Aplicação de uma escala de alerta precoce na identificação de sinais de SIRS/sepse em unidade de internação adulto Mara Alice Feitosa* Priscilla Suiço V. de Moraes* Raquel de Mendonça Nepomuceno* Théia Maria F.W. Castellões* Victor Cravo* George Bruno Alves Moreira* Gabriel Treiger* *Complexo Hospitalar Américas Medical City – Amil – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Os hospitais utilizam protocolos de sepse para a detecção precoce dos primeiros sinais da síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS) direcionando o início da antibioticoterapia para reduzir a mortalidade dos pacientes. Contudo, o monitoramento clínico em unidades não críticas pode ser dificultado pelo fato do paciente encontrar-se em quartos individuais, não monitorizado, distante do posto de enfermagem, sem vigilância contínua dos profissionais de saúde. O Escore MEWS (Modified Early Warning Score) favorece a sinalização dos sinais vitais através de uma escala de alerta precoce para identificar o risco de deterioração fisiológica presente na SIRS e, com isso, otimizar o tratamento. O Objetivo deste relato é apresentar a aplicabilidade do MEWS modificado na suspeição de SIRS/Sepse. Paciente CFS, 46 anos, internou com pneumonia sem gravidade e parâmetros inflamatórios normais, alocado na unidade de internação para antibioticoterapia. Três dias depois, às 09:40h apresentou queda da saturação de oxigênio (63%) em ar ambiente, associada a hipertermia (38,8°C). Sendo indicado a aplicação do escore MEWS modificado (pontuação 4), indicando as condutas: reajustar o plano de cuidado para avaliação e acompanhamento do parâmetro alterado e acionar plantão médico se identificados parâmetros para Protocolo de Sepse, esta última incorporada ao MEWS original pela instituição. Assim o protocolo de sepse foi iniciado, às 10:00h com coleta de lactato, gasometria, hemoculturas. Paciente apresentou novo Raio X de tórax com piora da imagem pulmonar, leucocitose e Lactato de 1,0mmol/L. Instalado ventilação não invasiva (VNI) com boa resposta e transferido para unidade de terapia intensiva às 11:00h. Seguiu com VNI intermitente; troca de antibióticos (mantidos por 10 dias) e uso de oxigênio nasal. Paciente cursou com melhora retornando para a unidade de internação e posterior alta hospitalar. Neste caso, o uso do MEWS antecipou o início do protocolo de sepse devido a uma detecção mais sensível das alterações orgânicas. A equipe passou a associar o MEWS à abertura do protocolo de sepse com a inclusão de novas condutas, o que no caso apresentado resultou na agilidade para suspeição e diagnóstico de SIRS/sepse e na decorrente abordagem do paciente.