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Instituto de Previdência dos Servidores Públicos
do Município de Duque de Caxias
ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN
COMIN - Nº 02/2014
Data: 28/01/2014
Participantes Efetivos: Edna Raquel Rodrigues Santos Hogemann –
Presidente, Valcinea Correia da Silva – Assessora Especial, Mariana
Machado de Azevedo – Economista, Debora Ribeiro Duarte Arditti –
Diretora do Departamento de Pessoal e Roberto Franco Pereira – Tesoureiro.
Às dez horas do dia vinte e oito de janeiro de dois mil e quatorze, atendendo a
convocação, reuniram-se os participantes supramencionados, devidamente
qualificados, passando-se a ser objeto de análise pelos presentes:
1) Análise de Rentabilidade
Dando início aos trabalhos, a Sra. Mariana Azevedo apresenta os
demonstrativos de rentabilidade dos 3 (três) papéis atualmente operados pelo
IPMDC, quais sejam:
a) FIC NOVO BRASIL IMA-B RENDA FIXA, administrado pela Caixa
Econômica Federal – CEF. Em 31/12/2013, alcançou o montante de R$
546.255,89 e um rendimento bruto no mês de R$ 6.556,56. No mês, a
rentabilidade foi positiva em 1,2148%; e no ano, negativa em 9,8872%,
segundo demonstrativo apensado a presente ATA.
1
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3,0
FIC Novo Brasil Ima-B RF LP
2,0
dez-13
nov-13
out-13
set-13
ago-13
jul-13
jun-13
mai-13
abr-13
mar-13
fev-13
-1,0
jan-13
0,0
dez-12
Percentual
1,0
Série1
-2,0
-3,0
-4,0
-5,0
Meses
b) CAIXA FI BRASIL IMA-B TIT PUBL RF L, administrado pela CEF. Em
31/12/2013, alcançou o montante de R$ 2.697.617,42 e um rendimento bruto
no mês de R$ 34.493,15. No mês, a rentabilidade apresentou-se positiva em
1,2952%; e no ano, negativa em 10,1946%, segundo demonstrativo apensado
a presente ATA.
3,0
Caixa FI Brasil Ima-B Tít Públ
2,0
dez-13
nov-13
out-13
set-13
ago-13
jul-13
jun-13
mai-13
abr-13
mar-13
fev-13
-1,0
jan-13
0,0
dez-12
Percentual
1,0
Série1
-2,0
-3,0
-4,0
-5,0
Meses
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c) PIATÃ FI RF LP PREVIDENCIÁRIO, administrado pela Gradual
Investimentos. Em 31/12/2013, alcançou o montante de R$ 20.966.783,23 e
um rendimento bruto no mês de R$ 195.877,89. No mês, a rentabilidade foi
positiva em 0,94%, e no ano, alcançou uma rentabilidade de 3,07%.
2,0
1,0
Piatã - Evolução dos Rendimentos
0,0
Percentual
-1,0
-2,0
-3,0
Série1
-4,0
-5,0
-6,0
-7,0
Meses
Rentabilidades (em %)
Fundos de Investimentos
Mês
Ano
12
Meses
FIC NOVO BRASIL IMA-B
1,2148
9,8872-
9,8872-
CAIXA FI BRASIL IMA-B
1,2952 10,1946- 10,1946-
PIATÃ FI RF LP PREVIDENCIÁRIO
0,94
3,07
3,07
Ainda com a palavra, a Sra. Mariana Azevedo, ressalta que segundo analistas
do mercado financeiro mesmo não sendo esperados milagres com a simples
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mudança de calendário, as turbulências mais acentuadas no mercado nesta
estréia de ano surpreenderam e deixaram gestores ainda mais desconfortáveis
para apontar a melhor forma para se colocar no cenário. O discurso de
aproveitar as oportunidades é unânime, mas desta vez ele veio ainda mais
acompanhado de ressalvas sobre os riscos implícitos.
Com o atual nível de preço, não dá para descartar ações de forma geral. Mas é
preciso selecionar. Da mesma forma, com um aumento da projeção para a
Selic ao fim do ano, com uma estimativa de 11,00% segundo o boletim Focus,
do Banco Central, não dá para deixar de acompanhar ativos que espelham o
CDI, indicador parâmetro do mercado de renda fixa.
Segundo o Boletim da Anbima, no último mês do ano, o desempenho de 0,98%
do IMA, índice que expressa a carteira dos títulos públicos domésticos marcada
a mercado, refletiu, em alguma medida, a melhora da percepção dos
investidores quanto à performance dos ativos. O anúncio do FED, em 19/12, de
que deverá reduzir em US$ 10 bilhões a compra de títulos a partir de janeiro –
um pouco antes do esperado pelo mercado - trouxe dúvidas sobre a evolução
da trajetória da taxa de câmbio e de juros domésticas e impactou a
performance dos índices de maior duration.
Até o dia 19/12, o IMA-B5+, composto por uma carteira de NTN-B acima de 5
anos, e o IRF-M1+ , que expressa a a carteira prefixada acima de um ano,
apresentaram retornos mensais de 2,03% e 1,10%, respectivamente. Após a
decisão do FED, a trajetória foi negativa em 0,63% (IMA-B5+) e 0,25% (IRFM1+). Ainda assim, o desempenho desses índices no mês foi positivo, com o
IMA-B5 + variando 1,40 % e o IRF-M 1+ registrando retorno de 0,84%.
