Para abrir as Ciências Sociais: Crise de Paradigmas Um paradigma é um quadro de referência mental que domina a maneira pela qual as pessoas pensam e agem. É uma forma de ligar ideias, priorizar valores, abordar questões e, finalmente, formar hábitos de comportamento com relação a um assunto. JOHNSON, Allan G. Dicionário de sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.) Nas ciências sociais, os paradigmas definem a consistência do conhecimento que se produz sobre os fenômenos resultantes das relações humanas na sociedade. Por não comportar um categórico “certo” ou “errado”, essa realidade requer uma atenção especial no emprego de métodos de análise, o que tem sido alvo de muitas polêmicas e controvérsias nos meios acadêmico-científicos. Thomas Kuhn (1922) A Teoria das Revoluções Científicas O Estágio Pré-Paradigmático (disputa entre as ciências pela hegemonia no paradigma) A Ciência Normal (período no qual o paradigma vencedor se torna dominante e, de forma ativa, acumula conhecimentos) As Revoluções Científicas Quando os métodos e modelos de um determinado paradigma não dão conta mais de explicar a realidade, há uma situação de crise paradigmática. Neste momento há uma disputa entre várias teorias que almejam responder de forma satisfatória às novas demandas desencadeadas pelas lacunas do velho paradigma. É a esse processo que Kuhn se referiu quando tratou das revoluções científicas. Ciências Sociais: O Impacto da Globalização Os modelos tradicionais de explicação da realidade social já não mais respondem aos desafios impostos pela nova dinâmica social criada pelos fluxos de informação do mundo globalizado. A compressão do espaço e do tempo, bem como a origem de uma nova totalidade histórico-social, compreendendo a geografia, a ecologia, a economia, a política e a cultura, colocam-se como o epicentro de uma nova maneira de interpretar os fenômenos sociais.