PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: debatendo as perspectivas epistemológicas. Silvio Sánchez Gamboa (Unicamp)1 Resumo O título suscita a relação entre pelo menos três campos aparentemente distantes entre si: a produção do conhecimento científico, a formação profissional na educação e a epistemologia. Certamente o desafio se encontra na busca de uma possível unidade que permita compreender as inter-relações entre esses campos. Proponho, dentre as diversas alternativas localizar um dos campos, como espaço de articulação dos outros dois. Este campo pode ser o da epistemologia como um lugar desde o qual podemos visualizar, indagar e relacionar, tanto a produção do conhecimento, como o da formação profissional dos educadores. Tal opção nos exige a delimitação dessa perspectiva ou lugar desde o qual podemos abordar essas problemáticas determinadas por múltiplas relações. Na procura dessas articulações a partir de uma concepção de unidade e de totalidade, apresentaremos em primeiro lugar, o campo comum de congruências, isto é, o campo da epistemologia. Em segundo lugar, nesse campo focalizaremos uma categoria que permita centralizar os eixos essenciais das relações entre produção científica e formação profissional: a concepção de conhecimento. Essa concepção, além de possibilitar a unidade, também permite revelar as contradições, encontradas tanto na produção como na formação e na prática profissional. Finalmente, na terceira parte da exposição, teceremos desdobramentos relativos à superação dessas contradições nesses dois campos no contexto da práxis acadêmicocientífica da Educação Física. 1. Epistemologia vem da composição grega episteme (conhecimento) e logos, (razão, explicação) significa o estudo da natureza do conhecimento, a sua justificação e seus limites (AUDI, 2004). Essas três dimensões são representadas pelas controvérsias filosóficas acerca da possibilidade, das fontes, da essência e dos critérios de validade do conhecimento. Desde a sua origem grega a Episteme se refere a uma maneira específica de produzir respostas para as questões e as perguntas surgidas das necessidades e dos problemas concretos do desenvolvimento da sociedade e de cada momento histórico. A sua especificidade, que a diferencia de outras formas de obtenção de respostas, consiste na exigência de explicitar e justificar os caminhos e as formas da elaboração de seus resultados (imperativo do método). A episteme se diferencia dos saberes 1 Professor da Faculdade de Educação, Doutor em Filosofia e História da Educação, Livre Docente e Titular em Filosofia da Educação da Universidade Estadual de Campinas/Unicamp. fundados nas tradições e no senso comum (Doxa ou saber opinativo) e da razão mítica e das religiões (Mitus), precisamente por revelar as condições, as formas e os processos (métodos) de elaborar as perguntas e as repostas. Os saberes oriundos da doxa e do mitus apresentam respostas sem o imperativo de demonstrar essas condições e os caminhos da sua construção. Na literatura filosófica moderna o termo “epistemologia” tem diversos significados, tais como Teoria da Ciência, Filosofia da Ciência, meta-ciência, denotando um campo específico da Teoria do Conhecimento (Gnoseologia). Entre o Conhecimento Científico (Epistemologia) e Teoria do Conhecimento (Gnoseologia) existe uma tensão crítica entre um campo geral (Teoria do Conhecimento) atrelado à Filosofia e o específico (Conhecimento científico) relacionado com a ciência. Precisamente a epistemologia contemporânea se desenvolve na congruência crítica entre filosofia e ciência. Na tensão entre esses dois campos se desenvolve a epistemologia, reconhecida, também como meta-ciência. A meta-ciência é um estudo que vem depois da ciência (segundo nível) e que tem por objeto a própria ciência e a maneira como ela estuda os seus objetos (primeiro nível), interrogando-a sobre seus princípios, seus fundamentos, seus métodos, suas condições de validade e seus resultados. Nessa perspectiva vários cientistas e filósofos, dentre eles BACHELARD (1983), PIAGET (1967) e HABERMAS (1982) propõem uma recuperação do sentido e do conteúdo da “Epistemologia”, como um campo de tensão entre a ciência e a filosofia. BACHELARD (1983) propõe o caminho da reflexão sobre