www.fisicaexe.com.br Um corpo de massa m está suspenso por um fio, inextensível e de massa desprezível, na ponta de um suporte em forma de L invertido verticalmente, com a barra horizontal medindo D, conforme figura. Este conjunto gira em torno do eixo vertical do suporte. Sendo L o comprimento do fio e g a aceleração local da gravidade, determine a velocidade angular com que o conjunto deve girar para que o ângulo θ que o fio forma com a vertical seja 90o. Esquema do problema A massa m está sob a ação da força peso ( P ) e da tração ( T ) no fio. Como o corpo realiza um movimento circular ele está sob a ação da aceleração centrípeta ( a CP ), apontada radialmente para centro da trajetória. O ângulo entre a tração no fio e a vertical passando pelo corpo será θ, mesmo ângulo que temos entre o fio L e a vertical, pois estes ângulos são alternos internos. figura 1 Dados do problema • • • • massa do corpo: comprimento do fio: componente do suporte horizontal: aceleração local da gravidade: m; L; D; g. Solução Desenhando as forças que agem no corpo num sistema de eixos coordenados (figura 2) e aplicando a 2.ª Lei de Newton F = ma T−P = m a T x T y −m g = m a T x iT y j−m g j = m a ´ x ia´ y j T x iT y j−m g j = m a´ x im a ´ y j onde T x e a x são as componentes da tração e da aceleração na direção i e T y e a y são as componentes da tração e da aceleração na direção j. Separando as componentes • direção I 1 figura 2 www.fisicaexe.com.br T x = m a´ x (I) T x = T sen θ (II) o módulo da componente T x é dado por e a componente da aceleração a x é a aceleração centrípeta a C P responsável pelo corpo fazer a curva, substituindo esta aceleração e a expressão (II) em (I), temos • T senθ = m a C P (III) T y−m g = m a ´ y (IV) direção j o módulo da componente T y é dado por T y = T cos θ (V) com não existe movimento nesta direção a componente da aceleração é nula ( a y = 0 ), substituindo esta aceleração e a expressão (V) em (IV), temos T cos θ−m g = m .0 T cos θ−m g = 0 T cos θ = m g (VI) Dividindo a expressão (III) por (VI), obtemos T sen θ m a C P = T cosθ mg aC P tg θ = g a C P = g tgθ (VII) O módulo da aceleração centrípeta é dada por aC P = v r 2 (VIII) a velocidade tangencial v é dada pro v = r (IX) substituindo (IX) em (VIII), temos 2 r r 2 2 r aCP= r 2 aC P = r aC P = (X) onde r representa a distância do corpo ao eixo de rotação dado pela soma do comprimento do suporte horizontal D e do deslocamento da massa R provocado pela rotação (figura 3) 2 www.fisicaexe.com.br r = DR Da figura 3 podemos deslocamento corpo como (XI) escrever a distância R R L R = L sen θ do sen θ = (XII) substituindo a expressão (XII) em (XI) r = DL sen θ (XIII) figura 3 substituindo a expressão (XIII) em (X) e esta em (VII), temos 2 DL sen θ = g tg θ g tg θ 2 = D L sen θ 1 ´ g tgθ 2 = DL sen θ [ ] (XIV) o Queremos saber a velocidade angular para a qual o ângulo será θ = 90 = π , para 2 este ângulo o valor da tangente da expressão (XIV) tende ao infinito, assim lim = lim θ π 2 θ π 2 [ g tg θ D L sen θ ] ´ 1 2 = [ g tg π 2 DL sen ] ´ π 2 1 2 = [ g.∞ D L . 1 ] ´ 1 2 =∞ v =∞ Observação: na prática o ângulo nunca chega a 90o, pois para isso seria preciso uma velocidade angular infinita, por mais rápido que se gire o corpo maior será o ângulo que ele forma com a vertical, no entanto nunca ficará perfeitamente horizontal. 3