O Cenário, a Gestão e as Políticas dos Fundos de Pensão 7 de Agosto de 2008 TÓPICOS 1- Políticas de Investimento 2008 - 2012 2- Adequar a Política de Investimentos as características de cada plano de previdência administrado pela Petros. 3- Cenário Macroeconômico das Políticas de Investimento - Petros 4- Questões Atuais de Conjuntura 5- Questões atuais em Renda Fixa e Variável 6- Princípios Norteadores 7- Imóveis 8- Alocação de Recursos / ALM 2 Política de Investimentos Quando da aprovação das Políticas de Investimentos 2008 - 2012 a Petros era responsável por 28 (vinte e oito) planos de benefícios já aprovados pela SPC de 32 (trinta e duas) patrocinadoras e 23 (vinte e três) instituidores. Com base no perfil de cada plano e necessidade de liquidez. Hoje temos 30 planos. Foram aprovadas Políticas de Investimentos para cada plano, divididos em 4 (quatro) grupos: Sistema Petrobras, Empresa Privatizadas, Plano Petros-2 e Planos de Contribuição Definida. 3 Elaboração de 4 (quatro) Políticas de Investimentos diferenciadas em função dos seguintes itens: 1. Diferentes alocações que levam em consideração as posições dos Comitês Gestores de cada Plano; 2. Maturidade dos Planos – os planos de benefício definido atingiram a sua maturidade enquanto os planos de contribuição definida estão na fase de acúmulo. 3. Tamanho do patrimônio necessário para o ingresso em certos tipos de investimento 4. Característica dos participantes, patrocinadoras ou instituidores 4 Planos Petros - Sistema Petrobras O Plano atingiu a sua maturidade, ou seja, as despesas previdenciárias são maiores que as receitas previdenciárias; Em razão das características das patrocinadoras, investimentos em Renda Variável e ativos de Renda Fixa de baixa liquidez fazem parte de uma estratégia para Longo Prazo; Planos Petros - Empresa Privatizadas São planos que se aproximam ou já chegaram a maturidade; Em decorrência das características dos proprietários das empresas privatizadas e do percentual já alocado no segmento de renda variável e em ativos com pouca liquidez fez-se necessária uma estratégia diferenciada para alocação de recursos; 5 Planos de Contribuição Definida São planos bem novos onde quase não existem despesas previdenciárias decorrentes de aposentadoria Planos constituídos recentemente com a estratégia de investir inicialmente em ativos com liquidez e baixo risco de mercado e de crédito Início do processo de mudança do perfil dos investimentos. Plano Petros - 2 Plano novo criado em Julho de 2007 Aplicação em renda fixa devido as incertezas do mercado Início do processo de mudança do perfil dos investimentos. 6 Cenário Econômico das Políticas de Investimento 2008 - 2012 PIB (%) Superávit Primário Dívida Líquida Selic Média IPCA Juros Reais (ex-post) Risco País (Embi) Taxa Média de Câmbio 2007 5,00 3,85 43,40 11,92 4,15 7,46 220,00 1,94 2008 4,70 3,60 40,50 10,96 4,29 6,40 130,00 1,69 2009 4,30 3,00 37,97 10,00 4,25 5,52 110,00 1,75 2010 4,30 3,00 35,33 9,50 4,00 5,29 100,00 1,79 2011 4,30 3,00 32,54 9,00 3,90 4,91 80,00 1,82 2012 4,30 2,75 29,94 8,75 3,80 4,77 80,00 1,86 IPCA de longo prazo: 3,5% Juros Real (ex-post) no longo prazo: 4,35% Selic Média no longo prazo: 8,00% 7 Cenário Macroeconômico de Longo Prazo mais provável API - para os próximos anos: 1. A tendência da taxa de juros no Brasil para os próximos anos é de redução. 2. Manutenção do cenário de crescimento nos próximos anos, favorecendo investimentos em setores que possuem forte correlação com este crescimento, como infra-estrutura, por exemplo. 