as Filosofias implícitas nas práticas explícitas dos cientistas. Isto é, “dar às ciências a Filosofia que elas merecem” e coloca como função essencial da Filosofia, a construção de uma epistemologia aberta que vise à produção dos conhecimentos científicos sob todos os seus aspectos, lógico, ideológico e histórico. Para PIAGET (1967), os termos Epistemologia e Teoria do Conhecimento são sinônimos. Piaget define a Epistemologia como o estudo da constituição dos conhecimentos válidos (PIAGET, l973). HABERMAS (1982) nas suas pesquisas sobre a reconstrução da gênese dos diversos tipos de conhecimento detecta os rastros perdidos de uma reflexão sobre as ciências que esqueceu seu entrelaçamento com o processo histórico da sociedade. Para superar esse esquecimento, Habermas propõe reconstituir a relação entre a Filosofia e a Ciência “crítica e reflexivamente” na epistemologia dialética, entendida esta, como o estudo sistemático que encontra na Filosofia Materialista seus princípios e na produção científica seu objeto. Nesse sentido, “A Filosofia preserva-se na ciência enquanto crítica” (HABERMAS, l982. p.77). Na reflexão crítica sobre o conhecimento científico, a dialética materialista, como “Lógica e Teoria do Conhecimento” (KOPNIN, 1978), apresenta uma perspectiva de unidade na análise da ciência em seus aspectos internos (lógicos, gnosiológicos e metodológicos) e externos (histórico-sociais). Nesse sentido a dialética materialista desenvolve a idéia da unidade entre Epistemologia e a Teoria do Conhecimento nas condições materiais e históricas da produção das diversas formas do conhecimento. Em todas essas concepções a epistemologia se refere a um campo de congruência entre a filosofia e a ciência e tem como centralidade a compreensão do conhecimento. Tendo como horizonte compreensivo essa tensão entre a ciência e a filosofia, e tomando como objeto a produção científica e a prática profissional no campo da Educação Física e como referência os pressupostos filosóficos sobre o conhecimento (Gnosiologia) e os critérios de validade científica, assim como as concepções de método e teorias é possível desenvolver uma epistemologia da Educação Física2. Considerando essa mesma perspectiva é possível abordar as relações entre produção do conhecimento e a formação profissional tomando como núcleo de congruência a concepção de conhecimento3. 2. Uma vez delimitado o campo ou o lugar desde onde abordamos a relação entre a produção do conhecimento e a formação profissional, precisamos retomar os eixos de congruência entre os diversos campos envolvidos, de tal maneira que permitam a reconstituição de uma unidade na diversidade. Esse eixo unificador que permite desenvolver uma visão de totalidade é a concepção de conhecimento4. O conhecimento segundo Bachelard resulta da relação básica entre as perguntas e as respostas. “Para o espírito científico qualquer conhecimento é uma resposta a uma pergunta. Se não tem pergunta não pode ter conhecimento científico. Nada se dá tudo se constrói” (1989: 189). A relação entre perguntas e respostas pode ser entendida como uma relação dialética de unidade de contrários. Pela unidade de contrários existe um estabelecimento recíproco, os aspectos, ou as tendências não podem existir uns sem os outros. Assim, a identidade dos contrários é um 2 Cf. SANCHEZ GAMBOA, Epistemologia da Educação Física: inter-relações necessárias. Maceió: edUFAL, 2007. 3 Essa pretensão insere-se numa trajetória de estudos convalidada no seio da entidade científica que representa no Brasil a área da Educação Física, o Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte CBCE que conta dentre seus Grupos de Trabalho Temáticos – GTTs, o de Epistemologia. Nesse contexto a Epistemologia refere a: “os pressupostos teórico-filosóficos presentes nos diferentes projetos de delimitação da Educação Física como um possível campo acadêmico-científico (...) os fundamentos teóricos balizadores dos distintos discursos da Educação Física (...) como interrogação constante dos sabres constituídos”. Tomado da ementa do Grupo de Trabalho: Epistemologia do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte – CBCE (http//www.cbce.org.br/combrace/index2003). 