psiquial

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PSIQUIAL®
cloridrato de fluoxetina
Merck S/A
Comprimidos revestidos
20 mg
Psiquial®
cloridrato de fluoxetina
MEDICAMENTO SIMILAR
REFERÊNCIA
EQUIVALENTE
AO
MEDICAMENTO
DE
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos. Embalagens contendo 28 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
22,4 mg de cloridrato de fluoxetina, equivalente a 20 mg de fluoxetina.
Excipientes: amido (de milho), celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido
de silício, estearato de magnésio, hipromelose e lactose monoidratada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
A fluoxetina é indicada no tratamento da depressão, associada ou não com ansiedade, da
bulimia nervosa, do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno disfórico prémenstrual (TDPM) incluindo tensão pré-menstrual (TPM), irritabilidade e disforia.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Depressão
A eficácia da fluoxetina para o tratamento de pacientes com depressão
(≥ 18 anos) foi comprovada em estudos clínicos placebo-controlados de 5 e 6 semanas.
A fluoxetina mostrou ser significantemente mais eficaz que o placebo conforme
mensurado pela Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D). Também foi
significativamente mais eficaz que o placebo na subpontuação da HAM-D para humor
deprimido, distúrbio do sono e subfator de ansiedade. Dois estudos clínicos controlados
de 6 semanas (n=671, randomizados), comparando fluoxetina 20 mg e placebo,
mostraram que a fluoxetina 20 mg em doses diárias é eficaz no tratamento de pacientes
idosos (≥ 60 anos de idade) com depressão. Nesses estudos, a fluoxetina produziu uma
taxa de resposta e de remissão significativamente mais altas, definidas respectivamente,
por uma diminuição de 50% na pontuação da HAM-D e uma pontuação total de avaliação
na HAM-D ≤ 8. A fluoxetina foi bem tolerada e a taxa de interrupção do tratamento
devido a eventos adversos não foi diferente entre fluoxetina (12%) e o placebo (9%).
Um estudo foi conduzido envolvendo pacientes ambulatoriais deprimidos que
responderam ao final de uma fase inicial de tratamento aberto de 12 semanas com
fluoxetina 20 mg/dia (pontuação modificada da HAMD-17 ≤ 7 durante cada uma das 3
últimas semanas de tratamento aberto e ausência de depressão pelos critérios da DSMIII-R). Estes pacientes (n=298) foram randomizados para continuarem no estudo duplocego com fluoxetina 20 mg/dia ou com placebo. Em 38 semanas (50 semanas totais), uma
taxa de recaída estatisticamente mais baixa (definida como sintomas suficientes para
atender a um diagnóstico de depressão por 2 semanas ou pontuação modificada da
HAMD-17 ≥ 14 por 3 semanas) foi observada em pacientes tomando fluoxetina
comparada àqueles usando placebo.
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
A eficácia da fluoxetina para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) foi
demonstrada em dois grupos de estudo paralelos, multicêntricos, de 13 semanas (Estudos
1 e 2), com pacientes adultos ambulatoriais que receberam doses fixas de fluoxetina de
20, 40 ou 60 mg/dia (uma vez ao dia, pela manhã) ou placebo. Os pacientes em ambos os
estudos tinham TOC moderado a grave (DSM-III-R), com taxas iniciais médias na Escala
Obsessiva-Compulsiva Yale-Brown (YBOCS, pontuação total) variando de 22 a 26. No
Estudo 1, pacientes recebendo fluoxetina apresentaram reduções médias de
aproximadamente 4 a 6 unidades na pontuação total da YBOCS, comparado com uma
redução de 1 unidade para os pacientes tratados com placebo. No Estudo 2, pacientes
recebendo fluoxetina apresentaram reduções médias de aproximadamente 4 a 9 unidades
na pontuação total da YBOCS, comparado a uma redução de 1 unidade para os pacientes
com placebo. Apesar de não ter havido indicação de relação dose-resposta para a eficácia
no Estudo 1, esta relação foi observada no Estudo 2, com respostas numericamente
melhores nos dois grupos de dose mais alta.
Bulimia nervosa
A eficácia da fluoxetina para o tratamento de bulimia foi demonstrada em dois estudos
de 8 semanas e um estudo de 16 semanas, multicêntricos, paralelos, em pacientes adultos
que atendiam ao critério de bulimia na escala DSM-III-R. Os pacientes dos estudos de 8
semanas receberam 20 ou 60 mg/dia de fluoxetina ou placebo pela manhã. Os pacientes
do estudo de 16 semanas receberam uma dose fixa de 60 mg/dia de fluoxetina ou placebo.
Os pacientes nesses três estudos tinham bulimia de moderada a grave, com frequências
medianas de episódios de compulsão alimentar e vômito, variando de 7 a 10 e de 5 a 9
por semana, respectivamente. Nesses três estudos, fluoxetina 60 mg, mas não a dose de
20 mg, foi estatisticamente superior ao placebo, reduzindo o número de episódios de
compulsão alimentar e vômito por semana. O efeito estatisticamente superior de 60 mg
versus placebo foi observado logo na Semana 1 e persistiu durante cada estudo. A redução
nos episódios bulímicos relacionada à fluoxetina pareceu ser independente da depressão
inicial, conforme avaliada pela escala de Depressão de Hamilton. Em um desses três
estudos, o efeito do tratamento, conforme medido pelas diferenças entre fluoxetina 60 mg
e placebo, na redução mediana do valor basal na frequência dos comportamentos
bulímicos no final do estudo, variou entre 1 a 2 episódios por semana para compulsão
alimentar e de 2 a 4 episódios por semana para vômito.
O tamanho do efeito foi relacionado à frequência inicial, com reduções maiores vistas em
pacientes com frequências iniciais mais altas. Embora alguns pacientes tenham deixado
de apresentar episódios de compulsão alimentar e comportamentos purgativos como um
resultado de tratamento, para a maioria, o benefício foi uma redução parcial na frequência
dos episódios de compulsão alimentar e comportamentos purgativos.
Em um estudo no longo prazo, 150 pacientes reunindo os critérios (DSM-IV) para bulimia
nervosa, subtipo purgativo, que tiveram resposta na fase do tratamento agudo, simplescego, de 8 semanas com fluoxetina 60 mg/dia, foram randomizados para seguir em outro
estudo, sendo este duplo-cego, com administração de fluoxetina 60 mg/dia ou placebo, e
houve remissão em até 52 semanas. A resposta durante a fase simples-cega foi definida
pelo alcance de pelo menos uma diminuição de 50% na frequência de vômito, quando
comparada à inicial. A remissão durante a fase duplo-cega foi definida como um retorno
persistente da frequência de vômito inicial ou julgamento médico sobre a recidiva da
doença. Os pacientes que continuaram recebendo fluoxetina 60 mg/dia apresentaram um
tempo significativamente mais longo para remissão durante as 52 semanas subsequentes
comparando-se com aqueles que receberam placebo.
Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM)
Os sintomas relacionados com TDPM incluem alterações do humor e sintomas físicos.
Nos estudos clínicos, fluoxetina mostrou ser eficaz no alívio das alterações do humor
(tensão, irritabilidade e disforia) e dos sintomas físicos (cefaleia, edema e mastalgia)
relacionados ao TDPM.
A eficácia da fluoxetina para o tratamento do TDPM foi estabelecida em três estudos
clínicos placebo-controlados (um estudo de dose intermitente e dois estudos de dose
contínua). Em um estudo clínico de dose intermitente descrito abaixo, as pacientes
reuniram os critérios do Manual Estatístico e de Diagnóstico, 4ª edição (DSM-IV), para
TDPM. Nos estudos clínicos de dose contínua descritos abaixo, as pacientes reuniram os
critérios do Manual Estatístico e de Diagnóstico – 3ª edição revisada para o Transtorno
Disfórico da Fase Lútea Tardia (TDFLT), a entidade clínica agora referida como TDPM
no DSM-IV. Pacientes usando anticoncepcionais orais foram excluídas desses estudos.
Portanto, a eficácia da fluoxetina em combinação com anticoncepcionais orais para o
tratamento do TDPM é desconhecida.
Em um grupo de estudos duplo-cegos, paralelos, de dose intermitente de 3 meses de
duração, as pacientes (n=260, randomizadas) foram tratadas com fluoxetina 10 mg/dia,
fluoxetina 20 mg/dia ou placebo. Iniciou-se o tratamento com fluoxetina ou placebo 14
dias antes do início previsto da menstruação e continuado até o 1º dia do fluxo menstrual.
A eficácia foi avaliada com o Relato Diário da Gravidade dos Problemas (DRSP), um
instrumento dependente da avaliação e colaboração da paciente, que se espelha nos
critérios de diagnóstico para TDPM, conforme indicado no DSM-IV, e inclui avaliações
para humor, sintomas físicos e outros sintomas. Fluoxetina 20 mg/dia mostrou ser
significativamente mais eficaz que o placebo, conforme mensurado pela pontuação do
DRSP. A fluoxetina 10 mg/dia não mostrou ser significativamente mais eficaz que o
placebo nesse estudo. A média da pontuação total do DRSP diminuiu 38% para a
fluoxetina 20 mg/dia, 35% para fluoxetina 10 mg/dia e 30% para o placebo.
No primeiro grupo de estudos duplo-cegos, paralelos, de dose contínua de 6 meses de
duração, envolvendo 320 pacientes, doses fixas de fluoxetina 20 e 60 mg/dia
administradas diariamente durante o ciclo menstrual, mostraram ser significativamente
mais eficazes que o placebo, conforme mensurado por uma pontuação total de Escala
Visual Análoga (EVA) (incluindo humor e sintomas físicos). A média da pontuação total
da EVA diminuiu 7% no tratamento com placebo, 36% no tratamento com fluoxetina 20
mg e 39% no tratamento com fluoxetina 60 mg. A diferença entre as doses de 20 e 60 mg
não foi estatisticamente significante.
No segundo estudo cruzado, duplo-cego, de dose contínua, as pacientes (n=19) foram
tratadas diariamente com fluoxetina 20 mg a 60 mg/dia (dose média=27 mg/dia) e placebo
durante o ciclo menstrual por um período de 3 meses cada. A fluoxetina foi
significativamente mais eficaz que o placebo, conforme mensurado pelas alterações do
ciclo folicular à fase lútea na pontuação total da EVA (humor, sintomas físicos e prejuízo
social). A média da pontuação total EVA (aumento da fase folicular à lútea) foi 3,8 vezes
mais alta durante o tratamento com placebo do que aquela observada durante o tratamento
com fluoxetina.
Em outro grupo de estudos duplo-cegos, paralelos, de dose contínua, pacientes com
TDFLT (n=42) foram tratadas diariamente com fluoxetina 20 mg/dia, bupropiona 300
mg/dia ou placebo por 2 meses. Nem a fluoxetina e nem a bupropiona mostraram ser
superiores ao placebo em uma avaliação primária, isto é, a taxa de resposta.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A fluoxetina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS), sendo este seu
suposto mecanismo de ação. A fluoxetina praticamente não possui afinidade com outros
receptores tais como α1, α2 e β-adrenérgicos, serotoninérgicos, dopaminérgicos,
histaminérgicos H1, muscarínicos e receptores do GABA. A etiologia do transtorno
disfórico pré-menstrual (TDPM) é desconhecida, porém esteroides endógenos envolvidos
no ciclo menstrual parecem estar relacionados com a atividade serotoninérgica neuronal.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A fluoxetina é bem absorvida pelo trato gastrointestinal após a administração oral. A
biodisponibilidade não é afetada pela ingestão de alimentos.
Distribuição
A fluoxetina liga-se extensivamente às proteínas plasmáticas (cerca de 95%) e é
amplamente distribuída (volume de distribuição: 20-40 l/kg). As concentrações
plasmáticas no estado de equilíbrio são alcançadas após administração por várias
semanas. As concentrações em estado de equilíbrio após administração prolongada são
semelhantes às concentrações observadas em 4 a 5 semanas.
Biotransformação
A fluoxetina possui um perfil farmacocinético não linear com efeito de primeira passagem
hepático. A concentração plasmática máxima normalmente é alcançada 6 a 8 horas após
a administração. A fluoxetina é extensivamente metabolizada pela enzima polimórfica
CYP2D6. A fluoxetina é primeiramente metabolizada pelo fígado para o metabólito ativo
norfluoxetina (desmetil fluoxetina), por desmetilação.
Eliminação
A meia-vida de eliminação da fluoxetina é de 4 a 6 dias e para a norfluoxetina de 4 a 16
dias. Essas meias-vidas longas são responsáveis pela permanência do fármaco por 5-6
semanas após a descontinuação. A excreção é principalmente (cerca de 60%) através dos
rins. A fluoxetina é secretada no leite materno.
Populações especiais
Idosos
Os parâmetros cinéticos não são alterados em idosos saudáveis quando comparados aos
indivíduos jovens.
População pediátrica
A concentração média de fluoxetina em crianças é aproximadamente 2 vezes maior do
que aquela observada em adolescentes e a concentração média de norfluoxetina é 1,5
vezes maior. As concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são dependentes do
peso corporal e são maiores em crianças com baixo peso corporal. Como em adultos, a
fluoxetina e norfluoxetina acumulam-se extensivamente após várias administrações orais;
com as concentrações no estado de equilíbrio sendo alcançadas dentro de 3 a 4 semanas
de administração diária.
Insuficiência hepática
Em caso de insuficiência hepática (cirrose alcoólica), as meias-vidas da fluoxetina e da
norfluoxetina são aumentadas para 7 e 12 dias, respectivamente. Uma dose menor ou
menos frequente deve ser considerada.
