Circulo de Viena (Junior)

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PIBID FILOSOFIA
CAMPUS DE TOLEDO
PLANO DE ATIVIDADE DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA
BOLSISTA: Junior Luiz F. Cunha
ESCOLA: Colégio Estadual Dario Vellozo
SUPERVISOR: André L. Reolon
ATIVIDADE DESENVOLVIDA
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: (Neste quadro, informe em que consiste a atividade. Sempre
que possível, faça registros fotográficos da atividade e poste no Grupo Pibid Filosofia com uma
rápida descrição contendo: dia, horário, local, turma, participantes, descrição da atividade,
objetivos, etc.)
Estudo dirigido do capitulo 25 sobre “A revolução cientifica: as ciências da natureza”:
Apresentação do conteúdo referente ao capítulo, mais especificamente: O circulo de Viena, e os
autores Karl Popper, Thomas Kuhn e Paul Feyerabend. Proposta de questões de edições anteriores
do ENEM.
OBJETIVOS: (indique pelo menos um objetivo para a atividade – o que você espera atingir com a
atividade?)
- Apresentar o conteúdo do bimestre;
- Esclarecer possíveis dúvidas sobre o conteúdo;
- Exercitar, através de questões, a compreensão do conteúdo.
METODOLOGIA: (descreva como irá proceder para desenvolver a atividade; não esqueça de
indicar os recursos que utilizará)
- Exposição oral;
- Apresentação de Slides do conteúdo estudado.
- Resolução e justificação da resposta de uma questão de ENEM.
PRODUTOS GERADOS: (os possíveis resultados alcançados, bem como o material que você utilizará
para desenvolver a atividade, podem resultar em produtos: slides, vídeos, cartazes, mapas conceituais,
resumos...; não se esqueça de guardar/salvar o que fez e encaminhar para os responsáveis pelo Blog e
página do Pibid para posterior publicação)
- Pequenos textos como justificativa a resposta da pergunta de ENEM proposta.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE: (escreva aqui o que achou da atividade; se conseguir atingir seu
objetivo e em que medida contribuiu para a sua formação docente)
Atividade realizada com sucesso, boa interação entre os alunos e os bolsistas, esclarecimento de
dúvidas sobre o conteúdo, estabelecendo uma relação mutua de aprendizado.
Professor Supervisor: _______________________________________________________
Estudo Dirigido do capitulo 25: “A revolução cientifica: as ciências da natureza”
1. O Círculo de Viena
 O Círculo de Viena foi um importante movimento intelectual que surgiu em 1920 por uma
necessidade de fundamentar a ciência a partir das concepções ou acepções que a Filosofia da
Ciência ganhou no século XIX.
 Reuniu pensadores de diversas áreas do conhecimento. Esses pensadores formularam o
princípio de verificabilidade e baseavam-se em uma noção de Filosofia estreitamente
relacionada com a ciência.
 Entre os estudiosos do Círculo de Viena, estavam o físico alemão Moritz Schlick (18821936), o matemático alemão Rudolf Carnap (1891-1970) e o sociólogo e economista
austríaco Otto Neurath (1882-1945).
 As reflexões desse grupo de estudiosos eram a respeito da importância da lógica, linguagem,
matemática e física teórica na construção de teorias científicas.
 O Círculo de Viena pertencia a um movimento intelectual conhecido como neopositivismo,
também chamado de positivismo lógico e empirismo lógico. Segundo esse movimento, era
preciso uma base empírica para se construir uma teoria do conhecimento.
 O projeto neopositivista do Círculo de Viena é descrito por Schlick em “O fundamento do
conhecimento”:
 “As proposições fatuais são, pois, o fundamento de todo saber, mesmo que elas precisem ser
abandonadas no momento de transição para afirmações gerais. Estas proposições estão no
início da ciência. O conhecimento começa com a constatação dos fatos” (p. 46)
 Portanto, o conhecimento deveria partir da observação dos fatos. Desse modo, aquilo que
não pode ser verificado é considerado desprovido de sentido, como a afirmação “A alma é
imortal” e outras de ordem metafísica, religiosa e estética. Nisso consiste o princípio de
verificabilidade.