4 Como vimos na compreensão da epistemologia, esta se refere ao estudo da natureza, justificação e limites do conhecimento. Nesse sentido tomar esta categoria como essencial permite centralizar as referências à pesquisa científica, tida como campo da produção do conhecimento e a formação profissional tida como um campo onde necessária e essencialmente se trata o conhecimento, na forma de saberes acumulados a serem transmitidos e disseminados ou como processos de produção de novas respostas para os problemas que a realidade educativa apresenta. momento da contradição, que é tão necessária, quanto a sua diferença (CHEPTULIN, 1982: 288). O processo lógico que compreende os movimentos contrários entre a gestação das perguntas e a elaboração das respostas sobre um determinado objeto ou fenômeno, produz o conhecimento sobre esse objeto. O conhecimento é o resultado da unidade dialética entre as perguntas e respostas sobre esse mesmo objeto, sob condições materiais, sociais e históricas específicas. Daí o caráter temporário e determinado desse resultado5. O conhecimento elaborado se transforma em constatações científicas, teses, teorias, ou repostas para os problemas. Estas repostas ganham forma autônoma e podem ser separadas e deslocadas no espaço e no tempo das perguntas que lhe deram origem e dos processos que permitiram a sua elaboração. Tais respostas são dissecadas, afixadas, sistematizadas, organizadas na forma de informações padronizadas e selecionadas para serem divulgadas, transmitidas e consumidas em forma de dados, informações, saberes, teorias, esquemas, fórmulas, receitas, resumos, livros, publicações, bibliotecas e redes de informação. Nessa fase, o conhecimento é separado da relação dinâmica entre pergunta - reposta transformando-se num saber (resposta já dada, já dita) pronto para ser apropriado, formatado, sistematizado, utilizado e acumulado pela humanidade. Para seu desenvolvimento posterior precisa resgatar a sua dinâmica, através da dúvida. As respostas já dadas deverão ser negadas, indagadas e confrontadas com as novas condições das necessidades e dos problemas que lhe deram origem. Nesse sentido a dúvida transforma a reposta numa nova pergunta gerando um novo processo de elaboração de novos conhecimentos. Essa nova dinâmica de elaboração de novas perguntas que exigem novas respostas constitui a lógica essencial da pesquisa. A dúvida transforma a resposta obtida (síntese), afirmada como saber constituído na sua negação, na sua forma contrária (antítese), numa nova pergunta que irá exigir a produção de novas respostas. Segundo esse entendimento da relação dialética entre perguntas e respostas, tidas como pólos opostos da mesma dinâmica, é necessário explicitar as diferenças entre conhecimento e saberes, eles se colocam de forma oposta e contraditória, no mesmo processo. Enquanto o conhecimento se refere à parte dinâmica e ao processo de qualificar perguntas e produzir as respostas novas, os saberes se referem ao produto, à resposta elaborada, fechada, sistematizada para ser distribuída, divulgada e consumida. Nesse sentido, conhecimento e saberes, embora contrários na 5 Esta temática sobre a unidade dialética entre o perguntar e o responder encontra-se mais desenvolvida em Sánchez Gamboa, 2009. funcionalidade, estão juntos na dinâmica dialética entre perguntas e respostas sobre um determinado fenômeno, ou objeto. 3. No contexto da organização escolar, os conhecimentos elaborados e acumulados pela humanidade são apropriados na forma de saberes e transformados em conteúdos didáticos e matérias curriculares. Nesse sentido, a denominação de saberes escolares e acadêmicos é a mais pertinente. A característica dos saberes é a de se apresentarem como respostas, separadas das suas perguntas originárias, como produtos separados dos processos de produção. Neste caso, os saberes são respostas ou “produtos” que não exigem sua relação imediata com as perguntas e os processos originários da sua elaboração. Entretanto, os saberes escolares e acadêmicos poderão ser homogeneizados e padronizados num universo amplo de respostas dadas, sem diferenciar a sua origem, nem os processos utilizados para a sua elaboração, poderão ser misturados e equiparados tanto os oriundos da razão mítica, da doxa como da episteme6. Daí a necessidade no desempenho