Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Medianeira PLANO DE ENSINO CURSO LICENCIATURA EM QUÍMICA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL MATRIZ 609 Resolução n° 042/11 do COGEP que aprovou o projeto de abertura do Curso de Licenciatura em Química do Câmpus de Medianeira. DISCIPLINA/UNIDADE CURRICULAR Filosofia Geral CÓDIGO PERÍODO LQ51D 1º AT 28 AP CARGA HORÁRIA (horas) APS AD APCC 2 6 Total 36 AT: Atividades Teóricas, AP: Atividades Práticas, APS: Atividades Práticas Supervisionadas, AD: Atividades a Distância, APCC: Atividades Práticas como Componente Curricular. PRÉ-REQUISITO EQUIVALÊNCIA Sem pré-requisito OBJETIVOS · Promover o desenvolvimento de uma concepção reflexiva e crítica com relação aos debates contemporâneos nos âmbitos filosófico, ético, político e científico; · Fornecer aos discentes as ferramentas básicas para o exercício da cidadania enquanto profissionais; · Discutir aspectos básicos da investigação filosófica sobre a ciência tais como: relação entre ciência e valores; limites do conhecimento científico; a noção de verdade na ciência; critérios de demarcação entre ciência e não ciência; o problema da descoberta e justificação das teorias; a problemática do método científico etc; · Introduzir o aluno no estudo das principais concepções epistemológicas modernas e contemporâneas sobre a ciência (Descartes, Hume, Kant, Mach, Carnap, Popper, Kuhn, Feyerabend); · Propor uma análise crítica das relações entre filosofia e outras formas de conhecimento (senso comum, religião, arte, ciência etc.). EMENTA Mito, filosofia e ciência. História da filosofia: evolução do pensamento humano através dos tempos. Relevância da filosofia para a sociedade contemporânea e para o exercício da profissão. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ITEM 1 2 EMENTA CONTEÚDO O que é conhecimento? Modos de conhecer: o mito, o senso comum, a filosofia, a ciência, a fé. Os limites do conhecimento mítico e os limites do conhecimento científico; a noção de verdade na ciência; critérios de demarcação entre ciência e não ciência; o problema da descoberta e justificação das teorias; a problemática do método MITO, FILOSOFIA E CIÊNCIA científico etc; O problema do conhecimento: Platão: conhecer é relembrar. Aristóteles: conhecer é observar. Descartes: a dúvida metódica e o processo do conhecimento. Hume: conhecer é sentir. Kant: conhecer é a síntese entre a razão e os sentidos. História da filosofia e da ciência: Antiguidade, Modernidade e Contemporaneidade. Alquimia e química. Ciência nos séculos XVIII e XIX. A crise da ciência no século HISTÓRIA DA FILOSOFIA: EVOLUÇÃO DO XIX. As novas orientações epistemológicas. PENSAMENTO HUMANO ATRAVÉS DOS Evolução do pensamento filosófico e científico. TEMPOS A noção de progresso científico segundo os epistemólogos: Popper, Kuhn, Bachelard e Feyerabend. A teoria das revoluções científicas de Thomas Kuhn: paradigmas, ciência normal, revolução científica e incomensurabilidade. A noção de ‘Progresso Científico’ em questão (Kuhn e Feyerabend). 3 RELEVÂNCIA DA FILOSOFIA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA PARA 4 RELEVÂNCIA DA FILOSOFIA EXERCÍCIO DA PROFISSÃO PARA A relação entre filosofia e as novas ciências nos séculos XX e A XXI. As orientações filosóficas para a atividade científica consciente: ética e bioética. Meio ambiente e Cidadania. As orientações filosóficas para a atividade profissional: criatividade, autonomia, liberdade de expressão, auto-realização e conhecimento. O A crítica ao ideal iluminista de progresso científico pela teoria crítica. Uma proposta humanista para as discussões sobre a relação entre ciência e tecnologia. PROCEDIMENTOS DE ENSINO AULAS TEÓRICAS As aulas serão expositivas dialogadas, com estudos individuais e em grupos de textos, artigos, leituras orientadas e comentadas, seminários, debates, exibição de vídeos, filmes e documentários contextualizando os conteúdos estudados; AULAS PRÁTICAS Realização de seminários, realização de resumos, resenhas e apresentação oral de estudos dirigidos. ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS As atividades práticas supervisionadas da disciplina exigirão dos discentes que apresentem produção escrita de comentários de leitura de textos pré-selecionados pelo docente, tanto para subsidiarem as aulas presenciais quanto para aprofundarem as discussões nascidas em sala de aula. O desenvolvimento destas atividades será continuo ao longo do semestre e a elas serão atribuídas uma porcentagem na nota final. ATIVIDADES A DISTÂNCIA Não há ATIVIDADES PRÁTICAS COMO COMPONENTE CURRICULAR Tais atividades serão desenvolvidas ao longo do semestre: atividades em grupo, onde os alunos reunidos em grupos farão discussões de exercícios e de tópicos referente aos conteúdos do programa, focando formas e métodos a serem utilizados em atividades docentes no ensino fundamental e médio; planejamento e elaboração de material didático envolvendo tópicos dos conteúdos previstos no plano de ensino, fazendo a apresentação destes tópicos em sala de aula; análise do material didático usado no ensino médio; PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO A avaliação será processual, diagnóstica, formativa. O acompanhamento do desenvolvimento cognitivo, da aprendizagem dos conteúdos será através das atividades desenvolvidas em classe e fora dela, e através da avaliação escrita, bem como das atividades desenvolvidas ao longo do semestre. Sempre com esclarecimento prévio e devido aos alunos, tanto do peso quanto do(s) objetivo(s) e das técnicas avaliativas. As datas das atividades e das avaliações poderão sofrer alterações durante o período da disciplina, observando-se a comunicação antecipada aos alunos. Nota parcial 1 – Média aritmética simples de: Atividades em classe e/ou fora dela (peso 4) + avaliação 1 (peso 6) Nota parcial 2 – Média aritmética simples de: Atividades em classe e/ou fora dela (peso 4) + avaliação 1 (peso 6) Média final = nota parcial 1 (peso 100) + nota parcial 2 (peso 100) 2 = nota final REFERÊNCIAS Referencias Básicas: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009. CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação: A Ciência, a Sociedade e a Cultura Emergente. São Paulo. Cultrix. 1998. CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo. Ática. 2011. FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba. SEED-PR, 2006. OLIVA, Alberto. Filosofia da ciência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003. 75 p. (Passo a Passo). Referências Complementares: CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia?. São Paulo. Ática. 1994. GAMA, Ruy. A Tecnologia e o Trabalho na História. São Paulo. Nobel/EDUSP, 1987. GAMA, Ruy. História da Técnica e da Tecnologia. São Paulo. Nobel/EDUSP, 1987. GONÇALVES, Márcia Cristina Ferreira. Filosofia da natureza. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006. HARBENAS, Jurgen. Técnica e Ciência como Ideologia. Lisboa. Ed. 70. 1968. HESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento. Coimbra. Aménio Amado. Editor, Sucesso. 1973. HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977. JAPIASSU, Hilton. As Paixões da Ciência: Estudos de História das Ciências. São Paulo. Letras & Letras. 1991. _______. Francis Bacon: O Profeta da Ciência Moderna. São Paulo. Letras & Letras. 1995. _______. A Crise da Razão e do Saber Objetivo: As Ondas do Irracional.. São Paulo. Letras & Letras. 1996. _______. A Revolução Científica Moderna. São Paulo. Letras & Letras. 1997. KUHN, Thomas S. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo. Perspectiva S/A, 1995. NOGARE, Pedro Dalle. Humanismos e Anti-humanismos. Petrópolis. Vozes. 1994. REALE G. ANTISERI, Dario. História da Filosofia. São Paulo. Edições Paulinas. 1990. SHAFF, A. A Sociedade da Informática. São Paulo. UNESP/BRASILIENSE. 1990. VARGAS, Milton. História da Técnica e da Tecnologia no Brasil. São Paulo. UNESP/CEETEPS. 1995. _______. Para uma Filosofia da Tecnologia. São Paulo. Alfa-Omega. 1994 _______. Ciência e Técnica: antologia de textos históricos. São Paulo, T. A. Queiroz, 1992. PINTO, Álvaro Vieira. O Conceito de Tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. 2 v.