UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO - CURSO DE PEDAGOGIA (EAD) Sociologia – Prof.º Luiz C. Deulefeu Kelly Franco de Araujo (matr. 2008030143) – Turma: B – Realengo FICHAMENTO Unidade I Tópico 1.1 – O que é Filosofia? A filosofia é, em primeiro lugar e acima de tudo, uma arma, uma ferramenta, um instrumento de ação com a ajuda da qual o homem conhece a natureza e busca o conforto físico e espiritual para a vida. Se o homem realmente se destaca dos outros animais pela amplidão e profundidade do seu pensamento, se tudo o que ele realizou, desde que, saindo da selvageria, começou a construir o que chamamos de civilização, foi a concretização desse pensamento, que, evoluindo, se transformou, através do tempo e do espaço; não há dúvida de que esse pensamento, mobilizando os dedos de sua mão, é a sua principal arma na conquista da natureza e, portanto, da sua liberdade. Tópico 1.2 – Noções de reflexão Filosófica A Filosofia é um modo de pensar os acontecimentos além de suas aparências, podendo pensar a ciência, seus valores, seus métodos e seus mitos; podendo pensar a religião, a arte e o próprio homem em sua vida cotidiana, incluindo sua própria educação. Pela transcendência, o ser humano reconstrói conceitos e valores, ultrapassa os limites dados pelo cotidiano e refaz a si mesmo e o mundo num processo contínuo como partícipe da experiência humana. No século XVI, com Francis Bacon, a Ciência começou a se separar da Filosofia, quando defende um novo método [...] Somente a partir do século XVII, com Galileu, é que a ciência se separa da Filosofia [...] se ocupam apenas de partes da realidade, cabendo à Filosofia a reflexão sobre o conjunto. Para resumir, segundo Dermeval Saviani: O pensamento filosófico deve ser: Radical – deve ir à origem dos problemas; Rigoroso – deve seguir um método adequado; De conjunto – deve se preocupar com o todo. Tópico 1.3 – Os principais períodos da Filosofia Antiga – englobava a indagação filosófica e o conhecimento científico; fazia indagações sobre a natureza. Patrística – filosofia dos Padres da igreja; imposição das idéias cristãs. Medieval – passou a ser ensinada que na escola, no século XII, como nome de Escolástica; nessa época surge a Teologia; fazia indagações sobre Deus. Renascença – acreditava que a natureza era um grande ser vivo da qual o homem faz parte; valorização da política; idéia do homem como artífice do seu próprio destino. Moderna – reforma da ciência; grande racionalismo clássico; o foco passa a ser o intelecto do homem. Ilustração – enfatiza a primazia da razão; o homem é um ser perfectível, libertar-se dos preconceitos religiosos, sociais e morais. Contemporânea – critica a ciência; positivismo; neopositivismo; pragmatismo; racionalismo; fenomenologia; marxismo; estruturalismo. Unidade II Tópico 2.2 – Ética e valores Valor – atribuir um valor a alguma coisa é não ficar indiferente a ela. Portanto, a nãoindiferença é a principal característica do valor. Axiologia – designa a filosofia dos valores; Deontologia – é a ciência do que é justo e conveniente que o homem faça, do valor a que visa e do dever ou norma que dirige o comportamento humano [...] coincide com a ciência da moralidade ou com a ética da ação humana; Origem e procedência do valor: Mitológico – [...] respeito e justiça. Os critérios, ou os princípios éticos, para a fundamentação de uma moralidade social; Antigo – Sócrates = valor justiça; Platão = ele apresenta o bem, como idéia, e na o como valor, ou seja, o bem, como uma idéia que o homem pode alcançar ou conhecê-lo pela razão; Medieval – o valor vai continuar [...]; Moderno – o bem passa a ser valor [...]; Corte de paradigma – separa a moral da religião e gera uma cosmovisão antropocêntrica. O homem é um ser determinado, dominado, de maneira imperativa e categórica, por uma lei, que é a lei moral, inexplicável pela física ou pela matemática. Gira em torno dos