profissional dos educadores de uma formação teórica sólida, com base no conhecimento científico e na pesquisa consolidada, para evitar esses riscos, do esvaziamento dos conteúdos acumulados pela humanidade, da apologia dos saberes comuns e imediatos, do empobrecimento dos processos pedagógicos quando voltados para atividades (ativismo pedagógico) sem referências nas teorias desenvolvidas ao longo da história da educação (Cf. ANPED, 2006). Da relação dialética entre saberes e conhecimentos se desdobra num outro conflito que permeia a prática profissional dos educadores. O conflito entre o predomínio da pergunta, do produto (saberes) e da pergunta e do processo (conhecimento) tem gerado diversas controvérsias na prática educativa, sintetizadas no confronto histórico entre as pedagogias da pergunta e da resposta7. A diferenciação entre as pedagogias se refere ao trato com as formas básica da produção e difusão do conhecimento acumulado pela humanidade (relação pergunta-resposta). As pedagogias da resposta se caracterizam por se centralizarem na transmissão ou imposição dos saberes na forma de conteúdos prontos, e na forma estrema, negando as possibilidades da dúvida, da indagação e do diálogo entre educando e educadores (pedagogias centradas nos professores 6 Na perspectivas das tendências neo-pragmatistas e pós-modernas esses múltiplos saberes (práticos, cotidianos, escolares, acadêmicos, curriculares, do professor, do aluno, científicos ou não) são tomados sem critérios de hierarquia, ou origem na sua transversalidade, ou sua utilidade imediata. 7 A história da educação registra diversos momentos em que esse conflito aparece. Como exemplo podemos citar as experiências de Sócrates (século V a C), Comenio (Século XVII) Freire e Saviani (Século XX) que apresentam além do conflito entre as formas do conhecimento, propostas de superação centralizadas na problematização dos saberes e a partir deles, construir novos conhecimentos. e no ensino). Já as pedagogias da pergunta, priorizam como ponto de partida, a dúvida e os questionamentos em torno de problemas, possibilitando o desenvolvimento de processos polêmicos e dialógicos, e na forma estrema, negando os saberes acumulados (pedagogias centradas no aluno e na aprendizagem). A superação desses conflitos exige uma nova práxis que, sem abandonar os saberes acumulados, resgate a importância da problematização dos saberes científicos, acadêmicos e escolares e a necessidade de inserir na prática e na formação básica dos educadores os domínios relacionados com a pesquisa e a produção do conhecimento, sem recuar e sem negar os saberes acumulados pela humanidade (Cf. SAVIANI, 1986). Para que o profissional da educação consiga essa práxis qualificada precisa de uma formação que garanta o domínio dos saberes científicos acumulados e a capacidade de produção de novos conhecimentos. Isto é, uma formação profissional centralizada nas formas diversas de tratar o conhecimento. Duas formas vêm se constituindo como prioritárias: o ensino e a pesquisa. As duas formas fazem relação com o trato com o conhecimento. No ensino o conhecimento já elaborado e transformado em saberes científicos e acadêmicos poderá ser transmitido, socializado ou disseminado; na pesquisa esses saberes serão problematizados perante os problemas que a realidade apresenta. Na perspectiva da formação profissional do educador ele precisa do domínio qualificado dessas duas formas de tratar o conhecimento. A formação profissional dos educadores centralizada no trato do conhecimento torna-se necessariamente mais complexa, já que precisa de respostas válidas para os problemas e necessidades da sua prática social e para a realização de seus compromissos históricos no sentido de potencializar a sociedade do futuro. Novas capacidades e potencialidades precisam ser desenvolvidas para articular o domínio dos saberes sistematizados e o potencial criativo da pesquisa científica e dos instrumentais técnicos e teóricos necessários para a produção de novas respostas para as necessidades históricas da sociedade na fase atual de profundos processos de transformação. Essa formação profissional exige a articulação da formação teórica sólida, com base no conhecimento científico e a formação básica para a pesquisa e a produção do conhecimento em educação (Cf. SÁNCHEZ GAMBOA, 2009: 18). 