Insuficiência renal
Após administração de dose única de fluoxetina em pacientes com insuficiência renal
leve, moderada ou completa (anúria), os parâmetros cinéticos não foram alterados quando
comparados aos de voluntários saudáveis. No entanto, após a administração repetida, um
aumento no platô do estado de equilíbrio das concentrações plasmáticas pode ser
observado.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes.
A fluoxetina não deve ser usada em combinação com inibidores da monoaminoxidase
(IMAOs) ou dentro de 14 dias da suspensão do tratamento com um IMAO. Deve-se deixar
um intervalo de, pelo menos, cinco semanas (ou talvez mais, especialmente se a
fluoxetina foi prescrita para tratamento crônico e/ou em altas doses) após a suspensão da
fluoxetina e o início do tratamento com um IMAO. Casos graves e fatais de síndrome
serotoninérgica (que pode se assemelhar e ser diagnosticada como síndrome neuroléptica
maligna) foram relatados em pacientes tratados com fluoxetina e um IMAO com curto
intervalo entre uma terapia e outra.
A fluoxetina é contraindicada em combinação com metropolol usado em insuficiência
cardíaca.
A fluoxetina não deve ser usada em combinação com tioridazina ou dentro de, pelo
menos, cinco semanas após a suspensão da fluoxetina.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Suicídio/pensamentos suicidas ou agravamento clínico
A depressão está associada ao aumento do risco de ideação suicida, autoferimento e
suicídio (pensamentos/comportamentos relacionados com suicídio). Este risco persiste
até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como, durante as primeiras semanas
ou mais de tratamento pode não se verificar qualquer melhora, os pacientes devem ser
rigorosamente monitorados até que essa melhora ocorra. De acordo com a prática clínica,
em geral o risco de suicídio pode aumentar nas fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a fluoxetina é prescrita também podem estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o suicídio.
Além disso, estas situações podem ser comórbidas com o distúrbio depressivo maior. As
mesmas precauções observadas ao se tratar os pacientes com transtorno depressivo maior
devem, portanto, ser observadas ao se tratar pacientes com outros distúrbios psiquiátricos.
Pacientes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com o suicídio, que
apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do tratamento,
apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa de suicídio,
devendo por este motivo ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento. Uma
meta-análise de estudos clínicos controlados com placebo em adultos com distúrbios
psiquiátricos demonstrou um aumento do risco de comportamentos relacionados com o
suicídio em pacientes com menos de 25 anos fazendo uso de antidepressivos,
comparativamente aos pacientes recebendo placebo.
Supervisão rigorosa dos pacientes e em particular daqueles em alto risco deve
acompanhar a terapia medicamentosa especialmente no início do tratamento e após as
mudanças de dose. Os pacientes (e cuidadores dos pacientes) devem ser alertados sobre
a necessidade de monitoramento para qualquer agravamento clínico, comportamento ou
pensamentos suicidas e mudanças incomuns no comportamento e para procurar
assistência médica imediata se esses sintomas surgirem.
Efeitos cardiovasculares
Casos de prolongamento do intervalo QT e de arritmia ventricular incluindo torsade de
pointes foram relatados durante o período pós-comercialização.
A fluoxetina deve ser usada com cautela em pacientes com condições como síndrome
congênita de QT longo, histórico familiar de prolongamento de QT ou outras condições
clínicas que predispõem a arritmias (por exemplo, hipocalemia e hipomagnesemia,
bradicardia, infarto agudo do miocárdio ou insuficiência cardíaca descompensada) ou
exposição aumentada à fluoxetina (por exemplo, comprometimento hepático).
Se pacientes com doença cardíaca estável forem tratados, uma revisão do ECG deve ser
considerada antes de o tratamento ser iniciado.
Caso sinais de arritmia cardíaca ocorram durante o uso de fluoxetina, o tratamento deve
ser descontinuado e um ECG realizado.
Inibidores de monoaminoxidase (IMAO)
Alguns casos de reações graves e às vezes fatais foram relatados em pacientes recebendo
um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS) em combinação com um inibidor
de monoaminoxidase (IMAO).
Alguns casos apresentaram características semelhantes à síndrome serotoninérgica (que
pode assemelhar-se à síndrome neuroléptica maligna e ser diagnosticada como tal).
Ciproeptadina ou dantroleno podem ser benéficos em pacientes que desenvolvam estas
reações. Os sintomas de uma interação com um IMAO incluem: hipertermia, rigidez,
mioclonias, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais,
alterações do estado mental que incluem confusão, irritabilidade e agitação extrema
progredindo para delírio e coma.
Portanto, a fluoxetina é contraindicada em combinação com um IMAO. Devido ao efeito
de duas semanas de duração do último, o tratamento com fluoxetina só deve ser iniciado
14 dias após a descontinuação do IMAO. De maneira semelhante, pelo menos 5 semanas
devem ter se passado após a descontinuação do tratamento com fluoxetina antes de se
iniciar um IMAO.
Síndrome serotoninérgica ou eventos semelhantes à síndrome neuroléptica maligna
O desenvolvimento de uma síndrome de serotonina ou de eventos semelhantes à síndrome
neuroléptica maligna foi relatado em associação ao tratamento com ISRSs e ISRSNs,
incluindo fluoxetina, por si só, mas particularmente quando administrada em combinação
com outros medicamentos serotoninérgicos (incluindo triptanos, antidepressivos
tricíclicos, fentanil, lítio, tramadol, triptofano, buspirona e Erva-de-São-João), com
medicamentos que prejudicam o metabolismo da serotonina (em particular, IMAOs, tanto
as que se destinam ao tratamento de distúrbios psiquiátricos e também outros, tais como
linezolida e azul de metileno intravenoso), e/ou neurolépticos.
Os sintomas da síndrome serotoninérgica podem incluir alterações do estado mental (por
exemplo: agitação, alucinações, delirium e coma), instabilidade autonômica (por
exemplo: taquicardia, pressão arterial instável, tontura, sudorese, rubor, hipertermia),
sintomas neuromusculares (por exemplo: tremor, rigidez, mioclonia, hiperreflexia, falta
de coordenação), convulsões e/ou sintomas gastrointestinais (por exemplo: náusea,
vômito, diarreia).Os pacientes devem ser monitorados para o surgimento da síndrome
serotoninérgica. Como essas síndromes podem resultar em condições potenciais de risco
à vida, o uso da fluoxetina deve ser descontinuado se tais sintomas ocorrerem e o
tratamento sintomático de suporte deve ser iniciado
O uso concomitante de fluoxetina com IMAOs com o propósito de tratar distúrbios
psiquiátricos é contraindicado. A fluoxetina também não deve ser iniciada em um
paciente sendo tratado com IMAOs tais como linezolida ou azul de metileno intravenoso.
