,22% 6,22% 6,23% 6,22% 6,23% 6,23% 6,24% 6,24% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,26% 6,25% 6,24% 6,23% 6,22% 6,22% 6,22% 6,21% 6,20% 6,19% 6,19% 6,18% 6,17% 6300 6,34% 6,34% 6,32% 6,31% 6,28% 6,28% 6,26% 6,27% 6,28% 6,28% 6,31% 6,31% 6,32% 6,35% 6,34% 6,36% 6,37% 6,37% 6,36% 6,33% 6,33% 6,33% 6,32% 6,30% 6,22% 6,23% 6,23% 6,24% 6,24% 6,23% 6,24% 6,23% 6,22% 6,22% 6,22% 6,21% 6,21% 6,21% 6,22% 6,22% 6,23% 6,23% 6,24% 6,24% 6,24% 6,26% 6,26% 6,26% 6,27% 6,28% 6,27% 6,27% 6,26% 6,23% 6,22% 6,22% 6,22% 6,21% 6,19% 6,18% 6,17% 6,17% 6,17% 7560 6,35% 6,35% 6,33% 6,31% 6,30% 6,29% 6,27% 6,28% 6,30% 6,30% 6,33% 6,33% 6,35% 6,37% 6,37% 6,38% 6,39% 6,39% 6,38% 6,34% 6,35% 6,34% 6,33% 6,31% 6,26% 6,26% 6,26% 6,27% 6,27% 6,25% 6,24% 6,24% 6,24% 6,23% 6,22% 6,22% 6,21% 6,21% 6,23% 6,23% 6,24% 6,24% 6,25% 6,25% 6,26% 6,27% 6,27% 6,27% 6,28% 6,29% 6,28% 6,27% 6,26% 6,24% 6,24% 6,23% 6,22% 6,22% 6,21% 6,20% 6,19% 6,18% 6,18% 8820 6,36% 6,36% 6,34% 6,31% 6,31% 6,29% 6,28% 6,29% 6,31% 6,32% 6,34% 6,35% 6,36% 6,38% 6,38% 6,39% 6,40% 6,40% 6,39% 6,35% 6,36% 6,35% 6,34% 6,32% 6,29% 6,29% 6,28% 6,28% 6,28% 6,26% 6,27% 6,25% 6,25% 6,22% 6,23% 6,23% 6,20% 6,22% 6,23% 6,24% 6,24% 6,24% 6,26% 6,25% 6,26% 6,28% 6,28% 6,27% 6,28% 6,27% 6,26% 6,24% 6,25% 6,23% 6,22% 6,23% 6,23% 6,21% 6,20% 6,19% 6,19% 6,19% 6,18% 10080 6,36% 6,36% 6,34% 6,31% 6,31% 6,29% 6,28% 6,29% 6,31% 6,32% 6,34% 6,35% 6,36% 6,39% 6,38% 6,39% 6,40% 6,40% 6,39% 6,35% 6,36% 6,35% 6,34% 6,32% 6,29% 6,29% 6,28% 6,29% 6,28% 6,27% 6,28% 6,25% 6,25% 6,23% 6,23% 6,23% 6,21% 6,22% 6,23% 6,25% 6,25% 6,25% 6,26% 6,26% 6,27% 6,28% 6,28% 6,28% 6,27% 6,27% 6,26% 6,25% 6,25% 6,24% 6,23% 6,23% 6,24% 6,24% 6,23% 6,21% 6,21% 6,19% 6,18% Fonte: Banco do Brasil S/A 77 Estrutura a Termo das Taxas de Juros – IPCA (01.04.2010 a 01.07.2010) DATA 01/04/2010 05/04/2010 06/04/2010 07/04/2010 08/04/2010 09/04/2010 12/04/2010 13/04/2010 14/04/2010 15/04/2010 16/04/2010 19/04/2010 20/04/2010 22/04/2010 23/04/2010 26/04/2010 27/04/2010 28/04/2010 29/04/2010 30/04/2010 03/05/2010 04/05/2010 05/05/2010 06/05/2010 07/05/2010 10/05/2010 11/05/2010 12/05/2010 13/05/2010 14/05/2010 17/05/2010 18/05/2010 19/05/2010 20/05/2010 21/05/2010 24/05/2010 25/05/2010 26/05/2010 27/05/2010 28/05/2010 31/05/2010 01/06/2010 02/06/2010 04/06/2010 07/06/2010 08/06/2010 09/06/2010 10/06/2010 11/06/2010 14/06/2010 15/06/2010 16/06/2010 17/06/2010 18/06/2010 21/06/2010 22/06/2010 23/06/2010 24/06/2010 