postulados da imortalidade, da liberdade e da existência de Deus. Obrigatoriedade moral – inclui a liberdade de escolha e de ação do sujeito, e este deve aceitar como fundamentada e justificada a mesma obrigatoriedade. Necessidade, coação e obrigatoriedade e obrigação moral e liberdade. Tópico 2.3 – Estética Há uma ligação lógica entre o sentimento, a emoção e a percepção do objeto. O conteúdo emotivo, presente em qualquer operação estética, é muito mais profundo na criação artística. Para de La Calle, a estética se insere, como atividade, em três planos distintos [...] esses três planos da realidade estética devem estar estreitamente vinculados à educação estética [...]. São eles: plano antropológico, plano cultural e plano ontológico. A educação da sensibilidade, de fato, se apresenta como um meio de desenvolver as operações cognitivas e intelectuais do indivíduo e supõe aumentar a capacidade de reconhecimento e discriminação de formas, sons, cores. A educação estética deve propiciar, finalmente, uma atitude viva e exploratória na atividade de “sentir” uma obra de arte. Tópico 2.5 – Antropologia filosófica [...] No entanto, esse ser (o homem)que, levado pela racionalidade tecnicista, esquece que é parte integrante da natureza e não o seu dono. {...] Levado pela ambição e poder desmedidos, o homem ignora os sinais de alerta que a natureza vem proporcionando como “respostas” aos seus desmandos e irresponsabilidades. Teorias que fundamentam as concepções de homem Teorias Dualistas – Idealismo, Platônico (Platão), Agostiniano (Santo Agostinho), Cartesiano (Descartes), Realismo, Aristotélico (Aristóteles) e Marxismo (Karl Marx); Teorias Unicitas – visão unicista: parte da conceituação centrada na totalidade – ou Cosmos – constitui nitidamente o embrião de uma nova abordagem de ciência; Fenomenologia: é o método e a filosofia fornece os conceitos básicos para a reflexão existencialista. [...] propõe a superação da dicotomia, afirmando que toda consciência é intencional [...]; Existencialismo: é uma moral da ação, porque considera que a única coisa que define o homem é o seu ato. Unidade III Tópico 3.3 – Existencialismo O existencialismo é uma filosofia de protesto [...] alguns filósofos, porém, entendem que a fenomenologia proporciona uma metodologia rigorosa para descrever a experiência de vida e que a hermenêutica proporciona um enfoque imperativo à experiência individual. Jean-Paul Sartre via a condição humana em termos do indivíduo solitário em um mundo absurdo. Ele percebia a existência humana como algo principalmente sem sentido, pois somos jogados em um mundo totalmente sem sentido, e qualquer significado que encontramos no mundo deve ser constituído por nós mesmos. O desenvolvimento do significado é uma questão individual e, como o mundo e o indivíduo não têm significado, não temos justificativa para existimos. [...] A humanidade, individual e coletivamente, existe sem qualquer significado ou justificativa, exceto por aquilo que nós mesmos construímos. Sartre via a ciência como uma criação humana, nem pior ou melhor em si do que qualquer outra criação. A humanidade é absolutamente livre, como Sartre colocou em sua terminologia característica: “o homem está condenado a ser livre”. Tópico 3.4 – Holismo É uma tendência que sintetiza unidades em totalidade organizadas na qual o homem é um todo indivisível, não podemos ser explicados pelos seus distintos componentes (físico, psicológico ou psíquico) considerados separadamente. Tudo é interdependente. Tudo se interliga e se interrelaciona de forma global. A holologia refere-se ao enfoque especulativo e experimental da Holística, destinada a adquirir o saber, através da análise e do conhecimento racional resultante da atuação ativa do hemisfério cerebral esquerdo, da racionalidade, da lógica e da abstração. A holologia desenvolve as funções psíquicas do pensamento e sensação. ------- x -------