Todos os relatórios com azul de metileno que forneceram informações sobre a via de
administração intravenosa envolveram administração na faixa de dose de 1 mg/kg a 8
mg/kg. Não há relatos envolvendo a administração de azul de metileno por outras vias
(tal como comprimidos orais ou injeção local do tecido) ou em doses mais baixas. Pode
haver circunstâncias em que é necessário iniciar o tratamento com um IMAO, como
linezolida ou azul de metileno intravenoso em um paciente tomando fluoxetina. O uso de
fluoxetina deve ser interrompido antes de iniciar o tratamento com o IMAO.
Se o uso concomitante de fluoxetina com outros medicamentos serotoninérgicos, ou seja,
triptanos, antidepressivos tricíclicos, fentanil, lítio, tramadol, buspirona, triptofano e
Erva-de-São João, for clinicamente justificado, os pacientes devem ser informados de um
potencial risco aumentado para síndrome serotoninérgica, particularmente no início do
tratamento e com aumentos de dose.
Mania
Antidepressivos devem ser usados com cautela em pacientes com um histórico de
mania/hipomania. Como com todos os antidepressivos, a fluoxetina deve ser
descontinuada em qualquer paciente entrando em uma fase maníaca.
Hemorragia
Houve relatos de anormalidades de sangramento cutâneo como equimose e púrpura com
ISRSs. Equimose foi relatada como um evento não frequente durante o tratamento com
fluoxetina. Outras manifestações hemorrágicas (por exemplo, hemorragias ginecológicas,
sangramentos gastrointestinais e outros sangramentos cutâneos ou da mucosa) foram
raramente relatadas. Aconselha-se cautela em pacientes recebendo ISRSs,
particularmente em uso concomitante com anticoagulantes orais, medicamentos
conhecidos por afetar a função plaquetária (por exemplo, antipsicóticos atípicos como
clozapina, fenotiazinas, a maioria dos antidepressivos tricíclicos, ácido acetilsalicílico,
AINEs) ou outros medicamentos que possam aumentar o risco de sangramento, assim
como em pacientes com histórico de distúrbios de sangramento.
Convulsões
Convulsões são um risco potencial com medicamentos antidepressivos. Portanto, como
acontece com outros antidepressivos, a fluoxetina deve ser iniciada com cautela em
pacientes que apresentam histórico convulsivo. O tratamento deve ser descontinuado em
qualquer paciente que desenvolver convulsões ou quando houver um aumento na
frequência das convulsões. A fluoxetina deve ser evitada em pacientes com distúrbios
convulsivos/epilepsia instáveis e pacientes com epilepsia controlada devem ser
monitorados rigorosamente.
Hiponatremia
Foram relatados casos de hiponatremia (alguns com sódio sérico abaixo de 110 mmol/L).
A maioria desses casos ocorreu em pacientes idosos e em pacientes que estavam tomando
diuréticos ou com depleção de líquidos.
Terapia eletroconvulsiva (TEC)
Como houve relatos raros de convulsões prolongadas em pacientes em fluoxetina
recebendo tratamento por TEC, recomenda-se cautela nessas situações.
Tamoxifeno
A fluoxetina, um potente inibidor da CYP2D6, pode levar a concentrações reduzidas de
endoxifeno, um dos metabólitos ativos mais importantes do tamoxifeno. Portanto, a
fluoxetina deve, sempre que possível, ser evitada durante o tratamento com tamoxifeno.
Acatisia/agitação psicomotora
O uso de fluoxetina tem sido associado ao desenvolvimento da acatisia, caracterizada por
uma inquietação subjetiva desconfortável ou perturbadora e necessidade de movimento
frequente, acompanhada por incapacidade de sentar ou ficar parado. É mais provável que
que estes sintomas se manifestem durante as primeiras semanas de tratamento. Nos
pacientes que desenvolverem tais sintomas, o aumento da dose pode ser prejudicial.
Diabetes e controle glicêmico
Em pacientes com diabetes, o tratamento com um ISRS pode alterar o controle glicêmico.
Nestes pacientes ocorreu hipoglicemia durante a terapia com fluoxetina e hiperglicemia
foi desenvolvida após a suspensão do medicamento. A dose de insulina e/ou do
hipoglicemiante oral deve ser ajustada quando for instituído tratamento com fluoxetina e
após sua descontinuação.
Função hepática/renal
A fluoxetina é extensamente metabolizada pelo fígado e excretada pelos rins. Uma dose
inferior, por exemplo, administração em dias alternados, é recomendada em pacientes
com insuficiência hepática significativa. Quando a fluoxetina 20 mg/dia foi administrada
durante 2 meses, pacientes com insuficiência renal grave (TFG <10 ml/min) que
necessitam de diálise não apresentaram diferença nos níveis plasmáticos da fluoxetina ou
da norfluoxetina em comparação aos controles com função renal normal.
Erupções da pele e reações alérgicas
Erupção cutânea, reações anafilactoides e reações sistêmicas progressivas, algumas vezes
graves e envolvendo pele, fígado, rins ou pulmões, foram relatadas por pacientes tratados
com fluoxetina. No caso de aparecimento de erupção cutânea ou de outra reação alérgica
para a qual uma etiologia alternativa não pode ser identificada, a fluoxetina deve ser
descontinuada.
Perda de peso
Pode ocorrer perda de peso em pacientes sob uso de fluoxetina, porém normalmente é
proporcional ao peso corporal no início do tratamento.
Sintomas de retirada observados na interrupção do tratamento com ISRSs
Sintomas de retirada são comuns quando o tratamento é interrompido, particularmente se
a descontinuação for repentina. Em estudos clínicos, eventos adversos observados com a
descontinuação do tratamento ocorreram em aproximadamente 60% dos pacientes, tanto
no grupo tratado com fluoxetina como no grupo tratado com placebo. Desses eventos
adversos, foram considerados graves 17% no grupo tratado com fluoxetina e 12% no
grupo tratado com placebo
O risco dos sintomas de retirada pode depender de vários fatores, incluindo a duração do
tratamento, a dose empregada e a taxa de redução da dose. Tonturas, distúrbios sensoriais
(incluindo parestesia), distúrbios do sono (incluindo insônia e sonhos intensos), astenia,
agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vômitos, tremores e cefaleia são as reações relatadas
com mais frequência. Embora geralmente leves a moderados, em alguns pacientes estes
sintomas podem ser de intensidade grave. Eles normalmente ocorrem nos primeiros dias
da descontinuação do tratamento. Normalmente esses sintomas são autolimitados,
regredindo em 2 semanas, embora em alguns indivíduos eles possam se prolongar (2-3
meses ou mais). Assim, é recomendado que a dose de fluoxetina seja gradualmente
reduzida na descontinuação do tratamento por um período de pelo menos uma ou duas
semanas, de acordo com as necessidades do paciente.
