FILOSOFIA E LITERATURA: DIFICULDADES COMUNS Glenice Dressler Boelter1 Resumo A filosofia como “disciplina de investigação de conceitos através dos quais compreendemos o mundo” (BLACKBURN, 1997, p.149) era, até o ano de 2006, praticamente desconhecida do público estudantil, pois foi tomada muitas vezes como auto-ajuda ou como história (numa linha do tempo) ou como interpretação de textos. Já a literatura, vista como “atribuição de sentidos” (ORLANDI, 1993, p. 07), sempre se fez presente nos currículos com sua importância intrinsecamente ligada à tradição escolar. Ambas disciplinas abaladas nos seus propósitos formadores – essa é a base da presente comunicação. Partindo do princípio da forte conexão filosofia-literatura, e a primeira a recém reincorporada à obrigatoriedade do ensino médio, como pode interferir na segunda? O tempo, exíguo para tanta informação, lazer, consumo e sexo, parece não ser suficiente para que ambas se apresentem na profundidade necessária ou que atinjam objetivos da lei maior da educação no Brasil. O trajeto recéminaugurado da obrigação filosófica, unido ao caminho já trilhado pela literatura, são pontos chaves para se debater sobre os rumos a serem traçados pela educação formal, que sofre a influência direta das exigências da contemporaneidade. Palavras-Chave: Filosofia, Literatura, Alunos 1 Professora de Filosofia graduada pela UFSM. Acadêmica de Especialização em Literatura Brasileira pela UNIFRA.