25/06/2010 28/06/2010 29/06/2010 30/06/2010 01/07/2010 42 4,50% 4,89% 4,93% 4,89% 4,18% 4,18% 4,37% 4,39% 4,47% 4,49% 4,47% 4,67% 4,67% 4,73% 4,70% 4,91% 4,93% 4,96% 4,99% 5,16% 5,45% 5,42% 5,39% 5,37% 5,03% 5,25% 5,25% 5,24% 5,25% 5,22% 5,39% 5,42% 5,42% 5,41% 5,37% 5,68% 5,71% 5,87% 5,90% 6,32% 6,81% 7,25% 7,35% 7,41% 7,53% 7,39% 7,01% 7,27% 7,32% 7,54% 7,59% 7,71% 7,86% 7,89% 8,11% 8,11% 8,69% 8,72% 8,79% 8,99% 9,05% 8,99% 8,96% 63 4,65% 4,92% 4,95% 4,90% 4,39% 4,40% 4,53% 4,56% 4,65% 4,68% 4,65% 4,79% 4,80% 4,83% 4,80% 4,94% 4,97% 5,01% 5,03% 5,22% 5,46% 5,42% 5,39% 5,37% 5,60% 5,75% 5,73% 5,70% 5,69% 5,64% 5,73% 5,75% 5,74% 5,71% 5,66% 5,90% 5,93% 6,06% 6,07% 6,43% 6,80% 7,13% 7,18% 7,17% 7,21% 7,09% 6,95% 7,14% 7,13% 7,25% 7,26% 7,29% 7,36% 7,40% 7,54% 7,54% 7,91% 7,93% 7,98% 8,11% 8,14% 8,06% 8,02% 126 5,06% 5,21% 5,25% 5,21% 4,92% 4,93% 5,00% 5,04% 5,15% 5,20% 5,17% 5,27% 5,28% 5,29% 5,26% 5,38% 5,47% 5,53% 5,62% 5,70% 5,82% 5,80% 5,79% 5,76% 5,97% 6,09% 6,07% 6,06% 6,06% 5,96% 5,97% 6,01% 6,01% 5,95% 5,90% 6,07% 6,11% 6,14% 6,10% 6,23% 6,44% 6,54% 6,56% 6,55% 6,58% 6,56% 6,50% 6,65% 6,66% 6,75% 6,80% 6,80% 6,86% 6,90% 6,98% 6,98% 7,12% 7,14% 7,17% 7,24% 7,24% 7,14% 7,08% 189 5,36% 5,48% 5,51% 5,47% 5,25% 5,25% 5,30% 5,34% 5,45% 5,49% 5,46% 5,55% 5,55% 5,54% 5,50% 5,62% 5,74% 5,80% 5,91% 5,93% 5,99% 5,97% 5,96% 5,93% 6,07% 6,20% 6,18% 6,17% 6,19% 6,06% 6,05% 6,10% 6,10% 6,03% 5,99% 6,13% 6,17% 6,16% 6,11% 6,16% 6,32% 6,35% 6,36% 6,34% 6,36% 6,38% 6,35% 6,49% 6,51% 6,59% 6,65% 6,63% 6,70% 6,74% 6,79% 6,79% 6,86% 6,88% 6,90% 6,95% 6,95% 6,83% 6,77% 252 5,51% 5,61% 5,64% 5,60% 5,41% 5,41% 5,44% 5,49% 5,60% 5,64% 5,61% 5,68% 5,68% 5,66% 5,62% 5,73% 5,87% 5,94% 6,05% 6,05% 6,08% 6,06% 6,05% 6,02% 6,13% 6,25% 6,24% 6,23% 6,25% 6,12% 6,10% 6,15% 6,16% 6,10% 6,05% 6,18% 6,24% 6,21% 6,16% 6,18% 6,32% 6,32% 6,33% 6,32% 6,33% 6,36% 6,35% 6,47% 6,49% 6,57% 6,64% 6,62% 6,68% 6,72% 6,76% 6,77% 6,82% 6,83% 6,86% 6,90% 6,90% 6,80% 6,73% 504 6,19% 6,23% 6,25% 6,20% 6,07% 6,12% 6,12% 6,19% 6,32% 6,41% 6,36% 6,47% 6,53% 6,51% 6,43% 6,54% 6,69% 6,73% 6,72% 6,74% 6,77% 6,78% 6,79% 6,80% 6,89% 6,98% 6,93% 6,87% 6,82% 6,75% 6,73% 6,75% 6,80% 6,76% 6,72% 6,82% 6,85% 6,86% 6,83% 6,82% 6,84% 6,81% 6,78% 6,69% 6,65% 6,68% 6,68% 6,75% 6,77% 6,81% 6,88% 6,82% 6,85% 6,82% 6,80% 6,82% 6,86% 6,90% 6,90% 6,91% 6,90% 6,83% 6,73% VÉRTICE EM DIAS 1260 1890 2520 6,37% 6,25% 6,24% 6,38% 6,25% 6,24% 6,36% 6,23% 6,22% 6,32% 6,18% 6,17% 