Midríase
Midríase foi relatada em associação com fluoxetina; portanto, recomenda-se cautela ao
se prescrever fluoxetina em pacientes com pressão intraocular elevada ou naqueles com
risco de glaucoma agudo de ângulo estreito.
Gravidez e lactação
Gravidez: alguns estudos epidemiológicos sugerem um risco aumentado de
malformações cardiovasculares associadas ao uso de fluoxetina durante o primeiro
trimestre da gravidez. O mecanismo é desconhecido. No geral, os dados sugerem que o
risco de ter um recém-nascido apresentar malformações cardiovasculares após exposição
materna à fluoxetina é de 2/100, enquanto a taxa esperada para estas malformações é de
aproximadamente 1/100 na população geral.
Dados epidemiológicos têm sugerido que a utilização de ISRSs na gravidez,
particularmente na fase final, pode aumentar o risco de hipertensão pulmonar persistente
no recém-nascido (HPPRN). O risco observado foi aproximadamente de 5 casos a cada
1.000 gestações. Na população geral, ocorrem 1 a 2 casos de HPPRN no recém-nascido
a cada 1.000 gestações.
A fluoxetina não deve ser utilizada durante a gravidez, a menos que a condição clínica da
paciente necessite de tratamento com fluoxetina e justifique o risco potencial para o feto.
A interrupção abrupta do tratamento deve ser evitada durante a gravidez (ver seção 9.
"Reações Adversas - Sintomas de retirada observados na descontinuação dos tratamentos
com fluoxetina"). Se a fluoxetina for utilizada durante a gravidez, deve-se ter cautela,
especialmente durante o final da gestação ou imediatamente antes do início do trabalho
de parto, uma vez que outros efeitos foram relatados em neonatos: irritabilidade, tremor,
hipotonia, choro persistente e dificuldade de mamar ou dormir. Esses sintomas podem
indicar efeitos sorotonérgicos como síndrome de retirada. O tempo para ocorrência e a
duração desses sintomas pode estar relacionado à meia-vida longa da fluoxetina (4-6 dias)
e de seu metabólito ativo, norfluoxetina (4-16 dias).
Trabalho de parto e nascimento: o efeito da fluoxetina sobre o trabalho de parto e
nascimento nos seres humanos é desconhecido.
O uso da fluoxetina deve ser considerado durante a gravidez somente se os benefícios
do tratamento justificarem o risco potencial para o feto, tendo em conta os riscos do
não tratamento da depressão.
Lactação: como a fluoxetina e seu metabólito, a norfluoxetina, são conhecidos por serem
excretados no leite humano, deve-se ter cautela quando da administração em mulheres
que estejam amamentando. Eventos adversos foram relatados em recém-nascidos
lactentes. Se o tratamento com fluoxetina for julgado necessário, a descontinuação da
amamentação deve ser considerada; no entanto, se a amamentação for mantida, a menor
dose eficaz de fluoxetina deve ser prescrita.
Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou
amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Fertilidade: estudos em animais mostraram que a fluoxetina pode afetar a qualidade do
esperma. Relatos de casos em humanos com alguns ISRSs mostraram que um efeito na
qualidade do esperma é reversível. O impacto na fertilidade humana ainda não foi
observado.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas
A fluoxetina pode interferir na capacidade de julgamento, pensamento e ação. Portanto,
os pacientes devem evitar dirigir veículos ou operar maquinário até que tenham certeza
de que seu desempenho não foi afetado.
Uso geriátrico
Não foram observadas diferenças na segurança e eficácia entre pacientes idosos e jovens.
Outros relatos de experiências clínicas não identificaram diferenças nas respostas de
pacientes jovens ou idosos, mas uma sensibilidade maior de alguns indivíduos mais
idosos não pode ser excluída.
Como este medicamento contém lactose, seu emprego não é recomendado em pacientes
com doenças hereditárias raras de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp
ou má-absorção de glicose-galactose.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Meia-vida de eliminação
As elevadas meias-vidas de eliminação da fluoxetina e do seu principal metabolito, a
norfluoxetina, devem ser consideradas quando de interações medicamentosas
farmacodinâmicas ou farmacocinéticas (p.ex., ao se trocar a fluoxetina para outros
antidepressivos).
Inibidores de monoaminoxidase (IMAOs)
Alguns casos de reações graves e, às vezes, fatais foram relatados em pacientes recebendo
um ISRS em combinação com um inibidor de monoaminoxidase (IMAO), incluindo
linezolida e cloreto de metiltioninio (azul de metileno):
Esses casos se apresentaram com características semelhantes à síndrome de serotonina
(que pode ser confundida ou diagnosticada como síndrome neuroléptica maligna). A
ciproeptadina ou dantroleno podem beneficiar os pacientes apresentando tais reações. Os
sintomas de uma interação medicamentosa com um IMAO incluem: hipertermia, rigidez,
mioclonia, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais,
alterações do estado mental que incluem confusão, irritabilidade e agitação extrema
progredindo para delírio e coma.
Portanto, a fluoxetina é contraindicada em combinação com IMAOs. Devido ao efeito de
duas semanas de duração do IMAO, o tratamento com fluoxetina só deve ser iniciado 14
dias após a descontinuação de um IMAO. De maneira semelhante, pelo menos 5 semanas
devem ter se passado após a descontinuação do tratamento com fluoxetina antes de se
iniciar o uso de um IMAO.
Metoprolol usado na insuficiência cardíaca
O risco de eventos adversos ao metoprolol, incluindo bradicardia excessiva, pode ser
aumentado devido à inibição de seu metabolismo pela fluoxetina.
Tioridazina
Devido ao risco de arritmias ventriculares graves e de morte súbita, potencialmente
associada com uma elevação dos níveis de tioridazina, não deve ser realizada a
administração concomitante de tioridazina com fluoxetina ou, deve-se aguardar no
mínimo 5 semanas após o término do tratamento com fluoxetina para se administrar a
tioridazina
Tamoxifeno
Foi relatada na literatura interação farmacocinética entre os inibidores de CYP2D6 e o
tamoxifeno, demonstrando uma redução de 65-75% dos níveis plasmáticos de uma das
formas mais ativas do tamoxifeno, o endoxifeno. Em alguns estudos foi relatada a redução
da eficácia do tamoxifeno na utilização concomitante de alguns antidepressivos. Como
não pode ser excluída a redução do efeito do tamoxifeno, a coadministração com
inibidores potentes de CYP2D6 (incluindo a fluoxetina) deve ser evitada sempre que
possível.
Álcool
Em testes formais, a fluoxetina não aumentou os níveis de álcool no sangue nem
potencializou os efeitos do álcool. No entanto, a combinação de tratamento com ISRS e
álcool não é aconselhável.
Mequitazina
Risco de eventos adversos à mequitazina (como prolongamento do intervalo QT) pode
ser aumentado devido a uma inibição de seu metabolismo pela fluoxetina.
