Peso molecular: 303,8 Fórmula molecular: C17 H13 ClN4 CAS: 28981-97-7 DCB: 00597 Ação Terapêutica: ansiolítico. 1. Introdução: os benzodiazepínicos promovem a ligação do ácido (aaminobutírico (GABA), principal neurotransmissor inibidor, a receptores na membrana dos neurônios. Com isso permitem um aumento de correntes iônicas através dos canais de cloreto, inibindo a atividade neuronal. Os benzodiazepínicos tem um efeito sedativo-hipnótico dependo da dose utilizada. Como o aumento progressivo da dose os efeitos são: sono, inconsciência, anestesia cirúrgica, coma e por fim a depressão fatal da regulação respiratória e cardiovascular. O coma só ocorre em doses muito elevadas, e a ocorrência de depressão respiratória fatal é muito difícil. Ainda em doses terapêuticas os benzodiazepínicos têm a capacidade de dilatar os vasos coronarianos, já em doses altas pode também bloquear a transmissão neuromuscular. A melhor indicação para os benzodiazepínicos é nos casos onde a ansiedade não faz parte da personalidade do paciente ou ainda, para os casos onde a ansiedade não seja secundária a outro distúrbio psíquico. Resumindo, serão bem indicados quando a ansiedade estiver muito bem delimitada no tempo e com uma causa bem definida. Naturalmente podemos nos valer dos benzodiazepínicos como coadjuvantes do tratamento psiquiátrico, quando a causa básica da ansiedade ainda não estiver sendo prontamente resolvida. No caso, por exemplo, de um paciente deprimido e, conseqüentemente ansioso, os benzodiazepínicos podem ser úteis enquanto o tratamento antidepressivo não estiver exercendo o efeito desejável. Trata-se, neste caso, de uma associação medicamentosa provisória e benéfica ao paciente. Entretanto, com a progressiva melhora do quadro depressivo não haverá mais embasamento para a continuidade dos benzodiazepínicos. 2. Características: o alprazolam, tal quais outros benzodiazepínicos, é um potencializador das ações do ácido gama-aminobutírico (GABA). A absorção oral é quase completa, o pico plasmático foi observado entre a primeira e a segunda hora. Tem efeito ansiolítico e pouco sedativo. 3. Indicações: ansiedade moderada a grave, ansiedade associada com depressão, insônia. Também é indicado no tratamento dos estados de ansiedade associados com outras manifestações como a abstinência do álcool. Nos casos de Síndrome do Pânico. -1- IT_Alprazolam_16/12/09 4. Posologia: a dose habitual é de 0,5 mg 2x/dia e/ou 1-2 mg/noite. 5. Precauções: não é recomendado para ser administrado a pacientes cujo principal diagnóstico seja a psicose. Indivíduos com tendência para o abuso de drogas, tais como alcoólatras e toxicômanos, devem ser cuidadosamente observados enquanto receberem benzodiazepinas, por causa de sua predisposição para o hábito e dependência. A dosagem de alprazolam deve ser gradualmente reduzida, visto que a suspensão abrupta de qualquer agente ansiolítico pode resultar em sintomas similares aos mesmos sintomas que são objetos do tratamento. Em vários estudos foi sugerido um risco de malformações congênitas associadas com tranqüilizantes menores (clorodiazepóxido, diazepam e meprobamato) durante o primeiro trimestre de gravidez. Em vista de o uso destas drogas se constituir raramente em um caso de urgência, a administração de alprazolam durante a gravidez deve sempre ser evitada. Deve-se considerar a possibilidade de a paciente potencialmente fértil estar grávida na época da instituição da terapia. 6. Reações adversas: graus variados de tontura, tempo de reação aumentado, falta de coordenação motora, comprometimento das funções mental e motora, confusão, amnésia anterógrada, e alterações nos padrões de sono. Fraqueza, cefaléia, turvação visual, vertigem, náuseas e vômitos, desconforto epigástrico e diarréia, dores articulares, torácica e incontinência urinária. Como exemplo de outras benzodiazepinas, reações paradoxais como estimulação, agitação, dificuldades de concentração, alucinações ou outros efeitos adversos de comportamento podem se apresentar em raras ocasiões e ao acaso. Pode ainda ocorrer prurido, alterações de libido e irregularidades menstruais. 7. Tolerância e Dependência: ocorre de modo diferente para os vários efeitos. A ação ansiolítica parece não sofrer tolerância, mas isto ocorre rapidamente para as ações sedativas ou hipnóticas. Essa tolerância parece ser tanto funcional como metabólica. O desenvolvimento da dependência ocorre devido ao uso crônico de benzodiazepínicos e sua magnitude é dependente da dose utilizada. A síndrome de abstinência caracteriza-se por: insônia, ansiedade e alucinações. 8. Superdosagem: manifestações decorrentes de superdosagem de alprazolam incluem extensões de sua atividade farmacológica, isto é, ataxia e sonolência. Indica-se a indução do vômito e/ou lavagem gástrica. Como em todos os casos de superdosagem, a respiração, as pressões sangüíneas e do pulso devem ser monitorizadas e apoiadas por medidas gerais, quando necessário. Pode-se administrar fluidos intravenosos mantendo-se ventilação adequada para as vias respiratórias. Experimentos efetuados em animais indicaram que pode ocorrer colapso cardiopulmonar após grandes doses intravenosas de alprazolam (cerca -2- IT_Alprazolam_16/12/09 de 195 mg/Kg; mais que 2000 vezes a dose máxima diária para seres humanos). Os animais puderam ser reanimados com ventilação mecânica positiva e infusão endovenosa de levarterenol. Outros estudos efetuados em animais sugeriram que a diurese forçada ou hemodiálise se mostraram provavelmente de pouco valor no tratamento da superdosagem. A exemplo da superdosagem com qualquer outra droga, deve-se ter em mente que múltiplos agentes podem ter sido ingeridos. 9. Interações Medicamentosas: seu efeito é potencializado quando usado com outros depressores do SNC e álcool. 10. Referências Bibliográficas: KOROLKOVAS, ANDREJUS. - Dicionário Terapêutico Guanabara, Edição 2007/2008, Guanabara Koogan. P.R. Vade-mécum: Vade-mécum de substâncias de uso terapêutico. 13ª edição. MARTINDALE, The Extra Pharmacopeia. Londres, 2002, 33th. BATISTUZZO, J.A.O.; ITAYA, M.; ETO, Yukiko. Formulário Médico Farmacêutico, 2ª edição, São Paulo, Tecnopress, 2002. -3- IT_Alprazolam_16/12/09