Fichamento Unidade II Temas de Filosofia 2.1 – Noções de Lógica Ao usarmos as palavras lógica e lógico estamos participando de uma tradição de pensamentos que se origina da Filosofia grega, quando a palavra logos-significando linguagem-discurso e pensamentosconhecimento – conduziu os filósofos a indagar se o logos obedecia ou não ás regras, possuía ou não normas, princípios e critérios para seu uso e funcionamento. A disciplina filosófica que se ocupa com essas questões chama-se lógica. Ao ato de encadear nossos pensamentos para chegar a uma conclusão chamamos de raciocínio lógico. “Raciocinamos ou argumentamos quando colocamos juízos ou proposições que contenham evidências em uma ordem tal que necessariamente nos levam a um outro juízo, que se chama conclusão.” 2.2 – Ética e valores O homem é o único ser que faz sua vida desenrolar-se, essencialmente, no mundo da cultura, o qual é, em última análise, o próprio mundo dos valores. Atribuir um valor a alguma coisa é não ficar indiferente a ela. Portanto, a não-indiferença é a principal característica do valor. Axiologia Designa a filosofia dos valores. Deontologia É a ciência do que é justo e conveniente que o homem faça, do valor a que visa e do dever ou norma que dirige o comportamento humano. Corte de paradigma- I. Kant ( 1724- 1804 ) Kant concorda com pascal e Rousseau quando afirma que acima da lógica da mente está o sentimento do coração; o primeiro sentenciou que o coração tem razões que a razão nunca poderá compreender, ou que a própria razão desconhece. Portanto, a natureza oferece, ou impõe ao homem, uma série de obstáculos, ou problemas, e o homem vai tentar resolvê-los; e ao fazer isso, passa a transformar o mundo da natureza num mundo humanizado. Obrigatoriedade Moral A obrigatoriedade moral inclui a liberdade de escolha e de ação do sujeito, e este deve aceitar como fundamentada e justificada a mesma obrigatoriedade. 2.3 - Estética “Etimologicamente, a palavra estática vem do grego aisthesis. com o significado de “faculdade de sentir, compreensão pelos sentidos, percepção totalizante.” A arte humaniza o homem. A arte e o homem são indissociáveis, porque ao conhecer e atuar buscando a qualidade, o ato de “criar”é próprio do homem. A realidade estética é uma função essencialmente humana, é algo que experimenta, desenvolve e cria o homem no tempo. 2.4 – Filosofia Política A política é, portanto, a arte de governar, de gerir os destinos da cidade. Todo homem é político porque a política está na base de todas nas ações humanas, o tempo todo, mesmo as ações comuns do dia-a-dia, na família, no trabalho e no lazer. “O homem despolitizado compreende mal o mundo em que vive e é facilmente manobrado por aqueles que detêm o poder”. A filosofia política auxilia-nos a refletir sobre a importância da participação de todos na construção das melhorias do setor público, corrigindo os problemas que afetam a todos. Idealismo “No sentido gnosiológico (ou epsistemológico) o termo foi empregado pela primeira vez por Wolf: -Denominam-se idealistas, diz ele, aqueles que admitem que os corpos têm somente uma existência ideal, em nossos ânimos, e por isso negam a existência ideal, em nossos ânimos, e por isso negam a existência real dos próprios corpos e do mundo.” Platônico - Platão Com base nessa doutrina, o conhecimento sensível, que tem por objeto as coisas na sua multiplicidade e mutabilidade, não tem o mínimo valor de verdade e pode somente obstacular a aquisição do conhecimento autêntico. Agostiniano-santo agostinho “Para santo Agostinho, a relação entre as duas dimensões é de ligação e não de oposição, mas a repercussão do seu pensamento, à revelia do autor, desemboca na doutrina chamada Agostínismo político, que marca toda a Idade Média e significa o confronto entre o poder do Estado e o da Igreja, considerando a superioridade do poder espiritual sobre o temporal.” Cartesiano-Descartes “O ponto de partida é a busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em dúvida.” Realismo No sentido mais geral e moderno, o Realismo tem sido qualificação e definido das maneiras mais diferentes: e quase sempre, as doutrinas do passado que coincidiam com seus pontos de vista. Aristotélico-Aristóteles “Afirma que é possível conhecer o que é o real concreto e mutável por meio das definições e conceitos que permanecem inalterados.” Unidade III A Filosofia contemporânea Em geral, os grandes pensadores contemporâneos reagem decididamente contra o materialismo e o positivismo do século XIX. No século XX, a Filosofia passou a desconfiar do otimismo