Fenitoína
Foram observadas alterações dos níveis séricos da fenitoína quando combinada com a
fluoxetina. Em alguns casos ocorreram manifestações de toxicidade. Deve-se considerar
a utilização de esquemas conservadores de titulação do medicamento concomitante e
proceder ao monitoramento clínico.
Medicamentos serotoninérgicos (lítio, tramadol, triptanos, triptofano, selegilina
(MAOI-B), Erva-de-São-João (Hypericum perforatum))
Houve relatos de síndrome de serotonina leve quando ISRSs foram administrados com
medicamentos também contendo efeito serotoninérgico. Portanto, o uso concomitante de
fluoxetina com esses medicamentos deve ser feito com cautela, com monitoramento
clínico rigoroso e mais frequente.
Fármacos com ação no sistema nervoso central
Foram observadas alterações nos níveis sanguíneos de fenitoína, carbamazepina,
haloperidol, clozapina, diazepam, alprazolam, lítio, imipramina e desipramina e, em
alguns casos, manifestações clínicas de toxicidade. Deve ser considerado o uso de
esquemas conservadores de titulação de fármacos concomitantes e monitoração do estado
clínico. O uso concomitante de outros fármacos com atividade serotoninérgica (exemplo:
inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores seletivos da recaptação da
noradrenalina, triptanos ou tramadol) podem resultar numa síndrome serotoninérgica.
Prolongamento do intervalo QT
Estudos farmacocinéticos e farmacodinâmicos entre fluoxetina e outros medicamentos
que prolongam o intervalo QT não foram realizados. Um efeito aditivo da fluoxetina e
desses medicamentos não pode ser excluído. Portanto, deve ser feita com cautela a
coadministração de fluoxetina com medicamentos que prolongam o intervalo QT, como
antiarrítmicos Classe IA e III, antipsicóticos (por exemplo, derivados da fenotiazina,
pimozida, haloperidol), antidepressivos tricíclicos, certos agentes antimicrobianos (por
exemplo, esparfloxacina, moxifloxacina, eritromicina IV, pentamidina), tratamento
antimalária, particularmente halofantrina, certos anti-histamínicos (astemizol,
mizolastina).
Medicamentos afetando a homeostase (anticoagulantes orais de quaisquer
mecanismos, antiagregantes plaquetários incluindo ácido acetilsalicílico, AINEs,
varfarina, etc)
Risco de sangramento aumentado. Devem ser realizados monitoramento clínico e
acompanhamento frequente da coagulação quando do uso com anticoagulantes orais. Um
ajuste de dose durante o tratamento com fluoxetina e depois de sua descontinuação pode
ser adequado.
Efeitos anticoagulantes alterados (valores de laboratório e/ou sinais clínicos e sintomas),
incluindo sangramento, sem um padrão consistente, foram reportados com pouca
frequência quando fluoxetinae varfarina foram coadministrados. Pacientes em tratamento
com varfarina devem ser cuidadosamente monitorados quanto à coagulação quando se
inicia ou interrompe o tratamento com fluoxetina.
A liberação de serotonina pelas plaquetas desempenha um papel importante na
homeostase. Estudos epidemiológicos, caso-controle e coorte têm demonstrado uma
associação entre o uso de fármacos psicotrópicos (que interferem na recaptação da
serotonina) e a ocorrência de aumento de sangramento gastrointestinal, que também tem
sido demonstrado durante o uso concomitante de um psicotrópico com um AINE ou ácido
acetilsalicílico. Portanto, os pacientes devem ser advertidos sobre o uso concomitante
destes medicamentos com a fluoxetina.
Ciproeptadina
Existem relatos de caso individuais de atividade antidepressiva reduzida da fluoxetina
quando usada em combinação com ciproeptadina.
Medicamentos indutores de hiponatremia
A hiponatremia é um efeito indesejável da fluoxetina. O uso em combinação com outros
agentes associados à hiponatremia (por exemplo, diuréticos, desmopressina,
carbamazepina e oxcarbazepina) pode levar a um risco aumentado.
Medicamentos redutores do limar epileptogênico
Convulsões são um efeito indesejável da fluoxetina. O uso em combinação com outros
agentes capazes de reduzir o limiar convulsivo (por exemplo, antidepressivos tricíclicos,
outros ISRS, fenotiazinas, butirofenonas, mefloquina, cloroquina, bupropiona, tramadol)
pode levar a um risco aumentado.
Outros medicamentos metabolizados pela CYP2D6
A fluoxetina é um forte inibidor da enzima CYP2D6, portanto a terapia concomitante
com medicamentos também metabolizados por este sistema enzimático pode levar a
interações medicamentosas, principalmente aqueles apresentando índice terapêutico
estreito (como flecainida, propafenona e nebivolol) e aqueles que são titulados, mas
também com atomoxetina, carbamazepina, antidepressivos tricíclicos e risperidona. Eles
devem ser iniciados ou ajustados para o limite inferior da variação de dose. Isso também
pode se aplicar caso a fluoxetina tiver sido administrada nas últimas 5 semanas.
Ligação às proteínas plasmáticas
Devido ao fato da fluoxetina estar fortemente ligada às proteínas do plasma, a
administração de fluoxetina a pacientes que estejam tomando outro fármaco que seja
firmemente ligada à proteína pode causar uma mudança nas concentrações plasmáticas
do mesmo.
Alimentos
A fluoxetina pode ser administrada com alimentos sem que interações medicamentosas
ocorram.
Nicotina: não há estudos que relatam a possibilidade de interação entre fluoxetina e
nicotina.
Exames laboratoriais e não laboratoriais: não há estudos em humanos a respeito deste
tipo de interação.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da umidade.
Prazo de validade: 36 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto: comprimidos revestidos brancos, redondos, biconvexos, com
a face superior sulcada e a face inferior contendo a inscrição "MERCK".
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Depressão
Tratamento inicial
Nas pesquisas controladas, realizadas para avaliar a eficácia de fluoxetina, foram
administradas aos pacientes, pela manhã, doses que variaram de 20 a 80 mg/dia. Estudos
recentes sugerem que 20 mg/dia podem ser suficientes para se obter uma resposta
antidepressiva satisfatória. Consequentemente, uma dose de 20 mg/dia administrada pela
manhã, é recomendada como dose inicial. Um aumento de dose pode ser considerado
após diversas semanas, se nenhuma melhora for observada. Doses acima de 20 mg/dia
podem ser administradas em tomada única diária (pela manhã) ou divididas em duas
tomadas (isto é, pela manhã e ao meio-dia) e não devem exceder a dose máxima de 80
mg/dia. Como outros antidepressivos, o efeito máximo pode demorar até quatro semanas
ou mais de tratamento para aparecer. Como muitos outros medicamentos, uma dose
menor ou menos frequente deve ser usada em pacientes com insuficiência renal e/ou
hepática. Uma dose menor ou menos frequente deve também ser considerada em
pacientes idosos, naqueles com doença concomitante ou que estejam usando medicação
múltipla.
