AVALIAÇÃO DE ANFETAMINA DE CÁPSULAS MANIPULADA EM UMA FARMÁCIA DE SANTA MARIA-RS RODRIGO BENEDETTI GASSEN ([email protected]) / Unifra, Santa Maria - RS CAMILA CORADINI CERA ([email protected]) / Unifra, Santa Maria - RS SUZELY PACHECO MOMBELLI ([email protected]) / Unifra, Santa Maria - RS LEONARDO JOSÉ VENES KAUS ([email protected]) / Unifra, Santa Maria - RS GERACI OLIVEIRA DOS SANTOS ([email protected]) / Unifra, Santa Maria - RS FRANCIELLE LIZ MONTEIRO ([email protected]) / Unifra, Santa Maria - RS JAQUELINE APARECIDA FORTES ALVES ([email protected]) / Unifra, Santa Maria - RS ELIZA BETI DE CASSIA STEFANON ([email protected]) / Unifra, Santa Maria - RS Palavras-Chave: ANFETAMINA; CÁPSULAS MANIPULADA; EMAGRECIMENTO INTRODUCÃO As anfetaminas quimicamente apresentam um esqueleto básico de Beta-fenetilamina e farmacologicamente atuam como aminas simpaticomiméticas. No começo de seu uso, foi utilizado largamente para o tratamento da obesidade, narcolepsia, hipotensão e hiperatividade em crianças. Seu uso repetitivo pode causar dependência. As reações adversas excluem: dor de cabeça, taquicardia, ansiedade, constipação, nervosismo, elevação da pressão arterial, psicose, insônia, dispnéia, dependência, entre outros (MOREAU, 2008). A retirada desse medicamento deve ser acompanhada pelo médico ou farmacêutico, pois a interrupção brusca do tratamento pode causar fadiga extrema e depressão mental. É contra indicado na gravidez, arterioesclerose avançada, hipertensão severa, galucoma e alcoolismo (FERNANDES, 2009). Um dos problemas de saúde que se pode identificar relacionados a medicamentos é a obesidade, que tem se tornado um grande problema de saúde em nosso país. Muitos relatos de uso incorreto de anfetaminas para emagrecer têm preocupado os órgãos de saúde. Tem-se encontrado formulações “ditas” fitoterápicas e inócuas para a saúde contendo anfetaminas na sua formulação, porém sabe-se que estes medicamentos apresentam um alto potencial de abuso, e conseqüentemente propiciam farmacodependência (OGA, 1997). Devido ao uso incorreto destes fármacos e ao abuso em formulações manipuladas, ditas para emagrecer objetivou-se analisar uma formulação de medicamento manipulado que não constava no rótulo a presença de anfetaminas. METODOLOGIA Seguiu-se a metodologia pelo método de STAS-OTTO (AUTERHOFF, 2010) que consiste na extração com solvente diclorometano:isopropanol na proporção de 1:2, agitou-se durante 3 minutos em funil de separação e após deixou-se repousar e recolheu-se a porção com o solvente extrator. Filtrou-se com sulfato de sódio anidro e concentrou-se o extrato em chapa de aquecimento. A identificação ocorreu através de cromatografia por camada delgada, sendo a adsorvente sílica gel 60 F254, marca Merck. O sistema eluente utilizado foi clorofórmio metanol na proporção de 9:1.5. Utilizou-se dragendorf iodado como revelador. O padrão utilizado dói o Cloridrato de anfepramona da marca, da industria farmacêutica EMS. RESULTADOS Na amostra analisada verificou-se a presença de anfepramona, mostrando que a farmácia responsável pela manipulação não havia informado no rótulo do medicamento vendido a descrição da presença de anfetamina. Sabe-se, que os anorexígenos podem apresentar vários efeitos adversos por serem estimulantes do sistema nervoso central, podem causar aumento da pressão arterial, palpitações, distúrbios do sono, dependência química entre outros. REFERÊNCIAS: AUTERHOFF, KOVAR; IDENTIFICAÇAO DE FARMACOS; São Paulo; Pharmabooks; 2010. FERNANDES, A.A.; RODRIGUES, C.A.; ROBERTO, E.C.; FURIAN, E.B; Terapia farmacológica da obesidade: Uma analise critica e reflexiva das prescrições de catecolaminérgicos por uma farmácia de manipulação do município de Vila Velha, Espírito Santo; Rev. Eletrônica de Farmácia; vol.6; p. 10-61.; 2009. OGA, S.; ZANINI, A.; ; Fundamentos de Toxicologia; São Paulo; Editora Atheneu.; 1997. MOREAU, REGINA LUCIA DE M.; CIÊNCIAS FARMACEUTICAS TOXICOLOGIA ANALÍTICA; Rio de Janeiro; Guanabara Koogan (Grupo GEN); 2008.