científico-tecnológico do século anterior, em virtude de vários acontecimentos. Uma escola alemã de Filosofia, Escola de Frankfurt, elaborou uma concepção conhecida como Teoria Crítica, na qual distingue duas formas da razão: Razão instrumental Que faz das ciências e das técnicas não um meio de liberação dos seres humanos, mas um meio de intimidação, medo, terror e desespero. Razão crítica A razão crítica é aquela que analisa e interpreta os limites e os perigos do pensamento instrumental e afirma que as mudanças sociais, políticas e culturais só se realizarão verdadeiramente se tiverem como finalidade a emancipação do gênero humano e não as idéias de controle e domínio técnico-científicos sobre a Natureza, a sociedade e a cultura. 3.1 – Positivismo August Comte (1798-1857). O positivismo expressa um tom geral de confiança nos benefícios da industrialização, bem como um otimismo em relação ao progresso capitalista, guiado pela técnica e pela ciência. Manifestando-se de modo variado em diversos países ocidentais, a partir da segunda metade do século XIX, o positivismo reflete, no plano filosófico, o entusiasmo burguês pelo progresso capitalista e pelo desenvolvimento técnico-industrial. Propõe à existência humana, valores completamente humanos, afastando radicalmente teologia ou metafísica. Um dos temas centrais da obra filosófica de Comte é a necessidade de uma organização completa da sociedade. “A fenomenologia propõe a superação da dicotomia, afirmando que toda consciência é intencional. Isso significa que não há pura consciência, separada do mundo, mas toda consciência tende para o mundo. Da mesma forma, não há objeto em si, independente de uma consciência que o perceba. Portanto, o objeto é um fenômeno, ou seja, etimologicamente, ‘algo que aparece’ para uma consciência”. “Segundo o existencialismo, a noção de engajamento significa a necessidade de um determinado pensador estar voltando para a análise da situação concreta em que vive, tornando-se solidário nos acontecimentos sociais e políticos de seu tempo. O existencialismo é uma moral da ação, porque considera que a única coisa que define o homem é o seu ato. Na obra de Comte destacam-se três partes fundamentais: a lei dos três estados, a classificação das ciências e a reforma intelectual da sociedade. 3.2 – Marxismo Materialismo Dialético – O método. Insiste na necessidade de considerarmos a realidade sócioeconômica de determinada época como um todo articulado, atravessado por contradições específicas, entre as quais a luta de classe. Materialismo Histórico – É a explicação da história por fatores materiais, ou seja, econômicos e técnicos. Infra-estrutura - engloba as relações do homem com a natureza, no esforço de produzir a própria existência, e as relações dos homens entre si. Estrutura jurídico-política – representada pelo Estado e pelo direito. Estrutura ideológica – referente às formas da consciência social, tais como a religião, as leis, a educação, a literatura, a filosofia, a ciência, a arte, etc. Para Karl Marx, o que fundamentalmente caracteriza o homem é a forma pela qual reproduz suas condições de existência. Para o marxismo, no lugar das idéias, estão os fatos materiais; no lugar dos heróis, a luta de classes. Estado e Sociedade – o Estado não supera as contradições da sociedade civil, mas é o reflexo delas, e está ai para perpetuá-la. Por isso só aparentemente visa ao bem comum, estando de fato a serviço da classe dominante. 3.3 – Existencialismo O existencialismo é uma filosofia de protesto, seus partidários não são muito preocupados com a metodologia e a exposição sistemática. Sartre via a condição humana em termos do indivíduo solitário em um mundo absurdo. Ele percebia a existência humana como algo principalmente sem sentido, pois somos jogados em um mundo absurdo. Ele percebia a existência humana como algo principalmente sem sentido, pois somos jogados em um mundo totalmente sem sentido, e qualquer significado que encontramos no mundo deve ser construído por nós mesmos. Sartre via a ciência como uma criação humana, nem pior ou melhor em si do que qualquer outra criação. A humanidade é absolutamente livre, como Sartre colocou em sua terminologia característico: “O homem está condenado a ser livre”. 3.4 – Holismo O holismo é uma tendência que sintetiza unidades em totalidades organizadas na qual o homem é um todo indivisível, não podendo ser explicado pelos seus distintos componentes (físico, psicológico ou psíquico) considerados separadamente. Tudo é interdependente. Tudo se interliga e se inter-relaciona de forma global.