Um longo caminho a percorrer

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16 mai 2017
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O Globo ANA LUCIA AZEVEDO [email protected]
Um longo caminho a percorrer
Faltam análises para saber se genética influenciou a doença
Aimportância do estudo da Fiocruz, por enquanto, é acadêmica. Traz as primeiras sequências genéticas
completas do vírus da febre amarela em circulação no surto de 2016­2017. Outras pesquisas semelhantes estão
em curso e esse é um primeiro passo para compreender como a doença se espalhou rapidamente. Mas não
oferece conclusões definitivas ou muda a forma de controle da doença. A pesquisa foi publicada há pouco mais de
um mês, em 4 de abril, numa revista da própria Fiocruz, a “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”.
Sete das oito alterações de aminoácidos (componentes das proteínas) encontradas chamaram a atenção
porque ocorreram em duas proteínas do mecanismo usado pelo vírus para se replicar. Por isso, os pesquisadores
sugeriram que elas poderiam aumentar a capacidade de causar infecção e a velocidade de propagação. Porém,
isso não foi comprovado em experiências. Não se sabe exatamente o que essas alterações provocam. Os
cientistas também não sabem se essas alterações são únicas dos vírus que causam este surto — elas poderiam já
existir e não terem sido sequenciadas.
Para descobrir se mudanças genéticas contribuíram para aumentar a velocidade com a qual a doença se
espalhou, será preciso analisar vírus isolados de amostras de seres humanos, macacos e mosquitos.
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