3. Trajetória da dívida líquida do setor público como proporção do PIB tende a cair, reduzindo oferta de títulos públicos. 4. A taxa de câmbio real encontrará uma interrupção da sua trajetória de apreciação, não sendo obstáculo para fortalecimento das exportações. 8 Comitês / Governança - PETROS COMAC (Comitê de Alocação de Curto Prazo) 1. Seis Gerentes, coordenado pelo Gerente Executivo de Planejamento de Investimentos 2. Movimentações em função das expectativas de mercado; COMIN (Comitê de Investimentos) 1. Três membros externos (Petrobras, BR e participantes) e três membros internos da Petros (Gerentes), coordenado pelo Diretor Financeiro e de Investimentos, que não possui direito a voto 2. Recomendam operações pouco líquidas e/ou com prazos de vencimento de mais de 3 anos (renda fixa não líquida) DIRETORIA EXECUTIVA 9 Focus – Banco Central 10 Questões Econômicas 1. Continua entrada de investimentos de estrangeiros / BRICs / Fluxos 2. “Investment Grade” do Brasil 3. Dólar / Inflação Brasileira 4. Conservadorismo do Copom 5. Eleições e Manutenção de Políticas Econômicas no Brasil 6. China, inflação, commodities, crescimento sustentável 7. “Decoupling” 8. Retorno da Bolsa 9. Rendimento de Renda fixa 10. Cultura do CDI / Curto Prazo 11. Recessão Americana / Crise do “Sub-Prime” / Balanços de Bancos Americanos / Atuação do Fed 11 Renda Fixa - Petros 1. Risco Brasil de longo prazo diminuiu consideravelmente nos últimos anos. Spreads de risco cairam. 2. Estamos evitando investimentos indexados em CDI por mais de 4 anos. 3. 1. FIDCs 2. Rendimentos em CDI mais “spread” (exemplo: CDI +1,5%). Fundos de Crédito (principalmente CCBs) 1. 4. Já temos 3 gestores rendendo entre 110% e 140% do CDI (CCBs com prazo máximo de 3 anos). Investimentos em Infra-Estrutura. Projetos de Longo Prazo com baixo risco de crédito. Principal risco é de Performance, que é mitigado de diversas maneiras. (R$692 milhões em CCBs/SPEs de Infra-Estrutura) 12 Renda Fixa - Petros Ajuste dos Investimentos da Petros ao cenário de redução da taxa real de juros no Brasil, que tende a ficar abaixo da meta atuarial no longo prazo (Quadro semelhante ao dos grandes fundos internacionais); Aproximadamente 50% dos Títulos Públicos Federais dos Plano Petros – Sistema Petrobras são apropriados pela “curva dos juros do papel” – Petros não pode vendê-los no curto prazo; Continuaremos a investir em estruturas de renda fixa, que poderão ser diretamente títulos, certificado de recebíveis ou fundo de recebíveis e títulos vinculados ao agronegócio. 13 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Renda Variável - Petros • Na BOVESPA continuaremos a gerir também enfatizando o longo prazo, ampliando a gestão ativa da carteira, por um lado, e selecionando empresas com sólidas políticas de dividendos. Neste processo estarão sendo abordados aspectos de responsabilidade social. • Aumentar gestão terceirizada de renda variável (bolsa) • 3% de Fundos Multimercado livre • Investimentos em Infra-Estrutura. Projetos de Longo Prazo com baixo risco de crédito. Principal risco é de Performance, que é mitigado de diversas maneiras. - FIPs de Infra-Estrutura comprometidos: R$ 748 milhões (R$229 milhões jan/08 já investidos) 14 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Renda Variável - Petros • Crescer as aplicações na carteira de participações e fundos de governança (Private Equity, Mezanino), onde a perspectiva sempre é de longo prazo (acima 4 anos). • Fundos de Empresas Emergentes: classificados como de maior