4. Conclusões. As relações entre a produção do conhecimento e a formação profissional, aparentemente distante entre si, ganham unidade quando abordadas no campo comum da epistemologia, dedicada ao estudo da natureza, das justificativas e dos limites do conhecimento. A concepção do conhecimento permite articular, numa perspectiva de unidade e de totalidade, os elementos essenciais tanto da produção da pesquisa como da formação profissional, assim como possibilita a explicitação das contradições implícitas nessa unidade dialética. O conhecimento, entendido como o processo de produzir respostas para perguntas surgidas nas condições concretas das necessidades e dos problemas (histórico-sociais) que a realidade apresenta, revela contradições relativas ao trato ou a primazia das perguntas (processo da pesquisa) ou das respostas (saberes e produtos). No contexto da organização escolar, a prática profissional dos educadores se depara com conflitos no trato do conhecimento, priorizando a transmissão de saberes (pedagogias da resposta) ou problematizando os saberes acumulados e criando condições para a produção de novos conhecimentos (pedagogias da pergunta). A superação dos conflitos relacionados com o conhecimento seja na forma de saberes já dados, respostas prontas a serem disseminadas, socializadas ou consumidas ou, como novas respostas para os problemas concretos permeiam a formação profissional que se utiliza de processos de ensino onde seu eixo prioriza a transmissão de saberes científico-acadêmicos acumulados nos campos profissionais, mas que também deve desenvolver condições para a produção de novos conhecimentos como respostas concretas para os problemas que a prática profissional demanda. Dessa forma a formação do profissional da educação deverá articular os saberes científicos mais significativos (saberes clássicos) que oferecem respostas para as necessidades da prática profissional no campo do domínio de respostas acumuladas para e da pesquisa. Na perspectiva política, os responsáveis pelo desenvolvimento da Educação Física como campo científico e profissional devem lutar pelas melhores condições de formação profissional, buscando uma maior qualificação dos educadores contra tendências e diretrizes que reduzem a prática profissional ao desempenho de tarefas técnicas e ao domínio de saberes práticos mínimos,, sem a apropriação fecunda dos saberes científicos acumulados e sem a capacitação criativa no domínio da pesquisa científica que leve à produção de novas respostas para as necessidades históricas da sociedade na fase atual de profundas transformações. Dessa forma a prática profissional se transformará numa prática política transformadora. Referências ANPED et al. Pronunciamento conjunto das entidades da área da educação em relação às diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em pedagogia. Educação e Sociedade. Campinas, vol. 27, n. 97, p. 13611363, set./dez. 2006. AUDI, R. Dicionário AKAL de Filosofia. Madrid: AKAI, 2004. BACHELARD, G. Epistemologia, trechos escolhidos. De Dominique Lecourt, Zahar Editores, 1983. BACHELARD, G. Epistemologia. Barcelona: Anagrama, 1989. CHEPTULIN, A. Dialética materialista. São Paulo: Alfa-Omega, 1982. COMENIO, J. A. Didáctica Magna. Lisboa: Fundação Calauste Gulbenkian, 1985. FREIRE, P.; FAUNDEZ, A. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. HABERMAS, J. Conhecimento e Interesse. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. KOPNIN, P. V. A dialética como lógica e teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. PIAGET, J. Logique et Connaissance Scientifique. Nature e Methodes de l'Epistemologie. Paris: Gallimard, 1967. PIAGET, J. Psicología y Epistemología, Barcelona: Ariel, 1973. SÁNCHEZ GAMBOA, S. Saberes, conhecimentos e as pedagogias das perguntas e das respostas: atualidade de antigos conflitos. Práxis Educativa, Ponta Grossa, 4, jul. 2009. Disponível em: http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/466/4 67. Acesso em: 01 Jun. 2010. SÁNCHEZ GAMBOA, S. Epistemologia da Educação Física: as interrelações necessárias. Maceió: edUfal, 2007. SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Autores Associados, 1986.