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SCORE SEPSE na Classificação de Risco do Pronto Socorro
Introdução: Sabe-se que a sobrevida de Sepse está relacionada principalmente à
identificação precoce dos sinais clínicos bem como iniciar imediatamente as medidas
preconizadas para o tratamento adequado do paciente séptico. Evidências relatam que
a cada hora de atraso no início da terapêutica antibiótica, o risco de sobrevida do
paciente diminui em 8%. Por ser uma síndrome clínica que se manifesta em diversos
estágios de gravidade, e confundida com outras patologias, há uma dificuldade das
equipes envolvidas com relação a identificação dos primeiros sinais de Sepse e que
muitas vezes podem passar despercebidos, contribuindo para a piora clínica do
paciente. Para tanto, o Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch M’ Boi Mirim (HMMD),
situado no extremo sul do município de São Paulo, com a preocupação em atender os
pacientes sépticos de forma rápida e eficiente, desenvolveu um Protocolo Gerenciado
de Sepse, em 2013, direcionando as equipes assistenciais para a aplicação de medidas
baseadas em evidências científicas, e desde sua implantação trouxe inovação neste
atendimento. Objetivo: Descrever ações de inovação do Protocolo Sepse no HMMD.
Resultados: A recomendação da Surviving Sepsis Campaign (CSS) preconiza que as
medidas para o tratamento devem ser iniciadas a partir dos sinais de Sepse Grave, com
administração de antibiótico em até 3 horas na unidade de Pronto Socorro e 1 hora na
UTI Adulto. No HMMD, o grupo de Sepse estabeleceu um protocolo com as seguintes
medidas: administração de antibiótico em até 1 hora após a coleta de hemocultura
para todos os setores da instituição; autonomia ao Enfermeiro para solicitar os exames
de Lactato e Hemograma caso o paciente apresente os sinais de Sepse ou Sepse Grave:
Frequência cardíaca >90bpm, frequência respiratória >20rpm, hipertermia >38,0 ou
hipotermia <36,0; PAM <65mmHg, saturação de oxigênio <90%, e suspeita de um foco
Infeccioso (pulmonar, urinário, sistema nervoso central, pele e anexos); aviso de
pânico ao laboratório para liberar resultado do lactato em até 10’ e leucograma em
30’; criação de um SCORE Sepse com base nos sinais vitais, indicando se deve “Abrir o
Protocolo Sepse” ou “Não Abrir Protocolo Sepse”,pelo enfermeiro. O SCORE Sepse foi
implantado em fevereiro de 2014 e seu monitoramento vem sendo realizado pelo
enfermeiro gerenciador de protocolos, a fim de comprovar sua eficácia. O paciente
incluso no protocolo deverá ser atendido com prioridade pela equipe médica, que fará
o diagnóstico e indicará a continuidade das condutas. Recentemente, estudo
fortaleceu a prática de medidas precoces, comprovando o diferencial do Protocolo de
Sepse no HMMD. Considerações finais: Para tratarmos adequadamente o paciente
séptico, há necessidade do envolvimento de toda a instituição na implantação de
ações fortes e inovadas para este tratamento, e meidção dos resultados, a fim de
garantir uma assistência adequada que aumente a sobrevida deste paciente.
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