risco dentro da carteira de investimentos de um Fundo de Pensão com alto potencial de rentabilidade (compatível com o risco). • • É neste segmento que podemos estimular o crescimento do mercado de capitais, no sentido de estimular as empresas a adotarem políticas de boas práticas de governança com responsabilidade social ao abrirem seu capital e controle acionário para receber investimentos de longo prazo. • São fundos nos quais sempre entraremos em parceria com outros Fundos de Pensão, BNDES, FINEP, Banco Mundial, etc. A Petros não entra só. R$1,3 bilhões ainda a serem desembolsados nestes fundos (FIPs/FIEEs) 15 Gerenciamento dos “Riscos” de Renda Variável: Capital Semente (Start-up) Capital Empreendedor (VENTURE CAPITAL) Fundo de Participações (Private Equity) AÇÕES BOVESPA Fluxo dos “Riscos” de Renda Variável: Cadeia indissociável. 16 Gerenciando “Riscos” de Renda Variável: Capital Semente (Start-up) Governança pouco adaptada a Fundos de Pensão no 0% prazo 0% Médio Capital Empreendedor (VENTURE CAPITAL) 1,0% Fundo de Participações (Private Equity) AÇÕES BOVESPA Novo Mercado 10% Distribuição Portfólio de Renda Variável BALANCEADO X RISCOS*. * Dada a Legislação Existente. 35% 17 Política de Investimentos 2008 - 2012 (RV) Sistema Petrobras 2007/2011 Investimentos Bench. 2007/2011 Bench. 2008/2012 CARTEIRA DE GIRO SELEÇÃO TOTAL 2008/2012 % % % % Mínimo Máximo Mínimo Máximo 21,10% 10,00% 23,00% 5,00% 23,00% % Invest. IBX 50 IBX 50 12,97% 5,00% 15,00% 4,00% 15,00% IMA-B +0,75% a.a. IMA-B +0,75% a.a. 2,62% 1,00% 6,00% 1,00% 8,00% RESPONSABILIDADE SOCIAL ISE ISE 4,87% 0,00% 8,50% 0,00% 15,00% NOVO MERCADO IGC IGC 0,63% 0,00% 5,50% 0,00% 5,50% 9,48% 6,00% 16,50% 6,00% 28,00% DIVIDENDOS CARTEIRA DE PARTICIPAÇÕES IBX 50 IBX 50 8,80% 1,00% 6,00% 3,50% 18,00% FUNDOS DE INVEST EM PART. /PRIVATE EQUITY (*) IMA-B +0,75% a.a. IMA-B +0,75% a.a. 0,66% 3,50% 12,00% 0,00% 10,00% FUNDOS DE VENTURE CAPITAL/EMPRESAS EMERGENTES (*) IMA-B + 4,0% a.a. IMA-B + 4,0% a.a. 0,03% 0,00% 1,00% 0,00% 1,00% IBX 50 IBX 50 1,82% 1,00% 3,00% 1,00% 4,00% EMPRESAS DE FINANCIAMENTO DE PROJETOS IMA-B+0,75% a.a. IMA-B+0,75% a.a. 0,32% 0,30% 3,00% 0,00% 3,00% OUTROS ATIVOS IMA-B + 2,0% a.a. IMA-B + 2,0% a.a. 0,43% 0,00% 3,00% 0,00% 3,00% 33,15% 20,00% 40,00% 20,00% 18 40,00% AÇÕES (Diretas / FIP / FIA) FUNDOS DE AÇÕES DE MERCADO TOTAL RENDA VARIÁVEL PRINCIPIOS NORTEADORES DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Responsabilidade social Investir em renda fixa ou renda variável de empresas que primem pelo respeito e observância das melhores práticas do ponto de vista da responsabilidade social Segurança. Ingressar em investimentos que contenham uma estruturação de garantias suficientes para minimizar o risco de perda de capital para a Petros; Liquidez. A Petros, como qualquer agente que possui passivos de longo prazo de maturação, não necessita manter 100% de seus investimentos em ativos que tenham liquidez imediata. Ampliar a diversificação de investimentos no portfólio da Petros. Tal ampliação se faz necessária frente à contínua queda da taxa de juros básica no país. Frente à expectativa de manutenção de patamares baixos de taxas de juros no longo prazo 19 Investimento Socialmente Responsável Maior garantia de SUSTENTABILIDADE do VALOR DO INVESTIMENTO NO LONGO PRAZO: Investimento/ Empresa socialmente responsável tem responsabilidade perante todas as partes interessadas: acionistas controladores e minoritários consumidores Rentabilidade e trabalhadores eficiência são atributos fornecedores de