Trabalho Submetido para Avaliação - 08/05/2012 00:14:49 LÓGICA FORMAL: POSSIBILIDADES DE UM TRABALHO INTERDISCIPLINAR ENTRE FILOSOFIA E MATEMÁTICA EM SALA DE AULA. TAIGOR QUARTIERI MONTEIRO ([email protected]) / Matemática/Unifra, Santa Maria - RS IURI COELHO OLIVEIRA ([email protected]) / Filosofia/Unifra, Santa Maria - RS KARLA JAQUELINE SOUZA TATSCH ([email protected]) / Matemática/Unifra, Santa Maria - RS LOZICLER MARIA MORO DOS SANTOS ([email protected]) / Matemática/Unifra, Santa Maria - RS ORIENTADOR: MÁRCIO PAULO CENCI ([email protected]) / Filosofia/Unifra, Santa Maria - RS Palavras-Chave: Formação de professores; Interdisciplinaridade; Ensino de Filosofia e de Matemática. O presente resumo apresenta uma breve fundamentação e traça as linhas gerais de ação para o estabelecimento de uma prática interdisciplinar envolvendo duas áreas vinculadas ao Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), subprojetos de Matemática e Filosofia, do Centro Universitário Franciscano – Unifra. Justifica-se esse trabalho na necessidade de abordar de forma interdisciplinar conteúdos filosóficos e matemáticos, embasando uma formação inicial dos professores no sentido de construção de suas identidades profissionais a partir de perspectivas teórico-práticas de ensino e de pesquisa sobre a ação docente. Segundo Pimenta in Fazenda (1998), se espera que um curso de licenciatura forme para ser professor, numa perspectiva de que a natureza dessa profissão fundamenta-se na contribuição para os processos de humanização da sociedade. Nesse sentido, esse trabalho propõe o desenvolvimento, nos futuros professores, da capacidade de investigar sua própria prática, para que, com base nela, possa “constituir e transformar seus saberes-fazeres docentes, num processo contínuo de construção de suas identidades como professores” (p. 164). Para Tardif (2007), “os saberes experienciais surgem como núcleo vital do saber docente” (p. 54), destacando que os saberes da experiência são formados por todos os outros saberes retraduzidos, e que as experiências da prática docente podem legitimar a reivindicação de um controle socialmente legítimo. Nesse sentido, Tardif destaca que, agindo como grupo produtor de um saber oriundo de sua prática, o corpo docente pode construir sua profissionalização, o que requer um trabalho em parceria entre professores, formadores e responsáveis pelo sistema educacional. Assim, destaca-se a importância da elaboração e aplicação de atividades interdisciplinares para que se conquiste a legitimidade dos conhecimentos escolares e se conquiste uma educação de qualidade. Muitos são os trabalhos que destacam a importância e a valia de um trabalho que relacione as diferentes disciplinas no ambiente escolar, mas ainda poucas são as experiências práticas desse processo. E “o conceito de interdisciplinaridade fica mais claro quando se considera que o fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos” (BRASIL, PCNs, 1999, p,88). Nesse sentido, a partir de um tema que viabilize um trabalho interdisciplinar, Lógica Formal foi o tema escolhido para nortear o desenvolvimento das atividades que serão aplicadas nas escolas onde os representantes dos referidos subprojetos atuam, a saber, Escola Estadual Coronel Pilar e Escola Estadual de Ensino Médio Walter Jobim. Para tanto, far-se-á uso de uma distinção existente entre os enunciados formalmente considerados, por meio da lógica formal, isto é, através do tratamento dos argumentos em geral sem considerar seu conteúdo. Serão avaliados, pois, argumentos cuja construção permite classificar como válidos, mas que por meio de seu conteúdo não concluem corretamente, porque, embora sigam noções de inferência e dedução, são argumentos falsos quanto à verdade tanto de seus antecedentes quanto da consequência que deles se obtém. O trabalho consistirá, inicialmente, na resolução de uma série desses argumentos falaciosos, contemplando questões matemáticas e filosóficas. A seguir, far-se-á uma análise de cada uma das falácias apresentadas no primeiro momento, explicitando que ainda que sua estrutura possa estar correta, suas consequências não se seguem necessariamente delas e explicitar-se-á também o porquê dessa não decorrência. Depois, será apresentada uma sistematização acerca das falácias, com a finalidade de oferecer aos alunos um modo de reconhecimento e classificação das mesmas. Por fim, um questionário será aplicado para verificar se houve compreensão do conteúdo trabalhado. REFERÊNCIAS: BRASIL; Parâmetros Curriculares Nacionais; Brasil; Mec; 1999. FAZENDA, Ivani CA(org.); Didática e interdisciplinaridade; Campinas; Papirus; 1998. TARDIF, Maurice; Saberes docentes e formação profissional; Petrópolis; Vozes; 2007. COPI, Irving M.; Introdução à lógica; São Paulo; Mestre Jou; 1978. NOLT, John; ROHATYN, Dennis; Lógica; São Paulo; McGraw-Hill; 1991.