Relatório de Gestão Planos de Previdência Setembro de 2015 O que está acontecendo no cenário econômico? Em agosto, o aumento da volatilidade nos mercados globais foi provocado, principalmente, pela decisão inesperada do governo chinês liberar gradualmente a flutuação do Yuan. Esse movimento incitou uma série de dúvidas em relação à velocidade de desaceleração do país, como também à capacidade de coordenação do governo chinês frente os novos desafios de crescimento. Com isso, houve nova rodada de correção no mercado acionário doméstico, com queda superior a 14% do índice da bolsa de Shangai em moeda americana no mês. Nesse contexto, o Banco Central chinês voltou a cortar juros e os compulsórios, além de tomar algumas medidas adicionais de afrouxamento econômico. Dados os riscos de uma moderação mais intensa, o governo continuará oferecendo suporte para a economia, com novos cortes das taxas no curto prazo. Por sua vez, a economia americana continua se recuperando, principalmente com o fortalecimento do mercado de trabalho, que tem apresentado redução da ociosidade da mão-deobra. No entanto, a inflação não dá sinais de aceleração, e segue abaixo da meta do Fed (Banco Central americano) de 2,0%, o que tem sido um dos principais empecilhos para o início da normalização monetária. Apesar disso, membros do comitê de política monetária têm citado o efeito da valorização do Dólar e a queda dos preços internacionais do petróleo, como fatores preponderantes para esse baixo nível dos preços. Portanto, esse efeito deve se reduzir ao longo dos próximos trimestres, permitindo o início da alta dos juros neste ano. No Brasil, o destaque ficou por conta da revisão do plano orçamentário para os próximos anos. A incorporação de déficits primários até 2016 (0,3% do PIB em 2015 e -0,7% em 2016) levará a um aumento da dívida bruta em 2016. A rigidez orçamentária, eventuais dificuldades para elevação de impostos assim como a queda na atividade econômica colocam em risco o cumprimento dos déficits previstos no orçamento atual. Nossas projeções indicam um resultado deficitário neste ano. Os riscos fiscais juntamente com as dúvidas em relação à economia chinesa contribuíram para intensificar a depreciação do real, colocando um risco adicional sobre a dinâmica da inflação. Em sua última ata, o Banco Central alertou para os riscos da desvalorização sobre a trajetória de convergência da inflação e colocou um viés de alta dos juros uma vez que o real segue depreciando. Assim, mantemos nossa projeção de estabilidade da taxa Selic até o final de 2016. Rentabilidade dos principais índices econômicos Índice Agosto 2015 12 meses 24 meses 36 meses CDI 1,11% 8,35% 12,34% 23,69% 32,63% Ibovespa -8,33% -6,76% -23,92% -6,77% -18,29% SMLL -9,13% -18,49% -32,98% -31,42% -37,82% IMA-B -3,11% 4,20% 2,81% 18,09% 15,86% IGP-M 0,28% 5,35% 7,02% 12,24% 17,15% IMA-B 5 -0,47% 8,23% 10,84% 24,68% 32,10% IRF-M -0,85% 5,58% 7,15% 20,79% 25,03% 2 Mercados Renda Fixa O mercado de renda fixa local apresentou forte elevação nas taxas de juros, sobretudo nos vértices mais longos, motivados pelo aumento do prêmio de risco. Um cenário de atividade mais deprimida, no qual o mercado passou a projetar dois anos de recessão consecutiva, bem como as crescentes dificuldades de promover o ajuste fiscal, motivaram esse aumento de prêmio. O DI jan/16 aumentou 12bps em agosto, de 14,2% para 14,3%; o DI jan/18 registrou alta de 122 bps (de 12,9% para 14,1%); o DI jan/21 apresentou alta de 133 bps (de 12,8% para 14,1%). Nos títulos indexados à inflação, os movimentos foram: ago/17 de 6,5% para 7,3% (+84 bps), ago/22 de 6,6% para 7,2% (+61 bps), ago/50 de 6,5% para 7,1% (+57 bps). Para parcela em renda fixa dos planos de previdência do HSBC: ao longo do mês, dois fatores, um interno e outro externo, originaram a forte correção de preços e da percepção de risco em relação ao Brasil. O primeiro, a dificuldade política do governo que levou à deterioração na perspectiva de ajuste fiscal. O segundo, incertezas em relação ao crescimento da China, com desvalorização de sua moeda e de sua bolsa, que provocou aversão a risco global e ampliou a pressão sobre os países exportadores de commodities com elevação do dólar. Com isso, a curva de juros futuros deixou de precificar cortes na Selic ao longo dos próximos anos. As taxas dos juros pré-fixados intermediários e longos subiram cerca de 130 pontos base em agosto enquanto que os juros reais dos títulos indexados à inflação se elevaram em 60 pontos base. O País está atravessando um período permeado de indefinições, sobretudo domésticas, que tem como característica elevação dos riscos, mas também dos prêmios. Ainda que haja potencial pressão cambial, acreditamos que a fraqueza econômica em queda da inflação e abrirá espaço para cortes na Selic nos próximos anos. Renda Variável Para o Brasil, a Bolsa teve perda de 8,3% em agosto, após recuo de 4,2% em julho. No cenário local, além dos fatores globais supracitados, houve o entendimento pelo mercado de que a situação fiscal é complexa e que recessão em curso pode ser mais intensa e prolongada que o projetado. Para a parcela de renda variável dos planos de previdência do HSBC: a posição em renda variável foi afetada pela forte queda do Ibovespa. Apesar do efeito positivo das posições em Telecomunicações, Energia Elétrica e Alimentos/Bebidas, o desempenho foi prejudicado pelo fraco desempenho do setor de Bancos e Varejo. A Bolsa vem sendo pressionada pelas dificuldades macroeconômicas e políticas no Brasil, bem como um crescimento mais ameno da China. A volatilidade se mantém alta, e ainda que algumas ações já apresentem preços atrativos, o cenário se mantem desafiador. A carteira se mantém focada em ações que apresentem resiliência a desaceleração econômica e que se beneficiem de um câmbio mais alto, como as empresas exportadoras. Este relatório refere-se aos fundos de investimento dos planos de previdência do HSBC. Confira no seu plano a composição de renda fixa e de renda variável da carteira de seu fundo de investimento ou entre em contato com seu Gerente de Relacionamento. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. As metas de retornos apresentados neste material visam única e exclusivamente SIMULAR as possibilidades de rendimento, não se constituindo, em hipótese alguma, em garantia de rentabilidade. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento pelo investidor ao aplicar seus recursos. Material de divulgação. 3