Investimentos com parceiros de negócios governo (impostos e regras) Responsabilidade Social. mercado (competição com ética) vizinhança, comunidades locais meio-ambiente 20 IMÓVEIS IMA-B: benchmark dos Imóveis. Apesar de descolamento temporários, no médio prazo a tendência dos imóveis é, no mínimo, superar títulos públicos indexados a inflação Evolução de Rentabilidade - Média Móvel 12 meses + juros. (Correlação de Médio Prazo) 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% IMA-B Imóveis Meta Atuarial 30/10/2007 30/9/2007 30/8/2007 30/7/2007 30/6/2007 30/5/2007 30/4/2007 30/3/2007 28/2/2007 30/1/2007 30/12/2006 30/11/2006 30/10/2006 30/9/2006 30/8/2006 30/7/2006 30/6/2006 30/5/2006 30/4/2006 30/3/2006 28/2/2006 30/1/2006 30/12/2005 0,00% 21 Alocação dos Recursos Objetivos devem ser estabelecidos, como por exemplo: Reduzir Volatilidade Superávit • Reduzir volatilidade do superávit • Reduzir contribuição para o plano • Minimizar o risco de déficit do plano Reduzir Contribuição Imunização • Maximizar o superávit do plano. Se o Objetivos excesso de patrimônio pertence a patrocinadora • Imunização do plano. Isso é, casar os fluxos dos ativos e dos passivos, de modo a ter a garantia de solvência em um horizonte de longo prazo Minimizar Risco de Déficit Maximizar Superávit 22 Alocação dos Recursos Diversificação O processo de redução de risco através da diversificação apresenta particularidades no caso de fundos de pensão. Ao invés de focarmos na volatilidade dos retornos dos ativos somente, devemos focar na volatilidade do superávit dos planos; Portfolio de Ativos Quanto menor for a correlação entre os ativos maior será a diversificação, portanto menor será o risco. Portfolio de Ativos e passivos Quanto maior for a correlação entre os ativos e passivos menor será o risco do portfolio. 23 Alocação dos Recursos ALM Petros: Gerenciar Ativos e Passivos no Longo Prazo. Entradas Possibilidade de Alocação Ótima dos Investimentos Cenários Econômicos Resultados Decisão Técnica de + Alocação dos - (200,000,000.00) 2090 2088 2086 2084 2082 2080 2078 2076 2074 2072 2070 2068 2066 2064 2062 2060 2058 2056 2054 2052 2050 2048 2046 2044 2042 2040 2038 2036 2034 2032 2030 2028 2026 2024 2022 2020 2018 2016 2014 2012 2010 2008 2006 2004 2002 Fluxo de Desembolsos Liquidez (Prazos) Investimentos: (400,000,000.00) (600,000,000.00) (800,000,000.00) % Renda Fixa (1,000,000,000.00) (1,200,000,000.00) (1,400,000,000.00) % Renda Variável (1,600,000,000.00) (1,800,000,000.00) (2,000,000,000.00) 1400 1200 + Simulação do Comportamento dos Ativos % Imóveis Opções do Mercado de Capitais % Empréstimos a participantes 1000 800 600 400 200 0 24 ALM Petros: Gerenciar Ativos e Passivos no Longo Prazo. 25 Alocação dos Recursos A modelagem do passivo apresenta alguns riscos para o resultado da alocação, entre eles: Inflação Tábuas biométricas Rotatividade População do plano Plano de custeio Crescimento salarial Taxas de desconto Crescimento dos benefícios Teto INSS 26 Gestores Terceirizados Deve ser definido o mandato dos gestores, dado a função de tolerância ao risco do fundo, para realizarem alocações de curto prazo, que podem significar desvios em relação a alocação estratégica sugerida pelo ALM A razão para isso, é tirar vantagem de distorções de preços relativos dos ativos em suas diversas classes Petros como Gestor de Gestores Técnicas de Avaliação Acompanhamento de Performance 27 Roberto Henrique Gremler Gerente Executivo de Administração Financeira [email protected] 28 Rio, 17 de Março de 2008.