 O positivismo lógico dos pensadores do Círculo de Viena postulava que, para uma teoria ser
considerada “ciência”, ela deveria ser unificada em linguagem e fatos que a
fundamentassem.
 As proposições científicas, assim, são apenas aquelas que se referem à experiência e podem
ser verificadas.
 Logo, para os pensadores do Círculo de Viena, só é possível conhecer o sentido de uma
proposição se for possível determinar se ela é verdadeira ou falsa, e isso só é possível se ela
for verificável. Aquelas proposições que não podem ser verificadas também não têm
significação.
2. Thomas Kuhn
2.1. Biografia
 Thomas Kuhn (1922-1996) foi um físico norte-americano e estudioso primordial no ramo da
filosofia da ciência.
 Foi importante na medida em que estabeleceu teorias que desconstruíam o paradigma
objetivista da ciência.
 Nasceu em Cincinnati, Ohio, Estados Unidos. Ingressou na Universidade de Harvard, onde
fez curso de física. Da mesma faculdade, recebeu o título de mestre e doutor.
 Os trabalhos acadêmicos de Kuhn resultaram no livro “A Revolução Copernicana” (1954).
Mas foi no livro "Estruturas da Revolução Científica” (1962), que Kuhn estabeleceu suas
ligações com a filosofia e as ciências humanas.
 O grande mérito de Thomas Kuhn foi apontar o caráter subjetivista da ciência, normalmente
vista como puramente objetiva.

Segundo ele, as teorias científicas estão sujeitas às questões e debates do meio social, dos
interesses e das comunidades que as formulam. Por isso, Kuhn desenvolveu suas teorias
usando um enfoque historicista.
 Thomas Kuhn faleceu em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos, em 1996.
2.2. Principais ideias
 Em “A Estrutura da revolução científica”, Kuhn questionou a visão ortodoxa do progresso
científico como a acumulação gradual do conhecimento. Em vez disso, propôs que a ciência se
desenvolve através de períodos bem definidos.
 1º: Pré-ciência;
 2º: Ciência normal;
 3º: Crise;
 4º: Revolução científica;
 5º: Nova ciência normal;
 Kuhn afirma que nos períodos de "ciência normal", os cientistas dão por certos os pressupostos
da estrutura teórica dominante da época, os "paradigmas". Estes ditam que tipos de problemas há
e os métodos que os cientista usam para resolvê-los.
 O conceito mais importante para Kuhn é o de paradigma (modelo). Durante um tempo, todos
os cientistas procuram orientar suas pesquisas com base em um modelo, de maneira a preservar a
verdade científica.
 O que não se encaixar nesse modelo é excluído; é considerado anomalia, mas isso também pode
indicar que o cientista não aplicou corretamente o modelo e sua metodologia.
 Para Kuhn, o determinante das normas da ciência é o paradigma aceito pelos cientistas.
 Mas, por motivos nem sempre racionais, os cientistas mudam de paradigma, após uma crise da
ciência normal, o que, em geral, é fundamentado na anomalia, isto é, quando a ciência normal
não consegue responder a alguns problemas.
 Essa crise se estende até uma revolução científica, quando a maneira de fazer ciência muda
completamente. Quando ocorre essa mudança, segundo Kuhn, chega-se a uma nova ciência
normal, a partir desse momento praticada com um novo paradigma.
3. Referências:
 Mudar de paradigma
Eduardo Dayrell de Andrade Goulart
Tradução de Carlos Marques
Lisboa: Guerra & Paz, 2009, 288 pp.
Crítica na rede: http://criticanarede.com/kuhn.html
 Objetivismo, Subjetivismo e Intersubjetividade
Dr. Pedro Pereira Leite
Global Heritages: http://globalherit.hypotheses.org/4012
 “KARL POPPER e THOMAS KUHN: reflexões..."