6,22% 6,11% 6,10% 6,25% 6,12% 6,10% 6,25% 6,11% 6,12% 6,35% 6,21% 6,20% 6,51% 6,32% 6,27% 6,57% 6,37% 6,31% 6,55% 6,35% 6,28% 6,68% 6,46% 6,37% 6,82% 6,61% 6,51% 6,78% 6,60% 6,50% 6,70% 6,54% 6,49% 6,77% 6,57% 6,50% 6,85% 6,61% 6,52% 6,83% 6,59% 6,49% 6,66% 6,44% 6,36% 6,65% 6,44% 6,35% 6,66% 6,43% 6,33% 6,70% 6,46% 6,35% 6,80% 6,53% 6,40% 6,90% 6,61% 6,46% 7,01% 6,77% 6,67% 6,97% 6,75% 6,65% 6,91% 6,67% 6,58% 6,84% 6,63% 6,58% 6,76% 6,59% 6,53% 6,74% 6,56% 6,51% 6,68% 6,49% 6,49% 6,72% 6,58% 6,52% 6,76% 6,60% 6,54% 6,74% 6,59% 6,53% 6,74% 6,59% 6,52% 6,77% 6,61% 6,53% 6,81% 6,60% 6,53% 6,83% 6,60% 6,53% 6,83% 6,58% 6,53% 6,82% 6,57% 6,53% 6,82% 6,56% 6,52% 6,78% 6,53% 6,49% 6,72% 6,51% 6,47% 6,65% 6,45% 6,41% 6,62% 6,42% 6,37% 6,64% 6,41% 6,36% 6,66% 6,39% 6,36% 6,64% 6,35% 6,32% 6,67% 6,36% 6,33% 6,67% 6,37% 6,32% 6,73% 6,42% 6,37% 6,68% 6,39% 6,33% 6,66% 6,38% 6,33% 6,64% 6,37% 6,31% 6,64% 6,39% 6,37% 6,66% 6,41% 6,38% 6,68% 6,42% 6,38% 6,69% 6,44% 6,44% 6,68% 6,43% 6,44% 6,68% 6,43% 6,42% 6,68% 6,44% 6,43% 6,66% 6,43% 6,39% 6,60% 6,39% 6,37% 3780 6,15% 6,15% 6,16% 6,12% 6,04% 6,03% 6,03% 6,07% 6,15% 6,16% 6,14% 6,17% 6,27% 6,28% 6,32% 6,27% 6,29% 6,31% 6,16% 6,13% 6,12% 6,15% 6,19% 6,26% 6,48% 6,43% 6,39% 6,39% 6,35% 6,35% 6,36% 6,37% 6,39% 6,40% 6,39% 6,40% 6,39% 6,39% 6,38% 6,38% 6,37% 6,34% 6,32% 6,26% 6,25% 6,26% 6,25% 6,25% 6,26% 6,27% 6,29% 6,27% 6,26% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,28% 6,29% 6,29% 5040 6,15% 6,14% 6,15% 6,11% 6,04% 6,04% 6,04% 6,08% 6,14% 6,15% 6,14% 6,16% 6,22% 6,23% 6,26% 6,23% 6,21% 6,22% 6,07% 6,05% 6,03% 6,04% 6,08% 6,17% 6,38% 6,35% 6,32% 6,30% 6,27% 6,28% 6,29% 6,32% 6,35% 6,37% 6,37% 6,37% 6,37% 6,36% 6,37% 6,36% 6,35% 6,31% 6,31% 6,26% 6,25% 6,25% 6,25% 6,24% 6,25% 6,25% 6,27% 6,25% 6,25% 6,24% 6,23% 6,22% 6,24% 6,23% 6,23% 6,23% 6,29% 6,30% 6,29% 6300 6,14% 6,14% 6,14% 6,10% 6,04% 6,02% 6,03% 6,09% 6,15% 6,15% 6,13% 6,12% 6,18% 6,19% 6,17% 6,07% 6,04% 6,06% 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6,22% 6,23% 6,23% 6,23% 6,26% 6,25% 10080 6,17% 6,16% 6,15% 6,15% 6,02% 6,02% 6,02% 6,08% 6,12% 6,17% 6,15% 6,18% 6,17% 6,17% 6,13% 6,08% 6,11% 6,09% 5,91% 5,91% 5,93% 5,96% 6,06% 6,15% 6,31% 6,24% 6,29% 6,24% 6,24% 6,23% 6,25% 6,25% 6,35% 6,36% 6,36% 6,38% 6,38% 6,39% 6,38% 6,39% 6,35% 6,29% 6,29% 6,13% 6,16% 6,19% 6,19% 6,22% 6,24% 6,24% 6,27% 6,25% 6,26% 6,25% 6,23% 6,22% 6,22% 6,24% 6,23% 6,24% 6,23% 6,29% 6,25% Fonte: Banco do Brasil S/A 78