Os resultados de dezembro, entretanto, não foram suficientes para reverter a
trajetória negativa do IMA Geral no ano. Pela primeira vez desde sua criação,
o IMA apresentou retorno anual negativo, com variação de 1,42% em 2013. A
rentabilidade dos títulos indexados ao IPCA, expressa pelo IMA-B, apresentou
queda de 10,0%, com a carteira mais longa, acima de 5 anos (IMA-B5+),
registrando trajetória negativa de 17,1%. Na ponta oposta, a melhor
performance foi do IMA-S, que segue a carteira das LFT marcada a mercado,
com retorno positivo de 8,2% no ano.
2) Cenário Econômico
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O ano de 2014 começou com uma nova rodada de aversão a risco que
derrubou mercados emergentes e atingiu em cheio o Brasil.
Em mais um mês marcado pelo pessimismo, o ouro e o dólar foram os ativos
com melhor desempenho. O Dólar fechou com leve queda ante o real,
encerrando janeiro com valorização pelo quarto mês consecutivo.
Todas as esperanças se concentram na economia norte-americana. De fato,
2013 mostrou números animadores, principalmente no final do ano. A taxa de
desemprego caiu de 7,8%, no final de 2012, para 7%, atualmente. Nos últimos
12 meses, os preços dos imóveis subiram quase 15%, enquanto o principal
índice de ações do país (S&P 500) valorizou-se cerca de 30%. No terceiro
trimestre do ano passado, o PIB cresceu à taxa anual de 4,1% sobre o
trimestre anterior. Para 2014, a maior parte dos analistas espera que o
crescimento econômico supere a marca de 3%.
A zona do euro, sem ter resolvido seus intrincados problemas estruturais, que
tornam sua economia pouco eficiente, continuará apresentando desempenho
pífio. Segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a região
crescerá 1% em 2014, após provável queda de 0,4% em 2013. Mas mesmo
essa moderada recuperação se dará de forma extremamente desigual entre os
Estados-membros, com a manutenção de taxas de desemprego
insuportavelmente elevadas nos países periféricos. Portanto, não se podem
descartar novas tensões econômicas e políticas na região.
A China não deverá concorrer, na margem, para a elevação do crescimento
mundial. Um cenário que me parece relativamente otimista é que a segunda
economia do mundo cresça em torno de 7% e que as complexas reformas para
o reequilíbrio macroeconômico do país se desenvolvam sem sobressaltos, o
que, obviamente, não está garantido.
O Japão desenvolve um arrojado programa de expansão monetária que já
logrou depreciar o iene em mais de 30% nos últimos 12 meses, dando impulso
ao setor exportador e reduzindo o risco de deflação. No lado oposto, no
entanto, deverá apertar as contas públicas, com queda de dispêndio e aumento
de tributos sobre as vendas, o que poderá debilitar ainda mais o já frágil
consumo doméstico.
Em tal cenário, a economia brasileira sofreria as consequências negativas da
alta dos juros americanos (fuga de capitais, depreciação cambial, aumento da
inflação e dos juros internos, queda da atividade, etc.), mas não colheria os
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frutos decorrentes da retomada do crescimento naquele país, dado que, por
hipótese, esta seria apenas temporária.
Essas incertezas da economia internacional não deverão se dissipar com
facilidade ao longo de 2014, o que torna imperativa a correção de rumo da
política econômica brasileira, especialmente na área fiscal. O superávit primário
(resultado antes do abatimento dos juros) do setor público consolidado deverá
cair, neste ano, para pouco mais de 1% do PIB, e isso fará com que o déficit
nominal, medido pelo aumento da dívida pública líquida, suba dos atuais 3,5%
do PIB para 4,6% do PIB no final de 2014.
Diante de tais números e na falta de uma sinalização firme (por meio de lei) de
um ajuste fiscal de longo prazo, o rebaixamento da nota do Brasil por pelo
menos uma das agências internacionais classificadoras de risco seria
inevitável. A partir daí o mercado começaria a contagem regressiva para a
perda do grau de investimento. Se isso ocorrer em ambiente de alta volatilidade
internacional, as consequências para a economia brasileira podem ser
desastrosas.
3) Considerações Gerais
3.1 - Foi marcada a próxima reunião do Comitê de Investimentos para o dia 12
de fevereiro de 2014, às 10 horas. Nada mais.
--------------------------------------------------Edna Raquel R. Santos Hogemann
-------------------------------------------------Valcinea Correia de Silva
Presidente
Assessor Especial
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Débora Ribeiro Duarte Arditti
Mariana Machado de Azevedo
Diretora do Departamento de Pessoal
Economista
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---------------------------------------------------Roberto Franco Pereira
Tesoureiro
Anexos:
 Extrato Piatã FI RF LP Prev Crédito Privado
 Extrato FIC Novo Brasil IMA-B Renda Fixa LP
 Extrato Caixa FI Brasil IMA-B Tit Publ RF LP
 Prospecto Caixa Mega FI Referenciado DI LP
 Avalição de Fundo de Investimento – Caixa Mega FI Referenciado DI LP
 Boletim Anbima Janeiro/2014
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