Francisco Ramos Neves, Mestre em Filosofia (UFPB).
Epistemologia:
http://epistemologia.blogspot.com.br/2009/03/karl-popper-e-thomas-kuhnreflexoes-por.html
 CABRAL, João Francisco Pereira. "A Filosofia da Ciência em Thomas Kuhn"
Brasil Escola: http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-filosofia-ciencia-thomas-kuhn.htm
 CABRAL, João Francisco Pereira. "O Círculo de Viena e o início da Filosofia
Contemporânea da Ciência."
Brasil
Escola:
http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-circulo-viena-inicio-filosofiacontemporanea-ciencia.htm
(Sites acessados em Agosto de 2016)
4. Questão do ENEM
“Segundo o filósofo da ciência Thomas Kuhn, paradigma é um conjunto sistemático de métodos,
formas de experimentações e teorias que constituem um modelo científico, tornando-se condição
reguladora da observação. [...] A ciência normal, conforme Kuhn, funciona submetida por paradigmas
estabelecidos historicamente num campo contextual de problemas e soluções concretas. [...] Os
paradigmas são estabelecidos nos momentos de revolução científica [...] Portanto, para Kuhn, a ciência
se desenvolve por meio de rupturas, por saltos e não de maneira gradual e progressiva”. (E. C. Santos)
Sobre a concepção de ciência de Kuhn, é INCORRETO afirmar que:
 (A) o desenvolvimento científico não se dá de modo linear, cumulativo e progressivo.
 (B) o desenvolvimento científico possui momentos de revolução, de ruptura, nos quais há mudança
de paradigma.
 (C) a ciência normal é o período em que a pesquisa científica é dirigida por um paradigma.
 (D) um exemplo de mudança de paradigma (revolução) na Astronomia é a substituição do sistema
geocêntrico aristotélico-ptolomaico pelo sistema heliocêntrico copernicano-galilaico.
 (E) a ciência não está submetida, de forma alguma, às condições históricas.
 (A) o desenvolvimento científico não se dá de modo linear, cumulativo e progressivo.
 Kuhn afirma que a ciência não é um conhecimento linear, pois a sempre uma ruptura de um
estudo para outro o que é devido às revoluções cientificas. Também não é acumulativo,
embora haja a influencia de alguns estudos em novos, porém, esse desenvolvimento de
novos estudos depende de outros fatores como o período histórico, o método utilizado, etc.
 (B) o desenvolvimento científico possui momentos de revolução, de ruptura, nos quais há mudança
de paradigma.
 Para Kuhn esse movimento de revolução e mudança de paradigma são algo que sempre se
evidencia na ciência, de modo que, a ciência esta a mudar seus enfoques constantemente. E
isso proporciona o desenvolvimento cientifico.
 (C) a ciência normal é o período em que a pesquisa científica é dirigida por um paradigma.
 Thomas Kuhn diz que a ciência nunca é totalmente objetiva, pois a sempre a subjetividade
do cientista, este que escolhe os métodos, isto é, os paradigmas para fazer ciência. Desse
modo, a ciência é sempre guiada pelos paradigmas.
 (D) um exemplo de mudança de paradigma (revolução) na Astronomia é a substituição do sistema
geocêntrico aristotélico-ptolomaico pelo sistema heliocêntrico copernicano-galilaico.
 Esse movimento de troca de um modelo pelo outro representa exatamente o processo
periódico cientifico descrito por Kuhn em sua obra “Estruturas da Revolução Científica”,
em que há momentos em que o método até então utilizado é abandonado e a adoção de um
novo revela novas verdades, isto é, um novo conhecimento.
 (E) a ciência não está submetida, de forma alguma, às condições históricas.
 Thomas Kuhn defende o contrário, para ele a muitos fatores que interferem no
conhecimento, um deles é a condição histórica, ou seja, um determinado período histórico
tem muito a dizer sobre o método cientifico utilizado em questão e os resultados obtidos
com esse método.
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