www.fisicaexe.com.br Uma pequena esfera é posta a deslizar sobre uma superfície lisa e sem atrito de maneira a descrever a curva ABCD situada num plano vertical. O trecho BCD é um arco de circunferência de centro O e raio 20 cm. Admitindo que o móvel é abandonado no ponto A do repouso, calcular a intensidade da reação normal à superfície que atua sobre a esfera ao passar pelo ponto B situado 80 cm abaixo de A e tal que o ângulo formado pelo segmento BO com a vertical seja 60o. A massa do móvel é de 5 g e a aceleração da gravidade 10m/s2. Dados do problema • • • • • • raio da superfície cilíndrica: velocidade inicial da esfera: altura inicial do corpo em relação ao ponto B: ângulo de abertura em relação à vertical: massa do corpo: aceleração da gravidade: r = 20 cm; v 0 = 0 m/s; h A = 80 cm; θ = 60 o; m = 5 g; g = 10 m/s 2. Esquema do problema v A = 0 ) e ao atingir o ponto B começa a descrever uma O móvel parte do repouso ( v B e uma trajetória em circunferência, neste ponto possui uma velocidade tangencial a C P responsável por fazer o móvel fazer a curva (a aceleração aceleração centrípeta centrípeta altera a direção e o sentido da velocidade tangencial, mas não o seu módulo), conforme figura 1-A. figura 1 ) e a reação normal ( N ) da superfície sobre a No ponto B atuam a força peso ( P P esfera. A força peso pode ser decomposta na direção tangente ( T ) e na direção normal ou N ) com a superfície (figura 1-B). O ângulo entre a força peso P e a perpendicular ( P o componente normal P N é de 60 , este é o mesmo ângulo dado no problema formado entre o segmento BO e a vertical, estes ângulo são correspondentes. Solução Em primeiro lugar devemos converter a massa do corpo dada em gramas (g) para quilogramas (kg), a altura inicial e o raio da circunferência dados em centímetros (cm) para metros (m) usados no Sistema Internacional (S.I.) 1 www.fisicaexe.com.br m = 5 g. h ´ A = 80 cm. r = 20 cm. 1 kg −3 = 5 .10 kg 1000 g 1m 1 −2 −1 = 8 . 10 .10 kg = 8 .10 m 100 cm 1m 1 −2 −1 = 2 . 10 . 10 kg = 2 .10 m 100 cm Para determinarmos a velocidade no ponto B usamos o Princípio da Conservação da Energia Mecânica, a energia mecânica no ponto A deve ser igual a energia em B À B EM= E M À E P E ÀC = E BP E BC 2 2 mv A mv B m g h A = m g h B 2 2 simplificando a massa m de ambos os lados da igualdade, temos 2 g h A 2 vA vB = g h B 2 2 (I) Adotando um Nível de Referência (N.R.) no ponto B (figura 2), a altura deste ponto será nula (h B = 0), como a velocidade inicial também é nula (v A = 0), a expressão (I) se reduz a 2 2 vB 0 = g .0 2 2 v 2B g h A 0 = 0 2 2 v gh A = B 2 2 v B = 2gh A g h A (II) figura 2 No ponto B a esfera começa a descrever uma trajetória circular, aplicando a 2.a Lei de Newton CP = m F aCP Da figura 1-B adotamos o sentido positivo para o centro O da circunferência, assim a resultante da força centrípeta será, em módulo F C P = N−P N (III) N ) será dada por a componente do peso na direção normal ( P P N = P cos 60 o (IV) o sendo a força peso dada por P = m g e lembrando da Trigonometria que cos 60 = 1 2 substituindo estes valores na expressão (IV), temos 1 2 mg P N= 2 P N= mg substituindo a expressão (V) em (III), obtemos 2 (V) www.fisicaexe.com.br F C P = N− mg 2 (VI) A aceleração centrípeta, no ponto B, é dada por 2 aCP = vB r (VII) substituindo a velocidade encontrada em (II) em (VII), temos aC P = 2gh A r (VIII) Substituindo as expressões (VI) e (VIII) a 2.a Lei de Newton fica, em módulo 2g h A mg =m 2 r 2g hA mg N =m r 2 N− substituindo os valores dados no problema, temos finalmente −1 −3 2 .10. 8 . 10 5. 10 . 10 −1 2 2. 10 −3 −1 1 −3 N = 5 .10 . 80.10 . 10 5. 10 . 5 −3 −3 N = 400. 10 25. 10 −3 N = 425 . 10 N = 5 . 10 −3 . N = 0,425 N 3