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ARTIGO
Sepse
Professor Neto Paixão
Olá guerreiros concurseiros. Neste artigo vamos relembrar pontos
importantes sobre sepse. Irá encontrar de forma rápida e sucinta os
aspectos que você irá precisar para gabaritar qualquer questão de
concurso, ok?
Boa leitura!
Sepse – o que é?
A sepse é uma condição sistêmica que apresenta alta morbidade no
Brasil. Apresenta letalidade mais elevada que doenças como Infarto
agudo do miocárdio, alguns cânceres e AIDS.
O fator tempo é de extrema relevância para o tratamento da sepse e por
isso, deve-se trabalhar em conjunto com a detecção antecipada dos
sinais e sintomas apresentados pelos pacientes e, sobretudo, a equipe
de enfermagem deverá ter seus olhos atentos para este problema.
A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o
organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida
antigamente como septicemia ou infecção no sangue.
A resposta sistêmica gerada pela sepse pode ter sua origem causa por
infecção por vírus, fungos, bactérias ou protozoários. Manifesta-se como
diferentes estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico, e
representa um desafio para a equipe de saúde. Por isso, mesmo os
profissionais não diretamente envolvidos em seu atendimento devem
reconhecer os sintomas e sinais de gravidade e providenciar a referência
imediata para que o tratamento possa ser feito.
Professor Neto Paixão
Sepse não é uma infecção generalizada. A reação inflamatória
causada por ela se manifesta em todo o organismo, porém a
infecção pode estar presente em apenas um único órgão.
A incidência (número de casos novos) da sepse vem aumentando, daí a
importância de sua precoce identificação, tratamento e controle. Os
atendimentos de emergência devem estar atentos e proporcionar
melhorias no atendimento, gerando maior sobrevida dos pacientes.
Razões para o aumento de incidência da sepse:
Aumento da população suscetível
Maior quantidade de pessoas idosas e imunussuprimidas, a exemplo de
portadores do vírus HIV e pacientes em tratamento quimioterápico.
Crescimento da resistência.
Estima-se cerca de 17 milhões de casos por ano em todo o mundo.
Os custos associados também aumentaram significativamente:
de 15,4 bilhões de dólares para 24,3 bilhões em 2007.
 Sepse é a principal causa de morte em unidades de terapia
intensiva (UTIs) não cardiológicas, com elevadas taxas de
letalidade.
 30% dos leitos de UTIs do Brasil estão ocupados por
pacientes com sepse ou choque séptico.
 No Brasil não há dados sobre a mortalidade por sepse.
Professor Neto Paixão
O choque séptico é um subtipo do Choque Distributivo. Neste tipo de
choque
os
mediadores
da
inflamação
causam
exacerbada
vasodilatação periférica, queda da resistência vascular e dificuldade
de retorno sanguíneo, o que leva ao choque circulatório e diminuição
da oferta de oxigênio e nutrientes aos tecidos.
Lembre-se dos conceitos:
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS)
Presença de pelo menos 2 dos seguintes itens:
a) temperatura central > 38,3ºC ou < 36ºC;
b) frequência cardíaca > 90 bpm;
c) frequência respiratória > 20 rpm ou PaCO2 < 32 mmHg ou
necessidade de ventilação mecânica;
d) leucócitos totais > 12.000/mm³ ou < 4.000/mm³ ou presença de
formas jovens > 10%.
Sepse
Disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta
desregulada do hospedeiro a uma infecção.
Disfunção orgânica:
aumento em 2 pontos no escore Sequential Organ Failure
Assessment (SOFA) como consequência da infecção.
Professor Neto Paixão
Sepse grave
Presença dos critérios de sepse associada à disfunção orgânica ou
sinais de hipoperfusão. Essa fase é caracterizada por falência
hematológica, metabólica, pulmonar, do sistema nervoso central,
cardiovascular e/ou renal.
Sinais e sintomas de disfunções orgânicas:
 Hipotensão
 Oligúria
 Necessidade de oxigênio suplementar
 Distúrbios de coagulação
 Disfunção hepática
 Acidose lática
 Alteração aguda do estado mental.
Choque séptico
Anormalidade circulatória e celular/metabólica secundária a sepse o
suficiente para aumentar significativamente a mortalidade. Requer a
presença de hipotensão com necessidade de vasopressores para
manter pressão arterial média ≥ 65mmHg e lactato ≥ 2mmol/L após
adequada ressuscitação volêmica.
Professor Neto Paixão
O diagnóstico e tratamento da sepse baseiam-se em um protocolo
gerenciado que contém oito intervenções diagnósticas e terapêuticas
que norteiam a melhoria da assistência. O protocolo está divido em
pacotes, da seguinte forma:
Pacote de 3 Horas
 Coleta de lactato sérico
 Coleta da hemocultura antes de iniciar a antibioticoterapia
 Início do tratamento com antibiótico após a primeira hora do
diagnóstico
 Reposição volêmica nos pacientes com hipotensão ou lactato duas
vezes o valor normal
Pacote de 6 Horas
 Uso de vasopressores para manter pressão arterial média
acima de 65mmHg
Professor Neto Paixão
 Reavaliação do status volêmico e da perfusão tecidual
 Mensuração da pressão venosa central ou da saturação venosa
central de oxigênio
 Nova
mensuração
de
lactato
para
pacientes
com
hiperlactatemia inicial.
No tratamento da sepse lutamos contra o tempo, por isso a detecção
deve ser precoce, é necessário conhecimento sobre o protocolo e que se
preste assistência de enfermagem com devida qualidade.
Diagnósticos de Enfermagem:
 Ventilação espontânea prejudicada
 Déficit no autocuidado para alimentação, banho/higiene, higiene
íntima
 Risco de glicemia instável
 Risco de integridade da pele prejudicada
 Hipertermia
 Troca de gases prejudicada
 Débito cardíaco diminuído
 Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais
 Padrão respiratório ineficaz
Professor Neto Paixão
 Dor aguda
 Mucosa oral prejudicada
 Ansiedade
 Medo
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Abraços e seja feliz!
A persistência é o caminho do êxito.
Charles Chaplin
Professor Neto Paixão
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