51º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005 Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4 [email protected] Palavras-chave: citogenética, síndrome mielodisplásica, leucemia mielóide aguda, alterações cromossômicas Braga, LRP1,2, Netto, JF1,Costa, MB1, Sotero, MGDL1, Santos, N3 1 Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco - HEMOPE, 2Universidade de Pernambuco - UPE, 3Departamento de Genética, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Estudo citogenético na síndrome mielodisplásica (SMD) evoluída para a leucemia mielóide aguda (LMA) em pacientes atendidos no HEMOPE O estudo citogenético tem sido muito importante para se estabelecer fatores de risco nos resultados dos tratamentos nas leucemias. A evolução da síndrome mielodisplásica (SMD) para a leucemia mielóide aguda (LMA) é um caso particular que pode ocorrer, não são comuns os estudos sobre a sua ocorrência e sobre o relato do perfil citogenético do paciente antes e após a evolução da doença. O presente trabalho apresenta resultados citogenéticos de pacientes com SMD que evoluíram para LMA atendidos no HEMOPE, no período de 1990 a 2000. Durante este período 9 pacientes foram analisados citogeneticamente dos quais quatro pacientes (44,44%) apresentaram cariótipos normais e cinco (55,55%) apresentaram alterações cromossômicas. Estes pacientes possuíam uma média de idade de 34,5 anos, sendo oito adultos (88,88%) e uma criança (11,11%). As alterações cromossômicas encontradas foram: +11; t(8;10) e –X; del(9)(q22); inv(3)(q21;q26); +8. Todas essas alterações, tem sido observadas na literatura sobre a SMD, com exceção da t(8;10) e –X que até o momento está sendo descrita pela primeira vez. Com relação à classificação morfológica para a SMD podemos encontrar cinco (55,55%) pacientes com anemia refratária com excesso de blastos (AREB), quatro (44,44%) com anemia refratária com excesso de blastos em transformação (AREB-T), sendo um caso (11,11%) não usual na AREB, subtipo AREB-II. Nesse último, o paciente tinha 74 anos e apresentou em um dos clones cariótipo normal e no outro a trissomia do 8. Na classificação FAB para a LMA foram encontrados os subtipos M2, M3 e M4. Desses pacientes seis (66,66%) abandonaram o tratamento e três (33,33%) vieram a óbito. Dados da literatura mostram que na SMD evoluída, além de não ser um caso comum, é de difícil identificação por apresentar uma grande heterogeneidade. Dessa forma, os dados apresentados demonstram a importância da caracterização dos padrões cariotípicos dessa doença na nossa população, em especial da região Nordeste. Apoio Financeiro: HEMOPE. 879