Manutenção, continuação e extensão do tratamento
Não há dados disponíveis que permitam precisar quanto tempo o paciente deve
permanecer em tratamento com a fluoxetina. É geralmente consenso entre os
psicofarmacologistas que episódios agudos de depressão requerem vários meses de
terapia farmacológica contínua. É desconhecido se a dose de antidepressivo necessária
para induzir a remissão é idêntica à dose necessária para manter e/ou sustentar a eutimia.
Bulimia nervosa
Nos estudos clínicos controlados, usados para suportar a eficácia do cloridrato de
fluoxetina no tratamento da bulimia nervosa, foram administradas aos pacientes doses
fixas diárias de 20 ou 60 mg de cloridrato de fluoxetina ou placebo. Os pacientes que
receberam doses de 60 mg de cloridrato de fluoxetina mostraram diminuições
significativamente maiores dos episódios bulímicos (comer excessivo e vomitar) em
comparação com os pacientes que receberam doses de 20 mg ou placebo.
Consequentemente, a dose de 60mg/dia é a recomendada.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
Tratamento inicial
Recomenda-se uma dose inicial de 20 mg/dia, pela manhã. Um aumento de dose pode ser
considerado após diversas semanas caso a resposta clínica não seja satisfatória. O efeito
máximo pode demorar até cinco semanas ou mais de tratamento para aparecer. Doses
acima de 20 mg/dia podem ser administradas em tomada única diária (pela manhã) ou
divididas em duas tomadas (isto é, pela manhã e ao meio-dia). Recomenda-se uma faixa
de dose entre 20 a 60 mg/dia; contudo doses de até 80 mg/dia tem sido bem toleradas em
estudos abertos de TOC. A dose máxima de 80 mg/ dia não deve ser ultrapassada. Da
mesma forma que na depressão, uma dose menor ou menos frequente deve ser usada em
pacientes com insuficiência hepática. Uma dose menor ou menos frequente deve também
ser considerada em pacientes idosos, naqueles com doença concomitante ou que estejam
usando medicação múltipla.
Manutenção, continuação e extensão do tratamento
Não há dados disponíveis que permitam precisar quanto tempo o paciente deve
permanecer em tratamento com a fluoxetina; contudo, o transtorno obsessivo-compulsivo
é uma condição crônica, sendo razoável considerar a continuação do tratamento em
pacientes que estejam respondendo. Embora a eficácia da fluoxetina após 13 semanas não
tenha sido documentada em estudos controlados, pacientes que continuaram o tratamento
sob condições duplo-cegas por um período adicional de até 6 meses não apresentaram
perda de resposta. Todavia, ajustes de dose devem ser realizados para manter o paciente
na mais baixa posologia eficaz, com reavaliações sendo feitas periodicamente para
determinar a necessidade do tratamento.
Transtorno disfórico pré-menstrual
A dose recomendada é de 20mg/dia.
Para qualquer indicação a dose diária de fluoxetina não deve ultrapassar 80 mg.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.
9. REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas relatadas com mais frequência em pacientes tratados com fluoxetina
foram cefaleia, náusea, insônia, fadiga e diarreia. Efeitos indesejáveis podem diminuir
em sua intensidade e frequência com o tratamento continuado e normalmente não levam
à interrupção da terapia.
Aa seguir são informadas as reações adversas observadas com o tratamento com
fluoxetina em populações adulta e pediátrica. Algumas dessas reações adversas são
comuns com outros ISRSs.
As frequências das reações adversas foram calculadas a partir de estudos clínicos em
adultos (n=9.297) e de relatos espontâneos.
Muito comuns (≥1/10), comuns (≥1/100 a <1/10), incomuns (≥1/1.000 a <1/100), raras
(≥1/10.000 a <1/1.000).
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Raros: trombocitopenia, neutropenia, leucopenia.
Distúrbios do sistema imunológico
Raros: reação anafilática, doença do soro.
Distúrbios endócrinos
Raros: secreção hormonal antidiurética inadequada.
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Comuns: diminuição do apetite¹
Raros: hiponatremia¹
Distúrbios psiquiátricos
Muito comuns: insônia²
Comuns: ansiedade, nervosismo, inquietação, tensão, redução da libido³, distúrbio do
sono, sonhos anormais4,
Incomuns: despersonalização, humor elevado, humor eufórico, pensamento anormal,
orgasmo anormal5 , bruxismo, pensamentos e comportamento suicida6
Raros: hipomania, mania, alucinações, agitação, ataques de pânico, confusão, disfemia,
agressividade.
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comuns: cefaleia.
Comuns: distúrbio de atenção, vertigem, disgeusia, letargia, sonolência7, tremor.
Incomuns: hiperatividade psicomotora, discinesia, ataxia, distúrbio de equilíbrio,
mioclonia, comprometimento da memória.
Raros: convulsão, acatisia, síndrome bucoglossal, síndrome serotoninérgica.
Distúrbios oculares
Comuns: visão turva.
Incomuns: midriase.
Distúrbios do ouvido e labirinto
Incomuns: zumbido.
Distúrbios cardíacos
Comuns: palpitações. QT prolongado no eletrocardiograma (QTcF ≥450 mseg)8.
Raros: arritmia ventricular incluindo torsades de pointes.
Distúrbios vasculares
Comuns: rubor9
Incomuns: hipotensão
Raros: vasculite, vasodilatação.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Comuns: bocejos.
Incomuns: dispneia, epistaxe.
Raros: faringite, eventos pulmonares (processos inflamatórios de histopatologia variante
e/ou fibrose)10.
Distúrbios gastrointestinais
Muito comuns: diarreia, náusea.
Comuns: vômito, dispepsia, boca seca.
Incomuns: disfagia, hemorragia gastrointestinal11.
Raros: dor esofágica.
Distúrbios hepatobiliares
Raros: hepatite idiossincrática.
Distúrbios cutâneos e do tecido subcutâneo
Comuns: erupção cutânea12, urticária, prurido, hiperidrose.
Incomuns: alopecia, tendência aumentada para hematoma, suor frio.
Raros: angioedema, equimose, reação de fotossensibilidade, púrpura, eritema multiforme,
Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise Epidérmica Tóxica (Síndrome de Lyell).
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Comuns: artralgia.
Incomuns: contração muscular.
Raros: mialgia.
Distúrbios renais e urinários
Comuns: micção frequente13.
Incomuns: disúria.
Raros: retenção urinária, distúrbio da micção.
Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas
Comuns: sangramento ginecológico14, disfunção erétil, distúrbio de ejaculação15.
Incomuns: disfunção sexual.
Raros: galactorreia, hiperprolactinemia, priapismo.
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Muito comuns: fadiga16.
Comuns: nervosismo, calafrios.
Incomuns: mal-estar, sensação de anormalidade, sensação de frio, sensação de calor.
