Análise evolutiva de pacientes idosos sépticos Vitor Jorge W. Brasil, Gisele dos Santos, Daniel Freitas Melo, Marina Bueno, Edilene Villas Boas, Rafael Alves do Espírito Santo Objetivo: Avaliar o perfil de evolução clinico-funcional dos pacientes idosos sépticos. Método: Realizou-se um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, utilizando-se dos prontuários e dos protocolos de sepse realizados no período de novembro de 2014 à fevereiro de 2015 em um hospital geral em pacientes acima de 60 anos. Resultados: Foram analisados 13 protocolos de sepse e os prontuários de pacientes com idade entre 60 e 100 anos, com média de idade de 71,38 anos. Dentre os analisados, 53,84%(n=7) pacientes eram mulheres. Fizeram parte do estudo pacientes exclusivamente com diagnóstico de Sepse Grave ou Choque Séptico, sendo 15,38% (n=2) pacientes em Choque Séptico. Dentre as causas de sepse, as principais foram: pulmonar em 61,53% dos pacientes (n=8) e urinária em 23,07% (n=3) pacientes. A taxa geral de mortalidade foi de 38,46%. A mortalidade daqueles com sepse grave foi de 27,3 % (n=3) e com choque séptico foi de 100% (n=2). Ao se considerar o número de comorbidades, 76,92 % dos pacientes apresentavam 3 ou mais comorbidades e daqueles que evoluíram para óbito, 100% apresentavam mais de 3 comorbidades, o que sugere que o desfecho do paciente seja influenciado pelo número de comorbidades. O nível de dependência foi avaliado pela escala de Barthel e os pacientes foram classificados em independentes, dependentes parciais ou dependentes totais. Na amostra havia 53,8% (n=7) de dependentes parciais, 15,38 % (n=2)independentes e 30,76% (n=4) dependentes totais. Entre os dependentes totais a mortalidade foi de 75% (n=3), nos dependentes parciais de 14,28% e entre os independentes de 50% (n=1). Conclusão:. Observamos pela mortalidade geral elevada, a importância de reconhecimento e tratamento precoce da sepse, visto que nos idosos com choque séptico a mortalidade foi de 100% contra 27,3% naqueles com sepse grave. A mortalidade em dependentes totais foi de 75% ,enquanto nos idosos com dependência parcial foi de 14,23%. Alem disso, 100% dos pacientes que faleceram apresentavam mais de três comorbidades. Tais resultados sugerem preliminarmente que fragilidade e diagnóstico tardio de sepse pioram o prognóstico e aumentam a mortalidade.