Raros:hemorragia das mucosas.
Investigações
Comuns: redução do peso.
Incomuns: transaminases aumentadas, gama-glutamiltransferase aumentada.
¹ Inclui anorexia
² Inclui despertar precoce pela manhã, insônia inicial, insônia média
³ Inclui perda de libido
4
Inclui pesadelos
5
Inclui anorgasmia
6
Inclui suicídio concluído, depressão suicida, autoferimento, ideação de autoferimento,
comportamento suicida, ideação suicida, tentativa de suicídio, pensamentos mórbidos,
comportamento de autoferimento. Esses sintomas podem ser devido à doença subjacente.
7
Inclui hipersônia, sedação
8
Com base nas medições do ECG a partir de estudos clínicos.
9
Inclui fogachos.
10
Inclui atelectase, doença pulmonar intersticial, pneumonite.
11
Inclui mais frequentemente sangramento gengival, hematêmese, hematoquezia,
hemorragia retal, diarreia hemorrágica, melena e hemorragia de úlcera gástrica.
12
Inclui eritema, erupção cutânea esfoliativa, erupção cutânea quente, erupção cutânea,
erupção cutânea eritematosa, erupção cutânea folicular, erupção cutânea generalizada,
erupção cutânea macular, erupção cutânea macular-papular, erupção cutânea
morbiliforme, erupção cutânea papular, erupção cutânea prurítica, erupção cutânea
vesicular, erupção cutânea eritematosa umbilical.
13
Inclui polaquiúria.
14
Inclui hemorragia no cérvix, disfunção uterina, sangramento uterino, hemorragia
genital, menometrorragia, menorragia, metrorragia, polimenorreia, hemorragia pósmenopausa, hemorragia uterina, hemorragia vaginal.
15
Inclui falha de ejaculação, disfunção de ejaculação, ejaculação prematura, ejaculação
tardia, ejaculação retrógrada.
16
Inclui astenia.
Descrição das reações adversas selecionadas
Suicídio/pensamentos suicidas ou agravamento clínico
Casos de ideação suicida e comportamento suicida foram relatados durante a terapia com
fluoxetina ou logo após a descontinuação do tratamento.
Fraturas ósseas
Estudos epidemiológicos, efetuados principalmente em pacientes com idade igual ou
acima de 50 anos, mostraram um risco aumentado de fraturas ósseas em pacientes fazendo
uso de ISRSs e antidepressivos tricíclicos. Não se conhece o mecanismo que conduz a
este risco.
Sintomas de retirada observados na descontinuação dos tratamentos com
fluoxetina.
A interrupção da fluoxetina leva frequentemente a sintomas de retirada. Tonturas,
perturbações sensoriais (incluindo parestesia), perturbações do sono (incluindo insônia e
sonhos intensos), astenia, agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vômitos, tremores e
cefaleias são as reações mais frequentemente reportadas. Geralmente, estes eventos são
leves a moderados e autolimitados; no entanto, em alguns pacientes doentes podem ser
graves e/ou prolongados. Por isso, é aconselhável que, quando o tratamento com
fluoxetina deixar de ser necessário, seja efetuada uma interrupção com diminuição
gradual da dose
População pediátrica
As reações adversas que foram observadas especificamente ou com uma frequência
diferente nesta população são descritas a seguir. As frequências para esses eventos são
baseadas em exposições pediátricas em estudos clínicos (n=610).
Em estudos clínicos pediátricos, comportamentos relacionados ao suicídio (tentativa de
suicídio e pensamentos suicidas) e hostilidade (os eventos relatados eram raiva,
irritabilidade, agressão, agitação, síndrome de ativação), reações maníacas, incluindo
mania e hipomania (sem episódios anteriores relatados nesses pacientes) e epistaxe, foram
relatados com frequência e foram observados mais frequentemente entre crianças e
adolescentes tratados com antidepressivos em comparação àqueles tratados com placebo.
Durante a utilização clínica também foram notificados casos isolados de atraso no
crescimento
Em estudos clínicos pediátricos, o tratamento com fluoxetina também foi associado a uma
redução nos níveis de fosfatase alcalina.
Casos isolados de eventos adversos potencialmente indicando maturação sexual ou
disfunção sexual foram relatados a partir do uso clínico pediátrico
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSE
Sintomas
Os casos de superdose com fluoxetina isolada geralmente têm evolução favorável. Os
sintomas de superdose incluem náusea, vômito, convulsões, disfunção cardiovascular
variando desde arritmias assintomáticas (incluindo ritmo nodal e arritmias ventriculares)
ou indicativo de alterações no ECG do prolongamento do QTc até parada cardíaca
(incluindo muitos casos raros de Torsade de Pointes), disfunção pulmonar e sinais de
alteração do sistema nervoso central (variando de excitação ao coma). Os relatos de morte
por superdose com fluoxetina isolada têm sido extremamente raros.
Tratamento
O monitoramento cardíaco e dos sinais vitais é recomendado, junto com medidas
sintomáticas gerais e de suporte. Nenhum antídoto específico é conhecido.
É improvável que diurese forçada, diálise, hemoperfusão e transfusão de sangue sejam
benéficas. Carvão ativado, que pode ser usado com sorbitol, pode ser tão ou mais eficaz
do que êmese ou lavagem. Ao tratar a superdosagem, considere a possibilidade de
envolvimento de vários medicamentos. Um tempo estendido para observação médica
rigorosa pode ser necessário em pacientes que receberam quantidades excessivas de um
antidepressivo tricíclico se também estiverem tomando, ou tomaram recentemente, a
fluoxetina.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.
DIZERES LEGAIS
M.S. 1.0089.0249
Farmacêutico Responsável: Alexandre Canellas de Souza CRF-RJ nº 23277
MERCK S.A.
CNPJ 33.069.212/0001-84
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro - RJ - CEP 22710-571 - Indústria Brasileira
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO
DA RECEITA.
Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 27/01/2017.
PSIQUIAL® - Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica
Data do
expediente
Nº do
expediente
Assunto
1387133/16-1
10450 - SIMILAR Notificação de
Alteração de Texto
de Bula - RDC
60/12
10457 - SIMILAR Inclusão Inicial de
Texto de Bula RDC 60/12
10756 - SIMILAR Notificação de
alteração de texto
de bula para
adequação a
intercambialidade
27/01/2017
21/03/2016
06/05/2015
0397666/15-1
Dados da petição/notificação que altera bula
Data do
expediente
Nº do
expediente
Assunto
1387133/16-1
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Alteração de Texto
de Bula - RDC
60/12
10457 - SIMILAR Inclusão Inicial de
Texto de Bula RDC 60/12
10756 - SIMILAR Notificação de
alteração de texto
de bula para
adequação a
intercambialidade
27/01/2017
21/03/2016
06/05/2015
0397666/15-1
Dados das alterações de bula
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
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